durante o exame clínico, que utilizados de forma coordenada, permitem a definição do diagnóstico e, consequentemente, o estabelecimento do prognóstico. Semiotécnica é a técnica de pesquisa dos sinais e sintomas, ou seja, manifestações objetivas e subjetivas das doenças. Propedêutica clínica é o estabelecimento de diagnóstico, tratamento e prognóstico. Os exames complementares devem ser direcionados conforme as hipóteses de diagnóstico, isto é, devemos escolher o exame complementar mais apropriado, que traga as melhores informações para o caso em questão, menos invasivo possível e de menor custo. É o procedimento cirúrgico a partir do qual se remove um fragmento do tecido de uma lesão para a análise Indicações Quando a avaliação clínica não dá apoio para o diagnóstico definitivo Quando há suspeita de neoplasia maligna (câncer) Quando o curso clínico é incoerente com o diagnóstico inicial Lesões persistentes por mais de 2 semanas (lesões ulceradas), lesões inflamatórias que não regridem após 10-14 dias posteriores à remoção da causa. Lesões que interferem na função local, ósseas ou intraósseas. Contra indicações Quando o diagnóstico definitivo pode ser obtido apenas com o exame clínico (Herpes, Afta, Candidíase) Em pacientes sem oportunidade ou condições de se submeter a procedimentos cirúrgicos. Lesões vasculares (hemangioma) – risco de sangramento descontrolado Quando o diagnóstico definitivo depende de exames hematológicos, como, por exemplo, Sífilis Lesão granulomatosa (infecciosa) ou Carcinoma Espinocelular • Remoção de um fragmento da lesão, o qual será submetido ao exame histopatológico (avaliação microscópica) • Indicado em lesões múltiplas, extensas e com suspeita de neoplasia maligna. • A área de eleição da região a ser biopsiada e a extensão (quantidade de tecido removido) envolvam tecido sadio da margem da lesão, permitindo a visualização da relação da lesão com os tecidos vizinhos e evitando áreas de necrose. Orientações gerais: 1. Fragmento de tecido indesejável – incisão rasa, remoção muito superficial da lesão sem poder verificar a relação com tecido vizinho sadio (neoplasias malignas invadem tecido vizinho, neoplasia benignas não invadem) 2. Fragmento de tecido desejável: incisão estreita e profunda, removendo uma margem de tecido sadio Leucoeritroplasia ou Carcinoma Espinocelular • Retirada de toda a lesão para exame histopatológico • Tratar a lesão concomitantemente • Lesões isoladas, pequenas, sem suspeita de malignidade (neoplasia benignas e lesões inflamatórias). • Para lesões reacionais (causadas por agente irritativo como trauma) deve-se remover o agente causal evitando a recidiva da lesão. Orientações gerais: 1. Biópsia indesejável: bordas laterais e/ou profundas comprometidas deixando lesão residual 2. Biópsia desejável: remoção de total da lesão, bordas laterais e profundidade adequadas. Incisões elípticas, profundidade suficiente removendo a lesão como um todo. Fibroma, Hiperplasia fibrosa ou Granuloma Piogênico • Biópsia aspirativa • Obtenção de material através de uma punção, com agulha e seringa, para aspirar o conteúdo. • Não é necessário anestesia. Indicações • Lesões sólidas • Lesões submucosas, subcutâneas e profundas. Resultados • Muitas vezes norteia a conduta clínica e as decisões terapêuticas, como descartar ou confirmar a presença de malignidade. • Odontoscópio • Pinça • Sonda exploradora • Seringa carpule • Descolador (sindesmótomo)- pode ser espátula de cera n°7 • Cabo de bisturi • Pinça hemostática (curva ou reta) • Pinça Allis • Pinça de Adson (com dente e sem dente) mais delicada • Pinça Backhaus • Porta agulha delicado (com videia) • Tesoura Metzembaum (ponta romba) • Tesoura (ponta fina) • Cureta de Lucas • Cubeta metálica • Bisturi com lâmina 15 (“bisturi a frio”): é o instrumento convencional • Eletrocirurgia (bisturi elétrico): favorece a remoção e é útil para se obter hemostasia. Geralmente utilizado em lesões de palato, onde a sutura é dificultada, deixando uma margem cruenta e consequentemente uma cicatrização por segunda intenção. • Punch: dispositivo com ponta ativa com lâmina circular que possibilita a remoção de um fragmento da lesão com formato cilíndrico. • Curetagem, para lesões intraósseas • Saco bocado, utilizado para palato mole e região posterior da boca com difícil acesso • Biópsia aspirativa por agulha fina. • Utilizar Equipamento de proteção individual (EPI): gorro, máscara, luvas estéreis, avental, propés, óculos • Realizar antissepsia extrabucal com clorexidina 2% ou iodopovidona (PVPI), e intrabucal com clorexidina 0,12%. • Utilizar campo cirúrgico estéril sobre a mesa operatória e sobre o paciente • Instrumentos utilizados devem estar estéreis. 1. Anestesia: bloqueio da inervação regional. Infiltração terminal. Perilesional. Cuidar para não infiltrar anestésico no tecido avaliado, pois esse pode distender e modificar o tecido, prejudicando a avaliação histopatológica. 2. Estabilização dos tecidos: realizada pelo assistente com os dedos, ou através de suturas de tração com fio grosso ou clipes de toalha. Favorece exposição da lesão, facilitando o trabalho do cirurgião. 3. Incisão: deve ser realizada com lâmina nova, com fio apropriado, através de duas incisões elípticas em V conectando as incisões na base da lesão. Dever ser realizada paralela às fibras musculares, minimizando lesões em nervos, artérias e veias. Secção na base da lesão com tesoura delicada de ponta fina, removendo a peça. 4. Hemostasia: gazes estéreis e aspiradores de sucção 5. Manipulação do tecido: deve-se coletar quantidade significativa de tecido para análise posterior, cuidando para não danificar, romper ou dilacerar o tecido. Não usar pinças de apreensão podendo criar artefatos de técnica. 6. Identificação das margens na peça removida: marcação das margens com fio de seda, utilizada em lesões tumorais, indicando ao patologista o limite de tecido saudável. 7. Fechamento cirúrgico: divulsão dos tecidos da margem (insere-se a tesoura de ponta romba paralelamente à superfície de mucosa, abrindo-a quando estiver dentro da lesão. Após, traciona-se para a retirada, soltando as bordas de ferida cirúrgica do plano muscular subjacente, permitindo uma sutura sem tensionamento e ação muscular. A coaptação (aproximação) dos bordos cirúrgicos possibilita o fechamento primário de ferida elípica, sendo possível ou não dependendo da localização e do tamanho da ferida. 8. Sutura: pode ser feita com fio de seda ou nylon com pontos individualizados 9. Cuidados com o espécime: deve-se ser fixado em solução de formalina 10% tamponada. • Bolsa de gelo – dor e edema • Analgésicos e antibióticos • Alimentação fria, pastosa e líquida • Evitar esforço físico e exposição solar • De 7 a 14 dias – remoção da sutura. • Explicar o laudo da biópsia • Fixador universal é formol (solução de formalina tamponada 10%) • Identificação do material imediatamente após a sua retirada, ainda no centro cirúrgico ou no ambulatório. • Preencher a ficha de solicitação do exame histopatológico ou anatomopatógico. • Preenchimento da ficha de solicitação do exame histopatógico Motivos de amostras ou encaminhamento inadequados: 1. Fixação inadequada – quantidade insuficiente de formol em relação ao volume da amostra ou fixador inadequado. 2. Falta de identificação do profissional 3. Fichas com dados clínicos faltantes ou incompletos. Consiste em se examinar macroscopicamente e ao microscópio um fragmento de tecido, de um órgão qualquer do paciente, removido cirurgicamente, com finalidade de firmar, confirmar ou