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SINAIS E SINTOMAS DO TRABALHO DE PARTO FALSO E VERDADEIRO, PERÍODOS DO TRABALHO DE PARTO, PARTOGRAMA, PARTO HUMANIZADO, MOVIMENTOS DO BEBÊ NO PARTO NA APRESENTEÇÃO CEFALICA FLETIDA.

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Yslane Costa - Medicina 
 
 
SINAIS E SINTOMAS DO TRABALHO DE PARTO FALSO E VERDADEIRO, 
PERÍDOS DO TRABALHO DE PARTO PARTOGRAMA, PARTO HUMANIZADO, 
MOVIMENTOS DO BEBÊ NO PARTO NA APRESENTEÇÃO CEFALICA FLETIDA. 
 
ANALISAR os sinais e sintomas do trabalho de parto (falso e verdadeiro), 
considerando os períodos do trabalho de parto e o preenchimento do partograma. 
 
Contrações - importantes no trabalho de parto, indispensável para fazer dilatar o colo e 
expulsar o concepto 
- Unidade de montevideu -> mede a atividade uterina que é expressa entre a 
intensidade e frequência de contrações em 10minutos 
Registro da pressão amniótica. A pressão amniótica informa sobre a contratilidade do 
útero como um todo, sem fornecer dados específicos de cada segmento funcional da 
matriz. 
Registro da pressão intramiometrial. A pressão intramiometrial é obtida pelo uso de 
microbalões (0,02 mℓ) inseridos na espessura da parede uterina, em três ou quatro 
regiões funcionalmente distintas 
Registro da pressão placentária. A dinâmica do útero no secundamento é conhecida 
pela aferição da pressão sanguínea na veia umbilical, chamada pressão placentária. A 
técnica serve, igualmente, para registrar a pressão intrauterina logo após o parto do 
Yslane Costa - Medicina 
 
primeiro concepto de gravidez múltipla. 
Registro da pressão intrauterina puerperal. Os traçados de pressão intrauterina no 
pós-parto são obtidos introduzindo-se, pela vagina, dentro do útero, balão com 100 mℓ 
de água conectado a manômetro registrador. 
Contratilidade uterina no ciclo gestatório 
Até 30 semanas de gestação, a atividade uterina é muito pequena, inferior a 20 UM. Os 
registros de pressão amniótica evidencia contrações reduzidas, frequentes, cerca de 1 
por minuto, que permacem restritas a diminutas áreas do útero. Podem surgir 
(raramente) contrações de Braxton-Hicks. Tem frequência baixa, em torno de 28 a 32 
semanas, até 2 contrações/hora, o tônus uterino permanece entre 3 e 8 mmHg 
Pré-parto - Após 30 semanas, a atividade uterina aumenta de forma lenta e progressiva. 
Nas últimas 4 semanas (pré-parto) a atividade é acentuada, observando-se (em geral) 
contrações de Braxton-Hicks mais intensas e frequentes, que melhoram a sua 
coordenação e se difundem a áreas cada vez maiores da matriz (até três contrações/h). 
As pequenas contrações, embora diminuídas em número, permanecem nos traçados 
obtidos nessa época (no gráfico). O tônus se aproxima de 8 mmHg. Em menor 
quantidade de casos, a transformação da atividade uterina no pré-parto se faz pelo 
aumento progressivo da intensidade das pequenas contrações, que se tornam 
mais expansivas, enquanto sua frequência diminui gradativamente. 
Parto - início quando a dilatação cervical chega a 2 cm, estando a atividade uterina 
compreendida entre 80 e 120 UM (em média 100 UM). Não há demarcação nítida entre 
o pré-parto e o parto, mas, sim transição gradual, insensível, o que torna difícil 
caracterizar a atividade do começo da dilatação. As pequenas contrações localizadas 
tendem a desaparecer, estando ausentes nos partos normais, em que os registros exibem 
apenas metrossístoles fortes e regulares. Na dilatação, as contrações têm intensidade de 
30 mmHg e frequência de 2 a 3/10 min, para alcançar, no final desse período, valores 
respectivos de 40 mmHg e 4/10 min. No período expulsivo, a frequência atinge 5 
contrações em 10 min e a intensidade 50 mmHg. Nessa fase geralmente ocorre os 
puxos, que são uma contração da musculatura abdominal com a glote fechada (esforços 
respiratórios verdadeiros), que causam acréscimos rápidos e de curta duração da pressão 
abdominal e tem uma intensidade de me´dia de 50mmHG (se somar a pressão 
intrauterina de também 50mmHG, a pressão amniótica de 100mmHg. 
Secundamento - Após o nascimento, o útero continua a produzir contrações rítmicas. As 
duas ou três primeiras em geral descolam a placenta de sua inserção uterina e a impelem 
para o canal do parto. As contrações, agora indolores, proporcionam alívio imediato às 
pacientes. 
Puerpério – Contrações em que a frequência vai diminuindo até chagar em 1 em cada 
10min, decorrdades 12h de puerpério. Não exprimem aumento real na força muscular, e 
pode ter um aumento deles durante a mamada (que desaparece ao fim). 
Yslane Costa - Medicina 
 
*O trabalho de parto é marcado pelo surgimento de duas contrações em 10 minutos, 
com intensidade de 20 a 40 mmHG. As contrações são perceptiveis a palpação quando a 
intensidade é superior a 10mmHG e se tornam dolorosas quando a intensidade 
ultrapassa 15mmHG 
Tríplice gradiente – Caracterizado pelo sentido descende de propagação das contrações, 
com maior duração no seu ponto de origem e intensidade decrescente à medida que se 
aproximam de segmento uterino 
-Contrações de baixa frequência e baixa amplitude (tipo A) 
Frequência de 1 contração/min e intensidade de 2 a 4mmHG 
-Contrações de alta amplitude ( tipo B ou contrações de Braxton Hicks), intensidade de 
10 a 20mmHG e se difundem parcialmente ou totalmente pelo útero, e a frequência vai 
aumentando com a progressão da gestação 
Dilatação do istmo e do colo uterino 
No pré-parto, a contração encurta o corpo uterino e exerce tração longitudinal na parte 
inferior, que se expande, e no colo, que progressivamente se apaga e dilata 
(amadurecimento). 
Ao termo da gravidez, o orifício externo cervical atinge, em média, 1,8 cm nas nulíparas 
e 2,2 cm nas multíparas; o colo se apaga, respectivamente, cerca de 70 e 60% 
No parto, depois de cada metrossístole o corpo fica mais curto e mais espesso 
(braquiestase ou retração), e o colo uterino fica mais dilatado. O istmo é tracionado 
para cima, deslizando sobre o polo inferior do feto, experimentando dilatação no sentido 
circular; apenas no período expulsivo produz-se certo estiramento longitudinal do 
segmento. A pressão devido ao feto ou pela bolsa, também são um faotr que contribui 
para a dilatação das porções baixas do útero. 
A duração do parto normal é muito variável, completando-se a dilatação, nas 
primíparas, após 10 a 12 h, e, nas multíparas, decorridas 6 a 8 h 
Descida e expulsão do feto 
As metrossístoles, ao encurtarem o corpo uterino, empurram o feto 
através da pelve e o expulsam para o exterior, estando a parte inferior 
do útero presa à pelve, principalmente pelos ligamentos uterossacros 
(quando se contraem a parede encurta e impulsionam o feto). Embora 
a parte mais importante se desenvolva no período expulsivo, são as 
contrações do pré-parto que 
começam a adaptar e a insinuar a apresentação fetal na bacia. No segundo período do 
parto, o segmento inferior é estirado no sentido vertical, em cada contração do corpo, 
com o consequente adelgaçamento de suas paredes. As contrações dos ligamentos 
redondos, junto com as do útero, tracionam o fundo para frente aproximando ele da 
pelve, colocando o eixo longitudinal da matriz na direção do eixo da escavação pélvica, 
Yslane Costa - Medicina 
 
facilitando a progressão do feto. 
A contribuição mais expressiva, é dada pelos puxos. O desejo de esforçar se é 
desenvolvido pela distensão da vagina e do períneo, produzida pelo polo inferior do 
feto, impulsionado pela contração uterina. É por esse motivo que os puxos ocorrem 
durante a metrossístole, o que é conveniente para se obter a eficiente soma de pressão 
desenvolvida pelos músculos abdominais e pelo miométrio. 
Descolamento da placenta 
Com a expulsão do feto, o corpo do útero, adaptando-se à grande redução volumétrica, 
se retrai muito. O acentuado encurtamento é responsável pela desinserção placentária, 
bastando geralmente 2 a 3 contrações para descolá-la do corpo para o canal do parto 
(segmento inferior, colo e vagina). Esses 6 a 10 primeiros minutos do secundamento 
constituem o tempo corporal, porque a placenta permanece dentro do corpo uterino. 
Uma vez no canal do parto, a pequena contratilidade exercida pelo segmentoinferior é 
incapaz de expulsar a placenta para o exterior, o que só ocorrerá após esforços 
expulsivos da paciente ou com a intervenção do tocólogo. 
Períodos do trabalho de parto 
Período premonitório (pré-parto) 
É o período caracterizado pela descida do fundo uterino. 
A adaptação do polo proximal do feto ao estreito superior é responsável pela incidência 
de dores lombares, por estiramento das articulações da cintura pélvica e transtornos 
circulatórios decorrentes dos novos contatos. A atividade uterina, desencadeada desde o 
início da gravidez, se mantém reduzida até 30 semanas, ficando, sobretudo, limitada a 
pequenas áreas da matriz. Ultrapassada essa época, a atividade cresce paulatinamente, 
especialmente após 36 semanas, resultante da maior intensidade e frequência das 
contrações de Braxton-Hicks, que se tornam cada vez mais bem coordenadas e passam a 
envolver áreas cada vez maiores. 
No pré-parto acentua-se o amolecimento do colo, combinado ao apagamento, que 
anuncia a incorporação da cérvice ao segmento inferior, e caracteriza-se a madurez 
cervical. 
O amadurecimento da cérvice é um mecanismo complexo e ainda não totalmente 
esclarecido, podendo ser dividido em duas fases, uma que se inicia desde o 1o trimestre 
e se caracteriza pelo lento amolecimento (que progride) do colo. A segunda fase é mais 
acelerada e se caracteriza pela máxima perda de complacência e integridade tecidual. 
Essa fase ocorre semanas ou dias antes do parto e torna possível que o colo esteja 
amadurecido para se dilatar e promover a passagem do concepto a termo após o início 
das contrações. 
Dá-se importância também à orientação e ao abaixamento do colo, pois o parto só 
tende a começar com essa porção da matriz locada no centro do eixo vaginal, 
depois ou contemporaneamente à sua descida em relação àfenda vulvar. 
Yslane Costa - Medicina 
 
O falso trabalho de parto e as contrações dolorosas do pré-parto são quadros 
clínicos encontrados no fim da gravidez. Em comum apresentam as metrossístoles, 
de ritmo irregular e sem coordenação, que, por não produzirem modificações no 
colo, são úteis no diagnóstico diferencial do verdadeiro trabalho. 
Configura-se a fase latente ao fim do pré-parto ou ao início do trabalho, quando as 
contrações uterinas,embora rítmicas, não determinam ainda a dilatação progressiva do 
colo. 
Diagnóstico do trabalho de parto 
As contrações regulares e efetivas pode não ser identificado, e as contrações do início 
do trabalho de parto podem ser menos frequentes e pouco dolorosas e, da mesma 
maneira, o ponto em que a dilatação cervical se inicia em resposta a essas contrações 
pode não ser determinado. 
Podem ser adotados alguns parâmetros:. 
-Ocorrência de contrações uterinas espontâneas e rítmicas (pelo menos duas em 15 
min), associadas a, pelo menos, dois dos seguintes sinais: 
-Apagamento cervical 
-Colo dilatado para 3 cm ou mais 
-Ruptura espontânea da bolsa das águas. 
As contrações uterinas efetivas são ondas que se estendem a todo o 
útero e têm duração de 50 a 60 s, com sensação dolorosa concomitante do tipo cólica 
Observaram que 12 contrações por hora (2/10 min) é sinal valioso de trabalho de parto 
verdadeiro ou iminente. 
A dilatação, a tendência é considerar diagnóstico de trabalho de parto 4 cm com colo 
apagado ou 5 cm independentemente do apagamento, mas a fase ativa do trabalho de 
parto pode não ter se iniciado até 5 cm em multíparas e até com dilatação maior em 
nulíparas. 
Fase de dilatação (ou primeiro período) 
A fase de dilatação ou primeiro período do parto tem início com as contrações uterinas 
rítmicas, que modificam a cérvice, e terminam quando a sua ampliação está completa 
(10 cm). O primeiro período consiste em uma fase latente (caracterizada por dilatação 
cervical gradual) e uma fase ativa (dilatação cervical rápida. A curva de trabalho de 
parto em multíparas pode ter ponto de inflexão por volta dos 5 cm de dilatação, sendo 
esse ponto mais ausente em primíparas. Quando presente, ocorre com dilatação 
cervical mais avançada e sempre é, em qualquer 
situação, diagnóstico retrospectivo. 
O apagamento e a dilatação são, que, nas primíparas, se processam em ordem sucessiva. 
Nas multíparas, eles ocorrem simultaneamente: o colo se desmancha em sincronismo 
com a dilatação. O orifício externo do colo vai se ampliando, pouco e pouco, de modo a 
criar o espaço onde se coleta o líquido amniótico, tumefazendo as membranas ovulares 
(âmnio e cório), descoladas do istmo. 
Yslane Costa - Medicina 
 
A ruptura espontânea da bolsa das águas (amniorrexe), com evasão parcial do conteúdo 
líquido do ovo, dá- se, em 80% dos casos, no fim da dilatação ou no início da expulsão. 
Fase de expulsão (ou segundo período) 
Inicia-se quando a dilatação está completa e se encerra com a saída do feto. Caracteriza-
se pela associação sincrônica das metrossístoles (contrações uterinas), da força contrátil 
do diafragma e da parede abdominal, cujas formações musculoaponeuróticas, ao se 
retesarem, formam uma cinta muscular poderosa que comprime o útero de cima para 
baixo e da frente para trás. Ocorre a sucessão das contrações uterinas, intensas e 
frequentes, com intervalos menores, até adquirirem o aspecto subintrante de cinco 
contrações a cada 10 min. Por efeito das metrossístoles, o feto é propelido pelo canal do 
parto, franqueia o colo dilatado, e passa a distender lenta e progressivamente a parede 
inferior do diafragma vulvoperineal depois de palmilhar avagina. Desce a apresentação 
pelo canal do parto, cumprindo os tempos preliminares do mecanismo de expulsão. A 
vulva entreabre-se, dilata-se lentamente, o feto liberta-se do corpo materno, ao qual fica 
ligado unicamente pelo cordão umbilical. Dá-se a eliminação do líquido amniótico 
remanescente na cavidade uterina. Na sequência, o útero retrai-se, ficando o seu fundo 
na cicatriz umbilical. 
Duração normal do trabalho de parto 
A fase latente pode durar em média 20 h nas primíparas e 14 h nas multíparas. Há 
diferenças entre primíparas e multíparas e o uso de mediana e percentis é mais 
apropriado que o da média para descrever a ampla variação existente. Mediana e 
percentil 95 de duração do primeiro estágio (tempo para evoluir de 4 cm a 10 cm) são, 
respectivamente, 5,3 e 16,4 h em primíparas e 3,8 e 15,7 h em multíparas.. Nos partos 
espontâneos sem analgesia, observam-se mediana e percentil 95 de 0,6 e 2,8 h em 
primíparas e 0,2 e 1,3 h em multíparas. 
Altura da apresentação. Além da dilatação cervical, é importante acompanhar a altura 
da apresentação na evolução do parto. Nas primíparas, ao início do trabalho, a 
apresentação costuma estar encaixada ou insinuada 
Nas multíparas, a insinuação só ocorre ao fim da dilatação ou no começo da expulsão, 
permanecendo alta a apresentação durante a maior parte do trabalho. 
Ruptura das membranas. Em geral, a gestante percebe perda líquida pela vagina, e a 
acusa quando ocorre antes do início do trabalho de parto. Empurrando-se a 
apresentação, levemente, para cima, durante o toque, jorra o liquor amni nas 
amniorrexes consumadas; se estiverem intactas as membranas, ele se acumula entre 
essas e o polo fetal, mais tensas durante as contrações uterinas. Pelo tato, é possível 
distinguir a superfície do couro cabeludo ou as pregas genitais (na apresentação pélvica) 
da superfície lisa das membranas. Devem-se examinar o aspecto e a cor do líquido 
amniótico que escoa. 
 
Secundamento decedura e delivramento 
Yslane Costa - Medicina 
 
Estágio da parturição que se processa após o nascimento do concepto, e se caracteriza 
por descolamento (dequitação ou dequitadura), descida e expulsão ou desprendimento 
da placenta e de suas páreas para fora das vias genitais. 
Quando as três fases que o constituem se processam de modo regular, seu mecanismo é 
bem típico. 
Descolamento. Decorre, essencialmente, da retração do músculo uterino após o 
nascimentodo concepto, e em consequência de suas contrações, reduz-se de modo 
acentuado a superfície interna do útero, pregueando-se a zona de inserção da placenta, o 
que ocasiona o seu descolamento. 
A placenta descola-se da mesma maneira que se destacaria um selo colado em uma 
superfície elástica, previamente distendida, quando se retraísse. 
O mecanismo de Baudelocque-Schultze (A), ocorre quando a placenta inserida na parte 
superior do útero inverte-se e desprende-se pela face fetal, em forma de guarda-chuva. 
No mecanismo de Baudelocque-Duncan (B), se a placenta estiver localizada na parede 
lateral do útero, a desinserção começa pela borda inferior. Aqui o sangue se exterioriza 
antes da placenta, que, por deslizamento, se apresenta ao colo pela borda ou pela face 
materna 
O descolamento das membranas se faz, também, pelas contrações e pelo pregueamento 
do útero e, subsequentemente, pela queda e descida da placenta. 
▶ Descida. As contrações uterinas, que não cessam, e a possível ação da gravidade 
condicionam à migração da placenta, que se cumpre de acordo com a modalidade do 
descolamento, a locação placentária e a maior ou 
menor facilidade com que se desprendem as membranas. Do corpo uterino, a placenta 
passa ao segmento inferior, que então se distende. Percorre a cérvice e cai na vagina. 
▶ Expulsão ou desprendimento. No canal vaginal, a placenta provoca nova sensação 
de puxo, responsáveis pela expulsão do órgão para o exterior. 
O quarto período tem fases típicas que o caracterizam, descritas a seguir. 
Miotamponagem: imediatamente após a expulsão da placenta, o útero se contrai e é 
palpável um pouco abaixo do umbigo. A retração inicial determina a ligadura viva dos 
vasos uterinos, o que constitui a primeira linha de defesa contra a hemorragia 
Trombotamponagem: é a formação de trombos nos grandes vasos uteroplacentários 
Indiferença miouterina: o útero torna-se apático e, do ponto de vista dinâmico, 
apresenta fases de contração e de relaxamento, com o perigo de encher-se 
progressivamente de sangue. 
PARTOGRAMA 
1.No partograma cada divisória corresponde a uma hora na abscissa (eixo x) e a 
um centímetro de dilatação cervical e de descida da apresentação na ordenada (eixo y). 
2. Inicia-se o registro gráfico quando estiver na fase ativa do trabalho de parto (duas a 
três contrações eficientes em 10 minutos, dilatação cervical mínima de 3 cm). Em caso 
Yslane Costa - Medicina 
 
de dúvida, aguardar 1 hora e realizar novo toque: velocidade de dilatação de 1cm/hora, 
verificada em dois toques sucessivos, confirma o diagnóstico de fase ativa do trabalho 
de parto. 
3. Realizam-se toques vaginais subseqüentes, a cada duas horas, respeitando em cada 
anotação o tempo expresso no gráfico. Em cada toque deve-se avaliar a dilatação 
cervical, a altura da apresentação, a variedade de posição e as condições da bolsa das 
águas e do líquido amniótico, quando a bolsa estiver rota – por convenção, registra-se a 
dilatação cervical com um triângulo e a apresentação e respectiva variedade de posição 
são representadas por uma circunferência. 
4. O padrão das contrações uterinas e dos batimentos cardíacos fetais, a infusão de 
líquidos e drogas e o uso de analgesia devem registrados. 
5. A dilatação cervical inicial é marcada no ponto correspondente do gráfico, trocando-
se na hora imediatamente seguinte a linha de alerta e em paralelo, quatro horas após, 
assinala-se a linha de ação, desde que a parturiente esteja na fase ativa do trabalho de 
parto. 
*Na evolução normal do trabalho de parto, a curva de dilatação cervical se processa à 
esquerda da linha de ação. Quando essa curva ultrapassa a linha de ação, trata-se de um 
parto disfuncional. A construção correta da linha de alerta e de ação é fundamental para 
que se evitem erros na interpretação do parto. 
Espaço 14 
No trabalho de parto ativo, FHILPOTT posicionou a linha de alerta na hora 
subsequente ao primeiro exame; a linha de ação foi desenhada quatro horas à direita da 
linha de alerta. 
Os toques vaginais subsequentes devem ser feitos: a cada duas horas ou a critério do 
plantonista quando a bolsa estiver íntegra (B.I.). 
* Bolsa Rota - Toques de 4/4 horas 
* Hiperatividade uterina com evolução rápida - Tocar de 1/1 hora 
Os erros de interpretação se devem costumeiramente à precipitada abertura do 
partograma, quando a paciente ainda se encontra na fase latente do trabalho de parto. 
Nestes casos, anotar na folha de evolução conforme o exposto nas orientações gerais. 
Abrir o partograma apenas após 6cm de dilatação. 
O partograma nos traz duas opções para avaliação da progressão do polo cefálico, 
através dos planos de HODGE (à esquerda do gráfico) e planos de DE LEE (à direita 
do gráfico) 
ESPAÇO 15 – O registro dos batimentos cardíacos fetais (BCF) deve ser realizado 
antes, durante e após a contração. 
ESPAÇO 16 – Destinado às contrações uterinas, anotar o número de contrações em 10 
minutos e duração média das mesmas em segundos. 
ESPAÇO 17 – Espaço destinado a descrição da situação das membranas, conforme 
Yslane Costa - Medicina 
 
legenda abaixo. (Figura 11) 
• Bolsa Íntegra (I) 
• Bolsa Rota (R) 
• Amniotomia (AT) 
• Rotura acidental ao exame 
ESPAÇO 18 – O aspecto do líquido amniótico deve ser registrado conforme legenda 
abaixo: (Figura 11) 
Líquido amniótico: 
• C = claro, 
• M = meconial, 
• S = sanguinolento 
• Claro com grumos = Cl c/ Gr; 
• Claro sem grumos = Cl s / Gr. 
 
DESCREVER os movimentos do Bebê no parto na apresentação cefálica fletida 
 
- Em 95 a 96% dos casos, o parto processa-se com o feto em apresentação cefálica 
fletida 
Fernando Magalhães encarava-os com mais simplicidade, dividindo-os apenas em três: 
insinuação, descida e desprendimento. 
Insinuação/ Encaixamento 
A insinuação (ou encaixamento) é a passagem da maior circunferência 
da apresentação através do anel do estreito superior. Nessas condições, 
e pelo geral, está o ponto mais baixo da apresentação à altura das 
espinhas ciáticas (plano “O” de DeLee). Tem como tempo preliminar a 
redução dos diâmetros, o que, nas apresentações cefálicas, é 
conseguido pela flexão (apresentação de vértice), ou deflexão 
(apresentação de face). 
Para que se processe a insinuação, é necessário haver redução dos 
diâmetros da cabeça (vão ocorrer movimentos para que isso ocorra), o 
que é obtido pela orientação de diâmetros e por flexão. 
No início dessa fase, a cabeça fetal encontra-se acima do estreito 
superior da bacia, em flexão moderada, com a sutura sagital orientada 
no sentido do diâmetro oblíquo esquerdo ou do transverso e com a pequena fontanela 
(fontanela lambdoide) voltada para esquerda. O encaixe geralmente depende da 
morfologia da pelve, sendo na ginecoide principalmente diâmetro transverso; nas 
Yslane Costa - Medicina 
 
androides principalmente posições transversas; nas antropoides é mais comum nas 
posições posteriores e as posições diretas também são comuns; nas platipoides é mais 
comum diâmetros transversos. 
A atitude de moderada flexão (atitude indiferente), em que se encontra a cabeça no 
início do mecanismo do parto, apresenta ao estreito superior da bacia o diâmetro 
occipitofrontal, maior do que o suboccipitobregmático, que mede 9,5 cm. Para 
apresentar esse último diâmetro, mais favorável, a cabeça sofre um 1 movimento 
deflexão. O eixo maior do ovoide cefálico toma a direção do eixo do canal. 
Flexão da cabeça – Possuí três teorias de Zweifel, Lahs e Selheim, dizem praticamente a 
mesma coisa só que de forma diferentes (não se contradizem), a diferença será que 
Zweifel deixa entender que as forças atuantes na flexão da cabeça resultam do contato 
com a reborda óssea da pelve, enquanto as outras duas teorias sugerem pressões laterais 
das porções altas do canal mole (segmento inferior do útero) 
Insinuação ocorre por dois processos diferentes: 
Insinuação estática, processada na gravidez, emmais de 50% das 
primigestas. Flexão por aconchego no segmento inferior e na 
descida, conjuntamente com o útero, por tração dos ligamentos 
sustentadores do útero e pressão das paredes abdominais. 
(considerada prognóstico favorável para o parto, desde que 
proporcione boa proporção cefalopélvica). 
Insinuação dinâmica, surge no fim da dilatação cervical ou no início do período 
expulsivo nas multíparas. Flexão por contato com o estreito superior da bacia e descida 
à custa das contrações expulsivas. 
Descida 
Completando a insinuação, a cabeça migra até as proximidades do assoalho pélvico, 
onde começa o cotovelo do canal. Mantém a mesma atitude e conserva o mesmo 
sentido, apenas exagerando um pouco a flexão. O ápice do ovoide cefálico atinge o 
assoalho pélvico, e acircunferência máxima encontra-se na altura do estreito médio da 
bacia. A descida, na realidade, ocorre desde o início do trabalho de parto e só termina 
com a expulsão total do feto. Durante esse mecanismo do parto, o movimento da 
cabeça é turbinal: à medida que o polo cefálico roda, vai progredindo no seu trajeto 
descendente. 
Rotação interna da cabeça. 
O assoalho pélvico, principalmente depois de distendido pela 
cabeça fetal, é côncavo para cima e para diante. Apresenta 
planos inclinados laterais por onde o feto desliza ao nascer. A 
fenda vulvar limitada, em cima, pelo arco inferior do púbis e 
limitada para os lados e para baixo pelo diafragma pélvico, 
 Insinuação, descida e flexão 
Yslane Costa - Medicina 
 
apresenta forma ovalar, com o eixo maior no sentido anteroposterior, quando totalmente 
distendida. Ao forçar a distensão do assoalho pélvico, a cabeça fetal desliza nas paredes 
laterais (planos inclinados) e roda para acomodar seus maiores diâmetros aos mais 
amplos da fenda vulvar. 
Insinuação das espáduas. 
Simultaneamente com a rotação interna da cabeça, e com sua progressão no 
canal, verifica-se penetração das espáduas através do estreito superior da bacia. O 
diâmetro biacromial, que mede 12 cm, é incompatível com os diâmetros do estreito 
superior, porém, no período expulsivo, sofre redução apreciável porque os ombros se 
aconchegam, forçados pela constrição do canal, e se orienta no sentido de um dos 
diâmetros oblíquos ou do transverso do estreito. À medida que a cabeça progride, as 
espáduas descem até o assoalho pélvico. 
Desprendimento 
Terminado o movimento de rotação, o suboccipital coloca-se sob a arcada púbica; a 
sutura sagital orienta-se em sentido anteroposterior 
Dada a curvatura inferior do canal do parto, o desprendimento ocorre por movimento de 
deflexão. A nuca do feto apoia-se na arcada púbica e a cabeça oscila em torno desse 
ponto. Com o maior diâmetro do ovoide cefálico (occipitomentoniano) orientado no 
sentido do eixo do canal, a passagem da cabeça através do anel vulvar deve ser feita 
pelos diâmetros anteroposteriores, de menores dimensões originados do suboccipital. 
Essa região acomoda-se, assim, à arcada inferior da sínfise, em redor da qual a cabeça 
vai bascular para o desprendimento. Com o movimento de deflexão, estando o 
suboccipital colocado sob a arcada púbica, liberta-se o diâmetro suboccipitobregmático, 
seguido pelo suboccipitofrontal, suboccipitonasal e, assim por diante, até o completo 
desprendimento. 
 
Rotação externa da cabeça. 
Imediatamente após desvencilhar-se, livre agora no exterior, 
a cabeça sofre novo e ligeiro movimento de flexão, pelo seu 
próprio peso, e executa rotação de 1/4 a 1/8 de 
circunferência, voltando o occipital para o lado onde se 
encontrava na bacia. É um movimento simultâneo à rotação 
interna das espáduas, por ela causado, e conhecido como 
restituição (faz restituir o occipital à orientação 
primitiva). 
Rotação interna das espáduas. 
Desde sua passagem pelo estreito superior da bacia, as espáduas estão com 
o biacromial orientado no sentido do oblíquo direito ou do transverso da bacia. Ao 
chegarem ao assoalho pélvico, e por motivos idênticos aos que causaram a rotação 
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interna da cabeça, as espáduas também sofrem movimento de rotação, até orientarem o 
biacromial na direção anteroposterior da saída do canal. O ombro anterior coloca-se 
sobre a arcada púbica; o posterior, em relação com o assoalho pélvico, impelindo para 
trás o cóccix materno. 
Desprendimento das espáduas. Nessa altura, tendo o feto os braços cruzados para 
frente do tórax, a espádua anterior ultrapassa a arcada púbica e aparece pelo orifício 
vulvar, onde ainda se encontra em partes recoberta pelas partes moles. Para libertar o 
ombro posterior, e tendo de acompanhar a curvatura do canal, o tronco sofre movimento 
de flexão lateral, pois o facilimum de flexão desse segmento é no sentido lateral do 
corpo. Continuando a progredir em direção à saída, com o tronco fletido lateralmente, 
desprende-se a espádua posterior. O restante do feto não oferece resistência para o 
nascimento, embora possa obedecer ao mesmo mecanismo dos primeiros segmentos 
fetais. 
 
Insinuação cefálica pelos diâmetros transversos da bacia 
Com base em dados radiológicos, a incidência de insinuação pelos diâmetros 
transversos da bacia e por movimentos de assinclitismo foi estimada em 60 a 70%. A 
cabeça, antes da insinuação, é observada em posição transversa, com o parietal posterior 
apresentando-se sobre a região anterior da pelve (obliquidade de Litzmann). A sutura 
sagital permanece horizontalmente sobre a sínfise, ligeiramente por detrás dela. A 
insinuação ocorre por mecanismo de alavanca: flexão lateral da cabeça para o lado 
oposto, ficando a sutura sagital no diâmetro transverso da bacia (sinclitismo). 
Simultaneamente, começa a descida, e logo a apresentação do parietal posterior, no 
estreito superior, é substituída pela apresentação do parietal anterior, na escavação 
(obliquidade de Nägele). A superfície lateral do parietal posterior fica quase paralela à 
superfície anterior do sacro. A descida ulterior, até o plano sacrococcígeo, ocorre ao 
longo de uma linha dirigida para baixo e para trás, e mais ou menos paralela à superfície 
anterior do sacro. A cabeça permanece em posição transversa até as 
espinhas ciáticas ou um pouco acima, com o parietal anterior apresentado. O vértice 
continua a mover-se para trás, na direção do plano sacrococcígeo. Ocorre aí a flexão 
lateral que precede a rotação interna. Então, a bossa do parietal posterior choca-se com a 
espinha ciática esquerda. A occipital roda para frente, ao longo da discreta curvatura do 
ramo isquiopubiano, em ângulo de 90°. A descida ulterior dá-se durante a rotação, 
permanecendo a cabeça fortemente fletida. Finalmente, a extensão do occipital começa 
debaixo das espinhas ciáticas e é seguida do movimento de 
expulsão. As posições transversas persistentes no estreito superior não apresentam 
inconvenientes, transformadas ou não em oblíquas anteriores, ao penetrarem a bacia. 
Em plena escavação, o significado dessas posições é diverso. Podem ser resultantes de 
alteração da forma da cabeça ou da bacia. Se as contrações uterinas são fortes, 
conseguem vencer a dificuldade, cabeça roda para frente e tudo termina como nas 
oblíquas anteriores. Entretanto, se a despeito de contrações satisfatórias não há 
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progressão, constitui-se a distocia genuína, distocia de rotação. Quando, ao lado disso, 
também existe assinclitismo, o que costuma acontecer nas bacias achatadas, a cabeça 
fica encravada e o parto estaciona. 
Do exposto, depreende-se que os autores latinos acreditam que a posição esquerda 
anterior seja a frequente para a insinuação da apresentação de vértice, enquanto os 
autores anglo-saxões consideram ser as transversas. 
Oblíquas posteriores 
Em proporção bem menor, a cabeça pode encaixar-se nas posições posteriores, direita 
ou esquerda, sendo mais rara a última. Tudo leva a crer que a causa principal do 
encaixamento, em variedadede posição posterior, é a exiguidade do sacro. As posições 
posteriores são mais comuns nas bacias de tipo androide, onde pode ser considerada a 
variedade típica. 
Quando a cabeça se insinua em posterior, geralmente se apresenta com flexão 
incompleta, o que tem sido consignado por todos os autores. O parto geralmente é mais 
lento, pois a rotação cefálica ocorre em arco de 
círculo de 135°, em vez de 45° como nas anteriores, e 90°, nas transversas. 
 
EXPLICAR os princípios do parto humanizado 
 
O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento está estruturada nos 
seguintes princípios: 
-toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da 
gestação, parto e puerpério; 
-toda gestante tem direito de saber e ter assegurado o acesso à maternidade em que será 
atendida no momento do parto; 
-toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que esta seja realizada 
de forma humanizada e segura, de acordo com os princípios gerais e condições 
estabelecidas na prática médica; 
-todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura 
Em relação ao adequado acompanhamento pré-natal e assistência à gestante e a 
puérpera deverão ser realizadas as seguintes atividades: 
1 Realizar a primeira consulta de pré-natal até o 4.° mês de gestação; 
2 Garantir os seguintes procedimentos: 
2.1 Realização de, no mínimo, seis consultas de acompanhamento pré-natal, sendo, 
preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo trimestre e três no 
terceiro trimestre da gestação. 
2.2 Realização de uma consulta no puerpério, até quarenta e dois dias 
após o nascimento. 
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2.3 Realização dos seguintes exames laboratoriais: 
ABO-Rh, VDRL, Urina, Glicemia de jejum, HB/Ht, Oferta de Testagem anti-HIV 
2.5 Aplicação de vacina antitetânica dose imunizante, segunda, do 
esquema recomendado ou dose de reforço em mulheres já imunizadas. 
2.6 Realização de atividades educativas. 
2.7 Classificação de risco gestacional a ser realizada na primeira consulta e nas 
consultas subseqüentes. 
2.8 Garantir às gestantes classificadas como de risco, atendimento 
ou acesso à unidade de referência para atendimento ambulatorial 
e/ou hospitalar à gestação de alto risco 
O Programa integra três componentes, cada um com objetivos específicos 
como descritos a seguir: 
Componente I - Incentivo à Assistência Pré-natal - objetiva estimular estados e 
municípios a realizarem o acompanhamento pré-natal adequado e o cadastramento das 
gestantes, de acordo com os princípios e critérios estabelecidos, instituindo, para tanto, 
incentivos financeiros. 
Componente II – Organização, Regulação e Investimentos na Assistência Obstétrica 
e Neonatal – objetiva o desenvolvimento de condições técnicas e operacionais para a 
organização e regulação da assistência obstétrica e neonatal, através da estruturação de 
Centrais de Regulação e de sistemas móveis de atendimento pré e inter-hospitalares; e 
ainda financiamento a hospitais públicos e filantrópicos, integrantes do Sistema Único 
de Saúde. Estes hospitais devem prestar assistência obstétrica e neonatal, resultando no 
incremento da qualidade assistencial e da capacidade instalada. 
Componente III – Nova Sistemática de Pagamento da Assistência ao 
Parto – objetiva a melhoria do custeio da assistência ao parto nos hospitais 
integrantes do Sistema de Informações Hospitalares - SIH/SUS. Para esse fim eleva o 
valor e a forma de remuneração dos procedimentos da tabela relativos ao parto, além do 
adicional sobre estes valores para os hospitais que prestarem assistência às gestantes do 
Programa e para as quais tenha sido cumprido o acompanhamento pré-natal completo. 
Obs: Primípera, Nulípara, Multípara, nuligesta, Primigesta, Parturiente. 
 Nuligesta: paciente que nunca teve uma gestação nem está grávida no momento 
da consulta 
 Primigesta: paciente que se encontra grávida no momento da consulta ou que 
possui apenas uma gestação como antecedente 
 Multigesta: paciente que já possui uma gestação pregressa e que se encontra 
grávida no momento da consulta (no conceito das multigestas também há 
denominações como “secundigesta”, que é a paciente que já engravidou duas 
vezes, “trigesta” que já engravidou três vezes e assim por diante, sempre levando 
em conta se há ou não gestação no momento da consulta) 
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 Nulípara: paciente que nunca teve uma gestação que ultrapassasse 20 semanas; 
(dessa forma, pacientes nuligestas também são nulíparas) 
 Primípara: paciente que apresentou apenas uma gestação além de 20 semanas 
 Multípara: paciente que apresentou duas ou mais gestações além de 20 semanas 
 Parturiente: termo designado à mulher grávida, que se encontra em trabalho de 
parto 
 
Referências: 
Carlos Antonio Barbosa Montenegro, Jorge de Rezende Filho. - 13. ed. - Rio de Janeiro: 
GuanabaraKoogan, 2017 
Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Ministério da Saúde, 
Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da 
Saúde, 2001. 
 
Protocolo Clínico. PARTOGRAMA. PRO.OBS.022 Página 1/10. EBSERH 
Programa Humanização do parto, humanização no pré-natal e nascimento. Brasília, 
2002, Ministério da saúde.

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