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Patologia Cirúrgica de Cavidade Oral ANATOMIA CÁRIES CÁRIES: Decomposição dentária causada desmineralização focal da estrutura dentária (esmalte e dentina) por metabólitos ácidos de açú fermentados por bactérias. Principal causa da perda de dentes antes dos 35 anos. No início, era mais prevalente em países industrializados (alimentação), mas com a globalização e disseminação dos alimentos processados, o índice aumentou em outras regiões do mundo; enquanto que nos EUA diminuiu (higiene bucal/fluoretação da água). O flúor incorpora-se à estrutura cristalina do esmalte, formando a fluorapatita, que contribui para a resistência à degradação causada pelos ác. GENGIVITES GENGIVITES: Inflamação da mucosa oral que circunda o dente, secundária à má higiene bucal, que leva ao acúmulo de placa dentária e formação de cálculos. Mais prevalente e grave na adolescência. Patologia Cirúrgica de Cavidade Oral Decomposição dentária causada por desmineralização focal da estrutura dentária (esmalte e dentina) por metabólitos ácidos de açúcares Principal causa da perda de dentes antes dos 35 anos. No início, era mais prevalente em países ), mas com a globalização e disseminação dos alimentos processados, o índice aumentou em outras regiões do mundo; enquanto que nos EUA diminuiu (higiene bucal/fluoretação da água). cristalina do esmalte, tita, que contribui para a degradação causada pelos ác. bacterianos. ucosa oral que circunda o dente, secundária à má higiene bucal, que leva ao acúmulo de placa dentária e formação de cálculos. evalente e grave na adolescência. Placa dentária: Biofilme incolor e pegajoso que se acumula na superfície dos dentes e entre uma mistura de bactérias, proteínas salivares e células epiteliais descamadas. Cálculo (tártaro): Consiste na mineralização da placa quando não removida. Clínica: Eritema gengival, edema, sangramento, alterações no contorno e perda da adaptação do dente aos tecidos moles. PERIODONTITE PERIODONTITE: Processo inflamatório que afeta as estruturas de sustentação do dente (ligamentos periodontais), o osso alveolar e o cemento. Pode levar ao afrouxamento e perda dos dentes. Fisiopatologia: Associada à proporções de bactérias na microbiota Má higiene oral causa mudanças na microbiota. Etiologia: Mucosa oral saudável: Periodontite: Gram Aggregatibacter, Actinomycetemcomitans, Porphyronomas gingiva Pode se apresentar isoladamente, mas pode ser um componente de doenças sistêmicas, como leucemia, doença de Crohn, diabetes m de Down, sarcoidose e síndromes associadas a defeitos nos neutrófilos, além de poderem ser a origem de endocardites e abscessos pulmonares e cerebrais. Placa Dias Placa que pode ser removida com a escovação Patologia Cirúrgica de Cavidade Oral iofilme incolor e pegajoso que se acumula na superfície dos dentes e entre eles. Contém uma mistura de bactérias, proteínas salivares e células Consiste na mineralização da placa ritema gengival, edema, sangramento, contorno e perda da adaptação do dente PERIODONTITE rocesso inflamatório que afeta as estruturas de sustentação do dente (ligamentos periodontais), o osso alveolar e o cemento. afrouxamento e perda dos dentes. Associada à substituição dos tipos e proporções de bactérias na microbiota gengival. Má higiene oral causa mudanças na microbiota. Mucosa oral saudável: Gram +. Gram - anaeróbica e microaerófila. ibacter, Actinomycetemcomitans, Porphyronomas gingivalis, Prevotella intermedia. Pode se apresentar isoladamente, mas pode ser um componente de doenças sistêmicas, como AIDS, doença de Crohn, diabetes melito, síndrome de Down, sarcoidose e síndromes associadas a defeitos , além de poderem ser a origem de endocardites e abscessos pulmonares e cerebrais. Cálculos Placa Dias que pode ser removida Placa que se transformou em cálculo e não pode ser removida sozinha LESÕES INFLAMATÓRIAS/PSEUDOTUMORAIS ÚLCERAS AFTOSAS (AFTAS) ÚLCERAS AFTOSAS: Ulcerações na mucosa oral superficial comuns, de etiologia desconhecida, geralmente recorrentes e extremamente dolorosas Afetam até 40% da população, + comum até 20 anos. Clínica: Uma ou mais lesões simultâneas ulcerações superficiais e hiperemiadas, exsudato fino e circundadas por área eritematosa Podem estar associadas a disfunções imunológicas (doença celíaca, DII e doença de Behçet). Infiltrado predominante mononuclear, mas pode haver neutrófilos caso haja infecção bacteriana. FIBROMA TRAUMÁTICO FIBROMA TRAUMÁTICO: Massa nodular localizada na submucosa, constituída por tecido conjuntivo fibroso Ocorre na mucosa bucal ao longo da linha de mordedura ou na gengiva. Trauma repetitivo Proliferação fibrosa reacional. Tratamento: Excisão cirúrgica completa da lesão. GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA PIOGÊNICO: Lesão inflamatória tipicamente encontrada na gengiva de adultos jovens e mulheres grávidas (tumor gravídico) Superfície ulcerada, com uma coloração que varia de avermelhada a violácea. Pode crescer muito rápido e simular tumor maligno. Microscopia: Proliferação vascular exuberante, de tecido de granulação em organização. Pode regredir ao amadurecer e se tornar fibrosas densas ou se tornar um fibroma periférico. Tratamento: Excisão cirúrgica completa da lesão. /PSEUDOTUMORAIS AS) es na mucosa oral superficial comuns, de etiologia desconhecida, geralmente recorrentes e extremamente dolorosas. Afetam até 40% da população, + comum até 20 anos. Uma ou mais lesões simultâneas em forma de ulcerações superficiais e hiperemiadas, cobertas por eritematosa. adas a disfunções imunológicas ). Infiltrado predominante mononuclear, mas pode haver neutrófilos caso haja infecção bacteriana. TRAUMÁTICO nodular localizada na submucosa, constituída por tecido conjuntivo fibroso. mucosa bucal ao longo da linha de Proliferação fibrosa reacional. Excisão cirúrgica completa da lesão. GRANULOMA PIOGÊNICO esão inflamatória tipicamente encontrada na gengiva de crianças, adultos jovens e mulheres grávidas (tumor gravídico). com uma coloração que varia de simular tumor maligno. exuberante, de ao amadurecer e se tornar massas ou se tornar um fibroma ossificante Excisão cirúrgica completa da lesão. INFECÇÕES HERPES SIMPLES HERPES SIMPLES: Na região orofacial, a infecção herpética mais comum é a causada pelo HSV também pode ser causada pelo HSV A infecção primária geralmente ocorre de idade, costuma ser assintomática, 10%-20% pode ter gengivoestomatite herpética aguda, com aparecimento abrupto de vesículas e ulcerações. Essas lesões também linfadenopatia, febre, anorexia e irritabilidade. A maioria dos adultos possui o vírus latente, que pode se reativar (estomatite herpética recorrente), que ocorre no local da inoculação primária ou adjacente ao mesmo gânglio. Clínica: Grupos de pequenas ve lábios, orifícios nasais, mucosa bucal, gengiva e palato duro. Inicialmente, são preenchidas de líquido claro e seroso, mas rapidamente se rompem e formam ulcerações dolorosas, ulceradas, Geralmente há resolução esp Microscopia: Edema intracelular e intercelular (acantólise), que produz fissuras, as quais podem se transformar em vesículas macroscópicas. inclusões virais intranucleares celular (células gigantes) CANDIDÍASE ORAL (SAP CANDIDÍASE ORAL (SAPINHO): população, a Candida é um microbiota oral e é a causa da infecção fúngica mais comum da cavidade oral Principais fatores que influenciam a infecção clínica: Estado imunológico do indivíduo; Cepa de Candida albicans Composição da flora bucal do indivíduo Formas principais de candidíase oral: Pseudomembranosa Eritematosa; Hiperplásica. Clínica: Membrana inflamatória, superficial e coagulada, de acinzentada a por organismos emaranhados em um exsudato fibrinopurulento, que uma base subjacente inflamatóriaeritematosa INFECÇÕES HERPES SIMPLES Na região orofacial, a infecção herpética mais comum é a causada pelo HSV-1, mas também pode ser causada pelo HSV-2 (genital). infecção primária geralmente ocorre aos 2 a 4 anos costuma ser assintomática, morbidade. gengivoestomatite herpética aguda, rupto de vesículas e ulcerações. Essas lesões também são acompanhadas por atia, febre, anorexia e irritabilidade. A maioria dos adultos possui o vírus latente, que pode se reativar (estomatite herpética recorrente), que ocorre no local da inoculação primária ou na mucosa adjacente ao mesmo gânglio. rupos de pequenas vesículas (1 a 3 mm) em orifícios nasais, mucosa bucal, gengiva e palato . Inicialmente, são preenchidas de líquido claro e seroso, mas rapidamente se rompem e formam ulceradas, borda avermelhada. Geralmente há resolução espontânea em 7 a 10 dias. dema intracelular e intercelular produz fissuras, as quais podem se transformar em vesículas macroscópicas. Pode haver intranucleares eosinofílicas ou fusão ). CANDIDÍASE ORAL (SAPINHO) CANDIDÍASE ORAL (SAPINHO): Em cerca de 50% da andida é um integrante normal da a causa da infecção fúngica mais comum da cavidade oral. Principais fatores que influenciam a infecção clínica: do imunológico do indivíduo; Candida albicans presente; omposição da flora bucal do indivíduo Formas principais de candidíase oral: seudomembranosa (sapinho); ana inflamatória, superficial e acinzentada a esbranquiçada, composta emaranhados em um exsudato que pode ser raspado, revelando uma base subjacente inflamatória eritematosa. TUMORES E LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS LEUCOPLASIA LEUCOPLASIA: Placa/área esbranquiçada que não pode ser raspada e não pode ser caracterizada de forma clínica ou patológica como qualquer outra doença. Sem razão aparente. 3% da população mundial possui lesões leucoplásicas; de 5% a 25% dessas lesões são pré-malignas. Até que se prove o contrário (avaliações histológicas), todas devem ser consideradas pré-cancerosas. Pode surgir em adultos de qualquer idade, mas é mais comum entre os 40 e 70 anos de idade, com uma predominância de 2:1 para os homens. Multifatorial, tabagismo é o antecedente + comum. Locais + suscetíveis: Mucosa bucal, assoalho da boca, superfície ventral da língua, do palato e da gengiva. Clínica: Placas ou áreas esbranquiçadas solitárias ou múltiplas, muitas vezes com bordas demarcadas de forma precisa. Podem ser levemente espessadas e lisas, ou enrugadas e fissuradas, ou podem ter aparência saliente, tipo placas corrugadas e verrucosas. Microscopia: Varia da hiperqueratose sobrejacente ao epitélio espessado e acantótico com maturação preservada, até lesões com alterações evidentemente displásicas, as vezes já com carcinoma in situ. ERITROPLASIA ERITROPLASIA: Menos comum e mais ameaçadora, é uma área avermelhada, aveludada e possivelmente erodida dentro da cavidade bucal que, em geral, permanece plana ou pode apresentar uma leve depressão em relação à mucosa circundante. O epitélio tende a ser marcadamente atípico e o risco de transformação maligna é maior que na leucoplasia. Leucoeritroplasia salpicada: Forma intermediária entre leucoplasia e eritroplasia. Pode surgir em adultos de qualquer idade, mas é mais comum entre os 40 e 70 anos de idade, com uma predominância de 2:1 para os homens. Multifatorial, tabagismo é o antecedente +comum. Microscopia: Raramente demonstram maturação epidérmica ordenada. 90% revela displasia acentuada, carcinoma in situ ou carcinoma minimamente invasivo. Pode ter intensa reação inflamatória subepitelial com dilatação vascular (aparência clínica avermelhada). CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (CEC): Também chamado de Carcinoma Epidermoide, representa cerca de 95% dos carcinomas de cabeça e pescoço. 5% restantes são adenocarcinomas de gl. salivares. É o 6º tumor maligno mais comum no mundo. Multifatorial: Álcool, tabaco, fumo, radiação actínica (luz solar) e HPV (menos comum). Sobrevida a longo prazo ainda ruim (menos de 50%). Sobrevida depende de n fatores, inclusive da etiologia. CEC clássico (tabaco e álcool): Sobrevida em 5 anos de 80% em estágio inicial e 20% nos avançados. CEC HPV +: Maior sobrevida que os HPV -. Dx costuma ser em estágios avançados ( prognóstico). Múltiplos tumores primários (3 a 7% por ano). Recidivas. Mortes por câncer de boca orofaringe por milhão de pessoas em 2012 Campo de cancerização: Tal conceito presume que vários tumores primários individuais se desenvolvem independentemente no trato aerodigestivo superior como um resultado de vários anos de exposição crônica da mucosa a agentes carcinogênicos. Por causa da “cancerização de campo”, um indivíduo que tem a sorte de viver por 5 anos depois do diagnóstico do tumor primário inicial, tem quase 35% de chance de desenvolver pelo menos mais um tumor primário dentro desse período de tempo. Hipótese alternativa que explica os vários tumores “primários” Metástases intraepiteliais. A taxa de sobrevivência de 5 anos para o primeiro tumor primário é consideravelmente superior do que 50%, mas em tais indivíduos, o segundo tumor primário é a principal causa de morte. Fatores de risco: Álcool e tabaco (15 vezes); HPV; História familiar de carcinoma de cabeça e pescoço; Radiação actínica e uso de cachimbo (ca labial). Biologia molecular: Processo mutacional em sequência: Há acúmulo de mutações e alterações epigenéticas que alteram a expressão e função de oncogenes e dos genes supressores de tumores, levando à resistência à morte celular, aumento na proliferação celular, indução de angiogênese, habilidade de invadir e metastatizar. Mutação em TP53 com perda de função. Inativação do gene CDKN2A (proliferação tumoral) e mutações em vias do EGFR-MEK, NOTCH, PI3K, PTEN e AKT são frequentes. CECs HPV +: Contêm menos alterações genéticas e alterações genéticas diferentes, e tipicamente apresentam hiperexpressão do p16, um inibidor de cinase dependente de ciclina. Pode ter inativação de vias similares às do ca de colo uterino. A progressão para o CEC nem sempre ocorre de maneira linear e por um período de tempo uniforme. EGFR: A descoberta que o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) é superexpresso e estruturalmente alterado em CECCP e desempenha um papel na sua patogênese e curso clínico justificou o desenvolvimento e implementação de terapias-alvo anti-EGFR. Via do EGFR no Ca epidermoide de cabeça e pescoço: Proteína EGFR é detectada por imuno- histoquímica em mais de 90% dos casos HNSCC. Superexpressão de EGFR é principalmente ao nível transcricional. Aproximadamente 10 a 30% de HNSCC exibição amplificação do gene EGFR. Mutações pontuais EGFR são relatadas em apenas 1 – 7% de pacientes. Uma forma mutante de EGFR, EGFRvIII tem sido relatada em 42% dos HNSCC. A intensidade de expressão, como avaliada por imuno-histoquímica, tem sido correlacionada com mau prognóstico. No entanto, o nº de cópias do gene não foi considerado um biomarcador preditivo da eficácia com a terapia de EGFR, ao contrário de mutações específicas no ca de pulmão não-pequenas células. Expressão de EFGR em Ca de cabeça e pescoço: Cetuximab: Usado em combinação com radioterapia em carcinomas localmente avançados em combinação com radioterapia, em combinação com quimioterapia utilizando platian e 5-fluorouracil para primeira linha de tratamento de doença recidivante ou metastática. Morfologia do Carcinoma Epidermoide: Localização: Qualquer região da cabeça e pescoço revestida por epitélio escamoso estratificado (superfície ventral da língua, assoalho da cavidade oral, lábio inferior, palato mole e gengiva). Clínica: Estágios iniciais:Placas firmes e elevadas, de aspecto perolado, ou como áreas irregulares, verrucosas ou rugosas de espessamento mucoso, possivelmente confundidas com leucoplasia Estágios tardios: Tamanho e evoluem ou protrusões, de bordas endurecidas e irregulares Microscopia: Iniciam-se como lesões displásicas que podem ou não progredir para uma displasia na espessura total do epitélio (carcinoma in situ) antes de invadir o estroma de tecido conjuntivo Compreendem desde neoplasias queratinizantes bem diferenciadas a tumores anaplásicos, por vezes sarcomatoides e de crescimento lento ou rápido grau de diferenciação histológica (determinado pelos graus relativos de queratinização) não está correlacionado ao seu comportamento clínico Disseminação: Tendem a infiltrar-se localmente antes de metastatizar para outros locais. As vias de disseminação dependem da localização do tumor primário. Os locais mais favoráveis para metástases regionais são os linfonodos cervicais e pa a distância são os linfonodos mediastinais, os pulmões, o fígado e os ossos. : ualquer região da cabeça e pescoço epitélio escamoso estratificado entral da língua, assoalho da cavidade oral, lacas firmes e elevadas, de perolado, ou como áreas irregulares, verrucosas ou rugosas de espessamento mucoso, com leucoplasia. evoluem ulcerações bordas endurecidas e irregulares. se como lesões displásicas que uma displasia na espessura total do epitélio (carcinoma in situ) antes de invadir o estroma de tecido conjuntivo subjacente. e neoplasias queratinizantes bem tumores anaplásicos, por vezes sarcomatoides e de crescimento lento ou rápido. O determinado pelos aus relativos de queratinização) não está amento clínico. se localmente antes metastatizar para outros locais. As vias de disseminação dependem da localização do tumor mais favoráveis para metástases são os linfonodos cervicais e para metástases a distância são os linfonodos mediastinais, os pulmões, Tratamento: Cirurgia Radioterapia Quimioterapia Drogas alvo Dissecção radial do pescoço: Prognóstico: Apesar dos inúmeros avanços no tratamento, em cirurgia, radioterapia e quimioterapia, a sobrevivência global a longo prazo manteve menor que 50% nos últimos 50 anos. A taxa de sobrevivência de 5 anos de estágio inicial de câncer bucal é cerca de 80%, enquanto a sobrevivência cai para 19% para o estágio final da doença Dissecção radial do pescoço: Apesar dos inúmeros avanços no tratamento, em cirurgia, radioterapia e quimioterapia, a sobrevivência global a longo prazo manteve-se menor que 50% nos últimos 50 anos. A taxa de sobrevivência de 5 anos de estágio inicial de câncer bucal é cerca de 80%, enquanto a sobrevivência a 19% para o estágio final da doença. Cavidade Nasal e Seios Paranasais ANATOMIA LESÕES BENIGNAS PÓLIPOS NASAIS PÓLIPOS NASAIS: Protrusões focais da mucosa, derivados de crises recorrentes de rinite. Microscopia: Mucosa edematosa com estroma frouxo, frequentemente abrigando glândulas mucosas císticas ou hiperplásicas, e infiltrada com uma variedade de células inflamatórias, incluindo neutrófilos, eosinófilos e plasmócitos com ocasionais agregados linfocitários. Se crônico, pode ulcerar e infectar. Quando múltiplos ou grandes, obstruem as vias aéreas e prejudicam a drenagem dos seios nasais. PAPILOMA SINONASAL PAPILOMA SINONASAL: Neoplasia benigna, originada na mucosa respiratória ou schneideriana que reveste a cavidade nasal e seios paranasais. Representam cerca de 1-5% dos tumores sinonasais. Mais comum em adultos (30-60 anos), 2/3 homens. Clínica: Obstrução nasal, epistaxe. Costumam ser unilaterais. Geralmente são HPV 6/11+, EBV-. Subtipos: Exofítico (6-50%) mais comum; Cilíndrico; Endofítico/Invertido: Benignos, mas localmente agressivos. A proliferação papilomatosa do epitélio escamoso, em vez de exibir um crescimento exofítico, invagina no estroma subjacente. Alta taxa de recorrência e complicações graves. Há malignização em 10% dos casos. 3% desenvolvem carcinoma após excisão. Papiloma Invertido: As massas de epitélio escamoso crescem para dentro, por isso o uso do termo invertido. Alto risco de recidiva local. Invasão de órbita e base do crânio. Raramente pode ter carcinoma associado. LESÕES MALIGNAS LESÕES MALIGNAS: Os carcinomas das cavidade nasal e seios paranasais representam 0,2-0,8% de todos os tumores malignos e 3% daqueles que ocorrem em cabeça e pescoço: 60% de tumores se originam no seio maxilar; 20-30% no cavidade nasal ; 10-15% no seio etmoidal. Seios paranasais sozinhos: 77% dos Tu malignos surgem no seio maxilar; 22% no seio etmoidal; 1% nos seios frontais e esfenoidais. CARCINOMA NASOFARÍNGEO CARCINOMA NASOFARÍNGEO: Caracterizado pela sua distribuição geográfica distinta, estreita relação anatômica de tecido linfóide e associação com o EBV. Três padrões: Carcinoma escamoso queratinizante; Carcinoma escamoso não queratinizante; Carcinoma indiferenciado (linfoepitelioma). São comuns em certas regiões da África, onde representam os cânceres mais frequentes da infância. No sul da China, eles são muito comuns em adultos e raramente ocorrem em crianças. Nos EUA, são raros em adultos e em crianças. Fatores de risco: EBV, alimentação rica em nitrosaminas (alimentos fermentados e peixes salgados), tabagismo, fumaça química, exposição ao níquel, clorofenóis e poeiras têxteis, instilação prévia de Thorotrast, papiloma sinonasal e HPV. Na forma não queratinizante, a maioria dos pacientes apresenta anticorpos anti-EBV contra antígenos iniciais ou antígenos de capsídeos virais. Clínica: Permanecem ocultos por muito tempo e se apresentam com obstrução nasal, epistaxe e metástases linfonodais cervicais em 70%. Morfologia: Na microscopia, as lesões de células escamosas queratinizantes e não queratinizantes se assemelham a carcinomas de células escamosas pouco ou moderadamente diferenciados convencionais que surgem em outros locais. A variante indiferenciada/ basaloide é composta por células epiteliais grandes com núcleos vesiculares ovalados ou arredondados, nucléolo proeminente e bordas celulares indistintas, dispostas em um arranjo sincicial. Misturados às células epiteliais estão abundantes linfócitos de aparência normal, que são predominantemente tipo T. O genoma EBV pode ser detectado sorologicamente por PCR, ou ainda RNAs codificados pelo EBV tais como EBER-1 ou proteínas como LMP-1 podem ser identificados por hibridização in situ ou por IHQ. Tratamento: Radioterapia. Sobrevida: Geral em 5 anos de 60%. Dependendo do estágio, a sobrevida em 5 anos para o tipo não queratinizante é de 70% a 98%, enquanto a sobrevida do tipo queratinizante é de aproximadamente 20%. Carcinomas indiferenciados são + radiossensíveis, e os escamosos queratinizantes são - radiossensíveis. Carcinoma nasofaríngeo escamoso queratinizante: Carcinoma nasofaríngeo indiferenciado: Carcinoma Nasofaríngeo Escamoso: Raro, representa <1% dos tumores malignos e apenas cerca de 3% das neoplasias malignas da cabeça e do pescoço. Ocorrem mais freqüentemente no seio maxilar (cerca de 60-70%). Geralmente apresentam sintomas mais cedo do que carcinomas maxilares e evoluem melhor. Raramente metastatizam para linfonodos e dão recidivas; quando acontecem, são precoces. Doença local avançada agrava o prognóstico. A sobrevivência global de 5 anos para carcinomas escamosos nasais é cerca de 60%. Carcinomas escamosos do seio maxilar têm um prognóstico mais reservado e estadiamento avançado no diagnóstico. A sobrevida global de 5 anos é de 42%. Pacientes com carcinomas não queratinizantes tendem a evoluir melhor do que aquelescom o tipo queratinizante. Carcinomas primários de nasofaringe são muitas vezes clinicamente ocultos por longos períodos e apresentam como metástases nos linfonodos cervicais em até 70% dos pacientes. Radioterapia é a modalidade padrão de tto, rendendo a taxa de sobrevivência de 3 anos de 50 a 70%. O carcinoma indiferenciado é o mais radiosensível e o carcinoma de células escamosas queratinizante é o menos radiosensível. Tratamento: Estágio 0 e I: Radiação do tumor e linfonodos cervicais Estágios II, III, IVA e IVB: Tumores que já estão fora da nasofaringe. Normalmente recebem quimioradiação, com cisplatina. Se neoplasia ainda nos linfonodos após tratamento, cirurgia. (dissecção cervical) Estágio IVC: Quimioterapia com cisplatina e outras drogas. Mais quimioradiação ou combinação com drogas alvo, do tipo cituximab. EBV e Carcinoma Nasofaríngeo:
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