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Susana Figueiredo – UFC CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS » Aminoácidos também contribuem para a produção de energia metabólica »Proteínas: contínuo processo de degradação e síntese »Conjunto de aminoácidos: proteínas endógenas ¾ e exógenas ¼ »Aminoácidos: utilizados para a síntese de proteínas e de outros compostos nitrogenados (bases nitrogenadas, fosfolipídeos, glicolipídeos, carnitina, creatina, …) »Não estocamos proteína: seu excesso é eliminado e não armazenado CATABOLISMO AMINOÁCIDOS EM PLANTAS »Plantas raramente oxidam aminoácidos para a produção de energia »Em plantas, o catabolismo dos aminoácidos ocorre com foco na obtenção de metabólitos para outras vias biossintéticas FONTES DE AMINOÁCIDOS »Fontes de aminoácidos que serão incorporados às proteínas DEGRADAÇÃO »Circunstâncias em que são degradados: ▪ Durante a síntese e degradação das proteínas celulares ▪ Quando há excesso de proteínas na dieta: aminoácidos não podem ser estocados ▪ Durante o jejum prolongado ou diabetes: proteínas corporais serão hidrolisadas e os aminoácidos utilizados como combustível ESTRUTURA »Esqueleto carbônico: ▪ Gluconeogênese ▪ Oxidação para geração de ATP CATABOLISMO AMINOÁCIDOS DESTINO METABÓLICO DOS GRUPOS AMINO »Catabolismo dos grupos amino: ▪ Alanina ▪ Glutamina ▪ Glutamato ▪ Aspartato REAÇÃO DE TRANSAMINAÇÃO »O grupo amino do aminoácido vai ser transferido para um cetoácido que se vai transformar num aminoácido e vice-versa, o aminoácido que perdeu o grupamento amínico se transformará num cetoácido »É uma reação de troca de grupamento amínico »Este processo de transaminação é o início/1ª etapa da oxidação dos aminoácidos »As proteína são clivadas → liberam seus aminoácidos → aminoácidos vão entregar seus grupamentos amínicos para o alfa-cetoglutarato → este gera glutamato »Aminotransferases: presentes tanto no citosol como na mitocôndria »Aminotransferases: para atuar necessitam de uma coenzima chamada de piridoxal-fosfato (derivada da Vit B6) »Atua como ponte: recebe o grupamento amínico e o doa para o cetoácido AMINOÁCIDOS X TRANSAMINAÇÃO P: Todos os aminoácidos sofrem reação de transaminação? R: Não, os que sofrem transaminação são: ▪ Glutamato ▪ Alanina ▪ Arginina ▪ Aspartato ▪ Cisteína ▪ Fenilalanina Os demais, sofrem desaminação: perda do grupamento amínico que é liberado sob a forma de amônia A Histidina, Lisina e Prolina possuem uma via que leva à formação de glutamato »O glutamato sofre tanto a desaminação como a transaminação CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES »Considerações importantes sobre a reação de transaminação: ▪ Não há perda de grupos amino, apeanas troca ▪ Após coleta na forma de glutamato: o Transporte na forma de alanina ou glutamina para o fígado o Aliminação dos grupos aminos: ciclo da ureia o Utilização para a síntese de aminoácidos não-essenciais ▪ Aminoácidos que não sofrem transaminação: o Aspargina o Glicina o Glutamina o Histidina o Lisina GLUTAMATO »Tem uma ação muito importante na captura intracelular dos grupos amino »O glutamato capta mas não leva »Transporte na forma de glutamina ou alanina TRANSPORTE NA FORMA DE GLUTAMINA »Transporte de grupos amino na forma de glutamina: ▪ Isoleucina ▪ Leucina ▪ Tirosina ▪ Triptofano ▪ Valina o Metionina o Prolina o Serina o Treonina ▪ Importante no transporte, através do sangue, de amônia dos tecidos para o fígado ▪ Amônia livre nos tecidos é combinada com o L-glutamato liberando L-glutamina »O excesso de amônia nos tecidos é adicionado ao glutamato para formar glutamina, processo catalisado pela glutamina-sintetase. » Após ser transportada pela corrente sanguínea, a glutamina entra no fígado e NH4+ é liberado na mitocôndria pela enzima glutaminase »A glutamina-sintetase primeiro cria um intermediário chamado gama-glutamil-fosfato e depois incorpora um grupamento amônia nele »Em síntese: o glutamato, pela glutamina sintetase, é transformado em glutamina GLUTAMINA SINTETASE »Encontrada em todos os organismos »Forma não tóxica de transporte de amônia Excreção Biossíntese de compostos dos grupos amino nitrogenados »A glutamina é um transportador da amônia TRANSPORTE NA FORMA DE ALANINA » Neste caso, ao invés do glutamato se converter em glutamina, ele entrega o seu grupo amino para o piruvato, transformando-o em alanina CICLO DA GLICOSE-ALANINA »A alanina funciona como transportadora de amônia e do esqueleto de carbono do piruvato do músculo esquelético até o fígado »A amônia é excretada e o piruvato utilizado para produzir glicose, que é devolvida ao músculo »O piruvato quando recebe o grupamento amínico do glutamato, transforma-se em alanina »Alanina = piruvato + grupamento amínico »O piruvato é o cetoácido correspondente ao aminoácido alanina, assim como todo o alfa- cetoglutarato, quando recebe o grupamento amínico, vira glutamina »O glutamato entrega o grupamento amínico dele para o piruvato e este se transforma em alanina. O glutamato, devido à perda desse grupamento, volta a ser alfa-cetoglutarato por meio de uma reação de transaminação »A alanina formada é uma outra opção de transporte »A alanina cai na corrente circulatória e vai para o fígado, onde sofre uma reação inversa de transaminação »Entrega novamente o grupamento amínico para o alfa-cetoglutarato e este se transforma em glutamato »A alanina sem o grupamento amino volta a ser piruvato »O glutamato não é bom para ser transportado »O transporte via alanina é muito interessante para o tecido muscular porque quando esta chega ao fígado, gera piruvato para a realização da gliconeogênese, que gerará mais glicose. »Num momento de jejum, exercício prolongado e de contração vigorosa: há pouca glicose e muita necessidade de energia ▪ Excesso de piruvato e lactato ▪ Excesso de amônia (quebra de proteínas) ▪ Ciclo de Cori (contração vigorosa) DESAMINAÇÃO DO GLUTAMATO NO FÍGADO »No fígado, o glutamato é transportado para a matriz mitocondrial onde sofrerá a desaminação oxidativa Ciclo de Krebs Síntese de glicose »O glutamato vai perder o grupamento na forma de amônia no fígado »Desaminação oxidativa: o composto vai ser oxidado a alfa-cetoglutarato às custas do NAD ou NADP, por meio da glutamato desidrogenase »Glutamato desidrogenase: ▪ Atua em ambos os sentidos ▪ Mamíferos: matriz mitocondrial ▪ Usa tanto NAD+ como NADP+ ▪ Formada por 6 subunidades ▪ Regulada alostericamente TRANSDESAMINAÇÃO » Aminotransferases + L-glutamato desidrogenase = Transdesaminação »Transdesaminação: Transaminação + Desaminação »No fígado Alanina + alfa-cetoglutarato → Piruvato + glutamato (T) Glutamato + H2O → alfa-cetoglutarato + NH4+ (DO) Alanina + H2O → Piruvato + NH4+ (Transdesaminação) CATABOLISMO DOS GRUPOS AMINO 1. Transferência de grupo amino para o cetoglutarato para formar glutamato 2. Transformação do glutamato em glutamina ou alanina 3. Transporte para o fígado (via glutamina ou alanina) 4. Transformação da glutamina ou alanina em glutamato 5. Desaminação oxidativa do glutamato 6. Eliminação do grupo amino via ciclo da ureia TOXICIDADE DA AMÔNIA »Bases moleculares da toxicidade ainda não bem entendidas »Sintomas de intoxicação: dão-se principalmente no SNC: ▪ Edema cerebral ▪ Aumento da pressão intracraniana ▪ Coma »Efeitos do acúmulo de amônia: ▪ Pode sofrer a reação inversa da glutamato- desidrogenase »Glutamato: precursor de neurotransmissores (GABA- γ aminobutirato) » Consumo de alfa-cetoglutarato: depleção de intermediários do CK e redução na oxidação da glicose (fonte de ATP para o cérebro)» Alterações na homeostasia do K- : despolarização anormal e aumento da atividade neuronal ocasionando falta de coordenação neuromuscular » Insuficiência hepática grave (hepatite, cirrose) → Queda na produção de ureia → Acúmulo de amônia (hiperamonemia) → Encefalopatia e morte CATABOLISMO DO GRUPO AMINO P: o que acontece com a amônia ao chegar na mitocôndria do hepatócito? R: ela vai ser eliminada na forma de ureia EXCREÇÃO DO NITROGÊNIO » Se não há necessidade de síntese de novos aminoácidos ou outros compostos nitrogenados, então os grupos amino serão excretados CICLO DA UREIA » Via descoberta por Krebs » Maior produção de ureia ocorre no fígado » Os aminoácidos que chegaram no hepatócito encontram a Alanina do músculo (transaminação » entrega o grupamento amínico para o alfa- cetoglutamato que vira cetoglutarato) »A glutamina, proveniente dos tecidos periféricos entra na mitocôndria e sofre ação da glutaminase » O glutamato ou sofre a desaminação com geração de amônia ou sofre a transaminação com a formação de aspartato » A amônia, às custas de 2 ATPs, se junta com uma molécula de CO2 na forma de bicarbonato e formar o carbanoil fosfato por meio de uma carbanoil fosfato sintetase » Dos 2 ATPs, um grupamento fosfato é liberado e o outro incorporado na molécula » O carbanoil fosfato está para o ciclo da ureia assim como o acetil-CoA está para o CK » Carbanoil fosfato: condensação da amônia + bicarbonato » Passo 1 C.Ureia: junção do carbanoil fosfato com a ornitina para a formação da citrulina »Citrulina: junção da carbonil fosfato com a ornitina »O ciclo da ureia não opera somente no citosol e nem na mitocôndria. Sua primeira etapa ocorre dentro da mitocôndria, mas assim que se forma a citrulina, esta deixa a mitocôndria e vai para o citosol » No citosol, a arginina-succinato sintetase vai transformar a citrulina num intermediário chamado citrolil-AMP, ás custas de 1 ATP, que equivale a dois pois é liberado o pirofosfato inorgânico e se forma esse intermediário para que possa ocorrer a condensação do aspartato » Argino-succinato: condensação da citrulina com o aspartato »Uma argino-succinato liase, cliva o argino succinato em fumarato e arginina » A arginina pela arginase, permite a liberação de ureia e da ornitina, esta volta para a mitocôndria » É um ciclo, porque ao final, regenera-se a ornitina » EM SÍNTESE: ▪ A ornitina volta para a mitocôndria e se junta com um carbanoil fosfato formando a citrulina ▪ A citrulina deixa a mitocôndria e vai para o citosol ▪ La, condensa-se com o aspartato e forma o arginosuccinato, que vai ser clivado em fumarato e arginina ▪ A arginina vai ser clivada em ureia e ornitina ▪ A ornitina volta para a mitocôndria e o ciclo reinicia ESTRUTURA DA UREIA ASPARTATO NH4+ HCO3- CO2 CICLO DA UREIA X CICLO DE KREBS »O ciclo de Krebs ajuda o ciclo da ureia porque doa oxaloacetato para fazer a transaminação com o glutamato »Pode-se dizer que o CK forneceu o aspartato, visto que este é proveniente do oxaloacetato »O ciclo da ureia ajuda o CK no sentido de que quando o arginino-succinato é clivado, é gerada arginina e fumarato, que pode voltar para o CK »Bicicleta de Krebs: devido ao formato EQUAÇÃO GERAL ▪ 2 grupos amino ▪ 1 bicarbonato ▪ 3 ATP → 4 ATP: 2 na síntese do carbanoil fosfato e 1 que é clivado em AMP e 2 Pi na síntese do arginosuccinato ▪ Para excreção de N como ureia, os ureotélicos gastam cerca de 15% de energia oriunda da degradação dos aminoácidos REGULAÇÃO DO CICLO DA UREIA »Dieta rica em proteínas + Desnutrição = esqueletos carbônicos dos aminoácidos como combustível resulta na produção de muita ureia »A longo prazo: alteração na velocidade de síntese das enzimas do ciclo da ureia ▪ Desnutrição e dietas ricas em proteínas: aumento na velocidade de síntese das enzimas »A curto prazo: Regulação alostérica AMINOÁCIDOS COMO FONTE DE ENERGIA »Para serem utilizados como fonte de energia os aminoácidos necessitam perder o radical amino. Isso ocorre através das reações de TRANSAMINAÇÃO DISPOSIÇÃO DOS ESQUELETOS DE CARBONO »Aminoácidos glicogênicos: ▪ Produzem piruvato ou oxaloacetato na sua degradação ▪ O oxaloacetato pode servir para a síntese de glicose através da gliconeogênese »Aminoácidos cetogênicos: ▪ Aqueles que geral Acetil-CoA levando à formação de corpos cetônicos
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