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Semiologia Neurológica ANAMNESE DATA DO INÍCIO DA DOENÇA - Estabelecer a duração da doença: Muito recente (horas ou dias), recente (semanas ou poucos meses), de longa duração (muitos meses ou anos) MODO DE INSTALAÇÃO - Quando o sistema nervoso é comprometido agudamente: NÃO é traumatismo, mas sim, distúrbio vascular - Enfermidade lenta: neoplasia ou processo degenerativo EVOLUÇÃO CRONOLÓGICA Quando e como os sintomas foram surgindo ou desaparecendo EXAMES E TRATAMENTOS Sobretudo quando se trata de epilepsia, cefaleia e acidentes vasculares cerebrais ESTADO ATUAL DO ENFERMO Como o paciente se encontra no momento do exame ANTECEDENTES > Familiar: - Ênfase à doenças musculares e heredodegenerativas do sistema nervoso - Consanguinidade dos pais, doenças contagiosas e incompatibilidade sanguínea materno fetal > Pessoal: -Condição pré-natal: ocorrência de traumatismo, toxemia gravídica, infecções, uso de medicamentos teratogênicos, tentativas de abortamento, movimentos fetais - Condição do nascimento: parto normal e a termo, cesáreo?, demora no trabalho de parto, fórceps foi usado? se existiu circular de cordão, se houve necessidade de manobra de reanimação ou de incubadora, peso e estatura do RN, se ocorreu icterícia, cianose ou palidez, se chorou ou não ao nascer - Desenvolvimento psicomotor > Tumor Cerebral: Surge gradativamente, rápido ou não, dependendo do local e da natureza do tumor > Doença heredodegenerativa do SN: evolução progressiva, processa muito lentamente > Acidentes Vasculares Cerebrais e Poliomielite: manifestações súbitas, período de tempo variável, sem piora gradativa do quadro clínico, ocorre recuperação completa ou incompleta > Esclerose Múltipla: após surto agudo, verifica regressão parcial (ou total) dos sintomas; depois de um período variável, eclode novo surto com piora do quadro clínico e recuperação menos intensa, e, assim, sucessivamente > Epilepsia e Enxaqueca: manifestações aparecem de modo paroxístico e, entre as crises, o paciente nada apresenta anormal DOENÇAS ANTERIORES Viroses comuns da infância, meningite, traumatismo cranioencefálico, teníase, tuberculose, doenças venéreas, tripanossomíase, alcoolismo, carência alimentar, intoxicações acidentais ou profissionais, doenças iatrogênicas, iatrogênica, intervenções cirúrgicas, convulsões, diabetes melito, hipertensão arterial, cardiopatias, alergias HÁBITOS DE VIDA Alimentação, moradia, uso de bebidas e drogas ilícitas, hábitos sexuais VACINAÇÕES Antipoliomielite, antissarampo e outras Em cada período etário, há prevalência de determinadas doenças: - Infecções na infância - Processos desmielinizantes no jovem - Doenças vasculares na pessoa idosa SINAIS E SINTOMAS DISTÚRBIOS DA CONSCIÊNCIA > ESTADO DE VIGÍLIA: É a percepção consciente do mundo exterior de si mesmo - A consciência pode ser perdida de modo agudo e breve, como nas síncopes, convulsões, concussão cerebral por traumatismo de crânio leve > OBNUBILAÇÃO: quando a consciência é comprometida de modo pouco intenso, mas seu estado de alerta é discreto a moderadamente comprometido > SONOLÊNCIA: paciente facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a dormir > CONFUSÃO MENTAL OU DELIRIUM: perda de atenção, pensamento não claro, respostas lentas e não há percepção normal temporoespacial, podendo surgir alucinações, ilusões e agitação > ESTUPOR OU TORPOR: alteração de consciência ainda mais pronunciada, mas o paciente ainda é despertado por estímulos mais fortes, tem movimentos espontâneos e não abre os olhos > ESTADO DE COMA: não há despertar com estimulação, paciente sem movimentos espontâneos GLASGOW Escala com importante valor preditivo de sobrevivência nos casos de traumatismos cranioencefálicos CEFALEIA VASCULAR >Caráter pulsátil, latejante (acompanha batimentos cardíacos) > Enxaqueca: cefaleia hemicraniana (frontotemporal), de intensidade crescente, às vezes precedida por alterações visuais transitórias (escotomas cintilantes, hemianopsias, escurecimento visual) ou por parestesias fugazes (dormência em uma das mãos) + náusea e vômitos, fotofobia, irritabilidade, hiperacusia - dura até 72h - a forma típica se manifesta por meio de crises intercaladas por período de acalmia de duração variável > Primárias: sem lesões estruturais claras que as determinem: vascular e tensional os períodos, separados pelos de acalmia, são denominados salvas > Em salvas: episódios de dor muito intensa, de caráter pulsátil ou não pulsátil, na região frontotemporoorbitária, sistematicamente unilateral, ocorrem de tempos em tempos, com período de dor de 8 a 12 semanas - Cada episódio de dor dura de 15 a 180min e ocorre de madrugada, frequentemente - O paciente refere durante a crise rinorreia, congestão nasal, lacrimejamento, hiperemia conjuntival, sudorese frontal e intensa agitação HIPERTENSÃO CRANIANA > Quando aumenta a pressão no interior da caixa craniana > Cefaleia pulsátil que toma a cabeça toda - Perdura dias ou meses, tornando-se cada vez mais intensa e, com o passar do tempo, resistente aos analgésicos - Quase sempre se exacerba pela manhã, quando passa a ser acompanhada de vômitos - Sintomas associados mais comuns: náuseas e vômitos (podem ser abruptos, sem náuseas, projetos a distância: vômito em jato ou cerebral), diplopia, diminuição da acuidade visual, convulsões, alterações psíquicas que variam desde a apatia e indiferença até a excitação e agressividade TENSIONAL > Constritiva, em aperto, como peso na cabeça. Há um fundo doloroso constante, de intensidade leve a moderada, com pioras ocasionais. Localiza preferencialmente nos músculos da nuca, pode difundir DOR NA FACE > Pode ser por afecções odontológicas, sinusais, oftalmológicas, defeitos da articulação temporomandibular, defeitos do septo nasal > Frequente: neuralgia essencial do trigêmio: dor extremamente intensa, evidenciada por meio de agulhada no território de um dos 3 ramos - Estritamente unilateral, podendo ser desencadeada por estímulo em uma zona de gatilho, sendo a comissura labial o ponto mais comum. - Obriga o paciente a não sorrir, conversar ou mastigar, sempre com o intuito de não mover os lábios - Quase exclusivo de pessoas idosas TONTURA E VERTIGEM > VERTIGEM: caráter rotatório subjetivo > TONTURA: prevalece sensação de instabilidade do equilíbrio e insegurança durante a marcha TONTURA COM NÍTIDA SENSAÇÃO DE ROTAÇÃO > Representada pela vertigem, na qual o paciente tem a sensação de girar em torno do ambiente - A vertigem se instala agudamente e é acompanhada de náuseas, vômitos, desequilíbrio, palidez e sudorese - Independe da posição em que o paciente se encontra > Decorre predominantemente de lesão ou disfunção das vias vestibulares, em especial porção periférica (canais semicirculares e ramo vestibular do VIII nervo craniano), constituindo a síndrome vestibular periférica - Causas: infecções, intoxicações, neoplasias e edema do labirinto TONTURA COM SENSAÇÃO IMINENTE DE DESMAIO TONTURA MANIFESTADA COM A SENSAÇÃO DE DESEQUILÍBRIO TONTURA COM SENSAÇÃO DESAGRADÁVEL NA CABEÇA > Paciente se torna pálido, apresenta escurecimento visual e transpiração profusa: regride quando deita - Na presença de doenças cardiovasculares subjacentes, as manifestações surgem de súbito e tem curta duração - Se os sintomas tiverem instalação gradual e forem persistente, deve pensar em queda do fluxo sanguíneo cerebral por mecanismo de reflexo de vasodilatação periférica (síncope reflexa ou vasovagal) - Pode ser oriundo de difusão do fluxo sanguíneo ou de nutrientes cerebrais > "Cabeça oca, leve ou grande" > Presença de hiperventilação, depressão ou ansiedade > Descontrole do sistema motor - Só aparece quando o paciente se põe a andar e regride quando sentado DISTÚRBIOS VISUAIS > Redução da acuidade visual AMBLIOPIA AMAUROSE HEMIANOPSIADIPLOPIA > Perda total da visão - Ambas podem ter caráter uni ou bilateral, definitivo ou transitório, súbito ou gradual - Estão habitualmente na dependência de lesões da retina (oclusão da artéria central, obstrução da carótida, coriorretinite macular), da papila ou do nervo óptico (papilite, neurite retrobulbar, neoplasia, hipertensão intracraniana) - Pode também ocorrer por deslocamento da retina, hemorragia e glaucoma >Corresponde a um defeito campimétrico no qual o paciente perde a visão da metade do campo visual - Pode ser homônima ou heterônima - Defeito por lesão do quiasma óptico (neoplasia da região selar, aracnoidite), e naquela, a lesão situa- se na via óptica retroquiasmática (distúrbios vasculares, infecção, neoplasia, doença desmielinizante) > Visão dupla: ocorre em casos de estrabismo convergente e divergente, uni ou bilateral, refletindo paresia ou paralisa de um ou mais músculos ligados aos movimentos dos olhos (III, IV, VI) AMNÉSIA > Perda de memória. - Pode ser permanente ou não - Parcial ou total - Sem perda de consciência de forma global FUNÇÕES CEREBRAIS SUPERIORES Da comunicação por meio da linguagem, fala, escrita e leitura Do estado mental Das gnosias Das praxias 1. 2. 3. 4. MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS Movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos. Ocorre de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo CONVULSÕES >> CRISES EPILÉPTICAS - Manifestações neurológicas decorrentes de descargas bioelétricas, originadas de alguma área cerebral (generalizada e parciais ou focais) > Generalizadas: quando as descargas afetam a maior parte do córtex cerebral (convulsivas e não convulsivas as mais relevantes) - Convulsivas: Movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou eventualmente em segmentos do corpo . Tônicas: caracterizadas por serem sustentadas e imobilizarem as articulações . Clônicas: são rítmicas, alteram entre contrações e relaxamento musculares em ritmo mais ou menos rápido > Parciais ou focais: ocorrem devido a descargas bioelétricas em locais restritos do encéfalo - Simples: sem alteração do nível de consciência e de contato com o ambiente. Ex.: crises bravais-jacksonianas, em que descargas na área do giro pré=central determinam abalos nos membros e face contralaterais - Complexas: as descargas ocorrem em áreas nas quais existe alteração do estado de consciência, durante a qual o paciente executa atos de modo ordenado ou desordenado - Muitas vezes, essas crises parciais, simples ou complexas evoluem para um quadro de generalização secundário, com as clássicas apresentações do "grande mal" (durante o período convulsivo se observa cianose, sialorreia, incontinência dos esfíncteres, mordedura da língua e ferimentos diversos) - Assim, desconforto retroesternal, dor abdominal, parestesias, desvio forçado da cabeça e olhos para um lado, alucinações visuais, auditivas e olfatórias são manifestações de aura epiléptica Etiologias detectadas e a ela relacionadas: neoplasias cerebrais, neurocisticercose, sequelas de traumatismo cranioencefálico, sequelas de AVC, estados hipoglicêmicos, intoxicação exógena, meningites, síndrome de Stokes-Adams ou mesmo episódios febris em crianças AUSÊNCIA; Manifestação não convulsiva - breves períodos de perda de consciência (5 a 30seg), que podem passar despercebidos pelo próprio paciente e pelos familiares - como se estivesse parado como uma estátua Interrompe brevemente suas atividades > "pequeno mal" Forma particular de movimento involuntário que se caracteriza por crises exclusivamente tônicas, quase sempre localizadas nas mãos ou nos pés > espasmos carpopodais TETANIA São contrações breves, arrítmica e limitadas a um feixe muscular Acontecem em virtude da perda da inervação muscular, ocorrendo nas neuropatias periféricas e em doenças do corno anterior da medula FASCICULAÇÕES ARTIFÍCIO Se a PA do paciente for de 140/90mmHg, insufla-se o manguito até 110mmHg de 3 a 10 mi, ao fim dos quais poderá aparecer um movimento involuntário naquela extremidade > ESPASMO CARPAL > Ocorre nas hipocalemias (hipoparatireoidismo) e na alcalose respiratória por hiperventilação DISTÚRBIOS AUDITIVOS > São perturbações auditivo-deficitárias, respectivamente parcial e total, podendo se situar em um ou ambos lados - Causas mais frequentes: cerume, corpo estranho e atresia da orelha externa; otite, otosclerose e colesteatoma na orelha média; defeitos neurossensoriais referentes à orelha interna > Zumbido ou tinido: uni ou bilateral, constante ou não, deve ser encarado como processo de estimulação anormal do ramo coclear VIII HIPOACUSIA OU ACUSIA DISFAGIA NÁUSEAS E VÔMITOS >Alteração do transporte do alimento da boca ao estômago, pode ou não culminar na entrada dele na via respiratória - Penetração laríngea (saída espontânea ou forçada). Aspiração (direcionamento para os pulmões, sem saída) - As principais alterações se localizam nos nervos cranianos bulbares, isolados ou não, surgindo paralisia da língua (XII) e do palato faríngeo (IX e X) > NÁUSEA: Sensação de mal- estar, tanto na região epigástrica como na faríngea - Acompanhada de palidez cutânea, bradicardia, sudorese, repulsa à ingestão de alimento e quase sempre precede vômito - Podem ser encontradas em doenças neurológicas agudas ou crônicas, que aumentam a pressão intracraniana (meningite, neoplasia, hemorragia, traumatismo cranioencefálico) DISTÚRBIOS DA MARCHA > A todo e qualquer distúrbio da marcha, dá-se o nome de DISBASIA, podendo ser uni ou bilateral -> MARCHA HELICÓPIDE, CEIFANTE ou HEMIPLÉGICA - A perna se arrata pelo chão,descrevendo um semi círculo quando o paciente troca o passo -Pacientes com hemiplegia, cuja causa mais comum é AVC -> MARCHA ANSERINA ou DO PATO - Doenças musculares e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas -> MARCHA PARKINSONIANA - Passos miúdos e rápidos. -Corre atrás do seu centro de gravidade e vai cair para a frente -> MARCHA CEREBELAR ou MARCHA DO ÉBRIO - Zigue zague, como bêbado -> MARCHA TABÉTICA - Olhar fixo no chão. Como olhos fechados, a marcha piora - Aparece na tabes dorsalis, mielone funicular (mielopatia por deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou B6), mielopativa vacuolar (HIV), mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias bariátricas, nas compressões posteriores da medula (mielopatia cervical) -> MARCHA DE PEQUENOS PASSOS - Passos muito curtos. Arrasta o é como se dançasse "marchinha" - Paralisia pseudolobar e na atrofia cortical da senilidade -> MARCHA VESTIBULAR -É como se fosse empurrado para o lado enquanto tenta se mover em linha reta - Marcha em estrela -> MARCHA ESCARVANTE - Passo de ganso -> MARCHA CLAUDICANTE - Manca para um dos lados -Insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor -> MARCHA EM TESOURA ou ESPÁSTICA - Lembra uma tesoura em funcionamento - Manifestações espáticas da paralisia cerebral > As raízes nervosas desencadeiam dores quando submetidas a quaisquer fatores nocivos, especialmente a compressão e a inflamação - Mais frequentes são as cervicobrasquialgias, as nevralgias intercostais e as lombocitalgias DORES RADICULARES > BEXIGA NEUROGÊNICA - Causa mais frequente: polirradiculoneurite, para as que envolvem as raízes sensorial e motora; poliomielite, neoplasia, traumatismo raquimedular, para as lesões do centro sacral; traumatismo raquimedular, infecções, neoplasia e angioma, para o comprometimento das vias supressegmentares (ascendente e descendente), acima do centro reflexógeno, em nível medular DISTÚRBIOS ESFINCTERIANO DISTÚRBIO DO SONO DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO Alteração do timbre da voz, se torna rouca ou bitonal. Depende da disfunção das cordas vocais por lesão do nervo acessório (XI) Quando bilateral,o paciente se torna afônico Pode ocorrer por lesões nas cordas vocais DISFONIA DISARTRIA Alteração da articulação das palavras falada ou fala, decorrente de neuropatias centrais ou periféricas. Paralisia psudobulbar, parkinsonismo, síndrome cerebelar Pertubação da articulação da palavra falada, sem que as causas estejam no SN. (papato ou invés de sapato) Retardo psicomotor, lesões no palato, língua, dentes, lábios e mandíbula DISLALIA DISRITMOLALIA Pertubação do ritmo da fala - Taquilalia: torna a fala imprecisa - Gagueira: interrupção do ritmo da fala Dificuldade de capacita-se para a leitura convencionalmente ensinada Desorganização temporoespacial DISLEXIA DISGRAFIA Grafia é irregular, fragmentada Existe a espacial ou de evolução e a Secundária a problemas orgânicos como o parksonismo e cerebelopatia Desintegração dos mecanismos que propiciam a palavra falada e/ou escrita; da recepção verbal (áudio e/ou visual), nos quais é evidente a dificuldade de compreensão de ideias e símbolos; e da atividade gestual, também denominada linguagem corporal, excluindo-se, todavia, os distúrbios mentais patentes. > Motora ou Verbal: (de Broca) dificuldade de se expressar pela fala ou escrita. Associada com a hemiparesia ou hemiplegia direita > Receptiva ou Sensorial: (de Wernicke), paciente apresenta de leve a extrema dificuldade para a compreensão da fala e da escrita desacompanhada de outro déficit motor, por comprometimento do giro superior e posterior do lobo temporal esquerdo > Global: compreensão e expressão da linguagem ficam amplamente reduzidas. Hemiparesia ou hemiplegia direita está presente > De condução: maior dificuldade é a repetição de palavras. Consegue ler e falar razoavelmente > Amnésica: decorre de lesão na junção dos lobos parietal, temporal e occipital esquerdos. Incapacidade para designar ou nomear os vocábulos ou nomes de objetos > Transcortical: sensorial (transtorno da compreensão) , motora (alteração da expressão verbal, com compreensão conservada e boa capacidade de repetição) e mista AFASIA GNOSIA = Reconhecimento AGNOSIA: perda. > Auditiva: perda de reconhecimento de sons > Cegueira cortical ou psíquica: visão de objetos > Estereoagnosia > Somatoagnosia: do próprio corpo em relação ao espaço > Prosopoagnosia: da fisionomia alheia > Autoprosopoagnosia: perda de sua própria fisionomia Significa atividade gestual consciente e intencional > Construtiva: perda dos gestos normalmente organizados (desenhar, modelar) > Ideomotora: dificuldade ou incapacidade para execução de gestos simples, permanecendo inalterada a atividade automática e a ideia do ato a ser realizada > Ideatória: quando diferentes gestos simples, realizados isoladamente, ao serem constituídos em um ato mais complexo, perdem ou reduzem a sua sequência lógica e harmoniosa PRAXIA EXAME FÍSICO Palpação e ausculta de ambas em separado, comparando amplitude e averiguando existência de frêmito e/ou sopro Surpreender a existência de estenose ou oclusão da artéria, condição que determina distúrbio vascular encefálico PESCOÇO E COLUNA CERVICAL CARÓTIDAS Ausculta: ponto em que aa. vertebral tem origem na subclávia REGIÃO SUPRACLAVICULAR Pede que execute mov. de extensão, flexão, rotação e lateralização da cabeça > dificuldade ou limitação> doença osteoarticulares, musculares, meningites, rediculopatias e hemorragia subaractnóidea MOVIMENTOS - LIMITAÇÃOEm decúbito dorsal. É encontrada na meningite e na hemorragia subaracnóidea RIGIDEZ DA NUCA PROVA DE BRUDZINSKI "Pescoço curto" - denuncia deformidade óssea, como redução numérica das vértebras cervicais, platibasia e impressão basilar TRANSIÇÃO CRANIOVERTEBRAL COLUNA LOMBOSSACRA - Prova de Lasàgue ( positiva quando o paciente reclama de dor na face posterior do membro examinado, logo no início da prova) - Prova de Kernig (positivo quando dor ao longo do trajeto do nervo ciático - hemorragia subaracnoidea, meningite e radiculopatia ciática) - Manobra de Patrik (estado da articulação coxofemoral) LIMITAÇÃO DOS MOVIMENTOS PROVAS DE ESTIRAMENTO DA RAIZ NERVOSA NERVOS RAQUIDIANOS EQUILÍBRIO ESTÁTICO - Nervo cubital: nível do cotovelo, na epitróclea - Nervo radial: na goteira no terço inferior da face externa do braço - Nervo fibular: parte posterior e inferior da cabeça da fíbula - nervo auricular: face lateral da região cervical - Prova de Romberg: pés juntos, olhando para frente Positiva: alteração neurológica, ao cerrar pálpebras, apresenta oscilação do corpo, com desequilíbrio É positiva para labirintopatias, na tabes dorsalis, na degeneração combinada subaguda e na polineuropatia periférica MOTRICIDADE ESPONTÂNEA Solicita que execute série de movimentos > observar se são realizados em toda sua amplitude > grau e sede da limitação - Síndr. piramidal: diminui velocidade dos movimentos - Síndr. extrapiramidal: diminuição da velocidade e progressiva diminuição da amplitude dos movimentos (parkson) FORÇA MUSCULAR Registro: - graduação e sede literal (força normal nos quatro membros) - graduação e sede percentual (100%: força normal) - grau de força (grau V: força normal) TÔNUS MUSCULAR COORDENAÇÃO É o estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tento em repouso (de postura) quanto em movimento (de ação) - Inspeção - Palpação das massas musculares: grau de consistência - Movimentos passivos (passividade- se há resistência ou se a passividade está aquém do normal e extensibilidade- se existe ou não exagero no grau da extensibilidade da fibra muscular) - Balanço positivo HIPOTONIA Achatamento das massas musculares no plano do leito, consistência muscular diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada - Encontrada em lesões do cerebelo, coma profundo, choque do SNC, lesões das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente HIPERTONIA Consistência muscular aumentada, passividade diminuída e extensibilidade aumentada - Presente nas lesões piramidais (hemiplegia, diplegia cerebral infantil, esclerose lateral da medula - é eletiva e elástica) E nas lesões extrapiramidais (parkinsonismo - não é eletiva e é plástica: sinal de roda dentada - interrupção sucessiva do movimento) A coordenação adequada traduz o bom funcionamento do cerebelo (centro coordenador) e a sensibilidade proprioceptiva (que cabe informar continuamente ao centro coordenador as modificações de posição dos vários segmentos corporais ATAXIA: perda de coordenação - Prova dedo-nariz - Prova calcanhar-joelho - Prova dos movimentos alternados > Diadococinesia: movimentos > Eudiadococinesia: capacidade de realizá-los > Disdiadococinesia: dificuldade de realizá-los > Adiadococinesia: incapacidade REFLEXOS Arco Reflexo - Via aferente: receptor e fibras sensoriais do nervo - Centro reflexógeno: substância cinzenta do SN - Via eferente: fibras motoras do nervo - Órgão efetor: músculo > EXTEROCEPTIVOS ou SUPERFICIAIS - Cutâneo-plantar: importante: Babinski positivo, pois indica lesão da via piramidal ou coricoespinal - Cutâneo-abdominais > REFLEXOS PROPRIOCEPTIVOS, PROFUNDOS, MUSCULARES ou MIOTÁTICOS - Miotáticos fásicos ou clônicos: percussão com martelo - Os miotaticos fásicos podem estar: normais, abolidos, diminuídos, vivos ou exaltados A arreflexia ou hiporreflexia são encontradas comumente nas lesões que interrompem o arco reflexo (poliomielite, polineuropatia periférica, miopatia) e a hiper-reflexia nas lesões da via piramidal (AVC, neoplasia, doença desmielinizante, traumatismo) Nos pacientes com lesão do cerebelo, é comum a resposta em pêndulo do reflexo patelar (reflexo patelar pendular), consequência da hipotonia > REFLEXOS DE AUTOMATISMO ou DE DEFESSA - Retirada do membro a um estímulo nociceptivo - Resposta anormal: exagero da resposta normal - encontrada na lesão piramidal, especialmente a nível medularSENSIBI LIDADE - Subjetiva: é a que o paciente relata durante a anamnese - Objetiva: está presente um estímulo aplicado pelo examinador - Superficial: algodão os pincel macio - Térmica: tubos de ensaio > A diminuição da sensibilidade tátil recebe o nome de HIPOESTESIA, sua abolição ANESTESIA e se aumento HIPERESTESIA - Profunda: vibratória (palestesia) é pesquisada com diapasão de 128 vibrações/seg, colocado em saliências ósseas - A sensibilidade à pressão (barestesia) é verificada mediante compressão digital ou manual em qualquer parte do corpo, especialmente de massas musculares - A cinético postural ou artrocinética (batiestesia) é explorada deslocando em várias direções do corpo e fixando em uma determinada > paciente deve reconhecer (geralmente hálux, polegar, pé ou mão) > Estereognosia: capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão - Função tátil discriminativa ou epicrítica com componente proprioceptivo - Quando se perde essa função, diz- se asterognosia ou agnosia tátil, indicativa de lesão do lobo parietal contralateral - A dolorosa profunda é avaliada mediante compressão moderada de massas musculares e tendões (não desperta dor) : paciente com dor - neurite e miosite + paciente com tabes dorsalis não sentem dor mesmo com compressão maior NERVOS CRANIANOS Os 12 nervos cranianos têm origem no tronco encefálico ou se dirigem para ele, com exceção dos dois primeiros que não tem características morfológicas de nervo, e sim de tecido cerebral e do ramo externo do XI, cuja origem se encontra na medula cervical NERVO OLFATÓRIO (I) > As impressões olfatórias são recolhidas pelos receptores da mucosa nasal e conduzidas aos centros corticais da olfação, situados no hipocampo, após atravessarem dois lobos frontais > Alterações por lesões corticais: - Parosmia consiste na perversão do olfato - Alucinações olfatórias - Cacosmia, sensação olfatória desagradável na ausência de qualquer substância > Pode representar crises epilépticas, por lesão do úncus hipocampal (crises epilépticas uncinadas) NERVO ÓPTICO (II) > As imagens são recolhidas na retina por meio dos cones e bastonetes, e conduzidas ao centro da visão no lobo occipital, pelos axônios que constituem o nervo, o quiasma e o trato óptico, o corpo geniculado lateral e as radiações ópticas > Acuidade visual > Campo visual (campimetria) - As alterações causadas por neoplasias, infecções e desmielinização são anotadas em relação ao campo visual, e não à retina > Fundoscopia: oftalmoscópio - Pode ser encontrada: palidez na papila, que significa atrofia do nervo óptico; estase bilateral da papila, que traduz hipertensão intracraniana, e as modificações das arteríolas, que aparecem na hipertensão arterial NERVO OCULOMOTOR (III), NERVO TROCLEAR (IV) NERVO ABDUCENTE (VI) > Inervam vários músculos que tem por função a motilidade dos globos oculares: reto medial, reto superior, reto inferior, oblíquo inferior (oculomotor), oblíquo superior (troclear) e reto lateral (abducente) - O oculomotor também inerva a musculatura elevadora da pálpebra > MOTILIDADE EXTRÍNSECA - Estrabismo: desvio do olho de seu eixo normal: predomínio de um músculo (por paresia ou paralisia de seu antagonista) ; pode ser horizontal (convergente ou divergente) ou vertical (Superior e inferior) > causa visão dupla - As causas mais frequentes de lesões dos nervos III são traumatismos, DM, aneurismo intracraniano, hipertensão intracraniana e neoplasias da região selar > MOTILIDADE INTRÍNSECA - A pupila normalmente é circular, bem centrada e tem um diâmetro de 2 a 4 mm - Discoria: irregularidade do contorno pupilar - Midríase: quando o diâmetro se acha aumentado - Miose: quando o diâmetro se acha diminuído - Isocoria: quando o diâmetro está igual - Anisocoria: desigualdade do diâmetro > Reflexo fotomotor direto: contração da pupila na qual se fez o estímulo > Reflexo fotomotor consensual: contração da pupila oposta -Reflexo pode ser: normal, diminuído ou abolido > Lesão unilateral do oculomotor: pupila entra em midríase homolateral e não responde a estímulo algum : midríase paralítica (pupila oposto normal) > Lesão bilateral da via aferente: reflexos fotomotor direto ou consensual estão abolidos, enquanto o de acomodação está preservado > Lesão da via aferente do lado direito: se o estímulo for aplicado à direita, os reflexos direto e consensual estarão abolidos; se for à esquerda, ambos estarão normais, o que significa que o reflexo de acomodação está preservado Sinal de Argyll-Robertson - Miose bilateral, abolição do reflexo fotomotor e presença do reflexo de acomodação -A lesão responsável se situa na região periaquedutal, no mesencéfalo Síndrome de Claude Bernard-Horner - Miose, enoftalmia e diminuição da fenda palpebral -Decorre de lesão do simpático cervical (traumatismo, neoplasia) NERVO TRIGÊMIO (V) > Raiz Motora: nervo mastigador > Raiz sensorial: nervos oftálmico, maxilar e mandibular - Comprometida a raiz sensorial, o paciente vai referir dor, limitada à área correspondente à sua distribuição - em tais casos, usa-se a designação de neuralgia do trigêmeo ou de trigeminalgia NERVO FACIAL (VII) > Motora: ramos temporofacial e cervicofacial: distribuem para a musculatura da mímica facial > Na paralisia facial, observam-se LAGOFTALMIA (olho sempre aberto), EPÍFORA (lacrimejamento), ausência do ato de piscar, desvio da boca para o lado normal, sobretudo quando pede ao paciente que mostre os dentes > A paralisia da face se chama prosopoplegia e quando bilateral, fala- se em diplegia facial: provocadas por infecções virais, acompanhadas de reação edematosa do nervo. Outras causa: DM, neoplasia, otite média, traumatismo, hanseníase (pode ser incompleta do tipo ramuscular, apenas ramos terminais lesados), hérpes- zóster NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII) > No exame faz exploração grosseira das duas raízes: coclear e vestibular > O acometimento da raiz vestibular: quando as queixas do paciente incluem estado vertiginoso, náuseas, vômitos e desequilíbrio NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) E VAGO (X) > A lesão unilateral do glossofaríngeo pode exteriorizar-se por distúrbios da gustação do terço posterior da língua NERVO ACESSÓRIO (XI) > Inerva os músculos esternocleidomastóideo e porção superior do trapézio NERVO HIPOGLOSSO (XII) > Exclusivamente motor, se origina no bulbo e vai para língua > Lesão unilateral: atrofia e fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a língua se desvia para o lado da lesão AVALIAÇÃO ESTADO MENTAL Tradição validada do Minimental state > ORIENTAÇÃO: ano, mês, dia, hora + nome do país, estado, cidade, bairro, local da consulta > MEMÓRIA > LINGUAGEM
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