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Aparelho Locomotor e o Músculo Estriado Esquelético

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Discussão
· O sistema muscular é composto por todos os músculos do corpo, sendo que os músculos esqueléticos voluntários constituem a grande maioria dos músculos. Os músculos correspondem aos elementos ativos do movimento;
· As chamadas células musculares especializam-se para a contração e o relaxamento, mas também são suas propriedades a irritabilidade, condutividade, extensibilidade e elasticidade. Estas células são alongadas, fusiformes e por estão razão chamada de fibras. As fibras agrupam-se em feixes para formar massas macroscópicas denominadas músculos. Quanto maior for o número de fibras, mais forte será o músculo, como também, quanto maior for o comprimento da fibra muscular, maior será a capacidade de contração do músculo ao qual pertence. Entende-se que o movimento produzido por um músculo longo é mais amplo do que o produzido por um músculo curto;
· As células musculares, que frequentemente são denominadas fibras musculares porque são longas e estreitas quando relaxadas, são células contráteis especializadas. São organizadas em tecidos que movimentam as partes do corpo ou causam a modificação temporária do formato dos órgãos internos (reduzem a circunferência de todo o órgão ou de parte dele). O tecido conjuntivo associado conduz fibras nervosas e capilares para as células musculares e une-as em feixes ou fascículos;
· O músculo estriado esquelético é o músculo somático voluntário que forma os músculos esqueléticos que compõem o sistema muscular, movendo ou estabilizando ossos e outras estruturas;
· Ao se referir ao comprimento de um músculo, são incluídos o ventre e os tendões. Em outras palavras, o comprimento de um músculo é a distância entre suas inserções. A maioria dos músculos esqueléticos está fixada direta ou indiretamente aos ossos, cartilagens, ligamentos ou fáscias ou a alguma associação dessas estruturas. Alguns músculos estão fixados a órgãos (p. ex., o bulbo do olho), pele (como músculos da face) e mucosas (músculos intrínsecos da língua). Os músculos são órgãos de locomoção (movimento), mas também proporcionam sustentação estática, dão forma ao corpo e fornecem calor;
· O músculo esquelético possui uma porção média e extremidades. A porção média é carnosa em vermelho vivo e recebe o nome de ventre musuclar, predominando as fibras musculares e portanto a parte ativa do músculo. No indivíduo vivo, em repouso, o corpo muscular apresenta tônus, ou seja, certo grau de contração tônica. Quando as extremidades são cilindróides ou então têm forma de fita, chamam-se tendões; quando são laminares, recebem a denominação de aponeuroses. 
A maioria dos músculos é denominada de acordo com sua função ou com os ossos aos quais estão fixados. Os músculos podem ser descritos ou classificados de acordo com seu formato, que também pode dar nome ao músculo:
· Os músculos planos têm fibras paralelas, frequentemente com uma aponeurose — por exemplo, M. oblíquo externo do abdome (músculo plano largo). O M. sartório é um músculo plano estreito com fibras paralelas; 
· Os músculos peniformes são semelhantes a penas na organização de seus fascículos, e podem ser semipeniformes, peniformes ou multipeniformes — por exemplo, M. extensor longo dos dedos (semipeniforme), M. reto femoral (peniforme) e M. deltoide (multipeniforme); 
· Os músculos fusiformes têm formato de fuso com um ou mais ventres redondos e espessos, de extremidades afiladas — por exemplo, M. bíceps braquial; 
· Os músculos triangulares (convergentes) originam-se em uma área larga e convergem para formar um único tendão — por exemplo, M. peitoral maior; 
· Os músculos quadrados têm quatro lados iguais — por exemplo, M. reto do abdome entre suas interseções tendíneas; 
· Os músculos circulares ou esfincterianos circundam uma abertura ou orifício do corpo, fechando-os quando se contraem — por exemplo, M. orbicular dos olhos (fecha as pálpebras);
· Os músculos que têm múltiplas cabeças ou múltiplos ventres têm mais de uma cabeça de inserção ou mais de um ventre contrátil, respectivamente. Os músculos bíceps têm duas cabeças de inserção (p. ex., M. bíceps braquial), os músculos tríceps têm três cabeças de inserção (p. ex., M. tríceps braquial) e os Mm. digástrico e gastrocnêmio têm dois ventres (no primeiro, a organização é em série; no segundo, em paralelo);
Fáscia muscular: é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. A espessura da fáscia muscular varia entre os músculos, dependendo de sua função. Às vezes, a fáscia muscular é muito espessada e pode contribuir para prender o músculo ao esqueleto. Para que consigam exercer um eficiente trabalho de tração, os músculos precisam estar dentro de uma bainha elástica de contenção. Outra função desempenhado pelas fáscias é permitir o fácil deslizamento dos músculos entre si. Em certos locais a fáscia pode apresentar-se espessada e dela partem prolongamentos que vão terminar se fixando no osso, sendo denominados septos intermusculares. Estes separam grupos musculares em lojas ou compartimentos e ocorrem frequentemento nos membros; 
Histologia do músculo estriado esquelético:
· A interação de miofilamentos é responsável pela contração das células musculares. Dois tipos de miofilamentos estão associados à contração celular: os filamentos finos, composto principalmente pela proteína actina; e os filamentos espessos, que são compostos principalmente pela proteína miosina II, sendo que cada molécula contém uma cabeça e uma cauda. A porção da cauda longa em formato de bastonete de cada molécula agrega-se em um arranjo paralelo regular, enquanto as porções da cabeça da molécula projetam-se para fora do conjunto e estão organizadas em um padrão helicoidal regular;
· Os dois tipos de miofilamentos ocupam a maior parte do citoplasma que, nas células musculares, também é denominado sarcoplasma. As células musculares caracterizam-se por conter um grande número de filamentos contráteis alinhados no citoplasma, utilizados pela célula com o único propósito de produzir trabalho mecânico;
· O músculo esquelético está inserido nos ossos e é responsável pelo movimento do esqueleto axial e esqueleto apendicular, bem como pela manutenção da posição e da postura do corpo. Além disso, os músculos esqueléticos do olho (músculos extraoculares) possibilitam o movimento preciso dos olhos;
· As estriações transversais no músculo estriado são produzidas, principalmente, pelo arranjo citoarquitetônico específico dos miofilamentos tanto finos quanto espessos. Esse arranjo é igual em todos os tipos de células musculares estriadas. As principais diferenças entre as células musculares esqueléticas e as células musculares cardíacas residem no seu tamanho, no seu formato e na sua organização em relação umas com as outras;
· No músculo esquelético, cada célula muscular, mais comumente denominada fibra muscular, representa, na realidade, um sincício (fusão) multinucleado. A fibra muscular é formada durante o desenvolvimento pela fusão de pequenas células musculares, denominadas mioblastos. Os núcleos de uma fibra muscular esquelética estão localizados no citoplasma, imediatamente abaixo da membrana plasmática (periféricos). A membrana plasmática da célula muscular é também denominada sarcolema e consiste em uma lâmina externa e uma lâmina reticular circundante;
O tecido conjuntivo que circunda tanto as fibras musculares individuais quanto os feixes de fibras musculares é essencial para a transdução de força. Na extremidade do músculo, o tecido conjuntivo continua na forma de tendão ou algum outro arranjo de fibras colágenas que, em geral, fixa o músculo ao osso. Um rico suprimento de vasos sanguíneos e nervos acompanha o seu trajeto no tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo associado ao músculo é designado de acordo com a sua relação com as fibras musculares:
· O endomísio é a camada delicada de fibras reticulares que circunda cada fibra muscular. Apenas vasos sanguíneos de pequeno diâmetro e os ramos neuronais mais finos são encontrados no endomísio, que corre paralelamente às fibras musculares;
· O perimísioconsiste em uma camada de tecido conjuntivo mais espessa, que circunda um grupo de fibras para formar um feixe ou fascículo. Os fascículos são unidades funcionais das fibras musculares, que tendem a atuar em conjunto para a realização da contração. No perimísio, são encontrados vasos sanguíneos de maior calibre, além de nervos;
· O epimísio é a bainha de tecido conjuntivo denso que circunda um conjunto de fascículos, constituindo o músculo. O suprimento vascular e nervoso adentra o músculo através do epimísio;
Três tipos de fibras musculares esqueléticas – vermelha, branca e intermediária – podem ser identificados de acordo com sua cor in vivo; 
· As fibras musculares esqueléticas caracterizam-se pela velocidade de contração, velocidade enzimática e atividade metabólica. A classificação atual das fibras musculares esqueléticas fundamenta-se na velocidade de contração, na velocidade enzimática da reação da miosina ATPase da fibra e no perfil metabólico. A velocidade de contração determina a velocidade com a qual a fibra é capaz de se contrair e de relaxar. A velocidade da reação da miosina ATPase determina a taxa com que essa enzima é capaz de degradar as moléculas de ATP durante o ciclo de contração. O perfil metabólico indica a capacidade de produção de ATP por fosforilação oxidativa ou glicólise;
· Os três tipos de fibras musculares esqueléticas são as fibras do tipo I (oxidativas lentas), do tipo IIa (glicolíticas oxidativas rápidas) e do tipo IIb (glicolíticas rápidas). Três tipos de fibras são tipicamente encontrados em qualquer músculo esquelético; a proporção de cada tipo varia de acordo com o papel funcional do músculo;
· As fibras do tipo I ou fibras oxidativas lentas são pequenas e vistas em cor vermelha em amostras frescas; elas contêm numerosas mitocôndrias e grandes quantidades de mioglobina e complexos citocrômicos. As fibras do tipo I são unidades motoras de contração espasmódica lenta resistente à fadiga (uma contração espasmódica é uma contração única e breve do músculo). Essas fibras exibem grande resistência à fadiga, mas geram menos tensão que outras fibras. Sua velocidade de reação da miosina ATPase é a mais lenta de todos os tipos de fibras. De maneira mais importante, constituem as principais fibras dos músculos eretores longos da espinha do dorso (espinha dorsal) nos humanos, nos quais estão particularmente adaptadas para a contração lenta e prolongada necessária para a manutenção da postura ereta.
· As fibras do tipo IIa ou fibras glicolíticas oxidativas rápidas são as fibras intermediárias vistas em tecido fresco; são de tamanho médio, com numerosas mitocôndrias e alto conteúdo de mioglobina. Diferentemente das fibras do tipo I, as fibras do tipo IIa contêm grandes quantidades de glicogênio e são capazes de realizar a glicólise anaeróbica. Constituem as unidades motoras de contração espasmódica rápida, resistentes à fadiga, que provocam alta tensão muscular máxima;
· As fibras do tipo IIb ou fibras glicolíticas rápidas são fibras grandes que apresentam coloração rosada em amostras frescas; contêm menor quantidade de mioglobina e um menor número de mitocôndrias, em comparação com as fibras do tipo I e do tipo IIa. Apresentam baixo nível de enzimas oxidativas, mas exibem alta atividade enzimática anaeróbica e armazenam quantidade considerável de glicogênio. Essas fibras são unidades motoras de contração espasmódica rápida, propensas à fadiga, que provocam alta tensão muscular máxima. Sua velocidade de reação da miosina ATPase é a mais rápida de todos os tipos de fibras. Elas também se fadigam rapidamente em consequência da produção de ácido láctico. Por conseguinte, as fibras do tipo IIb estão adaptadas para a contração rápida e os movimentos finos e precisos. Constituem a maioria das fibras dos músculos extraoculares e dos músculos que controlam os movimentos dos dedos;
Miofibrilas e miofilamentos: 
· A subunidade estrutural e funcional da fibra muscular é a miofibrila. A fibra muscular é preenchida com subunidades estruturais dispostas longitudinalmente, denominadas miofibrilas. As miofibrilas são mais visíveis em preparações histológicas cujos cortes sejam favoráveis, isto é, em cortes transversais de fibras musculares. As miofibrilas estendem-se por todo comprimento da célula muscular;
· As miofibrilas são compostas de feixes de miofilamentos. Os miofilamentos são os polímeros filamentosos individuais da miosina II (filamentos espessos) e da actina e suas proteínas associadas (filamentos finos). Os miofilamentos constituem os elementos contráteis efetivos do músculo estriado. Os feixes de miofilamentos que constituem a miofibrila são circundados por um retículo endoplasmático liso (REL) bem desenvolvido, também denominado retículo sarcoplasmático. Esse retículo forma uma rede tubular altamente organizada ao redor dos elementos contráteis em todas as células musculares estriadas. As mitocôndrias e os depósitos de glicogênio estão localizados entre as miofibrilas em associação ao REL;
· Na microscopia de polarização, as bandas escuras são birrefringentes (i. e., alteram a luz polarizada em dois planos). Por conseguinte, as bandas escuras, por serem duplamente refringentes, são anisotrópicas e recebem o nome de bandas A. As bandas claras são monorrefringentes (i. e., não alteram o plano da luz polarizada). Consequentemente, são isotrópicas e recebem o nome de bandas I. Tanto as bandas A quanto as bandas I são divididas ao meio por regiões estreitas e escuras (de maior eletrodensidade). A banda I clara (eletrolúcida) é dividida ao meio por uma linha escura (elétrondensa), denominada linha Z ou disco Z. A banda A escura é dividida ao meio por uma região menos densa ou clara, denominada banda H. Além disso, uma linha densa estreita que divide ao meio a banda H clara é denominada linha M.
· A unidade funcional da miofibrila é o sarcômero, o segmento da miofibrila entre duas linhas Z adjacentes. O sarcômero é a unidade contrátil básica do músculo estriado. Constitui a parte da miofibrila situada entre duas linhas Z adjacentes. O sarcômero mede 2 a 3 μm no músculo relaxado de mamífero. Pode ser alongado para mais de 4 μm e, durante a contração extrema, pode ser reduzido até 1 μm;
· Os filamentos espessos que contêm miosina medem aproximadamente 1,6 μm e estão restritos à porção central do sarcômero (i. e., banda A). Os filamentos finos que contêm actina fixam-se à linha Z e estendem-se dentro da banda A até a borda da banda H. Partes de dois sarcômeros, de cada lado de uma linha Z, constituem a banda I e contêm apenas filamentos finos. Em um corte longitudinal de sarcômero, a linha Z aparece como uma estrutura em ziguezague, na qual o material da matriz, a matriz Z, divide o ziguezague ao meio. A linha Z e sua matriz fixam os filamentos finos de sarcômeros adjacentes aos ângulos do ziguezague por meio da proteína α-actinina, uma proteína ligante da actina;
· O filamento fino consiste principalmente em moléculas de actina polimerizadas acopladas com proteínas reguladoras (tropomiosina e troponina) e outras proteínas associadas ao filamento fino que se entrelaçam entre si;
· O principal componente dos filamentos espessos é a miosina II, um membro da superfamília da miosina de proteínas motoras, que produzem motilidade pela interação cíclica com subunidades de actina no músculo estriado. Esse ciclo de ponte cruzada da actomiosina promove o deslizamento dos filamentos espessos e finos entre si, produzindo movimento;
· Para manter a eficiência e a velocidade da contração muscular, tanto os filamentos finos quanto os filamentos espessos em cada miofibrila devem ser alinhados precisamente e mantidos em uma distância ótima entre si. Determinadas proteínas, conhecidas como proteínas acessórias (titina, alfa-actinina, desmina), são essenciais para regular o espaçamento, a fixação e o alinhamento dos miofilamentos. Esses componentes proteicos estruturais das fibrilas do músculo esquelético constituem menos de 25% da proteína total da fibra muscular. Essas observações indicam que,durante a contração, os filamentos finos (actina) deslizam ao longo dos filamentos espessos (miosina II);
Por razões didáticas, convencionou-se chamar de origem à extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca (ponto fixo) e inserção à extermidade do músuclo presa à peça óssea que se desloca (ponto móvel). A origem de um músculo é proximal e sua inserção é distal;
Músculos do membro superior
Região peitoral e escapular:
Músculos toracoapendiculares anteriores: movem o cíngulo do membro superior e são peitoral maior, peitoral menor, subclávio e serrátil anterior;
· Peitoral maior: é grande, tem forma de leque, cobre a parte superior do tórax e compreende as partes clavicular, esternocostal e abdominal. A parte esternocostal é muito maior e sua margem lateral forma a massa muscular que constitui a maior parte da parede anterior da axila. Origina-se na parte medial da clavícula (parte clavicular), face anterior do esterno, seis cartilagens costais superiores e aponeurose do músuclo oblíquo externo do abdome e se insere no lábio lateral do sulco intertubercular do úmero. Ações: aduz e roda medialmente o úmero, move a escápula anterior e inferiormente; quando age sozinha, a cabeça clavicular flete o úmero, e a cabeça esternocostal estende-o a partir da posição fletida;
· Peitoral menor: situa-se na parede anterior da axila, onde é quase totalmente coberto pelo peitoral maior. Ele apresenta um formato triangular e possui origem nas costelas de 3 a 5 perto de suas cartilagens costais e inserção na margem medial e face superior do processo coracoide da escápula. Ele estabiliza a escápula e é usado ao estender o membro superior para a frente para tocar um objeto que esteja um pouco além do alcance. O músculo peitoral menor também ajuda a elevar as costelas para inspiração profunda quando o cíngulo do membro superior está fixo ou elevado;
· Subclávio: é pequeno e redondo e tem posição quase horizontal quando o braço está em posição anatômica, localizado inferiormente à clavícula e garante proteção para os vasos subclávios e o tronco superior do plexo braquial se houver lesão na clavícula. Origem na junção da costela I e sua cartilagem costal e inserção face inferior do terço médio da clavícula. O músculo subclávio fixa e deprime a clavícula, estabilizando-a durante movimentos do membro superior. Também ajuda a resistir à tendência de luxação da clavícula na articulação esternoclavicular;
· Serrátil anterior: situado sobre a parte lateral do tórax e forma a parede medial da axila. Essa lâmina larga de músculo espesso foi assim denominada por causa da aparência serrilhada de suas alças ou digitações carnosas. O serrátil anterior é um dos mais poderosos músculos do cíngulo do membro superior. É um forte protrator da escápula, usado ao socar ou estender o braço anteriormente (às vezes é chamado de “músculo do boxeador”). Possui origem na faces externas das partes laterais das costelas I a VIII e inserção na face anterior da margem medial da escápula. Ele protrai a escápula e a mantém contra a parede torácica e gira a escápula;
Músculos toracoapendiculares posteriores e escapuloumerais: 
São responsáveis por fixar o esqueleto apendicular superior (do membro superior) ao esqueleto axial (no tronco). Os músculos posteriores do ombro são divididos em três grupos: toracoapendiculares posteriores superficiais (extrínsecos do ombro), que são trapézio e latíssimo do dorso; toracoapendiculares posteriores profundos (extrínsecos do ombro), que são levantador da escápula e romboides; e escapuloumerais (íntrinsecos do ombro), que são deltoide, redondo maior e quatro músculos do manguito rotador (supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular);
· Trapézio: é um local de fixação direta do cíngulo do membro superior ao tronco. Esse grande músculo triangular cobre a face posterior do pescoço e a metade superior do tronco. O músculo trapézio fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral e ajuda a suspender o membro superior. As fibras do músculo trapézio são divididas em três partes: as fibras descendentes (superiores) elevam a escápula (p. ex., ao aprumar os ombros); as fibras médias (transversas) retraem a escápula (i. e., puxam-na posteriormente); as fibras ascendentes (inferiores) deprimem a escápula e abaixam o ombro; e as partes descendente e ascendente atuam juntas para girar a cavidade glenoidal superiormente. O músculo trapézio também fixa os ombros, puxando as escápulas posterior e superiormente, fixando-as sobre a parede torácica mediante contração tônica; consequentemente, a fraqueza desse músculo causa queda dos ombros. A origem no terço medial da linha nucal superior, na protuberância occipital externa, no ligamento nucal e nos processos espinhosos das vértebras C VII à T XII e se insere no terço lateral da clavícula e no acrômio e espinha da escápula;
· Latíssimo (amplo) do dorso: esse grande músculo (cobre grande parte do dorso) em forma de leque segue do tronco até o úmero, tem ação direta sobre a articulação do ombro e ação indireta sobre o cíngulo do membro superior (articulação escapulotorácica). O músculo latíssimo do dorso estende, retrai e roda o úmero medialmente (p. ex., ao fletir os braços atrás das costas ou coçar a pele sobre a escápula oposta). Junto com o músculo peitoral maior, o músculo latíssimo do dorso é um poderoso adutor do úmero, e tem um papel importante na rotação da escápula para baixo em associação com esse movimento e eleva o corpo em direção aos braços durante a escalada. Sua origem é nos processos espinhosos das 6 vértebras inferiores, fáscia toracolombar, crista ilíaca e 3 ou 4 costelas inferiores e se insere assoalho do sulco intertubercular do úmero;
· Levantador da escápula: o terço superior desse músculo que se assemelha a uma fita, situa-se profundamente ao músculo esternocleidomastóideo; o terço inferior situa-se profundamente ao músculo trapézio. Sua origem está nos tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras C I a C IV e sua inserção na margem medial da escápula superiormente à raiz da espinha da escápula. Atua retraindo a escápula e girando sua cavidade glenoidal inferiormente, além de fixar a escápula à parede torácica; 
· Romboides (maior e menor): situam-se profundamente ao músculo trapézio e formam faixas paralelas largas que seguem em direção inferolateral, das vértebras até a margem medial da escápula. O músculo romboide maior, fino e plano, é cerca de duas vezes mais largo do que o músculo romboide menor, mais espesso e situado superiormente ao músculo romboide maior. O romboide menor possui origem no ligamento nucal, processos espinhosos das vértebras C VII e T I e se insere na área triangular uniforme na extremidade medial da espinha da escápula. O romboide maior possui origem nos processos espinhosos das vértebras T II à T V e inserção na margem medial da escápula a partir do nível da espinha até o ângulo inferior. Eles retraem a escápula e giram sua cavidade glenoidal inferiormente e fixam a escápula à parede torácica;
Os seis músculos escapuloumerais (deltoide, redondo maior, supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor) são relativamente curtos que vão da escápula até o úmero, e atuam sobre a articulação do ombro;
· Deltoide: é espesso, forte, com textura grosseira, que cobre o ombro e forma seu contorno arredondado. O músculo é dividido em partes semipeniformes anterior e posterior e uma parte média multipeniforme. As partes do músculo deltoide podem agir separadamente ou juntas. A contração simultânea das três partes abduz o braço. As partes anterior e posterior atuam como cordas que estabilizam o braço durante a abdução. Durante os primeiros 15 graus de abdução o deltoide é auxiliado pelo M. Supraespinal, dessa forma a efetividade do músculo deltoide como abdutor é plena após os 15° iniciais de abdução. A origem está no terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula e sua inserção ocorre na tuberosidade para o M. Deltoide do úmero. Suas ações incluem: a parteclavicular (anterior) que flete e roda medialmente o braço; a parte acromial (média) que abduz o braço; e a parte espinal (posterior), que estende e roda lateralmente o braço. O músculo também ajuda a estabilizar a articulação do ombro e mantém a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante os movimentos do membro superior;
· Redondo maior: é espesso e arredondado e segue lateralmente a partir do terço inferolateral da escápula. O músculo redondo maior efetua a adução e rotação medial do braço. Também ajuda a estendê-lo a partir da posição fletida e é um importante estabilizador da cabeça do úmero na cavidade glenoidal — isto é, estabiliza a cabeça em seu encaixe. Sua origem está na face posterior do ângulo inferior da escápula e sua inserção ocorre no lábio medial do sulco intertubercular do úmero;
· Músculos do manguito rotador: quatro dos músculos escapuloumerais (próprios do ombro) — supraespinal, infraespinal, redondo menor e subescapular — são denominados músculos do manguito rotador porque formam um manguito rotador musculotendíneo ao redor da articulação do ombro. Todos, com exceção do músculo supraespinal, são rotadores do úmero; o músculo supraespinal, além de fazer parte do manguito rotador, inicia e auxilia o músculo deltoide nos primeiros 15° de abdução do braço. Os tendões dos músculos do manguito rotador fundem-se e reforçam a lâmina fibrosa da cápsula articular da articulação do ombro, assim formando o manguito rotador que protege e estabiliza a articulação. A contração tônica dos músculos colaboradores mantém a cabeça do úmero, que é relativamente grande, na pequena e rasa cavidade glenoidal da escápula durante os movimentos do braço;
· M. Supraespinal: ocupa a fossa supraespinal da escápula sendo essa sua origem e se insere face superior do tubérculo maior do úmero. Atua iniciando e ajudando o M. deltoide na abdução do braço e atua com os músculos do manguito rotador. (Ler síndrome do impacto);
· M. Infraespinal: ocupa os três quartos mediais da fossa infraespinal e é parcialmente coberto pelos músculos deltoide e trapézio. Sua origem está na fossa infraespinal da escápula e sua inserção ocorre na face média do tubérculo maior do úmero. Além de ajudar a estabilizar a articulação do ombro, o músculo infraespinal é um poderoso rotador lateral do úmero;
· M. Redondo menor: é estreito e alongado, completamente oculto pelo músculo deltoide e, muitas vezes, não é bem delimitado do músculo infraespinal. O músculo redondo menor atua com o músculo infraespinal para efetuar a rotação lateral do braço e ajudar em sua adução. O músculo redondo menor é distinguido mais claramente do músculo infraespinal por sua inervação. O músculo redondo menor é suprido pelo nervo axilar, enquanto o músculo infraespinal é suprido pelo nervo supraescapular. Sua origem está na parte média da margem lateral da escápula e sua inserção na face inferior do tubérculo maior do úmero;
· M. Subescapular: é espesso e triangular, está situado na face costal da escápula e forma parte da parede posterior da axila. Cruza a face anterior da articulação escapuloumeral em seu trajeto até o úmero. O músculo subescapular é o principal rotador medial do braço e também o aduz. Une-se aos outros músculos do manguito rotador para manter a cabeça do úmero na cavidade glenoidal durante todos os movimentos da articulação do ombro. Sua origem está na fossa subescapular (a maior parte da face anterior da escápula) e sua inserção no tubérculo menor do úmero;
· Músculos do braço: dos quatro principais músculos do braço, três flexores (Mm. bíceps braquial, braquial e coracobraquial) estão no compartimento anterior (flexor) e um extensor (tríceps braquial) está no compartimento posterior. O músculo ancôneo, um auxiliar do músculo tríceps braquial posicionado distalmente, também está no compartimento posterior. Os músculos flexores do compartimento anterior são quase duas vezes mais fortes do que os extensores em todas as posições; consequentemente, somos melhores na tarefa de puxar do que na de empurrar;
· M. Bíceps Braquial: a fixação proximal desse músculo fusiforme geralmente tem duas cabeças. A cabeça curta tem origem no processo coracoide da escápula enquanto a origem da cabeça longa está no tubérculo supraglenoidal da escápula. Sua inserção ocorre na tuberosidade do rádio e fáscia do antebraço através aponeurose do M. Bíceps Braquial. Quando presente, a terceira cabeça origina-se da parte superomedial do músculo braquial (à qual está fundida), estando em geral situada posteriormente à artéria braquial. Sua atuação se dá pela supinação do antebraço e flexionar o antebraço, quando está em posição de supinação e a cabeça curta resiste à luxação do ombro;
· M. Braquial: é fusiforme e achatado e está situado posterior (profundamente) ao músculo bíceps braquial. A fixação distal cobre a parte anterior da articulação do cotovelo. O músculo braquial é o principal flexor do antebraço. É o único flexor puro, sendo responsável pela maior parte da força de flexão. Flete o antebraço em todas as posições, não sendo afetado pela pronação nem pela supinação; durante movimentos lentos e rápidos; e na presença ou ausência de resistência. O músculo braquial sempre se contrai quando o cotovelo é fletido e é o principal responsável pela manutenção da posição fletida. Possui origem na metade distal da face anterior do úmero e inserção no processo coronoide e tuberosidade da ulna;
· M. Coracobraquial: é alongado na parte superomedial do braço e ajuda a fletir e aduzir o braço e a estabilizar a articulação do ombro. Com o músculo deltoide e a cabeça longa do músculo tríceps braquial, atua como um músculo direcional, resistindo à luxação (lesão em que uma articulação é deslocada da posição normal) da cabeça do úmero para baixo, como ao carregar a mala pesada. Possui origem na extremidade do processo coracoide da escápula e inserção no terço médio da face medial do úmero;
· M. Tríceps Braquial: é grande e fusiforme e está localizado no compartimento posterior do braço. Como indica o nome, o músculo tríceps braquial tem três cabeças: longa, lateral e medial. O músculo tríceps braquial é o principal extensor do antebraço. A origem da cabeça longa está no tubérculo infraglenoidal da escápula; da cabeça curta está na face posterior do úmero, superior ao sulco do N. Radial; e da cabeça medial está na face posterior do úmero, inferior ao sulco do N. Radial. Sua inserção ocorre na extremidade proximal do olécrano da ulna e fáscia do antebraço. Imediatamente proximal à fixação distal (inserção) deste músculo há uma bolsa subtendínea do músculo tríceps braquial, redutora de atrito, entre o tendão do músculo tríceps braquial e o olécrano. É o principal extensor do antebraço; a cabeça longa resiste à luxação do úmero e é mais importante durante a abdução;
· M. Ancôneo: é pequeno, triangular e situado na face posterolateral do cotovelo; em geral, apresenta-se parcialmente fundido ao músculo tríceps braquial. O músculo ancôneo ajuda o tríceps braquial a estender o antebraço e tensiona a cápsula da articulação do cotovelo, evitando que seja pinçada durante a extensão. Também abduz a ulna durante a pronação do antebraço. Sua origem está no epicôndilo lateral do úmero e sua inserção ocorre na face lateral do olécrano e parte superior da face posterior da ulna; 
· Músculos do antebraço (vai do cotovelo ao punho): dezessete músculos cruzam a articulação do cotovelo, e alguns deles atuam exclusivamente nessa articulação, enquanto outros atuam no punho e nos dedos;
· Músculos Flexores-Pronadores do antebraço: Os músculos flexores do antebraço estão situados no compartimento anterior (flexor–pronador) do antebraço e são separados dos músculos extensores do antebraço pelo rádio e ulna e, nos dois terços distais do antebraço, pela membrana interóssea que os une. Os tendões da maioria dos músculos flexores estão situados na face anterior do punho e são mantidos no lugar pelo ligamento carpal palmar e pelo retináculo dos músculos flexores, espessamentos da fáscia doantebraço. Os músculos flexores-pronadores são organizados em três camadas ou grupos: uma camada ou grupo superficial de quatro músculos (pronador redondo, flexor radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo). A fixação proximal de todos esses músculos é feita por um tendão comum dos flexores no epicôndilo medial do úmero, a fixação comum dos flexores; uma camada intermediária, formada pelo músculo flexor superficial dos dedos; uma camada ou grupo profundo com três músculos (flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar e pronador quadrado);
· M. Pronador Redondo: é fusiforme e o mais lateral dos músculos flexores superficiais do antebraço. Sua margem lateral forma o limite medial da fossa cubital. Sua cabeça ulnar tem origem no processo coronoide da ulna e inserção no meio da convexidade da face lateral do rádio. Sua cabeça ulmeral tem origem no epicôndilo medial do úmero. Atua proporcionando a pronação e a flexão do antebraço (no cotovelo);
· M. Flexor Radial do Carpo (FRC): é fusiforme, longo, e situado medialmente ao músculo pronador redondo. O músculo FRC produz flexão (ao agir com o músculo flexor ulnar do carpo) e abdução do punho (ao agir com os músculos extensores radiais longo e curto do carpo). Quando age sozinho, o músculo FRC produz flexão e abdução simultâneas no punho, movendo a mão em sentido anterolateral. Tem origem no epicôndilo medial do úmero e inserção na base do osso metarcapal II;
· M. Palmar Longo: é pequeno e fusiforme, está ausente em um ou ambos os lados (geralmente o esquerdo) em cerca de 14% das pessoas, mas suas ações são preservadas. Possui origem no epicôndilo medial do úmero e inserção na metade distal do retináculo dos M. Flexores e ápice da aponeurose palmar. Sua função é de fletir a mão (no punho) e tensiona a aponeurose palmar;
· M. Flexor Ulnar do Carpo (FUC): é o mais medial dos músculos flexores superficiais. Quando age sozinho, o músculo FUC faz flexão e adução simultâneas da mão no punho. Flete o punho quando age com o músculo FRC e o aduz quando age com o músculo extensor ulnar do carpo.
· M. Flexor Superficial dos Dedos (FSD): é considerado um dos músculos superficiais do antebraço, que se fixam à origem comum dos flexores e, portanto, cruzam o cotovelo. Sua cabeça umeroulnar tem origem no epicôndilo medial (origem comum dos Mm. Flexores e processo coronoide) e sua cabeça radial tem origem metade superior da margem anterior do rádio. Sua inserção ocorre nos corpos das falanges médias dos quatro dedos mediais e após passar o punho ele se divide em quatro tendões para sua inserção. Atua fletindo as falanges médias nas articulações interfalângicas proximais dos quatro dedos mediais; agindo mais fortemente, também flete as falanges proximais nas articulações metacarpofalângicas;
· M. Flexor Profundo dos Dedos (FPD): é o único que consegue fletir as articulações interfalângicas distais dos dedos. Esse músculo espesso “veste” a face anterior da ulna. Sua origem está nos três quartos proximais das faces medial e anterior da ulna e membrana interóssea e se subdivide em quatro tendões para sua inserção. A inserção da parte medial se dá nas bases das falanges distais dos 4º e 5º dedos e a inserção da parte lateral ocorre nas bases das falanges distais dos 2º e 3º dedos. Sua função é fletir as falanges distais dos 4º e 5º dedos nas articulações interfalângicas distais (parte medial) e fletir as falanges distais dos 2º e 3º dedos nas articulações interfalângicas distais (parte lateral);
· M. Flexor Longo do Polegar (FLP): situa-se lateralmente ao FPD, onde reveste a face anterior do rádio, distalmente à fixação do músculo supinador. O músculo FLP flete, em primeiro lugar, a falange distal do polegar na articulação interfalângica e, secundariamente, a falange proximal e o metacarpal I nas articulações metacarpofalângica e carpometacarpal, respectivamente. O músculo FLP é o único que flete a articulação interfalângica do polegar. Também pode ajudar na flexão da articulação do punho (radiocarpal). Sua origem está na face anterior do rádio e a membrana interóssea adjacente e sua inserção se encontra na base da falange distal do polegar;
· M. Pronador Quadrado (PQ): como indica o nome, é quadrangular e faz a pronação do antebraço. Não pode ser palpado nem observado, exceto em dissecções, porque é o músculo mais profundo na face anterior do antebraço. O músculo PQ é o agonista da pronação. Ele inicia a pronação e é auxiliado pelo músculo pronador redondo quando é necessário mais velocidade e força. O músculo pronador quadrado também ajuda a membrana interóssea a manter unidos o rádio e a ulna, sobretudo quando forças ascendentes são transmitidas através do punho (p. ex., durante uma queda sobre a mão). Sua origem está no quarto distal na face anterior da ulna e no quarto distal na face anterior do rádio;
· Músuculos extensores do antebraço: estão situados no compartimento posterior (extensor–supinador) do antebraço, e todos são inervados por ramos do nervo radial. Esses músculos podem ser organizados fisiologicamente em três grupos funcionais: músculos que estendem e abduzem ou aduzem a mão na articulação do punho (radiocarpal) (extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo e extensor ulnar do carpo); músculos que estendem os quatro dedos mediais (extensor dos dedos, extensor do indicador e extensor do dedo mínimo); e músculos que estendem ou abduzem o polegar (abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor longo do polegar);
· Músculos da mão: os músculos intrínsecos da mão estão localizados em cinco compartimentos: músculos tenares (lateral) no compartimento tenar, como abdutor curto do polegar (ACP), flexor curto do polegar e oponente do polegar; músculo adutor do polegar no compartimento adutor; músculos hipotenares no compartimento hipotenar (medial), como abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e oponente do dedo mínimo; músculos curtos da mão, os lumbricais (se originam do tendão), estão no compartimento central com os tendões dos músculos flexores longos; os músculos interósseos situam-se em compartimentos interósseos separados entre os metacarpais;
Músculos dos Membros Inferiores
Músculos anteriores da coxa:
O grande compartimento anterior da coxa contém os músculos anteriores da coxa, os flexores do quadril e os extensores do joelho. Os músculos anteriores da coxa são pectíneo, iliopsoas, sartório e quadríceps femoral; 
· M. Pectíneo: é quadrangular e plano, está localizado na parte anterior da face superomedial da coxa. Com frequência, parece ser formado por duas camadas, superficial e profunda, em geral supridas por dois nervos diferentes. Sua origem está no ramo superior do púbis e na linha pectínea do fêmur, imediatamente inferior ao trocanter menor. Suas ações envolvem adução e flexão da coxa, além de auxiliar na rotação medial da coxa;
· M. Iliopsoas: o principal flexor da coxa, é o mais forte dos flexores do quadril, com a maior amplitude. Embora seja um dos músculos mais fortes do corpo, fica relativamente oculto, estando a maior parte de sua massa localizada na parede posterior do abdome e na pelve maior. É o único músculo que está fixado à coluna vertebral, à pelve e ao fêmur. A parte lateral larga, o músculo ilíaco, e sua parte medial longa, o músculo psoas maior, originam-se da fossa ilíaca e das vértebras lombares, respectivamente. Está em uma posição especial, não só para produzir movimento, mas também para estabilizar. Sua origem está nas laterais das vértebras T XII a L V e discos situados entre elas; processos transversos de todas as vértebras lombares e sua inserção ocorre no trocanter menor do fêmur;
· M. Sartório: é longo e semelhante a uma fita. Segue em sentido lateral e medial através da parte anterossuperior da coxa. O M. sartório, o músculo mais longo do corpo, atua em duas articulações. Flete a articulação do quadril e participa da flexão do joelho. Também realiza abdução fraca e rotação lateral da coxa. As ações dos músculos sartórios colocam os membros inferioresna posição sentada com as pernas cruzadas. Nenhuma das ações do M. sartório é forte; portanto, é principalmente um sinergista, que atua com outros músculos da coxa que produzem esses movimentos. Sua origem está na espinha ilíaca anterossuperior e parte superior da incisura inferior a ela e sua inserção está na parte superior da face medial da tíbia;
· M. Quadríceps Femoral: representa o principal volume dos músculos anteriores da coxa e, no todo, é o maior e um dos mais fortes músculos do corpo. Cobre quase toda a face anterior e as laterais do fêmur. O músculo quadríceps femoral tem quatro partes: (1) M. reto femoral, (2) M. vasto lateral, (3) M. vasto intermédio e (4) M. vasto medial. Como um todo, o M. quadríceps femoral é biarticular, capaz de produzir movimento no quadril e no joelho. O M. quadríceps femoral é o grande extensor da perna. O músculo quadríceps femoral é responsável basicamente pela absorção do choque do impacto do calcanhar, e sua atividade continua à medida que sustenta o peso no início da fase de apoio (resposta à carga). Também atua na maior parte do tempo como fixador durante esportes que exigem flexão do joelho, como esqui e tênis, e contrai-se excentricamente durante a marcha em declive e ao descer escadas. Sua porção M. Retofemoral tem origem na espinha ilíaca anteroinferior e ílio superior ao acetábulo; a porção M. Vasto Lateral tem origem trocanter maior e lábio lateral da linha áspera do fêmur; a porção M. Vasto Medial tem origem na linha intertrocantérica e lábio medial da linha áspera do fêmur ; e porção M. Vasto intermediário tem origem nas faces anterior e lateral do corpo do fêmur;
Músculos mediais da Coxa: 
Os músculos do compartimento medial da coxa formam o grupo adutor, que inclui o M. adutor longo, o M. adutor curto, o M. adutor magno, o M. grácil e o M. obturador externo;
· M. Adutor Longo: é grande, em forma de leque, e é o mais anterior do grupo adutor. O músculo adutor longo triangular origina-se por um tendão forte da face anterior do corpo do púbis imediatamente inferior ao tubérculo púbico (ápice do triângulo) e expande-se para se fixar à linha áspera do fêmur (base do triângulo). Atua na adução da coxa;
· M. Adutor Curto: possui origem no corpo e ramo inferior do púbis e inserção na linha pectínea e parte proximal da linha áspera do fêmur. Atua na adução da coxa e flete-a parcialmente;
· M. Adutor Magno: é o maior, mais forte e posterior no grupo adutor. É um músculo triangular composto com uma margem espessa e medial que tem uma parte adutora e uma parte isquiotibial. A origem da parte adutora está no ramo inferior do púbis, ramo do ísquio e inserção na tuberosidade glútea, linha áspera, linha supracondilar medial, responsável por aduzir a coxa. Já a origem da parte isquiotibial está no túber isquiático e sua inserção no tubérculo adutor do fêmur e sua função é estender a coxa;
· M. Grácil: é longo, em forma de correia, e o mais medial na coxa. É o músculo mais superficial do grupo adutor e o mais fraco. É o único do grupo a cruzar as articulações do joelho e do quadril. Sua origem está no corpo e ramo inferior do púbis e inserção ocorre na parte superior da face medial da tíbia. Atua na adução da coxa, flexão da perna e auxilia na rotação medial da perna;
· M. Obturador externo: é plano, relativamente pequeno, em forma de leque, em posição profunda na parte superomedial da coxa. Sua origem está nas margens do forame obturado e membrana obturadora e sua inserção na fossa trocantérica do fêmur. Atua na rotação lateral da coxa e estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo;
Músculos da Região Glútea: 
Localizam-se em um mesmo compartimento, mas são organizados em duas camadas, superficial e profunda: camada superficial dos músculos da região glútea consiste nos três grandes glúteos (máximo, médio e mínimo) superpostos e no tensor da fáscia lata e são principalmente extensores, abdutores e rotadores mediais da coxa; camada profunda consiste em músculos menores (piriforme, obturador interno, gêmeos superior e inferior e quadrado femoral) cobertos pela metade inferior do músculo glúteo máximo, esses músculos são rotadores laterais da coxa, mas também estabilizam a articulação do quadril, atuando com os fortes ligamentos da articulação do quadril para estabilizar a cabeça do fêmur no acetábulo.
· M. Glúteo Máximo: é o músculo glúteo mais superficial e o músculo maior, mais pesado e com fibras mais grossas do corpo. O músculo glúteo máximo cobre todos os outros músculos glúteos, com exceção do terço anterossuperior do músculo glúteo médio. Sua origem está no ílio posterior à linha glútea posterior, na face dorsal do sacro e cóccix e no ligamento sacrotuberal e a maioria das fibras termina no trato iliotibial, que se insere no côndilo lateral da tíbia; algumas fibras inserem-se na tuberosidade glútea. Suas funções envolvem estender a coxa (principalmente a partir da posição fletida) e ajuda em sua rotação lateral; estabiliza a coxa e ajuda no levantamento a partir da posição sentada. Existem algumas bolsas na região glútea que separam o M. Glúteo das estruturas adjacentes, as bolsas são sacos membranáceos revestidos por uma membrana sinovial, contendo uma camada capilar de líquido lubrificante, semelhante à clara de ovo. As bolsas estão situadas em áreas sujeitas a atrito. Seu objetivo é reduzir o atrito e permitir o movimento livre;
· M. Glúteo Médio e Mínimo: têm forma de leque, e suas fibras convergem da mesma forma praticamente em direção ao mesmo alvo. O músculo glúteo mínimo e a maior parte do músculo glúteo médio situam-se profundamente ao músculo glúteo máximo na face externa do ílio. Os músculos glúteos médio e mínimo abduzem ou estabilizam a coxa e giram-na medialmente. Origem na face externa do ílio entre as linhas glúteas anterior e posterior e inserção na face lateral do trocanter maior do fêmur;
· M. Tensor da Fáscia Lata: é fusiforme, tem cerca de 15 cm de comprimento e está envolto por duas camadas de fáscia lata. Sua origem está na espinha ilíaca anterossuperior e na parte anterior da crista ilíaca e sua inserção ocorre no trato iliotibial, que se fixa ao côndilo lateral da tíbia. Atua na adução e rotação medial da coxa e mantém o nível da pelve quando o membro ipsilateral está sustentando peso;
· M. Piriforme: em forma de pera, está localizado, em parte, na parede posterior da pelve menor e, em parte, posterior à articulação do quadril. Sua origem está na face anterior do sacro e ligamento sacrotuberal e sua inserção ocorre na margem superior do trocanter maior do fêmur. Atua na rotação lateral da coxa estendida e abduz a coxa fletida, além de estabilizar a cabeça do fêmur no acetábulo;
· M. Obturador Interno e Gêmeos (superior e inferior): formam um músculo tricipital (com três cabeças), o tríceps do quadril, que ocupa a abertura entre os músculos piriforme e quadrado femoral. Atuam na rotação lateral da coxa estendida e abduz a coxa fletida, além de estabilizar a cabeça do fêmur no acetábulo;
· M. Quadrado Femoral: tem origem na margem lateral do túber isquiático e inserção no tubérculo quadrado da crista intertrocantérica do fêmur e na área inferior a ele. Sua função é rodar lateralmente a coxa e estabilizar a cabeça do fêmur no acetábulo;
Região Femoral Posterior: 
· M. Semitendíneo: metade do músculo semitendíneo é tendínea, que se origina no túber isquiático e inserção na face medial da parte superior da tíbia. Atua na estensão da coxa flexiona a perna e a gira medialmente quando o joelho está fletido; quando a coxa e a perna estão fletidas, esses músculos podem estender o tronco. 
· M. Semimembranáceo: é largo e seu nome é apropriado por causa da forma membranácea achatada de sua fixação proximal no túber isquiático. Se insere na parte posterior do côndilo medial da tíbia e a fixação rebatida forma o ligamento poplíteo oblíquo (para o côndilo lateral do fêmur);
· M. Bíceps Femoral: é fusiforme e, como indica seu nome, tem duas cabeças, uma cabeça longa e uma cabeça curta. Na parte inferior da coxa, a cabeça longatorna-se tendínea e se une à cabeça curta. A origem da cabeça longa está no túber isquiático enquanto a cabeça curta se origina na linha áspera e linha supracondilar lateral do fêmur. Sua inserção ocorre na face lateral da cabeça da fíbula e o tendão é dividido nesse local pelo ligamento colateral fibular do joelho. Atua fletindo a perna e rodando-a lateralmente quando o joelho está fletido e estende a coxa;
Músculo do Compartimento Anterior da Perna: 
Os quatro músculos no compartimento anterior da perna são tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro. Esses músculos seguem, e se inserem, em posição anterior ao eixo transverso da articulação talocrural e, portanto, são dorsiflexores da articulação talocrural, elevando a parte anterior do pé e abaixando o calcanhar. Os extensores longos também seguem ao longo da face dorsal dos dedos, e se fixam a ela, portanto, são extensores (elevadores) dos dedos.
· M. Tibial Anterior (TA): sua origem está no côndilo lateral e metade superior da face lateral da tíbia e membrana óssea e se insere nas faces medial e inferior do cuneiforme medial e base do 1º metatarsal. Sua atuação a flexão dorsal do tornozelo e inversão do pé;
· M. Extensor Longo dos Dedos (ELD): é o mais lateral dos músculos anteriores da perna. O músculo torna-se tendíneo acima do tornozelo, formando quatro tendões que se fixam às falanges dos quatro dedos laterais. Sua origem está no côndilo lateral da tíbia três quartos superiores da face medial da fíbula e membrana interóssea, enquanto sua inserção ocorre nas falanges médias e distais dos quatro dedos laterais. Atua na extensão dos quatro dedos laterais e faz a dorsiflexão do tornozelo;
· M. Extensor Longo do Hálux (ELH): sua origem está na parte média da face anterior da fíbula e membrana interóssea e se insere na face dorsal da base da falange distal do hálux. Atua estendo o hálux e fazendo a dorsiflexão do tornozelo;
· M. Fibular Terceiro (FT): nem sempre está presente e se origina no terço inferior da face anterior da fíbula e membrana interóssea e sua inserção ocorre no dorso da base do 5º metatarsal. Atua na flexão dorsal do tornozelo e auxilia na inversão do pé;
Músculos No Compartimento Lateral Da Perna:
O compartimento lateral contém os músculos fibulares longo e curto. Esses músculos têm seus ventres carnosos no compartimento lateral, mas são tendíneos quando saem do compartimento na bainha sinovial comum profundamente ao retináculo superior dos músculos fibulares. Ambos são eversores do pé, elevando a margem lateral do pé.
· M. Fibular Longo (FL): tem origem na cabeça e dois terços superiores da face lateral da fíbula e inserção na base do 1º metatarsal e cuneiforme medial. Atua na eversão do pé e flexão plantar fraca do tornozelo;
· M. Fibular Curto: é fusiforme e está situado profundamente ao músculo FL e, como indica seu nome, é mais curto do que seu parceiro no compartimento lateral. Se origina em dois terços inferiores da face lateral da fíbula e se insere na face dorsal da tuberosidade na face lateral da base do 5º metatarsal. Atua na eversão do pé e flexão plantar fraca do tornozelo;
Músculos do Compartimento Posterior da Perna:
O compartimento posterior da perna (compartimento flexor plantar) é o maior dos três compartimentos da perna e os músculos no seu interior são divididos em partes/grupos musculares superficiais e profundos pelo septo intermuscular transverso. O grupo superficial de músculos da panturrilha (músculos que formam a proeminência da perna) inclui gastrocnêmio, sóleo e plantar. Os músculos gastrocnêmio e sóleo têm um tendão comum, o tendão do calcâneo, que se fixa ao calcâneo. Juntos, esses dois músculos formam o músculo tríceps sural, que tem três cabeças. O grande tamanho dos músculos gastrocnêmio e sóleo é uma característica humana diretamente relacionada à postura vertical. Esses músculos são fortes e pesados porque levantam, impulsionam e aceleram o peso do corpo durante a marcha, corrida, salto ou posição de pé nas pontas dos pés; 
· M. Gastrocnêmio: é o mais superficial no compartimento posterior e forma a parte proximal, mais proeminente da panturrilha. É um músculo fusiforme, com duas cabeças, biarticular, cuja cabeça medial é um pouco maior e se estende mais distalmente do que a cabeça lateral. Sua cabeça lateral tem origem face lateral do côndilo lateral do fêmur e sua cabeça medial se origina na face poplítea do fêmur, superior ao côndilo medial. Insere-se na face posterior do câlcaneo através do tendão do calcâneo. Atua por meio da flexão plantar do tornozelo quando o joelho é estendido, eleva o calcanhar durante a marcha e flete a perna na articulação do joelho;
· M. Sóleo: está localizado profundamente ao músculo gastrocnêmio e é considerado o “burro de carga” da flexão plantar. O músculo sóleo tem uma fixação proximal contínua no formato de U invertido nas faces posteriores da fíbula e tíbia e em um arco tendíneo entre elas, o arco tendíneo do músculo sóleo. Sua origem está na face posterior da cabeça e quarto superior da face posterior da fíbula, linha para o M. Sóleo e terço médio da margem medial da tíbia e arco tendíneo que se estende entre as fixações ósseas e se insere na face posterior do calcâneo através do tendão do calcâneo. Atua por meio da flexão plantar do tornozelo independentemente da posição do joelho e estabiliza a perna sobre o pé;
· M. Plantar: é pequeno, tem um ventre curto e um tendão longo esse músculo vestigial não é encontrado em 5 a 10% das pessoas e, quando é encontrado, seu tamanho e formato variam muito. Sua origem está na extremidade inferior da linha supracondilar lateral do fêmur e no ligamento poplíteo oblíquo e sua inserção ocorre face posterior do calcâneo através do tendão do calcâneo. Ele auxilia fracamente o M. gastrocnêmio na flexão plantar do tornozelo;
Músculos profundos no compartimento posterior 
Quatro músculos formam o grupo profundo no compartimento posterior da perna : poplíteo, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e tibial posterior. O músculo poplíteo atua sobre a articulação do joelho, enquanto os outros músculos fazem a flexão plantar do tornozelo, sendo que dois deles continuam e fletem os dedos;
· M. Poplíteo: é fino e triangular e forma a parte inferior do assoalho da fossa poplítea. É insignificante como flexor da articulação do joelho propriamente dita; mas durante a flexão, ele ajuda a tracionar o menisco lateral posteriormente, um movimento produzido passivamente por compressão (como ocorre com o menisco medial). Origina-se na face lateral do côndilo lateral do fêmur e menisco lateral e se insere na face posterior da tíbia, superiormente à linha para o M. Sóleo. Esse músculo flete fracamente o joelho e “destrava-o” girando o fêmur 5° sobre a tíbia fixa; gira medialmente a tíbia do membro não apoiado;
· M. Flexor Longo do Hálux (FLH): é um potente flexor de todas as articulações do hálux. Origina-se nos dois terços inferiores da face posterior da fíbula e na parte inferior da membrana interóssea. Se insere na base da falange distal do hálux e flete o hálux em todas as articulações, fazendo a flexão plantar fraca do tornozelo e sustenta o arco longitudinal medial do pé;
· M. Flexor Longo dos Dedos (FLD): é menor do que o músculo FLH, embora movimente quatro dedos. Origina-se na parte medial da face posterior da tíbia inferiormente à linha para o M. Sóleo, por um tendão largo à fíbula e se insere nas bases das falanges distais dos quatro dedos laterais. Esse músculo flete os quatro dedos laterais; faz a flexão plantar do tornozelo; sustenta os arcos longitudinais do pé;
· M. Tibial Posterior (TP): o mais profundo (mais anterior) no compartimento posterior, situa-se entre os músculos FLD e FLH no mesmo plano que a tíbia e a fíbula na parte profunda. É tradicionalmente descrito como um inversor do pé. Na verdade, quando o pé está fora do solo, pode ter ação sinérgica à do músculo TA para inverter o pé, com anulação mútua de suas funções normalmente antagonistas. Entretanto,o principal papel do músculo TP é sustentar ou manter o arco longitudinal medial durante a sustentação de peso; sendo assim, há contração estática do músculo durante toda a fase de apoio da marcha. Assim, tem ação independente do músculo TA porque, quando o pé está todo apoiado no solo depois do toque de calcâneo, o músculo está relaxado durante a fase de apoio. Origina-se na membrana interóssea, face posterior da tíbia inferior à linha para o M. Sóleo e face posterior da fíbula e insere-se na tuberosidade do navicular, cuneiforme, cuboide e sustentáculo do tálus; bases do 2º , 3º e 4º metatarsais;
Músculo dos pés
Dos 20 músculos individuais do pé, 14 estão localizados na face plantar, 2 estão na face dorsal e 4 são intermediários. 
· Músculos da face plantar: abdutor do hálux, flexor curto dos dedos, abdutor do dedo mínimo, quadrado plantar, lumbricais, flexor curto do hálux, adutor do hálux, flexor do dedo mínimo, interósseos plantares (três músculos) e interósseos dorsais (quatro músculos);
· Músculos da face dorsal: extensor curto dos dedos e extensor curto do hálux;
· Músculo intermediários: tibial anterior e tibial posterior;
· Síndrome do Túnel do Carpo: neuropatia por compressão mais comum resulta da compressão do nervo mediano ao nível do punho, dentro do compartimento delimitado pelo ligamento transverso do carpo. A síndrome do túnel do carpo é causada por qualquer lesão que reduza significativamente o tamanho do túnel do carpo ou, na maioria das vezes, aumente o tamanho de algumas das nove estruturas, ou de seus revestimentos, que o atravessam (p. ex., inflamação das bainhas sinoviais). A retenção hídrica, a infecção e o excesso de exercício com os dedos podem causar edema dos tendões ou de suas bainhas sinoviais. O nervo mediano é a estrutura mais sensível do túnel. O nervo mediano tem dois ramos sensitivos terminais que suprem a pele da mão; portanto, pode haver parestesia (formigamento), hipoestesia (diminuição da sensibilidade) ou anestesia (ausência de sensibilidade) nos três dedos e meio laterais. O ramo cutâneo palmar do nervo mediano tem origem proximal e não atravessa o túnel do carpo; assim, não é afetada a sensibilidade na região central da palma. O nervo também tem um ramo motor terminal, o ramo recorrente, que serve aos três músculos tenares. Pode haver perda progressiva da coordenação e da força do polegar (devido à fraqueza do Abdutor Curto do Polegar e do músculo oponente do polegar) se a causa da compressão não for aliviada. Os indivíduos com síndrome do túnel do carpo são incapazes de opor seus polegares, têm dificuldade para abotoar uma camisa ou blusa e também para pegar objetos como um pente. À medida que o distúrbio evolui, as alterações sensitivas irradiam-se para o antebraço e a axila. Os sintomas de compressão podem ser reproduzidos por compressão digital do nervo mediano no punho por cerca de 30 segundos. Para aliviar a compressão e os sintomas resultantes, pode ser necessária a divisão cirúrgica parcial ou completa do retináculo dos músculos flexores, um procedimento chamado de liberação do túnel do carpo. A incisão para liberação do túnel do carpo é feita em direção à região medial do punho e ao retináculo dos músculos flexores para evitar possível lesão do ramo recorrente do nervo mediano;
· Testes irritativos (provocativo) para o nervo mediano: teste de Phalen, que consiste em manter os punhos na flexão máxima durante 1 minuto que em caso de STC, a posição fletida comprime ainda mais o nervo já comprimido na posição neutra, provocando parestesia no dedo médio. Phalen invertido tem o mesmo objetivo porém com as mãos em extensão máxima na “posição de oração”. O teste ou sinal de Tinel consiste em percussão leve sobre o punho, na localização no nervo mediano, essa percussão transmite uma sensação de parestesia na região de distribuição do nervo mediano, quando na ocorrência de STC. Teste de Durkan consiste em pressionar com os 2 polegares a região do carpo por 30 segundos, se houver STC haverá sintomas ao longo do trajeto do nervo mediano;
· Síndrome de impacto de ombro: causada pelo atrito entre as estruturas ósseas, ligamentares, os tendões do manguito rotador e a bursa do ombro. Pode ocorrer por uma tendinite do M. Supraespinal, bursite da bursa subacromial ou tendinite e/ou tenosinovite (inflamação da bainha tendínea) da cabeça longa do bíceps. O indíviduo pode ter uma, duas ou três dessas condições. Indivíduos com o acrômio (escápula) curvado ou ganchado estão mais propensos a essa síndrome;
· Tendinite da pata de ganso (tendinite anserina): A tendinite na pata de ganso, também chamada de tendinite anserina, é uma inflamação na região do joelho, que é composta por três tendões, que são: o sartório, grácil e semitendinoso. Esse conjunto de tendões é responsável pelo movimento de flexão do joelho e fica próximo à bursa anserina, que é uma bolsa com líquido que funciona como um amortecedor de impacto no joelho. A tendinite de pata de ganso tem esse nome por se assemelhar a membrana natatória do ganso e pode ocorrer devido a algum micro traumatismo de repetição, retração excessiva dos músculos posteriores da coxa, devido a lesões de meniscos, sobrecarga entre outros.
Referências Bibliográficas:
Keith Moore – Anatomia Orientada pra Clínica – 7ª edição – Guanabara – Capítulos 5 e 6;
Dangelo e Fatini – Anatomia Humana: Sistêmica e Segmentar – 3ª edição – Atheneu – Capítulo 4;
Ross – Histologia Texto e Atlas: Correlações com Biologia Celular e Molecular – 7ª edição – Guanabara – Capítulo 11;

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