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Hérnia de Disco

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Lorena Blinofi - 5° Período Histopatologia
Hérnia de Disco
↠ Anatomia/histologia da coluna vertebral
• A coluna vertebral é formada por articulações composta
por:
↪ Vértebras: corpo vertebral.
↪ Disco intervertebral:
➢ Anel fibrocartilaginoso: possui tecido
conjuntivo denso, mas sua maior parte é
formada por fibrocartilagem (feixes de
colágeno tipo I em camadas concêntricas, que
pode ser identificada pela presença de
condrócitos dentro das lacunas), esse anel é
uma estrutura flexível que permite a
mobilidade da coluna vertebral em suas
várias direções.
➢ Núcleo pulposo (núcleo gelatinoso): derivado
da notocorda do embrião, constituído por
células redondas espalhadas em um líquido
viscoso rico em ácido hialurônico e pequena
quantidade de colágeno tipo II. Serve para
absorver as pressões, protegendo as
vértebras de impactos.
❕❕❕No jovem, o núcleo pulposo é maior em relação ao
avançar da idade, sendo gradualmente e parcialmente
substituído por fibrocartilagem
Lâmina de Rabo de camundongo: Cartilagem
fibrosa/Fibrocartilagem.
Aumento de 10x. Coloração picrosirius+hematoxilina.Na
estrutura central em 1 temos o núcleo pulposo, ao seu redor
em 2 observamos o anel fibroso, e as células circuladas em 3,
são condrócitos. As estruturas apontadas pelas setas, são as
vértebras (osso).
Lâmina de Rabo de camundongo: Cartilagem
fibrosa/Fibrocartilagem.
Aumento de 20x. Coloração picrosirius+hematoxilina.
Na estrutura central em 1 temos o núcleo pulposo, ao seu
redor em 2 observamos o anel fibroso, e as células circuladas
são condrócitos.
↠ Definição
• É um processo degenerativo, silencioso e com escassa
reparação.
• É marcada pelo abaulamento do disco intervertebral,
que acontece devido ao rompimento do anel fibroso, que
acaba permitindo o escape do núcleo pulposo, gerando
uma protuberância que pode comprimir as estruturas
vizinhas, como estruturas neurológicas (nervos e medula
espinhais).
• Pode ocorrer em qualquer disco, porém predominam na
região lombar posteriormente, sendo as principais
vértebras afetadas L4. L5 e S1. Seguido das cervicais e
torácicas.
↠ Epidemiologia
• Acomete entre 13 e 40% das pessoas ao longo da vida,
com pico de incidência entre 50-60 anos de idade.
• Apesar de poder ser assintomática, configura importante
causa de dor nas costas, queixa de 13,5% dos brasileiros
e segundo principal motivo de recebimento de auxílio
doença.
↠ Fisiopatologia
• Principal causa: traumatismos gerados pelo movimento.
• Predisposição genética: estenose do canal e
espondilose (desgaste da coluna)
• Alterações devido ao envelhecimento:
↪ Núcleo pulposo: Perda de água e de
glicosaminoglicanos. O que gera redução da pressão
nuclear e elasticidade.
↪ Anel fibrocartilaginoso: perde água, o que o torna
fibrilado e fissurado, acumulando condrócitos e
neovascularização em suas bordas, prejudicando a sua
fixação ao corpo vertebral.
• Tais alterações levam ao enfraquecimento do anel e a
escape do núcleo pulposo (herniação) e das fibras
anulares degeneradas através de pontos mais
Lorena Blinofi - 5° Período Histopatologia
Lorena Blinofi - 5° Período Histopatologia
comprometidos. Ao herniar, o núcleo pulposo comprime e
desloca as raízes espinhais.
Fases e Tipos de hérnias
• Primeira fase: ocorrência do abaulamento discal, quando
o disco intervertebral começa a apresentar sinais de
envelhecimento e o anel fibroso desenvolve fissura,
fazendo com que o disco assuma o formato de arco.
• Segunda fase: ocorrência da protrusão discal, sendo a
fase na qual o abaulamento fica maior e já pode atingir
nervos, medula e saco dural.
↪ Hérnia do tipo PROTUSA: alargamento do disco
com a permanência do núcleo pulposo em seu local,
gerando sensibilidade devido ao seu aumento de
volume.
• Terceira fase: formação da hérnia de disco propriamente
dita, marcada pela ocorrência da extrusão do disco. Nessa
fase as estruturas nervosas estão comprometidas pelo
estreitamento dos canais por onde passam os nervos e
medula.
↪ Hérnia do tipo EXTRUSA: rompimento do anel
fibroso com escape do núcleo pulposo, que pressiona
os elementos próximos.
• Quarta fase: sequestro da porção extrusa, sendo uma
etapa mais rara, que consiste na ruptura da parte herniada
do disco vertebral
↪ Hérnia do tipo SEQUESTRADA: rompimento do
anel fibroso e escape do núcleo pulposo, com o líquido
migrando através do canal medular para cima ou para
abaixo.
Locais de ocorrência e forma de danos
• Podem ocorrer em quatro zonas do disco - central,
póstero lateral, foraminal ou extraforaminal - e, dessa
forma, podem provocar apresentações clínicas distintas.
• Os danos às raízes nervosas podem ocorrer de duas
formas principais:
↪ Compressão mecânica direta
↪ Irritação nervosa pela ação de mediadores
inflamatórios liberados durante este processo.
NÓDULO DE SCHMORL
• É uma alteração visualizada em exames de imagem da
coluna vertebral que indica a herniação do disco
intervertebral para dentro do corpo vertebral, formando
uma massa globosa.
• Em outras palavras, é uma hérnia que ocorre para dentro
da vértebra.
• Esse nódulo pode acontecer em uma coluna saudável,
podendo não haver nenhum sintoma presente.
Lorena Blinofi - 5° Período Histopatologia
Lorena Blinofi - 5° Período Histopatologia
↠ Fatores de risco
• Postura inadequada, movimentos inadequados:
levantamento repetitivos e postura inadequada devem ser
evitados (lembrar da ocupação)
• Excesso de peso: causa estresse extra nos discos da
parte inferior das costas
• Atividades de grande esforço físico: levantamento
inadequado com os músculos das costas também aumenta
o risco de danos no disco. Levante objetos pesados com o
auxílio das pernas, não com os músculos das costas, e não
torça as costas enquanto levanta.
• Sedentarismo: hábitos sedentários podem pressionar a
coluna inferior. Se você se senta ou dirige por longos
períodos de tempo, tente adicionar períodos regulares de
exercício diariamente.
• Tabagismo: acredita-se que fumar diminui o
fornecimento de O2 para o disco, fazendo com que ele se
quebre mais rapidamente.
• Fatores genéticos: algumas pessoas herdam uma
predisposição para desenvolver uma hérnia de disco
↠ Quadro clínico
• Algumas herniações dos discos vertebrais são
assintomáticas, porém a maioria inclui sintomas
característicos dos locais específicos de compressão ou
irritação nervosa.
• O sinais e sintomas se relacionam com o tamanho da
hérnia e a área em que foi comprimida a raiz nervosa
• Geralmente os pacientes surgem com queixas de dor
intensa com irradiação para o membro cuja raiz nervosa
é afetada, com fraqueza muscular seguida de parestesia
e/ou paresia do membro acometido.
• Outros sintomas são rigidez de nuca e parestesias em
pés e mãos.
• Na região cervical, a dor inicia no pescoço e geralmente
irradia para os membros superiores.
• Na região lombo-sacra, a dor tem início na região
lombar, podendo se irradiar para nádega, coxa e joelhos.
• A dor pode ser aguda com piora ao esforço físico,
geralmente em jovens, ou permanente de fraca
intensidade, mais comumente em idosos.
• Radiculopatia sintomática: começa nas costas e vai para
os membros inferiores.
Lorena Blinofi - 5° Período Histopatologia

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