Buscar

Fisiologia da audição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/ 2020 
 
 
Fisiologia da audição 
Membrana timpânica e o sistema ossicular 
A CONDUÇÃO DO SOM DA MEMBRANA 
TIMPÂNICA PARA A CÓCLEA 
- Membrana timpânica + ossículos conduzem o 
som da orelha média para a cóclea na orelha 
interna 
- Membrana timpânica > Martelo > Bigorna > 
Estribo > Janela oval 
- Músculo tensor do tímpano: tensiona o ponto 
de fixação do martelo na membrana timpânica, 
fazendo com que essa fique tensa e transmita 
qualquer som em qualquer parte da membrana 
“Casamento de impedância” pelo sistema 
ossicular 
- A diferença entre a área da membrana 
timpânica e a área da base do martelo aumenta 
a força com que as ondas sonoras entram na 
janela oval em 22x 
- Na ausência dos ossículos e da membrana, a 
sensibilidade da audição reduz 
significativamente 
Atenuação do som por contração dos músculos 
tensor do tímpano e estapédio 
- Músculo tensor do tímpano puxa o cabo do 
martelo para DENTRO e o músculo estapédio 
puxa o estribo para FORA 
- Aumento da rigidez da cadeia ossicular > 
redução da condução ossicular do som com 
baixa frequência = REFLEXO DE ATENUAÇÃO 
- Funções: 
a) Proteger a cóclea de vibrações prejudiciais 
causadas por som excessivamente intenso 
b) Mascarar sons de baixa frequência em 
ambientes com som intenso 
c) Diminuição da sensibilidade auditiva da pessoa 
a sua própria fala > sinais colaterais nervosos 
ao mesmo tempo que o cérebro ativa o 
mecanismo da voz 
TRANSMISSÃO DO SOM ATRAVÉS DO OSSO 
- Cóclea está localizada no labirinto ósseo do 
osso temporal 
- Utilização de um diapasão no processo 
mastoide pode fazer com que a pessoa escute 
som 
- Energia de sons intensos no ar normalmente 
NÃO é capaz de audição por condução óssea, ao 
menos que o aparelho de som esteja aplicado no 
osso 
Cóclea 
ANATOMIA FUNCIONAL DA CÓCLEA 
 
- Tubos espiralados 
1. Rampa vestibular 
2. Rampa média 
3. Rampa timpânica 
- Membrana de Reissiner: separa a rampa 
vestibular da rampa média; mantém um tipo 
especial de líquido na rampa média, que é 
necessário para o funcionamento normal das 
células ciliadas receptivas de som 
- Membrana basilar: separa a tampa timpânica da 
rampa média 
- Órgão de Corti: localizado na membrana basilar; 
contém células ciliadas que geram IN em 
resposta às vibrações sonoras 
- Movimento da janela oval para dentro: líquido 
movimenta para frente 
- Movimento da janela oval para fora: líquido 
movimenta para trás 
Membrana basilar e ressonância na cóclea 
- Fibras basilares se projetam do modíolo (centro 
ósseo da cóclea) 
- Fibras: estruturas elásticas que fixam suas 
extremidades basais no modíolo > vibram 
- Comprimento das fibras aumenta começando 
da janela oval >>> 
- Diâmetro das fibras diminui da janela oval >>> 
helicotrema 
- Ressonância de alta frequência: perto da base, 
janela oval 
- Ressonância de baixa frequência: perto do 
helicotrema (orifício da cóclea) 
TRANSMISSÃO DE ONDAS SONORAS NA CÓCLEA 
– “ONDA VIAJANTE” 
- O movimento do pé do estribo na janela oval 
provoca abaulamento da janela redonda 
Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/ 2020 
 
 
- Membrana basilar se curva em direção da janela 
redonda > tráfego de onda de líquido da 
membrana basilar em direção ao helicotrema 
Padrão de vibração da membrana basilar em 
diferentes frequências sonoras 
- Onda de alta frequência = trajeto de curta 
distância 
- Onda de baixa frequência = trajeto por toda a 
distância da membrana basilar 
- Ondas trafegam inicialmente de maneira rápida 
na parte inicial da membrana basilar, mas vão 
se lentificando quando se afastam em direção à 
cóclea >> Alto coeficiente de elasticidade das 
fibras basilares perto da janela oval e menor 
coeficiente ao longo da membrana 
- Transmissão inicial rápida permite que os sons 
de alta frequência cheguem longe o suficiente 
na cóclea, possibilita discriminação entre esses 
sons 
Padrão de amplitude vibração da membrana 
basilar 
- Principal método de discriminação entre as 
frequências sonoras: lugar de estimulação 
máxima das fibras nervosas do órgão de corti 
FUNÇÃO DO ÓRGÃO DE CORTI 
- Órgão receptor que gera IN em resposta à 
vibração da membrana basilar 
- Localizado na superfície das fibras basilares e 
da membrana basilar 
- Presença de células ciliadas que fazem sinapses 
com as redes de terminações nervosas da cóclea 
- Fibras nervosas estimuladas > Gânglio espiral 
de corti > Nervo coclear > Parte superior do 
bulbo 
Excitação das células ciliadas 
- Estereocílios: tocam ou emergem no 
revestimento em gel da superfície da 
membrana tectorial 
- Curvatura dos cílios = polarização ou 
despolarização > excitação de fibras nervosas 
auditivas > sinapses com suas bases 
- Lâmina reticular (estrutura rígida de placa 
plana) sustentada por bastões de Corti 
- Células ciliadas são excitadas sempre que a 
membrana basilar vibra 
Sinais auditivos são transmitidos 
principalmente pelas células ciliadas internas 
- Células externas lesadas, com células internas 
ainda funcionais = grande perda auditiva 
- Afinação: células externas controlam 
sensibilidade das células ciliadas internas 
Potenciais receptores das células ciliadas e a 
excitação das fibras nervosas auditivas 
- Cílios se curvam na direção dos mais longos, as 
pontas dos estereocílios menores são puxadas 
para fora da célula ciliada 
- Abertura dos canais condutores de cátions > 
Movimento rápido dos íons K no líquido da 
rampa média circunjacente flui para os 
esterocílios provocando despolarização das 
células ciliadas 
- Fibras basilares se curvam para rampa 
vestibular > células ciliadas se despolarizam e 
na direção oposta hiperpolarizam > potencial 
receptor alternante da célula ciliada > 
estimulação das terminações do nervo coclear > 
sinapse com as bases das células ciliadas 
Potencial endococlear 
- Rampa média: cheia de endolinfa, secretada 
pela estria vascular e com alta concentração de 
K e baixa de Na 
- Rampa vestibular e rampa timpânica: cheias de 
perilinfa, ocorre comunicação com o espaço 
subaracnoide e a composição é semelhante ao 
líquido cefalorraquidiano (alta concentração da 
Na e baixa de K) 
- Positividade no interior da rampa média e 
negatividade fora 
- Topo da células ciliadas são banhadas por 
endolinfa e corpo delas é banhado pela perilinfa 
> sensibilidade extra das células ciliadas > 
aumento da capacidade a responder ao som 
mais discreto 
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA DO SOM – O 
PRINCÍPIO DO LUGAR 
- Sons de baixa frequência: ativação máxima da 
membrana basilar perto do ápice da cóclea 
- Sons de alta frequência: ativam a membrana 
basilar perto da base da cóclea 
- Neurônios cerebrais específicos são ativados 
por frequências sonoras específicas 
- Determinação das partes da membrana basilar 
que são mais estimuladas (PRINCÍPIO DO 
LUGAR): principal método utilizado pelo SN 
para identificar diferentes frequências sonoras 
DETERMINAÇÃO DA INTENSIDADE 
- Som mais intenso > Ampliação da amplitude de 
vibração da membrana basilar e das células 
Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/ 2020 
 
 
ciliadas > Células ciliadas excitam as 
terminações nervosas com frequência mais 
rápida 
- Amplitude de vibração aumenta > Aumento do 
número de células ciliadas nas margens da 
porção ressonante da membrana basilar que 
são estimuladas > Somação espacial (mais 
fibras transmitindo o som) 
- Alta intensidade de vibração da membrana 
basilar > Recrutamento de células ciliadas 
externas > Notificação ao SN que o som é 
intenso 
Detecção de alterações de intensidade – A lei da 
potência 
- Compressão da escala de intensidade pelos 
mecanismos de percepção sonora do sistema 
auditivo: interpretação de intensidades sonoras 
diferentes dentro de uma faixa mais ampla do 
que seria possível 
Unidade: Decibéis 
Limiar para audição em diferentes frequências 
Faixa de frequênciada audição 
- Jovem: 20 a 20 000 ciclos/s 
- Idade avançada: 50 a 8 000 ciclos/s 
Mecanismos auditivos centrais 
VIAS NERVOSAS AUDITIVAS 
1) Fibras nervosas do gânglio espiral de corti 
entram nos núcleos cocleares dorsal e ventral 
da parte superior do bulbo 
2) Decussação das fibras para terminarem no 
núcleo olivar superior 
3) Via auditiva ascende pelo lemnisco lateral 
4) Algumas fibras terminam no núcleo do 
leminisco lateral 
5) Outras fibras vão para o colículo inferior para 
fazerem sinapse 
6) Via passa pelo núcleo geniculado medial para 
fazer sinapse 
7) Via prossegue pela radiação auditiva até o 
córtex auditivo (giro superior do lobo 
temporal) 
- Preponderância da transmissão pela via 
contralateral ao estímulo 
- Fibras colaterais dos tratos auditivos entram 
diretamente no sistema reticular ativador do 
tronco cerebral 
- Alto grau de orientação espacial é mantido nos 
tratos de fibras da cóclea em todo trajeto até o 
córtex 
- 3 padrões espaciais para o término das 
diferentes frequências sonoras nos núcleos 
cocleares 
 
FUNÇÃO DO CÓRTEX CEREBRAL NA AUDIÇÃO 
- Plano supra-temporal do giro temporal 
superior, área lateral do lobo temporal, córtex 
insular, opérculo parietal 
- Córtex auditivo primário: excitado diretamente 
por projeções do corpo geniculado medial 
- Áreas de associação auditiva: excitadas por 
impulsos do córtex auditivo primário e 
projeções das áreas de associação talâmicas 
Percepção das frequências sonoras no córtex 
auditivo primário 
- 6 mapas tonotrópicos: sons com baixas 
frequências localizados na frente, sons com 
altas frequências localizados posteriormente 
- Inibição lateral: estimulação da cóclea em 
determinada frequência inibe as frequências 
sonoras em ambos os lados dessa frequência 
primária 
- Neurônios do córtex auditivo podem associar 
diferentes frequências sonoras entre si 
Discriminação de padrões sonoros pelo córtex 
auditivo 
- Importância do córtex auditivo na 
discriminação de padrões sonoros tonais e 
sequenciais 
- Destruição de um dos lados do córtex auditivo 
primário: reduz audição no ouvido oposto (não 
causa surdez devido às conexões de lado a lado 
da via auditiva) e afeta a capacidade de 
localização da fonte do som 
Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/ 2020 
 
 
- Lesões nas áreas de associação auditiva (área 
de Wernicke): pessoa não é capaz de identificar 
o significado do som ouvido, das palavras 
faladas 
DETERMINAÇÃO DA DIREÇÃO DA QUAL VEM O 
SOM 
- 2 mecanismos: 
1) Intervalo de tempo entre a entrada do som em 
um ouvido e sua entrada no ouvido oposto > 
relacionado às frequências mais baixas 
2) Diferença entre as intensidades dos sons nos 
ouvidos > relacionado às frequências mais altas 
- Mecanismo do tempo é muito mais eficiente, 
porque não depende de fatores alheios, 
somente do tempo 
- Pavilhões auditivos: relacionados em saber se o 
som está vindo de frente, de trás, de cima e de 
baixo 
Mecanismos neurais para detectar a direção do 
som 
- Destruição do córtex auditivo: perda de quase 
toda a capacidade de detectar direção que vem 
o som 
- Núcleos olivares superiores do tronco cerebral 
começam a fazer essa discriminação: 
a) Núcleo olivar superior lateral: direção que o 
som está vindo por diferença de intensidade 
b) Núcleo olivar superior medial: intervalo de 
tempo entre os sinais acústicos que entram nos 
2 ouvidos 
- Orientação espacial de sinais > transmitida para 
o córtex auditivo > Direção do som determinada 
pelo local dos neurônios estimulados de modo 
máximo 
Anormalidades da audição 
Tipos de surdez 
- Cunho social importante da surdez > 
isolamento social dos indivíduos surdos 
❖ Transmissão ou condução: 
- Patologias que atingem orelha externa ou média 
- Reduz a quantidade de energia sonora a ser 
transmitida para orelha interna 
❖ Nervosa 
- Distúrbios que comprometem a cóclea ou nervo 
coclear (NCVIII) 
❖ Mista 
- Comprometimento de componentes 
condutivos e neurosensoriais em uma 
mesma orelha 
❖ Central 
- Atinge a via auditiva central: porção do 
NCVIII e de suas conexões que se encontram 
entre o núcleo coclear e o córtex do lobo 
temporal 
Testes 
➢ Com diapazão 
a. Teste de Rinne 
- Coloco diapazão na região da mastoide 
- Peço ao indivíduo para me falar quando para de 
ouvir 
- Depois coloco o diapazão no conduto auditivo 
ainda não está ouvindo > patológico 
- Normal: condução aérea > condução óssea; 
continua sentindo depois que coloca no conduto 
auditivo 
b. Teste de Weber 
- Avalia a capacidade de transmissão de vibração 
de um lado para o outro 
- Normal: iapasão na região central > som vai 
para os dois lados 
- Surdez de condução: som tende a ir em direção 
ao ouvido comprometido 
➢ Audiometria 
- Câmara silenciosa e são feitos testes para 
verificar audição em diferentes frequências 
CASO CLÍNICO 
• Paciente de 18 anos apresentou perda 
auditiva bilateral após explosão de artefato 
caseiro A perda auditiva foi associada a 
zumbido. 
• O exame revelou uma área de perda de pele 
no pavilhão direito. Houve sangramento leve 
da orelha e do couro cabeludo direito na 
região da mastoide, que se resolveu 
espontaneamente 
• O exame otoscópico é mostrado na Figura 1. 
 
Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/ 2020 
 
 
- Descreva as anormalidades da membrana 
timpânica. A membrana timpânica está lesada, 
rompida. 
- Que exame adicional da orelha deve ser 
realizado neste paciente? Teste do diapasão, 
audiometria, Emissão Oto-Acústica (EOA): 
verifique o movimento das células ciliadas 
externa >> após a explosão, as células ciliadas 
podem ser danificadas, causando ruptura de 
produção de EOA 
- Qual é o diagnóstico mais provável? Surdez 
mista (perda auditiva para sons de alta e baixa 
frequência)

Continue navegando