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Ana Victória Ribeiro – M7 
Parto
Atitude fetal: compreende a relação entre as 
diversas partes fetais. O feto se aloja no útero em 
atitude de flexão generalizada, com a cabeça e o 
mento aproximando-se do tórax anterior, graças a 
flexibilidade da coluna vertebral. 
 
Situação fetal: é a relação entre o maior eixo fetal 
e o maior eixo da cavidade uterina. Sendo assim, 
quando ambos se coincidem, a situação é 
longitudinal (9,5% das vezes); quando 
perpendiculares, a situação é transversa. Por 
último, se forem cruzados, a situação é oblíqua ou 
inclinada. 
 
Apresentação fetal: compreende a região fetal 
que ocupa o estreito superior da bacia interna 
materna, a qual também pode mudar ao longo da 
gestação até o momento do parto como a 
situação. Quando a situação é transversa, sempre 
será uma apresentação córmica. Na situação 
longitudinal, são possíveis a apresentação cefálica 
(polo cefálico) e a pélvica (polo pélvico). 
Posição fetal: é a relação entre o dorso fetal e o 
dorso materno, podendo ser direita, esquerda, 
posterior, anterior ou transversa. A variedade de 
posição é definida pela relação entre os pontos de 
referência maternos (púbis, eminências 
ilipectíneas, extremidades do diâmetro transverso 
máximo, sinostose, sacroilíaca e sacro) e fetais. 
• Lambda e sutura sagital: apresentação cefálica 
fletida; 
• Sutura sagital e metópica: apresentação cefálica 
defletida grau 1; 
• Sutura metópica: apresentação cefálica defletida 
grau 2; 
• Linha facial (nariz até o mento): apresentação 
cefálica defletida grau 3; 
• Sulco interglúteo: apresentação pélvica. 
O polo cefálico fetal pode estar totalmente fletido, com 
o mento próximo à face anterior do tórax ou se afastar 
do tórax em alguns graus de extensão. Na primeira 
situação, há a apresentação cefálica fletida. Nos demais 
casos, temos as apresentações defletidas, que podem 
ser de 1º grau ou bregmática, 2º grau ou de fronte, e 
de 3º grau ou de face. 
 
 
Ana Victória Ribeiro – M7 
Considerando a apresentação cefálica fletida, 
podemos ter as seguintes variedades de posição, 
que podem ser identificadas pelo toque vaginal: 
• OP: occipitopubiana; 
• OEA: occípito-esquerda-anterior 
• OET: occípito-esquerda-transversa; 
• OEP: occípito-esquerda-posterior; 
• OS: occipitossacra; 
• ODP: occípito-direita-posterior; 
• ODT: occípito-direita-transversa; 
• ODA: occípito-direita-anterior 
A altura da apresentação é feita, na maioria das 
vezes pelos critérios DeLee. O plano 0 é o 
diâmetro da bioespinha ciática, que é o plano de 
referência para os demais. O plano -1 consiste na 
apresentação 1 cm acima do plano 0; 2 cm acima 
compreende o plano -2, e assim sucessivamente, 
até o plano -5. Já o plano 1 é alcançado quando a 
apresentação ultrapassar 1 cm do plano 0; 2 cm 
abaixo, encontra-se o plano 2, e assim 
sucessivamente, até o plano 5. 
 
Refere-se aos movimentos do feto durante a 
passagem pelo canal do parto. Sendo assim, 
podemos dividi-lo em 3 tempos: insinuação, 
descida e desprendimento. 
Insinuação: indica a passagem do maior diâmetro 
do polo cefálico pelo estreito superior da bacia 
materna (plano 0 de DeLee). Nas primigestas, esse 
processo ocorre 15 dias antes do parto; já nas 
multíparas, isso pode ocorrer a qualquer 
momento. Nesse período, ocorre a diminuição dos 
diâmetros fetais, flexão ou deflexão da cabeça e 
movimentos laterais, já que um dos ossos parietais 
atravessará o estreito superior antes do outro. Tal 
situação é chamada de assinclitismo.
ASSINCLITISMO OU SINCLITISMO: POLO CEFÁLICO COM FLEXÃO LATERAL 
Assinclitismo posterior Linha sagital se aproxima do púbis 
Assinclitismo anterior Linha sagital se aproxima do sacro 
Sinclitismo Linha sagital fica equidistante do púbis e sacro 
Ana Victória Ribeiro – M7 
Descida: é a passagem do polo cefálico fetal do 
estreito superior até o inferior, a qual ocorre 
mediante movimentos rotacionais. Pode ser 
dividiva em tempos acessórios: 
 Rotação interna da cabeça: tem como 
objetivo coincidir o diâmetro maior do 
polo cefálico fetal com o maior diâmetro 
da bacia materna, ou seja, alinha o polo 
cefálico ao púbis. O grau de rotação interna 
varia de acordo com a posição fetal, ou 
seja, nas variedades anteriores, há rotação 
de 45°; nas transversais, de 90°; e nas 
posteriores, de 135°.
 
 
a)Posterior, b) anterior, c) transversa e d) occiptopúbica
Insinuação das espáduas no estreito superior da 
bacia, que ocorre simultaneamente à progressão 
no canal de parto. O diâmetro biacromial mede 12 
cm, o que seria incompatível com os diâmetros do 
estreito superior; porém, no período da descida, 
os ombros se aconchegam, moldando-se 
conforme do diâmetro da bacia. 
Desprendimento: consiste na saída do polo 
cefálico do canal de parto. 
 Rotação externa da cabeça: também 
chamada de restituição, consiste em novo 
movimento logo após o desprendimento 
total da cabeça fetal, voltando para sua 
posição original na bacia.
 
Rotação interna seguida de desprendimento
Ana Victória Ribeiro – M7 
O diâmetro biacromial permanece em posição 
oblíqua ou transversa desde sua passagem pelo 
estreito superior; chegar no assoalho pélvico, há 
rotação das espáduas para que o diâmetro 
biacromial fique na direção anteroposterior da 
saída do canal. Assim, o ombro anterior fica sobre 
a arcada púbica e o posterior fica em contato com 
o cóccix materno. Por fim, há o desprendimento 
das espáduas, no qual, primeiramente, a espádua 
anterior aparece no orifício vulvar, seguida pela 
liberação da espádua posterior. Com a saída das 
espáduas, há liberação de todo o tronco fetal. 
 
(A e B) rotação; (C e D) Desprendimento das espáduas 
O parto pode ser estudado analisando-se suas três 
fases principais (dilatação, expulsão e 
secundamento), além do período premonitório 
(pré-parto). 
O período premonitório é caracterizado pela 
descida do fundo uterino (2 a 4 cm aprox.), 
possibilitando maior amplitude de ventilação 
pulmonar. A insinuação do feto no estreito 
superior da bacia causa muitas dores na região 
lombar, há maior saída de muco cervical, que pode 
estar associada a pequena quantidade de sangue, 
além das percepções maternas das metrossístoles 
intermitentes. 
Tais metrossístoles podem ser dolorosas e vão aos 
poucos diminuindo o tempo de intervalo entre 
elas, assim como também irão aumentar o nível de 
intensidade (chamadas de dores preparantes), 
ocorrendo o chamado trabalho de parto. Neste 
período há o amolecimento e aparecimento do 
colo, que podem ser verificados pelo toque 
vaginal. Essa fase pode ser chamada de fase 
latente do parto, na qual as contrações uterinas 
ainda não determinam a dilatação progressiva do 
colo. 
O primeiro período do parto é a fase de dilatação, 
a qual se inicia com as alterações cervicais 
(dilatação e apagamento) e termina com a 
completa dilatação cervical (10 cm). Sua duração é 
de aproximadamente 12 horas nas primíparas e 7 
horas nas multíparas. O apagamento e a dilatação 
ocorrem em momentos diferentes nas primíparas, 
porém, nas multíparas ocorre de forma 
simultânea. As bolsas-das-águas, consiste na 
aparição das membranas ovulares (âmnio e cório) 
através do colo dilatado. 
 
A-D dilatação e apagamento nas primíparas/ multíparas E-H 
Durante a fase de dilatação é importante que a 
equipe médica garanta a presença de um 
acompanhante para o parto, além de realizar os 
Ana Victória Ribeiro – M7 
toques vaginais para determinar as alterações 
cervicais. 
 
 
 
 
A equipe de saúde deve se atentar também a 
vitalidade fetal através da consulta dos 
batimentos cardiofetais, que deve ser feita 
preferencialmente a cada 30 min; medição correta 
dos sinais vitais; alimentação adequada da 
parturiente (líquido e alimentos de baixa caloria); 
estimulo à deambulação. Além disse, a equipe 
deve procurar medidas para diminuir a dor, sejamelas medicamentosas ou não, como uma posição 
mais confortável, banhos quentes e massagens, 
além do apoio psicológico. 
A analgesia via bloqueio raquimedular, 
normalmente é feita com 4 a 5 cm de dilatação, 
porque causa vômitos, hipotensão, retenção 
urinária, etc. 
A rotura das membranas ovulares ocorre 
geralmente ao final do período de dilatação ou no 
início da expulsão. 
A fase de expulsão se inicia com o fim da dilatação 
e prolonga-se até a saída do feto, com duração 
variável de 20 a 50 minutos. Corresponde ao 
período de maior intensidade e frequência das 
contrações uterinas, até consistirem em aprox. 5 
contrações a cada 10 min. Nesse momento a 
paciente passa a sentir puxos ou “vontade de 
espremer” como na evacuação ou micção 
dificultadas. Diante da descida do feto ocorre 
dilatação da vulva e é muito importante a 
orientação da paciente pela equipe médica sobre 
como agir diante das contrações uterinas. Logo, 
orientar que somente se deve fazer força diante 
de contrações efetivas e descansar nos momentos 
entre elas. Deve-se realizar a antissepsia da região 
perineal e a colocação dos campos estéreis para 
isolar as partes maternas, exceto a vulva. 
Ps.: O uso do fórceps é restrito a algumas 
situações e tem a função de apreender o polo 
fetal, tracionar e rodar. Algumas condições para 
o uso: 
 
Outra forma de proteção do períneo é o apoio 
anterior e posterior, utilizando compressas, diante 
da saida do polo cefálico (Manobra de Ritgen); tal 
manobra é importante pra evitar os movimentos 
bruscos que podem ser realizados pelo feto, e 
consequentemente, as lacerações também. 
Ausencia de 
desproporção
Bolsa rota
Conhecer 
variedade
Dilatação toal
Estar 
isinuando
Feto vivo
No toque vaginal deve-se explorar: apagamento, 
dilatação e consistência do colo, as bolsas-das-águas, 
apresentação fetal e a altura da apresentação. 
Atualmente, tem sido empregada a ideia de realizar o 
toque a cada 2 ou 4 horas, evitando assim, o excesso 
dele. 
Pode ser feita a analgesia locorregional, com bloqueio 
troncular do nervo pudendo interno, na extremidade da 
espinha ciática. Pode ser feita, se necessária, a 
episiotomia, com o objetivo de impedir ou diminuir o 
trauma dos tecidos do canal de parto e favorecer a descida 
e desprendimento do feto. Mais recomendada em 
situações de sofrimento fetal, período expulsivo 
prolongado, entre outros. A episiotomia pode ser 
mediana (perineotomia) ou mediolateral, podendo ser 
feita com tesoura ou bisturi. A mediolateral inclui lesão de 
mais tecido, tem maior sangramento, porém possui menor 
chance de rotura esfincteriana; já a mediana, não lesa 
músculos e sangra menos, ao tempo em que pode se 
estender até o esfíncter anal. 
Ana Victória Ribeiro – M7 
No momento do desprendimento das escápulas, a 
equipe de apoio deve realizar 10UI de ocitocina, 
via intramuscular (IM), para reduzir as perdas 
sanguíneas e acelerar a saída da placenta. 
 
Episiotomia mediana e mediolateral e apoio com compressas. 
A fase de secundamento ou dequitação é a 
terceira e última. Consiste no descolamento, 
descida e expulsão da placenta e deve ter uma 
duração máxima de meia hora (30 min). O 
descolamento da placenta normalmente ocorre 
por 2 mecanismos: 
 Baudelocque-Schultze: é o mais frequente 
(75%) e ocorre quando a placenta, inserida 
na parte superior do útero, se inverte e se 
desprende em forma de guarda-chuva. 
Nesses casos, há formação de hematoma 
retroplacentário, ou seja, há saída de 
sangue após a liberação da placenta. 
 
 
 Baudelocque-Duncan: ocorre em 25% dos 
casos, quando a placenta está localizada na 
parede lateral do útero e seu 
desprendimento começa pela borda 
inferior. O sangue se exterioriza antes da 
saída total da placenta. 
 
A expulsão da placenta ocorre mediante as 
contrações uterinas e a ação gravitacional. 
Método: o profissional deve segurar o cordão 
umbilical e tracionar de forma controlada, 
estimulando assim, a saída placentária total. A 
placenta deve ser inspecionada quando se trata de 
sua integridade e dos anexos, tanto do lado 
materno quanto do lado fetal. 
Após a dequitação total, tanto a vagina quanto o 
colo uterino devem ser analisados, à procura de 
lacerações ou até mesmo presença de 
hemorragias. Se houver a presença de lacerações 
Ana Victória Ribeiro – M7 
ou episiotomia, deve-se realizar a rafia das 
mesmas com pontos simples realizados por 
planos anatômicos. 
Alguns autores descrevem ainda um quarto 
período clínico: período de Greenberg, o qual 
corresponde a primeira hora após a saída da 
placenta. Essa primeira hora é considerada o 
momento mais crítico porque possui grande risco 
de sangramento. Após a expulsão da placenta, o 
útero se contrai de forma intermitente, 
constituindo uma laqueadura viva dos vasos 
uterino abertos. A equipe deve estar atenta para 
a altura do fundo uterino e sua consistência 
contraída (globo de segurança de Pinard). 
É a representação gráfica do trabalho de parto, 
permitindo acompanhar a evolução, documentar 
e diagnosticar alterações. O eixo das abscissas 
(eixo X) representa o tempo em horas e as 
ordenadas (eixo Y), a dilatação cervical em 
centímetros. A dilatação é progressiva, 
representada por uma linha ascendente. 
Há duas linhas paralelas no partograma, são elas: 
linha de alerta e a de ação. Quando a dilatação 
atinge a linha de alerta significa que há maior 
necessidade de observação clínica, porém, 
quando atingir a linha de ação, deve ocorrer 
intervenção médica. 
O partograma deve ser feito quando a parturiente 
estiver na fase ativa do trabalho de parto. Os 
toques vaginais são feitos a cada 2-4 horas e deve-
se anotar a dilatação, altura da apresentação, 
variedade de posição e as condições da bolsa-das-
águas e do líquido amniótico. A linha de ação deve 
ser marcada na hora imediatamente após a 
dilatação cervical inicial, enquanto a linha de 
alerta estará paralela, 4 horas após a primeira. 
Outro ponto importante é o preenchimento do 
padrão das contrações uterinas (frequência em 10 
minutos e duração de cada uma), dos BCFs, da 
infusão de líquidos e/ou drogas, além do uso ou 
não da analgesia; e da realização de amniotomia.

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