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Concepção de patrimônio cultural_ Cristiane Faria

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História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
 
 
História e Patrimônio 
 
 
Unidade Nº 1 - A concepção do 
Patrimônio Cultural e do Monumento 
Histórico 
 
 
 
 
Christiane Alves Faria 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
 
 
Introdução 
Quem nunca teve vontade de viajar para fora de sua cidade? Conhecer lugares 
novos, visitar pontos históricos durante as férias? Seja no próprio país ou fora? 
A vontade de conhecer culturas e lugares diferentes de onde nascemos faz 
parte do sonho de muitos. Porém, nem todos têm ideia de como se programar para 
uma viagem, pois não têm conhecimento da cultura local e, para isso, já existem 
empresas especializadas que ajudam os clientes com seus pacotes de turismo. 
E é nesse pacote que você faz o famoso tour pela cidade, conhecendo os pontos 
turísticos, as festas populares e os patrimônios históricos do local visitado. Durante a 
viagem, o guia conta a história ou uma lenda do local visitado, a fim de entreter os 
visitantes. 
É sobre essa questão, conhecer o que é a história do lugar e o que é patrimônio 
cultural, que estudaremos nesta unidade, partindo do princípio do quão importante é 
esse conhecimento para o homem enquanto cidadão, mesmo que seja para enriquecer 
uma viagem de férias. 
Nesta unidade, buscaremos compreender sobre o que é um patrimônio cultura 
e, com ele, a noção de cultura, patrimônio material e imaterial, sua história, seu valor 
para a humanidade através de sua existência. Quando tratamos de Patrimônio Cultural 
estamos falando do que nos foi deixado pelos nossos antepassados, seja através de 
monumentos, festividades, culinária, etc. 
Ao estudarmos o conceito de patrimônio cultural, devemos nos focar na história 
da construção desse patrimônio, de como se deu essa época e da história que se fez 
em torno dos elementos construtivos. 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
A partir dos estudos e das abordagens da disciplina, questione-se sobre a época 
em que se construíram os prédios, hoje tombados, sobre os parques, as festas anuais, 
e o que levou aquele lugar ou festividade a ser considerado tão valioso para a nossa 
história a ponto de ser preservado. 
Estude a apostila, acesse o material complementar para o melhor 
desenvolvimento e compreensão da disciplina e execução dos exercícios. Esse 
conhecimento será essencial para entendermos as diferenças entre as culturas, as 
influências e as relações étnico-raciais formadoras de nosso país e avaliar melhor a 
estrutura turística de um local. 
Bons estudos! 
 
1. Entender o Patrimônio Cultural 
A palavra Patrimônio vem do latim patrimoniu (junção de patri, pai + monium, 
recebido). O termo está, historicamente, ligado ao conceito de herança; já em seu 
significado mais primitivo, a palavra patrimônio tem origem relacionada ao termo 
grego pater, que significa “pai” ou “paterno”. 
“A história é a ciência que estuda o passado através dos vestígios humanos. 
Esses vestígios podem ser tangíveis ou intangíveis. Mas, o que é certo é que 
não há história sem homens. Ao longo dos séculos o homem, em contato com 
o meio ambiente, produziu artefatos nos quais se abrigou, inventou signos 
para a sua comunicação, templos para a sua fé. Tanto os artefatos, como o 
modo de projetá-los e fazê-los, assim como os materiais utilizados para a 
confecção dos mesmos pode ser considerado patrimônio cultural. (Patrimônio 
Cultural: Conceitos e trajetória- Série Bibliográfica Unit, p.19)” 
 
O atual conceito de patrimônio criou duas categorias distintas sobre o mesmo. 
Uma antiga e tradicional, que se refere a patrimônio material, onde temos as 
construções, esculturas, acervos de documentos e itens das belas-artes. Em paralelo, 
temos o patrimônio imaterial, que engloba as regiões, comidas e bebidas típicas, 
danças, manifestações religiosas e festividades tradicionais, ou seja, tudo o que 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
criamos e produzimos com as mãos, as ideias e a fantasia pode fazer parte de um 
patrimônio. 
Na sociedade, pode também ser fruto de uma escolha, que através de políticas 
públicas, tem a participação do Estado por meio de leis, instituições e políticas 
específicas. Essa escolha é feita sobre o que a sociedade considera mais importante, o 
que representa sua história, sua cultura. São os valores, os significados atribuídos pelas 
pessoas a objetos, lugares ou práticas culturais que os tornam patrimônio de uma 
coletividade (ou patrimônio coletivo). 
O papel da História é muito importante como mediadora de todas essas 
questões do presente. O historiador tem um papel muito importante na 
sociedade, na medida que identifica os elementos relevantes do passado, as 
tendências e o problemas. É a história que vai esclarecer a importância das 
coisas, na medida em que esclarece o mundo, traça as trajetórias de tudo que 
existe. É a história que vai confirmar ou não o tombamento de uma cidade, por 
exemplo, por que a mesma é importante, de que maneira ela seria testemunho 
de um passado relevante. (Eric Hobsbawm (2009). 
1.1 Características estruturais e culturais dos Monumentos edificados 
na Antiguidade. 
Existem monumentos que são tombados como patrimônio cultural pela 
UNESCO devido ao seu valor de referência para o início da civilização humana e sua 
evolução. Essas características são baseadas em estudos arqueológicos, em conjunto 
com historiadores e diversos profissionais que estudam diariamente para explicar 
como e quando determinado monumento foi construído e seu significado. 
Os monumentos servem para nos lembrar e refletir sobre a história ali ocorrida, 
seja ela social, econômica, religiosa de uma determinada época. Cada monumento tem 
seu significado para a região e povo em que ele foi erguido, e conta a história desse 
povo. Um exemplo desses monumentos são as pirâmides de Gizé (localizada no Cairo). 
Construídas no Antigo Egito a aproximadamente 4.500 anos, as pirâmides serviram de 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
tumba para 3 faraós: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Devido a sua magnitude, calcula-
se que foram necessários mais de 10.000 homens (escravos) para a sua construção, 
que levou um tempo médio de 30 anos para ser finalizada. 
 Imagem 1 - As pirâmides de Gizé. 
 
Fonte: Site Só História – (Pirâmides...2009).Disponível em: 
https://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/piramides.php. 
 
Um outro grande monumento também conhecido por sua grandeza é a 
Muralha da China, ou como também é conhecida a Grande Muralha. Foi construída 
por volta de 220 a.C e terminada no século XV durante a Dinastia Ming. Sua construção 
teve como objetivo militar: proteger a China contra a invasão dos povos do Norte. É 
um Patrimônio Mundial da Unesco e o maior ponto de turismo cultural no Oriente. 
 
 Imagem 2 - A Grande Muralha da China 
 
Fonte: Site Só História (A Grande..., 2009). Imagem. Disponível em: 
https://www.sohistoria.com.br/ef2/china/p6.php. 
 
 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
Em ambos os exemplos acima, temos que entender que a importância dessas 
construções está não somente na construção em si, mas na história que está por trás 
desse patrimônio. Existe o trabalho de um povo, que tinha hábitos, conhecimento, 
formas de lazer, comidas da época que os sustentavam na sua jornada até a 
construção e finalização do projeto em si. 
Portanto, a importância de um patrimônio ser uma atração turística, quando 
bem conservado e respeitado, aumenta seu valor históricopara a humanidade. 
 
1.2 Atratividade turística do Patrimônio Cultural 
Desde que o ser humano existe, ele se desloca de um lugar para outro, seja por 
necessidade ou por vontade, o homem sempre procura se deslocar e viajar. Trata-se 
de uma expressão utilizada em todas as sociedades e pode ser considerada uma forma 
de expressão cultural. 
 Toda viagem turística é, na verdade, uma experiência cultural pois o turista 
entra em contato com uma sociedade, de costumes e culturas diferentes da dele. O 
que define uma viagem cultural? Pois nem todos viajam com esse intuito. O que atrai 
uma pessoa para um determinado lugar? 
Conhecer Machu Picchu, no Peru, ou o Pelourinho, em Salvador, requer 
planejamento para aproveitar tudo o que o local oferece. É nesse ponto que o 
patrimônio cultural da cidade, estado ou país se torna uma fonte de renda para muitos 
daquele local. A atratividade turística se dá quando o local recebe os devidos cuidados 
do poder público. Essa manutenção e cuidado também requer atenção dos cidadãos 
do local. 
Você sabia? Existe na Amazônia um museu vivo na cidade de Manaus. MUSA: Museu 
da Amazônia, descubra as maravilhas desse lugar histórico que hoje já é um ponto 
turístico de referência para quem faz eco-turismo. Acesse o site aqui. 
 
http://museudaamazonia.org.br/pt/
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
 
Seja em uma grande cidade ou no interior, os roteiros turísticos têm um papel 
estratégico para o desenvolvimento regional, porque descentraliza o fluxo turístico, 
estimula a visita entre vários pontos e, desta forma, gera negócios para o comércio 
(bares, restaurantes, pousadas), com impactos positivos na economia. 
 Conhecer o que seu local tem a oferecer com o turismo faz com que você 
reconheça o valor dos monumentos, festividades locais, músicas, comidas e bebidas 
típicas. Atualmente, este é um fator determinante para a economia de quem vive do 
turismo. 
Para se entender essa questão devemos entender como se originou o interesse 
por monumentos ou pela cultura diferente da sua. O próximo tema aborda justamente 
a história da viagem voltada para o conhecimento histórico e cultural. 
 
2. Da Antiguidade ao Grand Tour, o conceito de monumento e 
monumento histórico 
As viagens culturais se iniciaram na Europa no apogeu do Renascimento 
italiano. Foi nesse período que a aristocracia se deslocava pela Europa com destino 
predestinado muitas vezes para conhecer sítios arqueológicos de cidades europeias 
consideradas o berço da civilização humana. Para a aristocracia o Grand Tour era como 
um rito de passagem, que poderia durar meses ou anos. Quando voltava dessa viagem, 
a pessoa já estava formalmente culta devido ao contato com obras de arte, peças 
musicais. Para o jornalista e filósofo Andrade: 
 
“O Grand Tour, sob o imponente e respeitável rótulo de “viagem de estudo”, assumia 
o valor de um diploma que lhes conferia significativo status social, embora – na 
realidade – a programação se fundamenta em grandes passeios de excelente qualidade 
e repletos de atrativos prazerosos (...). Os ingleses, importantes e ricos, consideravam 
detentos de cultura apenas quem tivesse sua educação ou formação profissional 
coroada por um Grand Tour através da Europa (...)” ANDRADE,7 ed. p. 9. 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
 
Devemos entender que, mesmo que seja para poucos, nessa época o homem 
já mostrava a importância de se ter conhecimento cultural, ou seja, desde antigamente, 
a cultura é um dos principais motivos de viagens em todo o mundo. 
A importância dos monumentos para quem faz uma viagem cultural se explica, 
pois o monumento é construído por motivos simbólicos ou comemorativos. Ou ainda, 
são construídos com duplo propósito: comemorar um importante acontecimento, ou 
homenagear uma pessoa ilustre. Com isso, é criado um objeto artístico que valorizaria 
o aspecto de uma cidade ou local. 
 
“O monumento, em seu momento fundador, portanto, tem a função de 
memorizar o passado ou de informar sobre o presente. Como mediação da 
memória ou da história ou, simplesmente, como objeto de estímulo à nossa 
sensibilidade artística, à nossa fome de arte, ele continua a ser construído e a 
desempenhar seu papel educador, exaltando o passado ou monumentalizando 
o presente” (Meneses, 2006, p.32 e 33). 
 
Segundo José N. C. Meneses, a construção da ideia de monumento histórico é 
baseada na valorização da arte, ideia romântica de identidade e revelação dos saberes 
e fazeres humanos. Com a evolução da indústria (Revolução Industrial), para o homem 
moderno do século XIX, a percepção da mudança de tempo devia ser cronológica, 
dando ênfase ao que ocorreu no passado para se apreciar o que ainda virá no futuro. 
“A dicotomia entre o antigo e o novo, entre o pitoresco e o moderno tem no 
monumento histórico seu mediador essencial. Se para o homem renascentista 
a construção da cultura da antiguidade clássica é modelo inspirador para a 
construção de coisas iguais ou melhores, para o romântico do século XIX, as 
construções do passado são obras insubstituíveis. Perdê-las seria um dano 
irreparável para a história da humanidade”. (Meneses, 2006, p.35). 
 
Partindo destes conceitos, podemos identificar que, mesmo não sendo 
tombado, os monumentos agregam um grande valor para a história da humanidade, 
pois, além de manter firme a memória histórica do lugar em que foi construído, 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
também tem como por si, ser o principal atrativo turístico e motivos para as viagens, 
sejam elas para fins culturais ou não. 
 
2.1 Viagem e cultura 
O turismo moderno, assim, emerge, também, de um ambiente romântico de 
descobertas e de construção de valores que buscam memorizar o passado, lembra-lo, 
aprendê-lo, guardá-lo, comemorá-lo. Uma complexa origem histórica – Revolução 
Industrial, Revolução Francesa, Romantismo – enquadra o turismo moderno em um 
contexto que o faz nascer, essencialmente, como um turismo cultural. A atividade 
turística assim permanece por muito tempo, e hoje, a despeito de uma setorização 
maior e mais ampliada, o atrativo artístico-histórico-cultural é, ainda, substrato 
essencial para o setor turístico. (Meneses, 2006, p.39). 
A aproximação entre indústria turística e o patrimônio foi anterior à 
aproximação deste com a memória. A partir de 1964, crescerá a intervenção do Estado 
brasileiro na cultura e, três anos depois em 1967, o Departamento de Assuntos 
Culturais da Organização do Estados Americanos (OEA) promoveu um encontro no 
Equador, do qual resultou um documento assinado pelos países participantes, 
inclusive o Brasil: a Carta de Quito. (Meneses, 2006, p.18). 
Essa carta recomendava que os projetos de valorização dos patrimônios fossem 
parte do plano de desenvolvimento nacional, e que fossem realizados junto com a 
disponibilidade dos recursos turísticos das regiões envolvidas, e também que 
houvesse cooperação entre o interesse privado e a opinião pública. Somente a partir 
de 1980, aumentou-se o número de leis que tratavam da preservação de bens 
culturais, porém o tombamento continua sendo a forma predominante, mesmo não 
atendendo a demanda. 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
Com a ação do IPHAN, de acordo com a Carta de Atenas (documento 
internacional de 1931), passou a proteger monumento de grande valor destacando as 
obras Barroca que foi considerado a essência da brasilidade na época. 
A carta de Atenas foi uma grande propulsora para a defesa e criação de 
patrimônios, pois, ao seguir as orientações que constam nessa carta, o arquiteto, 
artista ou engenheiro consegue criar uma verdadeira obra de arte. Como exemplo, 
temos a cidade de Brasília, cujo projetofoi baseado nas orientações que constam na 
Carta de Atenas e hoje é uma cidade considerada modelo e patrimônio. 
2.2. Razões culturais da viagem 
O turista é definido, contemporaneamente, como alguém que se desloca para 
fugir do cotidiano em busca de lazer, prazer, conhecimento e contato com ambientes 
culturais distintos do seu, se distanciando daqueles viajantes do século passado, 
principalmente quando se considera a questão da busca por lazer. (Meneses, 2006, 
p.99). 
Você quer ler? Já ouviu falar no livro Comer, Rezar e Amar? Escrito com ironia, humor 
e inteligência, o best-seller de Elizabeth Gilbert trata da busca de uma mulher por 
todas as coisas da vida na Itália, na Índia e na Indonésia. É uma boa oportunidade para 
conhecer de forma descontraída as culturas desses três países em um único livro. 
 
Os viajantes antigos que desbravaram o país ou outras culturas talvez tenham 
sido, de forma sistemática, os primeiros interpretadores de patrimônio cultural em 
seus diários de viagens, registrando tudo de forma mais detalhada possível, criando 
dessa forma, documentos que se tornaram documentos históricos. (Meneses, 2006, 
p.101). 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
Vista como um processo de adicionar valor à experiência de um lugar, por meio 
da provisão de informações que realcem a história e suas características culturais e 
ambientais, a interpretação de um patrimônio constitui a essência de um planejamento 
turístico que queira ser sustentável. 
 O turismo cultural, no sentido mais amplo, seria aquele que não tem como 
atrativo principal um recurso natural. As coisas feitas pelo homem constituem a oferta 
cultural, portanto turismo cultural seria aquele que tem como objetivo conhecer os 
bens materiais e imateriais produzidos pelo homem (BARRETTO,1998,p.21). 
3. Patrimônio Cultural: atratividade da viagem 
A valorização turística do patrimônio já se mostrará eficiente em outros países 
e, além disso, possibilita a manipulação de um universo simbólico de considerável 
importância para o reforço do civismo. A propaganda dos "monumentos históricos", 
juntamente com a das "festas típicas" e das "belezas naturais", poderia promover aos 
olhos do mundo, e dos brasileiros, a imagem de um país com tradição e potencialidade 
para enfrentar o futuro. (Rodrigues, 2001, p.19). 
No Brasil, a Unesco reconheceu como patrimônios da humanidade os centros 
históricos de Ouro Preto (1980), Olinda (1982), Salvador (1985), São Luís (1997) e 
Diamantina (1999); o Parque Nacional da Serra da Capivara (1991); a Costa do 
Descobrimento (1999); o Santuário de Bom Jesus de Matozinhos (1985); o Plano Piloto 
de Brasília(1987); as Ruínas de Jesuítico-Guaranis de São Miguel das Missões (1984); a 
Reserva da Mata Atlântica de São Paulo e Paraná (1999) e o Parque Nacional do Iguaçu 
(1986). 
Qualquer turista que visita a Igreja do Carmo, em Diamantina, ouve de guias 
turísticos da cidade, ou mesmo dos nativos, as diversas versões populares que dão 
significado à torre da igreja que se funda na torre posterior do edifício, ligando essa 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
ocorrência às vontades da ex-escrava Chica da Silva ou ao artifício dos escravos para 
chegarem próximo ao altar-mor. (Meneses, 2006, p.84). 
Imagem 3 - A Torre da Igreja do Carmo, em Diamantina
 
Fonte: (MENESES, 2006, p.87). 
 
Mas se engana quem pensa que a visita à igreja ocorre na maioria das vezes 
pela arquitetura ou pela obra em si. Na verdade, a visita geralmente é em torno das 
histórias contadas sobre a ex-escrava Chica da Silva, que é um dos atrativos locais. 
“História, memória, mito e ficção, como se vê, são pilares que fundamentam 
uma possível interpretação da forra Chica para a fruição do turista”. (Meneses, 2006, 
p.86). 
 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
Imagem 4 – A Luxúria
 
Fonte: (MENESES, 2006, p.87) 
O crescimento dos centros urbanos, a partir do século XIX, e a revitalização das 
cidades trouxeram um novo olhar sobre as mesmas. O homem não vê mais a cidade 
apenas como um espaço de concentração de cultura, mas sim como um cenário que 
mostra e ao mesmo tempo resguarda a memória das mudanças do tempo. A cidade 
começa a ser vista como construção histórico-cultural e como um patrimônio de seus 
moradores, ou seja, ela se torna um monumento, um documento construído. A cidade 
passa a ser mais que espaço físico, sendo a continuidade da cultura local, onde 
natureza, construção material, símbolos e representações se constroem em 
diversidade e harmonia. 
Interpretar o patrimônio das culturas regionais, simples e ricas, rotineiras e 
diversas e, por outro lado, percebê-lo como potencialmente atrativo para a visitação 
de turistas torna-se, assim, uma tarefa que envolve responsabilidade e complexidades 
ampliada. (Meneses, 2006, p.100). 
O cuidado em se compreender o que é essa continuidade está nos bens 
culturais que, ao longo da história, são produzidos pelo ser humano. 
3.1. A importância dos bens culturais 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
A partir do final da década de 1970, verificou-se a valorização do patrimônio 
cultural como um fator de memórias das sociedades. Hoje entendemos que, além de 
servir ao conhecimento do passado, os remanescentes materiais de cultura são 
testemunhos de experiências vividas, coletiva ou individualmente, e permitem aos 
homens lembrar e ampliar o sentimento de pertencer a um mesmo espaço, de 
partilhar uma mesma cultura e desenvolver a percepção de um conjunto de elementos 
comuns, que fornecem o sentido de grupo e compõem a identidade coletiva. 
(Rodrigues, 2001, p.17). 
Dentro dessas afirmações, temos a identificação da importância dos 
monumentos históricos. Como exemplo dessa importância temos a Catedral de Notre 
Dame em Paris, que foi construída no Século XII e está localizada no curso do Rio Sena. 
A Catedral levou em torno de 200 anos para ser construída e em 2019 tragicamente 
foi atingida por um incêndio. Logo após a tragédia, o poder público se movimentou 
para iniciar a recuperação da Catedral e também foram dadas doações para que se 
iniciasse os reparos imediatamente. 
No Brasil, também tivemos tragédias iguais, com o incêndio do Museu Nacional 
do Brasil, que destruiu em quase sua totalidade o acervo histórico e científico 
acumulado ao longo de 200 anos. Para entendermos um pouco o significado disso, 
vamos separar o que é patrimônio material e patrimônio imaterial: 
- Patrimônio cultural material 
O patrimônio material é constituído de bens culturais móveis e imóveis. No 
primeiro caso, encontram-se aqueles bens que podem ser transportados, tais como os 
livros e as obras de artes e, no segundo, os bens estáticos, tais como prédios, cidades, 
ruas etc. Tais patrimônios possuem instrumento específico de proteção: bens móveis 
(coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, 
arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos) e bens imóveis (núcleos 
urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais). 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
- Patrimônio cultural imaterial 
Em 1998, a Conferência Intergovernamental sobre Políticas Culturais para o 
Desenvolvimento amplia o conceito de “patrimônio” incluindo também os aspectos 
imateriais herdados ou criados pela sociedade. A Declaração da UNESCO sobre as 
Peças Mestras do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade de 2001 define por 
patrimônio cultural imaterial as “práticas, representações e expressões, os 
conhecimentos e as técnicas que proporcionam às comunidades, grupos e indivíduos 
um sentimento de identidade e continuidade”; e também integramo conceito a 
produção material e seus espaços de realização dessas práticas. (Ministério da Cultura, 
2010, p.48 a 51) 
Dadas essas determinações, podemos trazer a conhecimento pontos históricos 
sobre a evolução desse conceito na história da humanidade. A construção de 
monumentos faz parte da evolução de uma sociedade, uma forma de deixar o marco 
do seu pensar, saber e relação social de um povo. Identificar o significado de cada 
ponto, como veremos a seguir, é de suma importância para a relação entre bem 
material e imaterial. 
As sociedades não podem ser tratadas como relíquias, por mais tradicionais que 
sejam pois não é possível colocá-las em uma redoma para preservarmos a cultura que 
queremos. Por isso que são necessários investimentos para a manutenção e 
preservação do patrimônio. 
Essa preservação deve ser periódica e é fundamental para que o turismo seja 
constante gerador de renda local sem prejudicar a história e o avanço do lugar. 
 
3.2. Os impactos do Turismo 
“Como aproveitar as múltiplas possibilidades das 
representações do passado sem mutilar a memória da 
sociedade?” (Rodrigues, 2001, p.24). 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
O turismo pode trazer benefícios ou problemas para uma determinada região. 
A identificação dos impactos permite o direcionamento dos esforços a fim de que os 
impactos negativos sejam minimizados e os positivos potencializados. Estes impactos 
podem se verificar nos níveis econômico, social, ambiental e cultural: 
- Impactos econômicos que se beneficiam com o turismo é o aumento das 
receitas, geração de emprego e impostos, aumento de investimento local e 
redistribuição de renda. Porém, existem impactos negativos com o turismo 
desenfreado, que também devem ser avaliados, pois, gerando mais renda em uma 
comunidade de economia frágil, se aumenta a pressão inflacionária, especulação 
imobiliária (em casos até de perda de imóveis pois famílias mais pobres) que leva a 
expulsão econômica dos habitantes mais pobres ou até mesmo agricultores deixarem 
suas atividades para buscarem rendimentos no turismo, pode levar ao desemprego de 
uma parte da população que depende dessa atividade. 
- Impactos físicos-ambientais podem ser beneficiados com as medidas de 
conservação, restauração e a preservação de edifícios e lugares históricos; e também 
pelo planejamento de iniciativas com o objetivo de manter e controlar a qualidade 
ambiental. Sendo bem trabalhadas essas medidas o turismo tem impacto positivo em 
uma região. Porém toda atividade econômica implica em utilização de recursos 
naturais e muitas vezes não existe o devido aproveitamento do local sem que ele seja 
afetado. A exemplo disso temos o aumento de comércios, hotéis muitas vezes não se 
integram com a paisagem local, o que sobrepõe com edifícios arquitetônicos 
diferentes da região. Ou até mesmo a poluição do solo ou da água, erosões causadas 
pelos esportes desportivos e até mesmo a pesca ou caça que podem também 
contribuir para destruir a flora e a fauna. 
 - Impactos socioculturais se dá justamente devido a interação turistas e nativos 
de uma região. As mudanças podem ser positivas quanto negativas pois se de um lado 
temos o benefício de ter melhorias na infraestrutura do local, para melhor receber o 
turista, também existe a possibilidade de nestas interações a cultura local mudar aos 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
poucos para se moldar aos turistas. Mudanças de atitude dos moradores no seu 
comportamento ou no até mesmo suas festas e atrações serem voltadas apenas para 
o turismo, deixando de lado o fator mais importante que é a manutenção da cultura 
do local. 
Para que seja mantido os devidos cuidados e recursos para a manutenção de 
um patrimônio cultural, são necessários órgãos especializados que deliberam e façam 
os devidos planejamentos e orientações para que se preserve um bem cultural, um 
monumento e patrimônio histórico. No Brasil temos o SPHAN conforme veremos a 
seguir. 
 
4. O patrimônio histórico e artístico e a criação do 
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
(SPHAN) 
Quando a Corte portuguesa chegou ao Brasil, foram criados lugares de 
memórias: a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional, que depois da independência 
reforçou o censo de nacionalidade brasileira. Em 1838 foi criado o Instituto Histórico 
e Geográfico Brasileiro e o Arquivo Nacional que era responsável por manutenção e 
criação da história nacional. 
 
 
 
Você quer ver? Saiba um pouco mais sobre como o Brasil cuida dos nossos 
patrimônios culturais. Clique aqui e assista. 
https://www.youtube.com/watch?v=PtE4cROLSpI
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
Mas a preocupação com o patrimônio histórico foi bem depois, a partir de 1910, pois 
o país passou por uma crise de identidade. Como nesse período o Brasil possuía 
muitos imigrantes, foi identificado nas expedições pelo Brasil por Oswaldo Cruz que 
os imigrantes eram ensinados nas escolas através de sua língua materna. Isso causou 
preocupação pois devidos as disputas da época houve a preocupação em se perder a 
unidade brasileira e manter a preservação da cultura brasileira, aumentar o 
crescimento do nacionalismo e valorizar a arte sacra no mercado internacional. 
A partir de 1920, intelectuais como Mário de Andrade, do arquiteto Lúcio Costa, 
através da produção de seus trabalhos, buscaram a valorização do que era brasileiro, 
portanto, foi apresentado após a constatação desses trabalhos, projetos de lei para a 
criação de órgão de proteção ao patrimônio. 
Foi no conjunto dos esforços realizados, em especial o dos intelectuais 
modernistas, de conhecer, compreender e recriar o Brasil, que se desenvolveu a ideia 
de proteção ao patrimônio. Ela se efetivou no governo de Getúlio Vargas (1939-1945) 
que, ao consagrar pelo Decreto nº 22.928, de 12 de julho de 1933, Ouro Preto como 
“monumento nacional”, demonstrou conhecer o potencial simbólico dos bens 
culturais. (Rodrigues, 2001, p.20). 
 Em 30 de novembro de 1937, Vargas assinou o Decreto-lei nº 25, que teve por 
base o anteprojeto de Mário de Andrade, criando o Serviço de Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional (SPHAN), primeiro órgão federal dedicado à preservação. 
(Rodrigues, 2001, p.20). 
 O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) foi a primeira 
denominação do órgão federal de proteção ao patrimônio cultural brasileiro, hoje 
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Este órgão é 
responsável por “promover em todo País de modo permanente, o tombamento, a 
conservação, o enriquecimento e o conhecimento do patrimônio histórico e artístico 
nacional” (BRASIL, 1937, art. 46) 
Em um primeiro momento, o SPHAN teve em sua estrutura apenas um 
representante (não sendo definido um regimento interno), mas a partir de 1946, a 
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instituição passa a ter um regimento interno, uma Diretoria, e os cargos técnicos foram 
assumidos, em sua maioria por intelectuais modernistas como Oscar Niemeyer, Lucio 
Costa, Paulo Thedim Barreto, Alcides Rocha Miranda, Gilberto Freyre e Godofredo 
Rebelo de Figueiredo Filho. 
Essa instituição teve como função, a preservação do patrimônio nacional 
brasileiro que hoje conhecemos e que ainda geram grandes preocupações pois 
estamos constantemente em evolução e são necessários recursos para as devidas 
conservações. 
4.1 Brasil: preocupações com a preservação do Patrimônio Cultural 
“Assim, acreditamos que preservar o patrimônio cultural – objetos, documentos 
escritos, traçados urbanos, área naturais, paisagens ou edificações – é garantir que a 
sociedade tenha maiores oportunidades de perceber a si própria.” (Rodrigues, 2001,p.17). 
 
Imagem 5 – Estação da Luz
 
Fonte - (BRASILEIRO, 2017) – Disponível em: http://www.ung.br/noticias/patrimonios-historicos-sao-
fundamentais-para-cidades-e-o-turismo. 
 
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São poucos os recursos e incentivos que são oferecidos pelo poder público 
hoje, para a conservação de bens tombados. O custos são altos para a manutenção de 
bens mais antigos e, portanto, gera um desgaste que muitas vezes é fatal para o devido 
bem. Como exemplo, no Brasil mesmo, já houve 3 tragédias que culminaram com a 
perda de muitas obras de arte e de valor inestimável, não somente aos brasileiros, mas 
também ao mundo. Os incêndios mais recentes foram no Museu da Língua Portuguesa 
em 2015, Cinemateca Brasileira em 2016, Museu Nacional do Rio de Janeiro em 2018. 
A saúde financeira dos bens patrimoniais devem ser constantemente revista e 
analisada, com seriedade, pois sem essa manutenção perdemos uma memória física 
da história. É necessária uma administração séria, investimento em projetos de turismo 
para alavancar as finanças para não termos mais desastres dessa magnitude. 
 
 Imagem 6 – Museu Nacional do Rio de Janeiro
 
 Fonte: (CARNEIRO; MACHADO, 2018) – Imagem. Disponível em: 
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45391771. 
Síntese 
Ao estudarmos de modo simples, já é possível compreender o quão importante 
é a preservação de nossas memórias. O que a grande maioria não conhece, é a 
dificuldade de se proteger um bem em prol de mantermos a história viva e visível para 
as futuras gerações. 
A existência de entidades que buscam a conservação desses patrimônios, se 
deve a luta constante e incansável filósofos, historiadores e de estudiosos que, com 
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seus trabalhos e projetos, visam a manutenção e criação de conhecimento sobre 
cultura, de forma que seja disponível a toda a população. 
Hoje ainda temos grande dificuldade de preservarmos nossos monumentos 
pois o consumo desenfreado, não nos permite para pensar na importância desse 
situação. A pessoa viaja, faz fotos, porém dificilmente interage de forma profunda com 
a cultura local pois, com a vida corrida que temos hoje o importante é aproveitar o 
momento e não nos aprofundarmos no conhecimento que esse momento pode nos 
trazer. 
É necessário compreender os projetos de recuperação, entender como funciona 
a distribuição entre as entidades, conhecê-las para saber como cobrar do poder 
público a conservação de nossos bens. Em parte, a população, quando bem informada 
e orientada pode também auxiliar neste processo. 
Pessoas conscientes de seus valores, buscam mais representatividade e por isso, 
quanto mais essa população se identificar com o local em que vive, sentirá orgulho do 
mesmo e o protegerá, seja com ações ou cobrando as devidas instituições. 
 
Nesta unidade, foi possível, de forma sucinta ensinar sobre: 
 
• Conceitos e teoria de Cultura e Patrimônio Cultural e sua História 
• Identificar elementos constitutivos de um Monumento tombado. 
• Entender o que é Patrimônio Cultural Material e Imaterial. 
• Entender o conceito de patrimonialização dos bens culturais. 
• Perceber e identificar os impactos do turismo e a importância da preservação 
do Patrimônio e da Cultura de uma localidade; 
• Entender e buscar conhecer sua própria cultura como parte de sua história 
• Compreender o conceito de Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico no 
Brasil. 
 
 
História e Patrimônio - Unidade 1 - Concepção do Patrimônio Cultural e Monumento Histórico 
 
 
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2009. Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. 
 
Bibliografia Complementar 
 
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Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. 
 
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Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. 
 
PINSKY, C. B.; LUCA, T. R. (org.) O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009. 
Disponível em: Biblioteca Virtual de Consulta; Universidade Anhembi Morumbi. 
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Foto 3 - MENESES, José Newton Coelho. A Torre da Igreja do Carmo, em Diamantina: História & 
turismo cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. Foto. p.87. 
 
Foto 4 - MENESES, José Newton Coelho. A Luxúria: História & turismo cultural. Belo Horizonte: 
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