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SALMONELLA SPP Salmonella é uma bactéria que causa doença em humanos e animais através do consumo e ingestão de alimentos contaminados. Taxonomia Salmonella é um gênero de bactérias, popularmente chamadas salmonelas, pertencentes à família Enterobacteriaceae, extremamente heterogêneo composto por três espécies: Salmonella subterrânea, Salmonella bongori e Salmonella entérica esta última dividida em seis subespécies. A maioria das salmonelas de importância médico veterinária pertence à S. entérica subsp. entérica. As subespécies são adicionalmente qualificadas pelo sorotipo, tendo uma designação final – por exemplo, S. entérica subsp. entérica sorotipo Typhimurium. Já em relação aos sorotipos de Salmonella, existem hoje mais de 2.600 descritos, sendo a sorotipagem baseada no esquema Kaufmann e White, no qual os antígenos somáticos (O) e flagelares (H) são identificados e ocasionalmente, antígenos capsulares (Vi). Morfologia As bactérias desse gênero apresentam forma de bacilos, são gram-negativas sendo que a maioria das espécies é móvel apresentando flagelos peritríquios (em toda periferia celular) além disso apresentam fímbrias (curtos pelos para adesão) que estão envolvidos na formação de biofilmes. Não produzem endoesporos. Raramente linhagens fermentadoras da lactose são encontradas. Fisiologia As espécies do gênero Salmonella são bactérias anaeróbias facultativas proliferando tanto na presença como na ausência de oxigênio. Sobrevivem a uma ampla faixa de temperatura de 5°C a 47°C, podendo sobreviver ao congelamento em determinados alimentos. Toleram grandes variações de pH de 4,0 a 9,0. São sensíveis à elevação da concentração salina (9% NaCl). Ecologia Os sorotipos de Salmonella ocorrem em todo o mundo e infectam muitos mamíferos (humanos, suínos, equinos, bovinos, caninos, felinos, roedores), aves (pintos, perus) e répteis (lagartos, cobras, tartarugas) e anfíbios sejam animais domésticos os selvagens. São principalmente excretados pelas fezes. A ingestão é a principal rota de infecção da Salmonelose, embora também possa ocorrer por meio das mucosas do trato respiratório superior e da conjuntiva. Os micro-organismos podem estar presentes em: água, solo, alimentação dos animais, carne, vísceras cruas, e vegetais. A fonte de contaminação ao meio ambiente é invariavelmente as fezes. Em aves domésticas, alguns sorotipos, tais como Salminella Enteritidis, infectam ovários, e micro-organismos podem ser isolados a partir dos ovos. As salmonelas podem sobreviver por mais de nove meses em solos úmidos e protegidos da luz. As suas células são bastante resistentes à desidratação do solo e de alimentos e por esta razão podem causar surtos quando presentes em alimentos desidratados como o leite em pó. Doenças em animais O desenvolvimento da doença Salmonelose que é uma zoonose depende do estado imunológico do hospedeiro (deficiência de ingestão de colostro) ou nutricional, doenças intercorrentes, virulência e fatores estressantes (superpopulação, transporte inadequado), manejo (más condições sanitárias). Mais comum em animais jovens e bovinos de leite. A morbidade é relativamente alta, chegando a 50%-75% e a mortalidade é de 5%-10%. Os sinais clínicos incluem depressão, prostração, febre alta e morte em 24-48 horas do início dos sinais; diarréia pode ou não ocorrer. Para diagnóstico, pode-se suspeitar pelo quadro clínico: lesões macroscópicas e histopatologia; mas as lesões não são específicas; o isolamento e identificação do agente é necessário para a confirmação; os animais não devem ser considerados livres da bactéria até que 3 tentativas sucessivas de isolar o micro-organismo a cada 14 dias tenham sido infrutíferas fazer diferencial para septicemia por Escherichia coli, yersiniose e coccidiose intestinal. O controle deve ser através da proteção do animal com a vacinação; tratamento, isolamento ou eliminação de animais portadores e, desinfecção de instalações; o tratamento só é eficaz no início da doença; deve-se fazer a manutenção da higiene e boas práticas de manejo; estercos devem ser removidos, depósitos de alimentos livres de roedores, baldes de leite da alimentação de bezerros devem ser individuais, lavados e desinfetados após o uso; evitar estresse e aglomerações nos confinamentos Referências https://www.luciacangussu.bio.br/atlas/salmonella- spp/#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20de%20Salmonella%20s%C3%A3o,como%20o%20leite%2 0em%20p%C3%B3 QUIN,P. J.; MARKEY, B. K.; CARTER, M. E.; DONNELY, W. J. C.; LEONARD, F. C. Microbiologia Veterinária e Doenças Infecciosas https://www.luciacangussu.bio.br/atlas/salmonella-spp/#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20de%20Salmonella%20s%C3%A3o,como%20o%20leite%20em%20p%C3%B3 https://www.luciacangussu.bio.br/atlas/salmonella-spp/#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20de%20Salmonella%20s%C3%A3o,como%20o%20leite%20em%20p%C3%B3 https://www.luciacangussu.bio.br/atlas/salmonella-spp/#:~:text=As%20c%C3%A9lulas%20de%20Salmonella%20s%C3%A3o,como%20o%20leite%20em%20p%C3%B3
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