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SOI V – APG Duda Campos VISÃO GERAL Os transtornos de ansiedade são vistos como um grupo de transtornos mentais relacionados, mas distintos: • Transtorno de pânico • Agorafobia • Fobia específica • Transtorno de ansiedade social ou fobia • Transtorno de ansiedade generalizada ETIOLOGIA • Interação entre fatores genéticos e experiência • Existe pouca dúvida de que genes anormais predispõem a estados de ansiedade patológica • Acontecimentos de vida traumáticos • Estresse ANSIEDADE NORMAL • Sensação difusa, desagradável e vaga de apreensão • Muitas vezes acompanhada de sintomas autonômicos como cefaleia, perspiração, palpitações, aperto no peito, leve desconforto estomacal e inquietação • Incapacidade de ficar sentado ou em pé por muito tempo • Os sintomas tendem a variar entre as pessoas MANIFESTAÇÕES PERIFÉRICAS DE ANSIEDADE • Diarreia • Vertigem • Hiperidrose • Reflexos aumentados • Palpitações • Dilatação da pupila • Inquietação • Síncope • Taquicardia • Formigamento das extremidades • Tremores • Perturbação estomacal – “borboletas” • Frequência, hesitação, urgência urinária MEDO X ANSIEDADE • Ansiedade: sinal de alerta, indica um perigo iminente e capacita a pessoa a tomar medidas para lidar com a ameaça • Medo: sinal de alerta semelhante, mas deve ser diferenciado da ansiedade – resposta a uma ameaça conhecida, externa, definida ou não conflituosa • A ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, interna, vaga ou conflituosa ANSIEDADE É ADAPTATIVA? • A ansiedade e o medo são sinais de alerta e atuam como advertência de uma ameaça externa ou interna A ansiedade é uma resposta normal e adaptativa que tem qualidades salva-vidas e adverte sobre ameaças de dano corporal, dor, impotência, possível punição ou frustração de necessidades sociais ou corporais, separação de entes queridos, ameaça ao sucesso ou á posição individual e ameaças à unidade ou integridade Isso ocorre por meio de aumento da atividade somática e autonômica que é controlada pelos sistemas nervosos simpático e parassimpático A ansiedade ajuda a evitar as ameaças da vida diária: • Se preparar para uma prova • Correr para pegar o último trem, etc., A ANSIEDADE PREVINE PREJUÍZO AO ALERTAR O INDIVÍDUO A REALIZAR CERTOS ATOS QUE EVITAM O PERIGO. Transtornos de ansiedade SOI V – APG Duda Campos ESTRESSE E ANSIEDADE • Para uma situação ser considerada estressante, depende da natureza do acontecimento e recursos, das defesas psicológicas e dos mecanismos de enfrentamento da pessoa • Isso envolve o EGO – abstração coletiva para o processo pelo qual o indivíduo percebe, pensa e atua sobre os acontecimentos externos ou os impulsos internos • Quando o ego está funcionando de maneira apropriada, ele está em equilíbrio adaptativo com o mundo externo e com o interno • Se ele não funciona adequadamente, ocorrendo um desequilíbrio, o indivíduo vai ter uma ansiedade crônica SINTOMAS DE ANSIEDADE • Percepção das sensações fisiológicas – como palpitação e suor • Percepção de estar nervoso ou assustado • A ansiedade afeta o pensamento, percepção e o aprendizado • Produz confusão e distorções da percepção, não apenas no tempo e do espaço, mas também das pessoas e dos significados dos acontecimentos • Essas distorções podem interferir no aprendizado ao diminuir a concentração, reduzir a memória e perturbar a capacidade de fazer relações ANSIEDADE PATOLÓGICA EPIDEMIOLOGIA • Os transtornos de ansiedade são um dos grupos mais comuns de doenças psiquiátricas • As mulheres têm mais probabilidade de ter um transtorno de ansiedade • Sua prevalência diminui com o status socioeconômico mais alto CONTRIBUIÇÕES DAS CIÊNCIAS PSICOLÓGICAS TEORIAS PSICANALÍTICAS • A ansiedade é um sinal da presença de perigo no inconsciente • Resultado de conflito psíquico entre desejos sexuais ou agressivos inconscientes, com as ameaças correspondentes do superego e da realidade externa • A ansiedade do superego está relacionada a sentimentos de culpa sobre não satisfazer padrões internalizados de comportamento moral derivados dos pais TEORIAS COMPORTAMENTAIS • A ansiedade é uma resposta condicionada a um estímulo específico do ambiente • Uma menina criada por um pai abusivo pode se tornar ansiosa assim que enxerga esse pai, então pode passar a desconfiar de todos os homens • No modelo de aprendizagem social, uma criança pode desenvolver uma resposta de ansiedade imitando a ansiedade no ambiente, em casos de pais ansiosos TEORIAS EXISTENCIAIS • Na ansiedade generalizada, não tem um estímulo específico identificável para a sensação crônica de ansiedade • A ansiedade é uma resposta ao vazio de sentido e existência CONTRIBUIÇÕES DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO • Sintomas cardiovasculares, musculares, gastrintestinais e respiratórios • O SNA de pacientes com transtorno de ansiedade, principalmente os com transtorno de pânico, exibem tônus simpático aumentado e respondem de maneira excessiva a estímulos moderados NEUROTRANSMISSORES • Norepinefrina, serotonina e GABA são os principais relacionados com a ansiedade • Cortisol – contribui para aumentar o alerta, a vigilância, a atenção focada e a formação de memória • O CRH coordena as mudanças comportamentais e fisiológicas adaptativas que ocorrem durante o estado de estresse • Serotonina (5-HT) – pacientes com transtornos de ansiedade tendem a possuir níveis mais baixos de serotonina • GABA – alguns pacientes com transtornos de ansiedade apresentam funcionamento anormal de seus receptores GABA – o GABA produz um efeito relaxante, pois é um neurotransmissor inibitório GENÉTICA • Fator predisponente no desenvolvimento desses transtornos • Polimorfismos de genes transportadores de neurotransmissores SOI V – APG Duda Campos CONSIDERAÇÕES NEUROANATÔMICAS • O sistema límbico recebe inervação noradrenérgica e serotonérgica e tem alta concentração de receptores GABA • O aumento da atividade na via septo-hipocampal pode levar à ansiedade • O giro do cíngulo está envolvido na fisiopatologia do TOC • O córtex cerebral frontal se conecta com a região para-hipocampal, o giro do cíngulo e o hipotálamo, por isso pode estar envolvido com os transtornos de ansiedade • O córtex temporal também foi implicado no local fisiopatológico dos transtornos