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Semiologia musculoesquelética - PARTE I

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1 AV1 – Prática Médica II – Prof. Alessandra Cardoso – 4º período – Fernanda Pereira 
Semiologia da coluna vertebral 
Composta por: 
 - 7 vértebras cervicais 
- 12 vértebras torácicas 
- 05 vértebras lombares 
- 05 vértebras fundidas sacrais 
- 3 a 5 vértebras coccígenea (média 4) 
Iniciamos a semiologia assim que o paciente entra na sala, 
onde observamos o padrão postural, se tem algum 
posicionamento de desvio, de dor em alguma região. 
 
- Posição do paciente 
- Posição do médico 
 
Na hora do exame físico pedimos para o paciente se despir, 
ideal é ficar com as roupas intimas e ou avental, iremos 
observar as curvaturas fisiológicas do paciente e avaliações 
de simetria, avaliando o paciente anteriormente, 
posteriormente e lateralmente em ambos os lados. 
 
Observar as angulações, as simetrias, entre as escápulas, 
entre as espinhas ilíacas, a altura dos joelhos. 
 
Pedimos ao paciente para que fique em uma posição 
confortável, olhando para linha do horizonte: 
 
Iniciamos pela vista posterior, nessa vista avaliamos o 
alinhamento da coluna vertebral: avaliando a altura dos 
ombros, a angulação do triangulo de Talles (observamos a 
distância braço-corpo), observamos a projeção e 
alinhamento das escápulas, a altura da cintura, joelhos. 
 
Já temos algumas condições para ver alguns desvios, os 
desvios laterais são chamados de ESCOLIOSE. 
 
Na visão anterior iremos observar novamente: altura dos 
ombros, novamente o triângulo de Talles, distância dos pés. 
 
Outra posição que iremos avaliar a coluna é o paciente 
perpendicular (lateralizado) ao médico. Nessa posição 
avaliamos as curvaturas fisiológicas: na cervical 
observaremos uma lordose, na torácica uma cifose, na 
lombar uma lordose e novamente uma cifose na coluna 
sacral. 
 
Algumas alterações: hiper cifose ou hiper lordose, hiper 
acentuação da coluna cervical, ou seja, acentuação de 
qualquer um desses segmentos pode ocorrer, assim como 
retificação e até inversão desses segmentos. 
 
Escoliose 
 
Desvio lateral da coluna. Quando temos esse desvio é 
necessário observar o segmento que está sendo acometido, 
podendo ser mais de um. E descrever o desvio: Escoliose 
torácica dextroconvexa (convexidade no lado direito). 
Nessa mulher observamos duas alterações seguidas que 
chamamos de S: uma escoliose torácica para a direita 
(dextroconvexa) seguida de uma escoliose lombar a 
esquerda (sinistro convexo). 
 
Curvaturas fisiológicas 
Lordose Cervical 
Cifose Torácica 
Lordose Lombar 
Cifose Sacral 
 
As cifoses torácicas e sacrais são 
embriogenicas, nascemos com 
elas e vamos formando as 
lordoses torácicas e lombares no 
processo de andar, importante 
para o humano desenvolver essas 
curvaturas para que possamos 
ficar na posição ortostática (em 
pé). 
 
Desvios das curvaturas em plano sagital 
• Aumento da curvatura 
Usamos o prefixo HIPER - Hiper cifose ou Hiper lordose, 
lembrando que apontamos sempre o segmento acometido. 
Por ex: na grávida conforme o abdômen vai ficando mais 
volumoso geramos um aumento da lordose lombar, assim 
também ocorre no obeso. Há uma sobrecarga na lombar. 
Vemos também um homem com hiper lordose lombar e 
hiper cifose torácica. 
• Diminuição da curvatura e Inversão da curvatura 
Semiologia Musculoesquelética 
PARTE I 
 
 
2 AV1 – Prática Médica II – Prof. Alessandra Cardoso – 4º período – Fernanda Pereira 
 
Podemos notar uma diminuição da curvatura ou uma 
retificação da coluna, na imagem abaixo vemos uma 
retificação da coluna cervical e ao lado uma imagem de um 
paciente que quase chega a ter uma inversão da lordose 
cervical. 
Em resumo... 
1. Posicionamento adequado 
2. Boa pratica de inspeção 
3. Reconhecer as estruturas anatômicas 
4. Sempre alinhado a uma boa anamnese 
 
Manobra de Adams 
Manobra que completa a avaliação de uma escoliose 
estrutural. 
O que é a escoliose estrutural? É quando temos a rotação 
patológica da vértebra, modificando o ângulo das costelas –
gibosidade. 
Escoliose estrutural x 
 
Atitude escoliotica 
(escoliose funcional) 
 
Já a atitude escoliotica não tem a rotação patológica da 
vértebra e sim uma postura do paciente, por isso é 
conhecida como escoliose funcional. 
Como realizar a manobra de Adams? 
Pedimos ao paciente que fique de pé, unir as mãos com os 
braços esticados e fazer uma flexão anterior. O Examinador 
deve ficar atrás do paciente e fazer uma linha horizontal, 
visualizando bem a coluna torácica, na figura abaixo vai 
notar a mudança de angulação dos arcos costais. 
Posicionamento do paciente 
- Ortostática com flexão anterior de tronco com as mãos 
unidas e braços esticados. 
Posicionamento do médico 
- Vista posterior com visão horizontal a coluna torácica do 
paciente, podemos sentar para nossos olhos ficarem na 
altura da coluna torácica. Avaliação da presença de escoliose 
torácica. 
Resultado 
- Avaliar assimetria paravertebral 
- Pode-se mensurar sua angulação 
Semiologia da coluna cervical 
Composta por 7 vértebras e 8 raízes nervosas. 
 
Lembrar da importância com as estruturas anteriores do 
pescoço, pois algumas alterações dessas vértebras podem 
interferir nessas estruturas, ex: compressão do esôfago. 
Cervicalgia 
Dor na região cervical, pode ser por diversas causas 
possíveis. 
Cervicobraquialgia 
Dor na região cervical com irradiação para um ou ambos 
MMSS. 
Observação postural 
Vamos observando durante toda a anamnese, pois quando 
orientamos alguma posição ele naturalmente se corrige. 
Inspeção 
• Deformidades 
• Alterações da lordose cervical: retificação, inversão 
da curvatura. 
• Posição antálgica: mantém alguma postura de dor 
• Anormalidades posturais 
• Sinais traumáticos: hematoma, alteração cutânea. 
Palpação 
• Pontos Dolorosos 
• Contratura da musculatura paravertebral 
• Além de verificarmos adenopatias e massas 
cervicais, as vezes observamos aumento de 
linfonodo e isso gera dor também. 
• Tireoide e pulsos carotídeos 
Preferencialmente fazemos a palpação com paciente 
deitado para que esteja todo relaxado. Porém muitas vezes 
é realizado com paciente sentado. 
Mobilização passiva 
• Avaliar amplitude do movimento: 
Avaliamos se o paciente tem dor enquanto faz os 
movimentos abaixo e se tem irradiação. Lembrando que se 
houver irradiação teremos que avaliar a parte neurológica 
com muito cuidado. 
1. Flexão ≅ 70 
2. Extensão ≅ 70 
3. Rotação ≅ 90 
4. Lateralização ≅ 45 
Já no início da anamnese deve-se observar as posturas 
viciosas do paciente. Ao examinar pedimos para que aponte 
os pontos álgicos, realizar a inspeção sem as vestimentas, 
palpação dos processos espinhosos. Iniciamos pela flexão 
anterior da cabeça do paciente, extensão da coluna cervical 
e lateralização para os dois lados e a rotação (se atentando 
para que não rotacione os ombros juntos). Importante 
 
 
3 AV1 – Prática Médica II – Prof. Alessandra Cardoso – 4º período – Fernanda Pereira 
orientar para que o paciente se sente ereto na cadeira, com 
as nádegas ao fundo da cadeira permitindo que a coluna 
esteja bem posicionada. 
Testes específicos 
Teste da compressão 
A ideia desse teste é diminuir o espaço do forame por uma 
compressão, gerando dor devido à pressão na região. O 
paciente irá relatar a queixa com maior precisão: se 
apresenta irradiação, qual o trajeto e qual perfil da dor. 
a. Compressão progressiva da cabeça 
b. Avaliar se há aumento da dor cervical 
c. Estreitamento do forame 
d. Aumento da pressão da raiz acometida 
e. Sobrecarga nas facetas articulares e sensibilização 
Lembrar que pacientes que tenham doenças sistêmicas, ex: 
paciente com artrite reumatoide pode ter 
comprometimento da coluna cervical, porém com a 
manobra de compressão pode piorar a situação, provocando 
consequências maiores. Então, nesses pacientes não 
realizamos essa manobra. Este exame então é indicado para 
verificar alterações mecânicas.Teste de tração - distração 
A ideia desse teste é diminuir a compressão e 
consequentemente esperamos que o paciente relatasse 
uma melhora da dor. 
a. Mão abaixo do queixo e outro na região occipital, 
elevação gradual da cabeça 
b. Alivio da dor 
c. Consequente ao aumento do diâmetro do forame 
d. Diminuição da compressão radicular e da tensão 
nas estruturas acometidas. 
Teste de Valsalva 
Pedir ao paciente que feche a boca, aperte o nariz e sopre 
aumentando a pressão craniana: 
Ocasiona aumento da pressão intratecal 
Auxilia diagnostico das lesões expansivas 
O aumento da pressão nesta manobra faz com que o 
paciente que tiver lesões expansivas ou hérnia de disco 
relate queixa de dor e se relatar irradiação pode ser uma 
cervicobraquialgia. 
Manobra de Spurling 
Extensão e Rotação conjuntas da cabeça, com reprodução da 
dor radicular. 
É também uma manobra de pressão, porém vamos 
aumentar a compressão pela rotação. Realizar para os dois 
lados. Inclinamos a cabeça do paciente, iniciar sempre pelo 
lado que o paciente NÃO relata dor. No lado em que o 
paciente indicou a ter esperamos que ao fazer a manobra o 
paciente relatasse dor com irradiação para os MMSS. 
Teste da deglutição 
Dor ou dificuldade ao deglutir (osteófitos, hematomas, 
tumores, etc.) 
Disfagia: dificuldade em deglutir. 
Oferecemos liquido mais consistente e o paciente tem 
dificuldade de engolir devido a alguma compressão da luz 
do esôfago, geralmente os alimentos sólidos causam 
mais desconforto. 
Síndrome do desfiladeiro 
Raro 
Adultos jovens entre 20-40 anos 
Homem- Mulher de 1:4 
É causada pela compressão do plexo braquial, artéria 
subclávia e veia subclávia 
Comprimidas entre a clavícula e a primeira costela 
A compressão neurológica é a forma mais comum (95% dos 
casos) 
Complicações vasculares são pouco frequentes 
Complicações arteriais, geralmente, resultam da 
compressão da artéria subclávia por costelas cervicais ou por 
contratura dos músculos escalenos anterior e médio, ou 
durante o trajeto do vaso em direção ao MMSS. 
Anatomia do desfiladeiro torácico. Os círculos na figura 
representam os pontos de compressão. 
 
Sintomas da 
forma 
neurogênica 
Sintomas da 
forma venosa 
 
Sintomas da 
forma arterial 
Fraqueza 
muscular, 
parestesia e dor 
no MMSS 
acometido 
Edema e dor 
intensa 
Dor não 
radicular, 
membro frio e 
pálido. 
 
 
 
 
 
4 AV1 – Prática Médica II – Prof. Alessandra Cardoso – 4º período – Fernanda Pereira 
Teste de Adson 
Palpação do pulso radial, fazer uma extensão do membro: 
abduzir, estender, rodar o braço lateralmente. 
Prender a respiração e rodar a cabeça (pro lado que está 
examinando) homolateralmente, se houver diminuição do 
pulso dizemos que o teste é positivo e dizemos que teve 
compressão da artéria subclávia 
Sugestivo de Síndrome do Desfiladeiro torácico → se houver 
compressão da artéria subclávia, o pulso radial diminuirá de 
amplitude. 
Sensibilidade, motricidade e reflexo relacionado às raízes 
cervicais 
Raiz Reflexo 
Sensibilidade 
(área a ser 
testada – 
dolorosa ou 
tátil) 
Motor – Músculo 
chave 
C2 - 
Protuberância 
occipital 
- 
C3 - 
Fossa 
supraclavicular 
- 
C4 - 
Borda superior da 
articulação 
acromioclavicular 
- 
C5 Bicipital 
Borda lateral da 
fossa ante cubital 
Deltoide e bíceps (é 
inervado C5 e C6) 
C6 
Braquiorradial
/Bicipital 
Dedo polegar 
Extensores do punho 
(C6 e C7), Bíceps (C5 
e C6) 
C7 Tricipital Dedo médio 
Flexores do punho, 
extensores dos 
dedos 
C8 - Dedo mínimo 
Músculos 
interósseos, flexores 
digitais 
T1 - 
Borda ulnar da 
fossa ante cubital 
Músculos 
interósseos 
Observamos que é a partir de C5 que temos maiores queixas. 
Nível neurológico C5 
Motor: músculos bíceps e deltoide envolvido. 
Reflexo: bicipital 
Sensibilidade: acomete a região lateral do braço, então se o 
paciente tiver queixa dessa região é importante avaliar e 
realizar o teste neurológico 
Nível neurológico C6 
Motor: músculo bíceps e músculo extensores do punho 
envolvidos. Iremos realizar uma manobra de resistência 
contra resistencia para avaliação do biceps. 
Reflexo: Braquioradial/ biceptal 
Sensibilidade: dedo polegar e indicador 
Nível neurológico C7 
Motor: músculos flexores do punho, extensores dos dedos e 
tríceps. 
Reflexo: tricipital (avaliação dos tríceps e dos músculos 
acima mencionados. 
Sensibilidade: dedo médio 
Nível neurológico C8 
Motor: músculos interósseos e flexores dos dedos 
Reflexo: não há 
Sensibilidade: dedo mínimo até a metade do antebraço 
Nível neurológico T1 
Motor: músculos interósseos e flexores digitais 
Reflexo: não há 
Sensibilidade: região medial de antebraço e braço (terço 
médio do MMS)

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