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Mãe, Nutricionista, Enfermeira, especialista em Neonatologia, Educação, Nutrição Materno Infantil, Mestre em Ciências Farmacêuticas e Doutoranda em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atuo desde o ano 2000 na área da Saúde da Gestante, Criança e Adolescente. Atualmente, possuo consultório para atendimento exclusivo a esse público em São Paulo-SP e Vitória-ES. Sou idealizadora e coordenadora da Primeira Pós Graduação em Nutrição Materno Infantil na Prática Clínica e Ortomolecular do Brasil, pela Fapes Saúde, SP. E autora de vários DVDs, livros, palestrante, costumo dizer que não trabalho, cumpro minha missão. Você prepara um caldinho com todo amor, corta e amassa uma frutinha, mas seu filho ou sua filha nem dá bola…. Ou, então, fica inquieto ou agitado, e continua ali ignorando a comidinha! Ai, ai, ai...deu aqueeeele aperto no coração só de pensar na cena, mamãe? Antes de mais nada: fique calma. Preciso dizer que essa é uma queixa super comum que eu escuto no consultório quase todos os dias… Foi motivada por esse tipo de pergunta desesperada das mamães que decidi escrever este e-book. Afinal, são muitos os fatores envolvidos na Introdução Alimentar das crianças: não existe uma “fórmula pronta” de como deve ser o processo. Estamos falando de uma fase que deve envolver toda a família e que vai muito além do ato de comer. É um processo emocional, sim!! Além disso, muitas vezes, os próprios parâmetros usados para mensurar se um bebê ou criança está se alimentando bem ou não estão equivocados. Por isso, o objetivo deste material é explicar direitinho a você: • Quando o bebê normalmente começa a comer e quais são as características dessa fase; • Por que o bebê/criança para de comer? O que pode estar acontecendo? • O que fazer para o bebê voltar a comer; Espero que o conteúdo seja útil para você e possa ajudar nessa fase da transição alimentar! Boa leitura. Com muito amor, AF. Andreia, será que pode haver algum problema com meu bebê? Por que ele já não come mais tanto quanto antes? Clique para ir onde você quer. Í N D I C E O primeiro ponto importante para introduzirmos o tema do apetite do bebê é compreender um pouco do que acontece no momento em que a criança começa a se alimentar e receber outros nutrientes além daqueles provenientes do aleitamento materno. Sei bem que essa pode ser uma fase bem estressante. Afinal, geralmente é quando as “palpiteiras” de plantão entram em ação com perguntas como: Como eu sou mãe também, sei bem como é… Mas você vai continuar amamentando? Será que já é o momento de começar a dar outros alimentos para a criança? Mas vamos ser claras em relação a esse aspecto: cada MULHER tem seu tempo, cada PUERPÉRIO é diferente. O que a ciência nos diz é que, idealmente, a introdução alimentar deve iniciar após o bebê completar seis meses. Inclusive, um estudo* recente publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, que acompanhou 1482 bebês com idades de 6 a 36 meses, sinaliza que nos Estados Unidos os pequenos estão sendo apresentados a outros alimentos sólidos de maneira cada vez mais precoce. A análise mostrou que apenas um terço (32,5%) dos bebês nos EUA foram introduzidos a alimentos complementares no tempo recomendado (pelas diretrizes) de seis meses: • 16,3% foram introduzidos em alimentos complementares antes dos quatro meses; • 38,3% aos quatro e cinco meses; • 12,9% aos sete ou mais meses de idade. Como falei, não existe uma resposta pronta. Cada família e cada bebê tem um timing, mas o panorama do estudo e as orientações já nos fornecem um insight importante: Se o bebezinho tiver acabado de completar 6 meses, não fique preocupada demais com a ingestão de outros grupos alimentares. Ele pode começar com algumas poucas frutinhas pela manhã, ou legumes amassadinhos na hora do almoço. Mas, até aí, não existe uma regra. É um novo mundo que a criança vai explorar… Esqueça a ideia de que todos os dias vão ser iguais e ele irá comer exatamente da mesma forma em cada momento. Um fator muito importante que nós, adultos, costumamos esquecer é que a fome é um sinal FISIOLÓGICO! Como estamos muito condicionados a nos alimentar em horários fixos em função das rotinas de estudo e trabalho (café da manhã, hora do almoço e jantar), às vezes temos a expectativa de que com o bebê será igual. E não é!! Para uma criancinha que ainda está formando sua concepção de mundo, a fome pode ir e vir de formas distintas, em horários alternativos, com intensidades diferentes. O bebê não vai seguir sempre a mesma regra, ele não se molda automaticamente à nossa vida. Mas é claro que, aos poucos, você poderá ajudá-lo a se alimentar em horários mais cíclicos. De qualquer forma, é importante compreender tudo isso para seguirmos adiante e chegarmos à questão central: o que fazer quando o bebê já começou a comer, mas simplesmente deixa de fazer isso de uma hora pra outra? Vamos falar sobre isso agora! *Fonte: {When is the right time to start infants on solid foods? Many parents start feeding their babies solid foods and other non-breast milk, non-formula foods before they should, according to current recommendations. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics. January 4, 2018} Í N D I C E Vamos lá, minhas queridas! Agora quero falar diretamente sobre aquele susto que acontece quando o bebê já estava comendo bastante, adorava se deliciar com uma frutinha de manhã e à tarde, se lambuzava com gosto na hora do almoço, pegava as árvores de brócolis na mão…. E eis que, de repente, ele começou a recusar os alimentos! Muitas mamães entram em pânico quando isso acontece e, nesses casos, o primeiro passo é analisar o CONTEXTO. Por exemplo: há uma possibilidade inicial de que a criança só esteja passando por uma fase de um pouquinho menos de apetite, o que é bastante comum, como falei anteriormente. Além disso, vale a pena observar se a perda de apetite não está relacionada a alguma virose, ou mesmo ao nascimento de algum dentinho. Em cenários específicos como esses, é normal que seu pequeno coma um pouco menos! Também é interessante observar se ela parou de se interessar pelos mesmos ALIMENTOS. Afinal, se você estiver oferecendo uma variedade grande, é completamente normal que o bebê tenha preferência por alguns sabores em detrimento de outros. Lembre-se: seu filhinho está construindo o paladar! Ah! E a forma como você oferece os alimentos também pode ter influência… Se você costumava oferecer os alimentos em sua forma natural e começou a bater tudo no liquidificador, por exemplo, saiba que este é um ENORME equívoco! Em meu livro “Nutrição Materno Infantil (Editora Pandorga, 2017), enfatizo que o processo de bater os alimentos (sejam frutas ou verduras) no liquidificador é totalmente contraindicado. Principalmente porque diminui o estímulo à mastigação e o desenvolvimento adequado das habilidades inatas que cada criança tem. Então, nada de oferecer os alimentos em forma de papinha batida ou líquido, ok? A criança deve ter liberdade para entrar em contato com os ingredientes na forma como eles são, perfeitamente moldados pela natureza para oferecer todos os macronutrientes essenciais. Para completar, antes de formar seu próprio diagnóstico mental, reflita: será que você não está se comparando demais com outras mamães? O que significa comer muito ou pouco? Se você acha que o seu bebê está comendo pouco só porque o da vizinha come mais, lembre-se de que as individualidades precisam ser levadas em conta. Se o seu bebê tem um peso diferente, uma genética diferente, por que ele iria comer exatamente a mesma quantia que uma outra criança? Esses são alguns pontos importantes para reflexão! Levou em consideração todos esses aspectos e realmente está desconfiada de que o bebê está comendomuito pouco? Então, antes de mais nada, busque ficar tranquila. Leve suas preocupações e observações ao pediatra e ao nutricionista materno- infantil da criança, exponha os sintomas e, juntos, vocês vão poderão resolver o quadro. Í N D I C E Independentemente do motivo pelo qual o bebê parou de comer, tenha sido ele uma pequena virose ou simplesmente uma queda momentânea no apetite, fazer a criança voltar a se interessar pelos alimentos é um trabalho que exige paciência! Mas posso garantir: você vai conseguir. Para ajudar na tarefa de fazer o bebê retomar o apetite, reuni abaixo algumas dicas bem práticas: Monte pratos coloridos e atraentes, capazes de despertar os sentidos do bebê. O olfato ajuda muito a aumentar o apetite! Faça a refeição junto à criança e priorize alimentos saudáveis. Não “force” a oferta de nenhum alimento...se o bebê não quiser comer, ofereça novamente na próxima refeição (veja mais sobre isso na próxima dica). Uma recente revisão de estudos* publicada em 2017 pela Obesity Reviews enfatiza mais uma vez aquilo que já sabíamos: devemos ser persistentes ao apresentar os alimentos à criança. Ela pode ter que provar o mesmo alimento por até 10 vezes de diferentes formas para decidir se gosta ou não! Crie um ambiente calmo e sem conflitos durante as refeições. Utilize sempre palavras positivas e de incentivo quando o bebê estiver junto da família à mesa. Em meu livro, explico que a oferta de sucos - mesmo os naturais, sem adição de açúcar - deve ser evitada na alimentação complementar. Principalmente porque no processo de preparação do suco as fibras podem ser removidas, fazendo com que a frutose (açúcar natural da fruta) caia direto na corrente sanguínea, elevando os níveis de açúcar no sangue do bebê. Além de se tratar de um efeito metabólico indesejado, isso pode superestimular o paladar por doces. Outra questão importante a esse respeito é que bebês acostumados ao suco desde a introdução da alimentação complementar tendem a recusar mais a água. É o que dizemos sempre, todos nós devemos preferir ingerir a fruta e beber água. Ofereça quantidades menores de comida, para seguir estimulando o apetite. JAMAIS substitua alimentos saudáveis por industrializados “apenas” para a criança comer! No caso de bebês até dois anos, então, nem se fala!! Alimentos embalados não devem nem passar perto. O mais importante é a nutrição, não o simples ato de comer. Sempre que possível, coloque o bebê para fazer suas refeições junto com a família! Ele aprenderá (muito) vendo o papai, a mamãe e os irmãos se alimentando! Ninguém gosta de comer sozinho. Com seu pequeno não é diferente… Por fim, paciência e persistência são palavras-chave. Acredite, confie! Se você educar pelo exemplo e seguir as dicas mencionadas, tudo vai dar certo. *Fonte: {Promoting healthy food preferences from the start: a narrative review of food preference learning from the prenatal period through early childhood. Obesity Reviews, 2017} Í N D I C E Imagino que, se você chegou até aqui, provavelmente está mais tranquila em relação à nutrição do seu bebê! <3 Então, continue assim, minha amiga! Os desafios sempre vão aparecer, mas se você estiver SEGURA e bem PREPARADA para encará-los, a Introdução Alimentar tem tudo para ser uma fase incrível, repleta de sorrisos e muita diversão com seu bebê. Por isso, se você quer se aprofundar no tema da Introdução Alimentar, entender como e quando começar a oferecer comidinhas ao seu filho ou filha, quais utensílios utilizar e como prevenir que ele desenvolva doenças com uma excelente alimentação, aproveite para conhecer meu novo CURSO ONLINE BEBÊ VITAMINADO! Com ele, você vai: • Saber o que oferecer ao bebê em cada refeição, nas porções certas e adequadas para a idade dele; • Compreender qual é a forma mais segura de armazenar alimentos; • Aprender como manter um diário alimentar do bebê; • Conhecer os principais suplementos existentes para crianças; • Descobrir como criar o ambiente ideal para a introdução alimentar; • Identificar os melhores utensílios de cozinha para preparar as refeições; • Entender o que fazer na introdução alimentar, caso seu bebê seja prematuro, ou tenha algum quadro específico de refluxo ou alergia alimentar. • Sentir segurança em relação à alimentação do seu filho; Espero, do fundo do coração, que este e-book tenha sido útil para você. Com amor, By Andreia Friques Ah! E, se você deseja continuar aprendendo sobre nutrição infantil, ter acesso a muitas outras receitas e dicas, além de fazer parte de uma comunidade unida em busca da saúde em primeiro lugar, pode me encontrar também nas redes sociais:
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