Problema 03_ Cabeça cheia

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Sistemas Orgânicos Integrados II Rita Erika - Turma XI - Medicina
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Problem�
Ao visitarem a biblioteca da universidade
com sua professora, os alunos ficaram
intrigados com a ilustração. Após a visita,
os alunos abordam a professora
querendo saber um pouco mais sobre
aquele indivíduo da imagem.
Objetiv��
Compreender a embriologia e anatomia
encefálica (circulação)
Embriologia Encefálica
O sistema nervoso é originado do folheto
embrionário ectoderma.
● Ectoderma sofre um espessamento
formando a PLACA NEURAL
● A placa cresce e se espessa dando
origem ao sulco neural, que se
aprofunda e forma a goteira neural
● Os lábios da goteira neural se
fundem formando o TUBO
NEURAL
- origina o SNC
● Os lábios da goteira neural que se
encontram com o ectoderma
forma as CRISTAS NEURAIS
- origina o SNP
Tubo Neural
Existem dois pequenos orifícios o
neuróporo rostral e neuróporo caudal
- Com o fechamento dos
neuroporos, a cavidade passa então
a ser preenchida por líquido
ependimário. O termo líquido
cerebroespinhal só é usado quando
surgem os plexos coróides
Paredes do Tubo
Existem lâminas como:
● duas lâminas alares: originam
neurônios ligados a sensibilidade
● duas lâminas basais: originam
neurônios ligados a motricidade
● uma lâmina do assoalho: forma o
sulco mediano do IV ventrículo
● uma lâmina do teto: origina o
epêndima da tela corióide e dos
plexos corióides.
Dilatações do Tubo
Parte cranial forma o encefálico
O encéfalo primitivo sofre 3 dilações que
são vesículas encefálicas primitivas:
● prosencéfalo: origina o telencéfalo
e o diencéfalo
● mesencéfalo: origina o próprio
mesencéfalo
● rombencéfalo: forma o
metencéfalo e o mielencéfalo
Cavidades do Tubo
● a luz da medula primitiva forma o
canal central da medula
- que contém o líquido
cefalorraquidiano
● cavidade dilatada do rombencéfalo
forma o IV ventrículo
● as cavidades do diencéfalo e do
meio do telencéfalo formam o III
ventrículo
● a luz do mesencéfalo constitui o
aqueduto cerebral
- esse aqueduto une o III ao IV
ventrículo
● Os ventrículos laterais unidos ao III
ventrículo formam dois forames
interventriculares.
Anatomia Encefálica
O encéfalo é formado pelo cérebro,
cerebelo e tronco encefálico.
Cérebro
● formado pelo telencéfalo e pelo
diencéfalo
- telencéfalo: sulcos e giros
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- diencéfalo: tálamo, epitálamo
(glândula pineal), hipotálamo
e subtálamo
Cerebelo
Tronco encefálico
● mesencéfalo
● bulbo
● ponte
Compreender quais as causas,
consequências e tipos de hidrocefalia,
bem como as principais estruturas
comprometidas e seus sintomas
Hidrocefalia
A hidrocefalia é uma patologia causada
pelo aumento da quantidade de líquido
cefalorraquidiano (LCR) nos ventrículos
do cérebro devido à deficiência da
absorção do líquido ou obstrução da via
liquórica, aumenta a pressão dentro do
crânio, podendo causar danos ao órgão.
A hidrocefalia tem uma incidência maior
em recém-nascidos e crianças, mas pode
ser vista também em adultos e idosos.
Tipos de Hidrocefalia
Existem três tipos de hidrocefalia
A não comunicante (obstrutiva):
● que ocorre quando o fluxo de
LCR é bloqueado dentro do
sistema ventricular
● pode ser congênita ou
adquirida
● causa congênita são pelas
malformações cerebrais, pela
presença de tumores e cistos
● na hidrocefalias não
comunicantes, pode-se evitar
a utilização dos shunts e
utilizar- se da
neuroendoscopia
A comunicante (não obstrutiva)
● que ocorre quando o LCR é
absorvido inadequadamente
● pode ser congênita ou adquirida
● decorrentes de hemorragias ou
sangramentos intracranianos,
traumatismos cranianos, infecções
(meningite) e idiopática.
● hidrocefalias comunicantes a única
opção de tratamento consiste na
utilização de sistemas valvulares
(shunts)
A hidrocefalia de pressão normal (HPN)
● que ocorre com um aumento da
quantidade de LCR nos ventrículos
do cérebro com pouco ou nenhum
aumento da pressão dentro da
cabeça
● ocorre por uma desregulação do
sistema de produção do LCR e por
causa da reabsorção do líquido no
cérebro, ocorrendo o acúmulo
deste dentro dos ventrículos
● é observada com mais frequência
em adultos com mais de 60 anos
de idade
Prevenção
Essa patologia pode ser prevenida com:
● o uso de ácido fólico por mulheres
que pretendem engravidar
● complementada com uma
alimentação rica do mesmo,
● acompanhamento pré-natal eficaz
● vacinação, uma vez que, doenças
infecciosas podem causar a
hidrocefalia.
Diagnóstico
Pode ser diagnosticada através de
exames de imagem como:
● ultrassonografia
● tomografia computadorizada de
crânio
● ressonância magnética
Sintomas
Quando não tratada pode gerar
distúrbios sensitivos e motores, ao lado
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de retardo do desenvolvimento
intelectual.
Na faixa etária infantil são:
● letargia
● vômito
● estrabismo
● deficiência na coordenação motora
Tratamento
A não comunicante (obstrutiva):
● na hidrocefalias não comunicantes,
pode-se evitar a utilização dos
shunts e utilizar- se da
neuroendoscopia
A comunicante (não obstrutiva)
● hidrocefalias comunicantes a única
opção de tratamento consiste na
utilização de sistemas valvulares
(shunts)
A hidrocefalia de pressão normal (HPN)
● possibilidade de drenar o líquido
em excesso nos ventrículos
cerebrais para outras cavidades
corporais, com isso diminuiu a
mortalidade e a morbidade em
crianças com hidrocefalia.
Entender a função e formação do líquido
cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidiano (LCR)
É um fluido biológico que está em íntima
relação com o sistema nervoso central
(SNC) e seus envoltórios (meninges).
Ele circula no cérebro e na medula
espinhal através do espaço
subaracnóideo, ventrículos cerebrais e o
canal central da medula
O LCR é constituído de pequenas
concentrações de proteína, glicose,
lactato, enzimas, potássio, magnésio e
concentrações relativamente elevadas de
cloreto de sódio. Além disso, apresenta
um aspecto de "água de rocha", é límpido
e incolor
Formação
É um ultrafiltrado produzido pelos plexos
coróides, estrutura enovelada formada
por dobras de pia-máter, vasos
sanguíneos e células ependimárias
modificadas. Cerca de 40% é formado por
pelo epêndima das paredes ventriculares.
Função
A principal função do LCR é a proteção
mecânica que amortece o encéfalo e a
medula espinhal contra choques e
pressão. O LCR também tem a
capacidade de flutuação, de defesa do
SNC contra agentes infecciosos, de
remover resíduos e de circular nutrientes,
mantendo, assim, o dinamismo dos
elementos nele presentes
Descrever a anatomofisiologia das
meninges
Meninges
São membranas conjuntivas. sendo elas
dura-máter, aracnóide e pia-máter
Dura-máter
● mais espessa e resistente
● formada por tecido conjuntivo
muito rico em fibras colágenas,
contendo vasos e nervos
● dura-máter do encéfalo possui dois
folhetos, um externo e outro
interno
● dura-máter espinhal possui apenas
o folheto interno
● é ricamente inervada, sendo
responsável pela maioria das dores
de cabeça.
Aracnóide
● membrana muito delgada,
justaposta à dura-máter
● da qual se separa pelo espaço
subdural. Nesse espaço subdural
contém uma pequena quantidade
de líquido para manter a
lubrificação entre as membranas
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● se separada a pia-máter pelo
espaço subaracnóide, que contém
líquido cefalorraquidiano
● apresenta trabéculas aracnóideas
que servem para ligar-se a
pia-máter. Essas trabéculas
lembram teias de aranhas
Pia-máter
● é a camada mais interna das
meninges, aderindo-se
intimamente à superfície do
encéfalo e da medula
● seu relevo e depressões
acompanha, descendo até o fundo
dos sulcos cerebrais
● dá resistência aos órgãos nervosos,
uma vez que o tecido nervoso é de
consistência mole
● acompanha os vasos que penetram
no tecido nervoso a partir do
espaço subaracnóideo, formando a
parede externa dos espaços
perivasculares.
Referências
- ANGELO MACHADO; LUCIA MACHADO
HAERTEL. Neuroanatomia Funcional.3.ed. São
Paulo: Atheneu, 2014
- Oliveira, Louise Makarem, Nitrini, Ricardo and
Román, Gustavo C.Normal-pressure
hydrocephalus: A critical review. Dementia &
Neuropsychologia [online]. 2019, v. 13, n. 2
- AZEVEDO, Amanda Santana; SANTO
MENDES, Nathália Barbosa do Espírito.
Hidrocefalia: Aspectos clínicos, etiologia e fatores
associados. Biológica-Caderno do Curso de
Ciências Biológicas, v. 2, n. 1, 2019.
- Dimas, Luciana Ferreira e Puccioni-Sohler,
MarziaExame do líquido cefalorraquidiano:
influência da temperatura, tempo e preparo da
amostra na estabilidade analítica. Jornal Brasileiro
de Patologia e Medicina Laboratorial [online].
2008, v. 44, n. 2