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Idade Média BAIXA Idade Média (XI – XV) Crises da Baixa Idade Média • Período de transformações estruturais no Feudalismo Europeu • Causas: • Esgotamento econômico (fome -> miséria -> problemas econômicos para a Europa) • Cruzadas (a Europa deixa de ser invadida e volta a ser invasora, ataca territórios e se expande com a justificativa de uma Guerra Santa) • Retomada do comércio e da vida urbana, circulação de pessoas e mercadorias, intensificação dos negócios • Fortalecimento da camada social burguesa: vive de atividade econômica não ligada à posse da terra, ao campo. Essa cama social viaja, transita para comercializar. • Guerras de revoltas populares Fome e Miséria • A fome feudal (séc. XI – XIII) • Causas: fim das invasões, das guerras carolíngias e das pestes = crescimento demográfico (saturação populacional nos feudos) • Agricultura: técnicas rudimentares, baixa produtividade, rotação de culturas para preservar terra (tempo de colheita, produção lentas). • Muita boca – pouca comida • Consequências: • Expulsão de parte dos servos dos feudos que irão virar homens livres (burguesia) com suas dívidas perdoadas pelo senhor feudal. Essas pessoas vão se deslocar para as antigas cidades, os burgos (centros de artesanato e comércio); • Aumento de impostos nos feudos = revoltas camponesas/fugas de servos. • Migração populacional para cidades e vilas, gerando a expansão da burguesia Fome e Miséria A fome feudal (séc. XI – XIII) Consequências: • Desenvolvimento de novas técnicas (arado, moinhos hidráulicos) • Necessidade de novas terras (expansão para o Leste) • Movimento das Cruzadas convocado pela Igreja Católica • Crescimento das cidades = renascimento urbano Cruzadas (1096 – 1270) • Principais objetivos: Expansão da fé cristã-católica para evangelização povos “pagãos”; interesse territorial (demanda da pequena nobreza); ter mais fácil acesso comercial, a partir do Mediterrâneo, ao oriente médio, a partir da burguesia italiana. • Justificativa: a crise de fome e miséria como punição divina, pois os católicos permitiram a expansão dos pagãos pelo mundo (crescimento do Islã) e pela cisão do catolicismo, durante o Império Bizantino. • Motivação: indulgência plena (estímulo para a participação de servos e homens livres para lutarem contra os árabes muçulmanos, entendidos como pagãos) • As Cruzadas não conquistaram Jerusalém, mas intensificaram as rotas comerciais, vide mapa a seguir: Renascimento Comercial • Características • Expansão do uso de moedas (especialmente no comércio com o Oriente, que demandava ouro e prata). Deixa-se de lado a economia amonetária. • Camadas de homens livres, burgueses que enriquecem sem a posse de terras, por meio da cobrança/empréstimo de dinheiro (moedas) à juros (usura) para fomentar o comércio e enriquecer. • Aumento das viagens Renascimento Comercial • Necessidade de poderes políticos mais centralizados • Movimento Comunal: na ausência de poderes mais centralizados, os comerciantes começam a desenvolver maior autonomia em relação aos poderes locais (clero e nobreza) • Carta de Franquia: documento firmado entre a burguesia de uma cidade e uma grande autoridade • A cidade se torna um ambiente de liberdade para o burguês • Incorporação de novas terras e técnicas aprendidas dos muçulmanos combate a fome e a miséria. A partir do séc. XIII acontece maior produção agrícola. Crise da Baixa Idade Média • Fome: mudanças climáticas • Peste Negra: transmitida pela pulga do rato, doença vinda do Oriente a partir das transações comerciais para a Europa • 1/3 da população da Europa morreu • “Castigo” de Deus • Senhores feudais continuaram exigindo de seus servos o trabalho constante; pagassem tributos etc. • Revoltas camponesas Questão 1 (Enem PPL 2013) Queixume das operárias da seda Sempre tecemos panos de seda E nem por isso vestiremos melhor [...] Nunca seremos capazes de ganhar tanto Que possamos ter melhor comida [...] Pois a obra de nossas mãos Nenhuma de nós terá para se manter [...] E estamos em grande miséria Mas, com os nossos salários, enriquece aquele para quem trabalhamos Grande parte das noites ficamos acordadas E todo o dia para isso ganhar Ameaçam-nos de nos moer de pancada Os membros quando descansamos E assim, não nos atrevemos a repousar CHRÉTIEN DE TROYES apud LE GOFF. J. Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Edições 70, 1992. → Tendo em vista as transformações socioeconômicas da Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média, o texto apresenta a seguinte situação: a) Uso da coerção no mundo do trabalho artesanal. b) Deslocamento das trabalhadoras do campo para as cidades. c) Desorganização do trabalho pela introdução do assalariamento. d) Enfraquecimento dos laços que ligavam patrões e empregadas. e) Ganho das artífices pela introdução da remuneração pelo seu trabalho.
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