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1 @nutristudies.loren , , → Raiz – absorção dos nutrientes e fixação - Maior concentração de nutrientes do vegetal - Parte consumida → Tubérculo - maior concentração de nutrientes está no caule → “Os antigos romanos denominaram ceres a deusa grega dos grãos e das colheitas que cujo nome denominou a palavra cereal” CEREAIS → Alimento de origem vegetal → Grãos, cujas sementes são em espigas - Provêm de gramíneas → Alto consumo: • Hábito alimentar de diversos povos • Fácil cultivo, conservação, transporte e rendimento • Baixo custo • Alto valor nutritivo • Diversas formas de utilização ESTRUTURA DO GRÃO → Os cereais possuem estruturas distintas: • Cascas e películas – 13 a 17% do grão • Endosperma – 80% do grão • Germe – 3% do grão → Cascas – revestimento mais externo do grão, contém maior quantidade de fibras do tipo celulose - Geralmente é removida → Películas – parte fibrosa que está abaixo da casca - É possível consumi-las, pois são amolecidas com o cozimento → Estrutura e nutrientes das diferentes partes do grão: PARTES NUTRIENTES Casca e películas Celulose, vitaminas e minerais Endosperma Amido, proteínas de baixo valor biológico Germe Fonte de gordura, proteína de baixo valor biológico, vitaminas lipossolúveis → Estruturas do grão de trigo → Trigo na forma integral e suas espigas 2 @nutristudies.loren → Colheita de arroz e tonel de fermentação de mandioca (espuma – produção de CO2) → Fermentação da mandioca é importante para a produção de farinha de mandioca, principalmente se for a mandioca brava (tóxica se consumida crua) → Após a fermentação, passa por uma moagem → Depois da moagem, é prensada para remover toda água e em seguida é torrada em um tonel → Tipos de cereais habitualmente consumidos: • Milho (Zea mays) • Arroz (Oryza sativa) • Trigo (Triticum aestivum) • Aveia (Avena sativa) • Centeio (Secale cereale) • Cevada (Hordeum vulgare) MILHO → Cereal originário da América, levado para Europa no séc. XVI pelos espanhóis → Espécie: Zea mays 3 @nutristudies.loren → Consumo – cozido na espiga, em conserva ou ingrediente de preparações - Pamonha, creme de milho, farofa, tortas, etc. → Pipoca – preparação do milho em calor seco → Produtos do milho: • Óleo – rico em ácidos graxos poli-insaturados • Amido • Farinha de milho – milho integral passado por moagem - Endosperma, germe, películas • Fubá – é retirado o germe, portanto a farinha de milho contém mais lipídeos - Fubarina – fubá mais fino; depende do grau de moagem PROTEÍNAS DO MILHO → Albumina e globulina → Zeína (prolamina) e glutenina (glutelina) → Prolamina – deficiência em lisina e triptofano ARROZ → Espécie: Oryza sativa → Constitui alimento básico da alimentação de diversos povos → Produtos derivados: • Farinha de arroz • Farelo de arroz • Bebidas fermentadas – aguardente, saquê... → Obtenção: → Ao remover as películas, p germe também é removido, restante basicamente o endosperma (arroz branco) → Brunição – 2 discos de pedra que fazem fricção sobre o grão para remover as películas - Pode quebrar o grão TIPOS DE ARROZ ARROZ INTEGRAL → Grão sem a casca, porém permanece o farelo (película) → Vantagem: • Fontes de vitaminas e minerais - Tiamina - Riboflavina - Niacina - Ferro - Fósforo - Potássio → Desvantagens: • Tempo de cocção prolongado ARROZ POLIDO → Conhecido como arroz branco → Obtido a partir do polimento do grão integral - Brunição → Remoção de proporções variadas de camadas, inclusive endosperma e germe Colheita Secagem e Armazenamento Beneficiamento 4 @nutristudies.loren ARROZ PARBOILIZADO → Grão submetido a tratamento hidrotérmico antes da secagem e do beneficiamento → Esquema: 1. Encharcamento: o arroz em casca é colocado em tanques com água quente (acima de 58°C) por algumas horas - Absorção de água e penetração de vitaminas e minerais no grão 2. Gelatinização: autoclave – o arroz úmido é submetido à alta temperatura sob pressão de vapor - Modificação na estrutura do amido 3. Secagem 4. Beneficiamento → Vantagens: • Preparo – “arroz mais solto” • Maior concentração de compostos hidrossolúveis na preparação final • Maior rendimento de grãos inteiros no beneficiamento - Melhor qualidade do ponto de vista comercial OUTROS TIPOS DE ARROZ → A. Instantâneo – cozido logo após beneficiamento e desidratado - Preparo consiste na reconstrução: água em ebulição por curto tempo → A. malekizado (A. semi-integral) – grão com casca macerado em água fria por 3 dias, submetido ao vapor (600°C), seco e beneficiado retirando-se o farelo/película e o germe - Evolui para o parboilizado → Arroz arbóreo – grãos grossos, redondos e brancos - Maior teor de amido - Usado para risotos, devido maior absorção de água sem desintegrar-se → Arroz selvagem – não é arroz verdadeiro - Gramínea aquática de sementes alongadas e escuras - Alto custo e valor nutritivo (ptn, vit. Complexo B) - Usado para acompanhar carnes e aves ou misturados a outros tipos de arroz → Arroz cateto – grãos curtos e arredondados - Tem tendência a “empapar” com o cozimento → Arroz vermelho – grãos com presença de característica película vermelha - Produção no Brasil: Paraíba e algumas cidades do Ceará → Arroz japonês – grãos curtos e arredondados - Após cozimento e resfriamento, apresentam liga característica - Preparo de sushis - Adição de vinagre no cozimento reduz a viscosidade → Arroz preto – originário da China, possui maior teor de vitamina B1, ptn, fibras e magnésio quando comparado com o integral - Possui 11 vezes mais antioxidantes que o integral PROTEÍNAS DO ARROZ → Albumina e globulina → Prolamina (5%) e glutelina (80%) → Prolamina – deficiência em lisina (orzeína) → Arroz e milho contêm glúten, porém este não estimula todas reações alergênicas em pessoas com doença celíaca TRIGO → Proveniente de gramínea, grão oval, gênero Triticum e grande variedade de espécies → Trata-se de um dos cereais mais cultivados e utilizados no mundo → Em fase inicial do cultivo – semelhante ao capim → Amadurecimento – coloração dourada 5 @nutristudies.loren → Constituição: • Amido – principal • Proteínas – presença de proteínas formadoras de glúten → Principais tipos: • Triticum aestivum: panificação - Maior teor de proteínas - Glúten não extensível • Triticum durum – massa - Produz sêmola e semolina (farinha desse tipo de trigo) - Glúten extensível – maleável - Bom conteúdo de proteínas e pigmentos carotenoides • Triticum compactum – biscoito e bolo - Mistura de trigo fraco e com baixo teor de proteínas → Trigo tipo 1 – no Brasil, pode ser considerada sêmola ou semolina, de acordo com a granulometria → Trigo sarraceno (trigo preto ou mourizo) – não pertence à família dos cereais, porém apresenta estrutura e composição química semelhante - Utilização: massa de macarrão sobá (culinária oriental) - Não forma glúten, pode ser consumido por celíacos UTILIZAÇÃO DOS PRODUTOS DO TRIGO → Farinha de trigo – diversas preparações como pães, massas, biscoitos, pizzas... → Farelo de trigo – desjejum e ingredientes de preparações → Triguilho – quebra do grão de trigo - Preparo de tabule, quibe... → Bulgur – é o triguilho obtido do trigo durum → Germe de trigo – desjejum e ingrediente de preparações - Fonte de aminoácidos, vitaminas lipossolúveis e lipídeos (AG linolênico e linoleico) → Óleode germe de trigo – fins farmacêuticos PROTEÍNAS DO TRIGO → Proteínas não glúten (15 a 20%) – albumina e globulina → Proteínas glúten (80 a 85%) – glutelinas (glutenina) e prolaminas → Glutenina: • Associação linear de cadeias polipeptídicas • Realiza ligações intra e intermoleculares (-S-S-) • Quando hidratada, forma uma massa elástica- coesiva muito dura → Mistura: proteínas → Prolaminas (gliadina): deficiência em aminoácidos essenciais • Obtida por extração com etanol a 70% 6 @nutristudies.loren • Trigo (gliadina), centeio (secalina), milho (zeína), cevada (hordeína), aveia (avenina) • Composta por subunidades de cadeia polipeptídica, unidas por ligações intramoleculares (-S-S-) • Quando hidratadas, produz uma massa fluída, menos viscosa, extensível, porém com baixa elasticidade • Agente oxidante (perde H) – aumenta n° de ligações (-S-S-) - Massa mais rígida com capacidade de incorporar ar - Quando se tem um glúten fraco - Ex.: bromato • Agente redutor (ganha H) – rompe ligações (- S-S-) - Massa viscosa, porém menos elástica - Quando se tem glúten forte → Trigo mais fraco – menor quantidade de proteína ou quando apresenta maior percentual de gliadina (mais mole) AVEIA → A aveia, naturalmente, não contém glúten → Todos cereais contém glúten, mas nem todos tem o potencial alergênico para os celíacos → Pode haver a contaminação no campo e por isso a maioria das aveias são comercializados como contendo glúten → Aveia comercializadas como sem glúten, são aquelas em que houve todo um controle em toda a cadeia produtivo → Grãos de gênero Avena → Espécies mais conhecidas: Avena sativa, Avena steritir e Avena strigosa → Cultura de regiões temperadas → Utilizada em desjejum ou ingrediente de preparações → Obtenção de flocos, farinha e farelo • Farelo – película • Farinha – grão moído • Flocos – grão prensado → Valor nutritivo: proteínas, fibra solúvel, cálcio, fósforo e ferro CENTEIO → Gramínea geralmente cultivada em larga escala para colheita de grãos e forragem → Espécie: Secale cereale → Utilizado para obtenção de farinhas e ração animal → Farinha de centeio – obtida pela trituração do grão com a casca - Coloração escura → Apresenta proteínas formadoras de glúten em menor quantidade que a farinha de trigo CEVADA → Um dos cereais mais antigos → Rico em cálcio, fósforo e potássio → Grão usado no preparo de: • Bebidas fermentadas – malte para cerveja • Obtenção de farinha – preparo de mingaus e pães • Substituição do café – grão de cevada e moído COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS CEREAIS 7 @nutristudies.loren → Trigo é o cereal que contém maior quantidade de glúten → Trigo – sua quantidade de proteínas pode variar até 15% → Aveia contém maior conteúdo de fibras e menor de carboidratos VALOR NUTRITIVO DOS CEREAIS PROTEÍNAS → Localizadas no endosperma → Quantidade e qualidade – variam segundo a espécie, fatores ambientais e genéticos → Qualidade proteica – quantidade de lisina (aa limitante), digestibilidade e presença de fatores antinutricionais CARBOIDRATOS → Amido – cerca de 70% do peso total do grão → Região próxima ao germe – pequena concentração de glicídeos mono, di e trissacarídeos - De 1 a 2% - Glicose, maltose e Rafinose FIBRAS → Quantidade varia conforme o tipo de cereal ou grau de extração da farinha → Celulose (farelo de trigo), hemicelulose (farelo e grãos integrais), lignina (trigo), gomas (aveia e cevada LIPÍDEOS → Localizado no germe e na parte periférica do grão - Diminui conforme o polimento do grão → Quanto maior o refinamento, menor a quantidade de lipídeos → Cerca de 2 a 5% de lipídeos → Principais: ácido palmítico, oleico e linoleico → AG saturados – de 11 a 26% → AG insaturados – de 72 a 78% → Fosfolipídeos – lecitina, cerca de 4% VITAMINAS E MINERAIS → Localização principal – germe e farelo → Vitaminas: • Tiamina • Riboflavina • Niacina • Ácido pantotênico • Vitamina E → Minerais: • Potássio • Fósforo • Ferro • Magnésio • Cálcio* - tem absorção comprometida por formar fitina com ácido fítico, presente no pericarpo do grão MASSAS → Produto não fermentado, obtido pelo amassamento da farinha de trigo, da semolina ou da sêmola de trigo com água, adicionado ou não de outras substâncias permitidas → Resolução RDC n° 263, de 22 de set de 2005 (ANVISA) – dispõe sobre o regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de massa alimentícia → Classificação, de acordo com: • Teor de umidade 8 @nutristudies.loren ✓ Massa fresca – quando submetida a processo incipiente (parcial) de secagem ✓ Massa seca – quando submetida a processo de secagem • Formato ✓ Massa comprida ou longa – massa tipo espaguete, talharim e outras ✓ Massa curta – massa ave-maria, concha e outras ✓ Massinha – massa tipo chumbinho, alfabeto, alpiste, estrelinha e outras • Composição ✓ Massa mista – preparada pela mistura de farinha de trigo com outras farinhas ✓ Massa recheada – contendo recheio preparado com diferentes substâncias alimentícias aprovadas ✓ Massa glutinada e super ou hiperglutinadas – preparadas com farinha de trigo adicionada do glúten PÃES Mistura descanso assamento MISTURA → Ingredientes: • Farinha de trigo – de boa qualidade • Água - Formação da massa - Hidratação das proteínas - Desenvolve o glúten - Participa da gelatinização do amido e na mistura de todos os ingredientes • Fermento biológico – Saccharomyces cerevisiae - Produto final: CO2 e etanol • Sal - Sabor - Reduz taxa de fermentação quando não se pode controlar - Fortalece o glúten: associações de pontes salinas com as proteínas e controle sobre enzimas proteolíticas • Leite - Aumenta absorção de água pela farinha - Deixa a massa mais tolerante à mistura - Melhora cor da crosta, a estrutura do miolo e a textura - Aumenta valor nutricional • Gorduras - Sabor - Aumento de valor: ajuda na retenção de gás 9 @nutristudies.loren - Amacia a textura: entremeada na rede de glúten - Melhora a conservação: dificulta a retrogradação pela interação com a amilose • Açúcar - Substrato para a fermentação - Confere aroma, sabor e cor EX.: sacarose e xarope de milho • Xarope de malte – produto submetido a altas T°C ocorrendo inativação de suas enzimas - Confere sabor e cor • Aditivos: ▪ Enzima alfa-amilase ▪ Emulsificantes – complexam com amilose e retardam a retrogradação. Ex.: mono e diglicerídeos ▪ Reforçadores de massa – melhora o desenvolvimento da massa e o aumento de volume. Ex.: polisorbatos • Agentes oxidantes - Fortalecem a massa e alteram sua elasticidade e extensibilidade - Oxidam os grupos sulfidrilas do glúten e formam pontes dissulfeto, aumentando a tolerância a mistura e capacidade de retenção de gases Ex.1: Bromato de potássio (KBrO3) – tóxico e proibido no Brasil; Ex.2: Ácido ascórbico – agente redutor que, na presença de oxigênio na massa, se transforma em ácido dehidroascórbico • Agentes redutores - Agem de modo oposto aos oxidantes - Atuam sobre as pontes dissulfeto, rompendo- as - Enfraquecem o glúten e diminuem o tempo de desenvolvimento da massa - Usados na produção de biscoitos, quando a farinha é forte demais e se deseja reduzir sua elasticidade Ex.1: L-cisteína e bissulfito de sódio – proibidos no Brasil; Ex.2: Enzimas proteolíticas – recomendadas e permitidas • Agentes conservantes - Ácido propiônico,propionatos de sódio, cálcio e potássio – fungicidas sem ação nas leveduras - Ácido ascórbico, sorbato de sódio, cálcio e potássio – fungistáticos com ação nas leveduras e são acrescentados após a fermentação DESCANSO → Ação do fermento biológico ASSAMENTO → Desnaturação de proteica → Gelatinização do amido, liberação de água utilizada na gelatinização → Ação/inativação enzimática – com o aquecimento, aumenta ação enzimática. Porém, as enzimas se desnaturam e perdem sua atividade - Amido – açúcares menores que darão cor e aroma pois os açúcares adicionados foram consumidos na fermentação → Produção de cor e aroma – reação de escurecimento não enzimático - Reação de Maillard - Todos os compostos responsáveis pelo “flavor” se forma na crosta e depois penetram o miolo
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