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Senac Minas - Betim Curso: Cuidador de Idoso - 058.2021.0075 Discente: Elisiane Raimundo da Silva – RA 874456 Docente: Fabrício Natalino de Brito Atividade 4 – Fazer um resumo do filme e relação do filme com a saúde mental do idoso nos dias atuais. Resumo do Filme “Holocausto brasileiro. Dirigido por Daniela Arbex e Armando Mendz. – 2016” Fundado no início do século 20 na cidade de Barbacena, Minas Gerais, com o intuito detratar tuberculose e doentes psiquiátricos, o hospital foi palco de um dos maiores genocídios da história recente do Brasil. Durante aproximadamente 50 anos, cerca de 60mil pessoas morreram entre os muros do Colônia, transformado aos poucos, em um verdadeiro campo de extermínio Ali era o trágico destino das pessoas com problemas psicológicos, quando na verdade eram internados parentes indesejados ou com alguma deformidade física ou quando se era feito alguma coisa errada (tipo engravidar a empregada) por habitantes ricos da região. O hospital feito para suportar apenas 200 pessoas, quando na verdade havia 5000 “pacientes”. A sociedade resolveu jogar ali, tudo o que era indesejado desde prostitutas, esposas que foram trocadas por amantes, mães solteiras, mulheres que perderam a virgindade antes de casar ou estupradas, homossexuais, indigentes e até crianças com deformidades físicas ou deficiência neurológicas. Os relatos dos funcionários que atuavam na época são muito tristes e assustadores. Mães que tinham seus filhos arrancados dos braços quando eram recém- nascidos, pessoas sem higiene básica e alimentação inadequada e eram aglomerados em alas que pareciam celas. Devido ao tratamento inadequado, muitos pacientes não progrediam clinicamente e os que já tinham comportamentos agressivos, ficavam ainda pior. Devido ao abandono de pacientes, muitos dos que iam a óbitos, seus corpos eram comercializados para faculdades da região. O descaso era tanto que muitos dos profissionais contratados não tinham certificação para atuar na área da saúde. Fotos daquela época foram tiradas por uma equipe de reportagem, no qual hoje é muito difícil diferenciar os pacientes do Hospital Colônia de um campo de concentração nazista. A maioria dos pacientes eram negros e pobres, os homens que eram considerados” lúcidos” aceitavam maços de cigarros ou bebidas para executar serviços para limpeza das ruas ou nas casas de funcionários do próprio hospital. Para reconstituir a história (genocídio) do hospício, a autora (Daniela Arbex) entrevistou pacientes sobreviventes, psiquiatras e ex-funcionários da época e ao pesquisar a fundo a história da luta contra o descaso de uma parte de uma história horrível que por incrível que pareça aconteceu no Brasil. Ela revirou arquivos, leu Foucault (filósofo francês que estudou e escreveu sobre a loucura) e encontrou o acervo fotográfico de uma reportagem/denúncia feita pela revista O Cruzeiro, com imagens que por si só já contam está triste história. O Holocausto Brasileiro expõe o descaso profissional, os maus tratos ao ser humano, a miséria humana, não para se fazer publicidade da autora, mas para que as pessoas saibam possam fazer diferente daquela época e que o ser humano deve ser respeitado independente da sua condição social, física e mental. Para mim o mais chocante é o relato de um ex-funcionário comparando pacientes a cachorros, a confissão de uma enfermeira sobre os choques aplicados nos internos, a constatação de que a venda dos cadáveres para as faculdades de medicina era uma atividade corriqueira e rentável e ainda, a exploração de mão de obra. E a pergunta que ficou ecoando na minha mente foi: “como é fotografar um ser humano que perderam a condição humana”. Hoje a saúde mental tem a proposta de um novo paradigma – a Reforma Psiquiátrica - determina que a internação passou a ser vedada sem que haja real necessidade e com recomendação médica. Porém ainda há muito a pratica de judicialização para internação e no caso de idosos não deixados nas casas de repouso e em suas residências aos cuidados de cuidadores e equipes multidisciplinar. Os idosos são um dos grupos que têm leis e políticas públicas voltadas para eles, existem muitas campanhas de promoção e prevenção a saúde do idoso, mas na prática o acesso de muitos idosos a essas políticas é limitado, e isso faz com que eles se preocupem excessivamente, predispondo-os a transtornos do humor e assim necessitam de mais atenção e cuidados que nem sempre são prestados. Existe uma rede de apoio e cuidados tanto no privado como no Sus, o que é preciso é ampliar o acesso tanto para o idoso como para as famílias. E quanto aos cuidadores de idosos, deixo abaixo alguns cuidados que podem melhorar a prestação do cuidado e a qualidade de vida do idoso e da pessoa em sofrimento mental. Cuidados - Ocupar e socializar o paciente são formas de elevar a auto estima - Estimular o paciente a falar, para que possa verbalizar seus sentimentos e ideias. - Evitar que seja alvo de zombaria - Manter o diálogo com a família se possível - Observar constantemente o relato das manifestações de comportamento do paciente e ter uma escuta reflexiva. - Garantir que o paciente tome a medicação - Garantir a segurança do paciente.
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