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Resumo Estomatopatologia

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ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
Noções iniciais 
 
# Estomatopatologia é a especialidade em odontologia que tem como objetivo a prevenção, o 
diagnóstico, o prognóstico e o tratamento das doenças próprias do complexo 
‘maxilomandibular’, das manifestações bucais de doenças sistêmicas e das repercussões bucais 
do tratamento antineoplásico. 
->Áreas de competência: 
a) Promoção e execução de procedimentos preventivos em nível individual e/ou coletivo na 
área da saúde bucal, com ênfase na prevenção e diagnostico precoce do câncer bucal. 
b) Condução ou supervisão de atividades de pesquisa e epidemiológica clinica e/ou 
laboratorial relacionadas aos temas de interesse da especialidade. 
c) Realização ou solicitação de exames complementares, necessários ao esclarecimento do 
diagnostico, bem como adequar ao tratamento. 
 
# Radiologia é a especialidade que tem como objetivo a aplicação dos métodos exploratórios 
por imagem com a finalidade de diagnóstico, acompanhamento e documentação do complexo 
buco-maxilo-facial (BMF). 
-> As áreas de atuação da radiologia odontológica e imaginologia incluem: 
a) obtenção, interpretação e emissão de laudo das imagens de estruturas BMF e anexas 
obtidas. 
 
# Patologia bucal é a especialidade que tem como objetivo o estudo dos aspectos 
histopatológicos das alterações do complexo BMF e estruturas anexas, visando ao diagnóstico 
final e ao prognóstico dessas alterações, por meio de recursos técnicos e laboratoriais. 
-> As áreas de competência para atuação do especialista em patologia bucal incluem a 
execução de exames laboratoriais microscópicos, bioquímicos e outros bem como a 
interpretação de seus resultados, além de requisição de exames complementares como meio 
de auxiliar no diagnóstico de patologias do complexo BMF e estruturas anexas. 
 
# Biópsia é um exame complementar que tem como finalidade a elucidação diagnóstica por 
meio da remoção de tecido vivo para estudo macro e microscópico. 
(Bio= vida / opsis=observação) 
Finalidade de observar e verificar alterações ocorridas em decorrência de um processo 
patológico. 
-> Indicações 
Erosões e ulceras – sem sinal de cicatrização 
Lesões brancas ou vermelhas – sem sinais de um fator etiológico evidente 
Lesões pigmentosas 
Vesículas e bolhas 
Nódulos e pápulas 
Cistos e lesões expansivas 
Resultados citológicos classes III, VI ou V 
-> Contra indicações 
– Gerais: Doenças sistêmicas descompensadas; Cardiopatias; Portadores de doença 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
hematológicas graves; 
– Locais: Lesões vasculares; Periféricas; Centrais; 
 
-> Tipos de biópsia de acordo com material utilizado 
Bisturi 
Curetagem – lesões cavitárias (tecidos moles) 
Pinça saca-bocado – É indicada apenas para lesões localizadas na região posterior da cavidade 
bucal, portanto, regiões de difícil acesso. 
Punch – Consiste em um cilindro cuja extremidade é oca e bisselada. É utilizado com um 
movimento de penetração na lesão seguido de ¼ de volta para cada lado. 
Biópsia por aspiração – Método de investigação que permite a sucção de liquido contido no 
interior de lesões. O produto das lesões podem indicar a sua natureza. 
Biópsia por congelação – Durante a cirurgia o material é removido, congelado, cortado e 
analisado por um patologista no próprio centro cirúrgico. 
Incisional – remoção de parte do tecido tumoral. 
Excisional – remoção de todo o tecido tumoral. 
 
-> Material utilizado 
Cabo e lâmina de bisturi 
Tesouras, pinças, cinzel e martelo 
Carpule, agulha e anestésico 
Gaze 
Porta agulha 
Fio de sutura, formol, frasco com boca larga 
 
-> Técnica 
Antissepsia com clorexidina 
Anestesia 
Estabilização dos tecidos 
Diérese – incisão 
Exérese 
Hemostasia 
Síntese 
 
 -> Cuidados com o material removido 
Deve ser colocado imediatamente em solução fixadora 
Formol à 10% 
Frasco com boca larga 
Identificação no frasco 
 
-> Encaminhamento para o laboratório 
Dados pessoais; exames complementares; descrição clinica; historia clinica; hipóteses de 
diagnostico; 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
 
 
 PROCESSOS PROLIFERATIVOS NÃO NEOPLÁSICOS (PPNN) 
 
Trata-se de um crescimento auto-limitante de tecido fibroblástico ou associação de fibras e 
tecido vascular. 
São resultantes de irritações crônicas 
Apresentam caráter basicamente inflamatória 
Desprovidos de características neoplásicas 
Proliferação reativa 
Mais de 50% das lesões que ocorrem na boca 
 
#Neoplasias malignas 
Com ou sem trauma-> célula A sofre mitose, dando origem à outras células sem componentes 
inflamatórios. 
#PPNN 
Diante de trauma-> célula A sofre mitose dando origem à mais células A com componentes 
inflamatórios. 
Irritação crônica-Inflamação crônica-> Estresse celular 
Fatores de crescimento 
Divisão celular 
 
#PPNN 
– Hiperplasia fibrosa inflamatória 
Sinonímia: hiperplasia fibrosa local; hiperplasia traumática; fibroma por irritação; lábio duplo. 
Etiologia: Processo de origem inflamatória. 
 Irritação crônica de baixa intensidade – próteses mal adaptadas. 
Tratamento: Remoção do agente irritante 
 Cirurgia, biópsia excisional 
Características: Localização – palato, gengiva, mucosa do rebordo alveolar. 
 Coloração – semelhante a mucosa adjacente normal 
 Base – séssil 
 Histológico – infiltrado inflamatório 
 
 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
 Fibroma traumático 
– Infiltrado inflamatório 
Idem ao anterior (HFI) 
Nodular de fibras curtas. 
 
– Hiperplasia papilomatosa 
Sinonímia: Hiperplasia papilar inflamatória 
Etiologia: Variante da Hiperplasia fibrosa 
 Irritação crônica de baixa intensidade – prótese mal adaptada / pressão negativa das 
câmaras de sucção 
Características: Localização – palato duro 
 Projeções papilares, aspecto granuloso 
 Coloração – avermelhado 
 Sangrante ao trauma 
Tratamento: Cirurgia / laser 
 Remoção do agente irritante – Remoção da prótese à noite; troca da prótese; 
antifúngicas; melhora na higiene bucal; 
 
 
– Granuloma Piogênico 
Sinonímia: Granuloma gravídico ou hemangiogranuloma 
Etiologia: Trauma 
 Irritação local por restaurações ou próteses, cálculos, corpos estranhos 
 Alterações hormonais e/ou carência vitamínica durante a gravidez, associado a 
fatores irritantes locais. 
Características: Localização – papila interdental, língua, lábios, rebordo alveolar. 
 Séssil ou pediculado 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
 Crescimento rápido 
 Indolor 
 Coloração – vermelho vibrante / róseo (maturação do tecido fibroso) 
Tratamento: Cirurgia – procedimentos profiláticos devem preceder a cirurgia para evitar 
recidivas 
 
–Lesão periférica de células gigantes 
Sinonímia: épulide gigantocelular; Granuloma periférico de célula gigante; Granuloma 
reparador de célula gigante 
Etiologia: Traumática – trauma agudo (quedas, agressões, injurias esportivas, exodontias 
traumáticas) 
Características: Lesão nodular 
 Base séssil ou pediculada 
 Localização – gengiva, rebordo alveolar 
 Coloração – rósea, castanho-amarelado, azulada 
Tratamento: Cirurgia – curetagem de osso subjacente para evitar recidivas 
 
 
–Fibromatose gengival 
Podendo ser: Anatomica, Hereditária, Medicamentosa ou Irritativa. 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
––Fibromatose gengival anatômica 
Etiologia: Idiopatica – sem causa aparente 
Características: Crescimento bem fibrosadoLimitado 
 Localização – região retromolar inferior, tuberosidades 
 Dimensões variadas 
 Assintomática 
Tratamento: Cirurgia – dificuldades na fonação, deglutição, estética 
––Fibromatose gengival irritativa 
Etiologia: irritação crônica – má higiene, má posicionamento dentário, aparelho ortodôntico 
fixo, PPR, restaurações sobrextendidas, respiração bucal. 
Características: Crescimento bem fibrosado 
 Limitado 
 Localização – região retromolar inferior, tuberosidades 
 Dimensões variadas 
 Assintomático 
Tratamento: Remoção do agente irritante 
 Cirurgia quando indicado 
––Fibromatose gengival hereditária 
Etiologia: Fator genético – gene autossômico dominante 
Características: Atinge vários membros de uma mesma família 
 Formatos – nodular ou lisa 
 Dentes recobertos 
Tratamento: Remoção cirúrgica, recidiva. 
––Fibromatose gengival medicamentosa 
Etiologia: efeito colateral de drogas – anticonvulsivantes, imunossupressores, bloqueadores 
dos canais de cálcio. 
Características: Inicia-se na papila interdental 
 Face vestibular de dentes anteriores 
 Relação positiva entre dose da medicação e gravidade de crescimento 
Tratamento: Possibilidade de substituição do medicamento 
 Remoção cirúrgica 
 
 CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS 
 
#Replicação celular 
Em organismos multicelulares, a taxa de proliferação de cada tipo de célula é controlada por 
um sistema integrado que permite replicação celular apenas dentro dos limites que mantém a 
população normal em níveis homeostáticos. Como na maioria dos tecidos há divisão celular 
contínua para restaurar as perdas naturais, a replicação celular é essencial para o organismo. 
No entanto, ela deve seguir o controle rígido imposto ao sistema, pois, se for feita para mais ou 
para menos, o equilíbrio se quebra. Uma das características principais das neoplasias é 
justamente proliferação celular descontrolada. 
A proliferação celular é uma característica inerente às células e não implica necessariamente a 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
presença de malignidade, podendo simplesmente responder a necessidades específicas dos 
variados tecidos do corpo. 
 
#Neoplasia 
É uma massa anormal de tecido, a qual cresce mais e de forma descoordenada em relação ao 
tecido normal, e que persiste mesmo depois de cessado o estímulo causador da mudança. 
Lesão caracterizada pela proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral 
com perda ou redução da diferenciação celular, em consequência de alterações nos genes que 
regulam o crescimento e diferenciação 
–Benigna – geralmente pouco agressiva e relativamente inofensivas; as células continuam se 
diferenciando. 
(As células se multiplicam muito, multiplicam rapidamente, mas conseguem se diferenciar) 
–Maligna – muito agressivo, representando uma ameaça potencial à vida, células 
indiferenciadas. 
(As células perdem sua capacidade de se diferenciarem) 
 
->Características comparativas entre as neoplasias 
 BENIGNAS MALIGNAS 
Taxa de crescimento Baixo Alto 
Figuras de mitose Raras Frequentes 
Grau de diferenciação Bem diferenciadas Desde bem diferenciadas até 
anaplásicas 
Atipias celulares e 
arquiteturais 
Raras Frequentes 
Degenerações e necrose Ausentes Presentes 
Tipo de crescimento Expansivo Infiltrativo 
Cápsula Presente Geralmente ausente 
Limites da lesão Bem definidos Imprecisos 
Efeitos sistêmicos Geralmente inexpressivo Geralmente importantes, as 
vezes fatais 
Recidiva Em geral, ausente Presente 
Metástases Ausentes Presente 
 
->Nomenclatura das neoplasias 
–Tumor – é mais abrangente e significa lesão expansiva ou intumescimento, pode ser causado 
por inflamação. Aumenta de tamanho. 
dor>calor>rubor>tumor>perda de função 
 –Câncer – tradução latina da palavra grega ‘carcinoma’ = caranguejo 
Cancerologia ou oncologia é a parte da medicina que estuda tumores; 
Cancerígeno ou oncogênico é o estimulo ou agente causador de câncer; 
–Parênquima – é representado pelo conjunto de células e tecidos ‘funcionais’, ou seja, que 
desempenham funções específicas que caracterizam determinado órgão. 
(em neoplasias, o parênquima representa as células tumorais) 
–Estroma – conjunto de células e tecidos que fornecem sustentação para o adequado 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
funcionamento do parênquima. Tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. 
 
PREFIXO ORIGEM 
Osteo Osso 
Hepato Fígado 
Adeno Glândula 
Raddomio 
Leiomia 
Músculo 
Condra Cartilagem 
 
->Nomenclatura 
 
SUFIXO SIGNIFICADO 
Oma Neoplasia benigna ou maligna 
CarcinOMA Neoplasia maligna de origem epitelial 
BlastOMA Neoplasia benigna ou maligna que reproduz 
células com características embrionárias 
SarcOMA Neoplasia maligna de origem mesenquimal 
EXCEÇÕES: Melanoma – tumor de melanócitos, melanocarcinoma 
 Linfoma – linfossarcoma, leucemias 
 
 Condroma 
Benigna – OMA- Lipoma 
 Adenoma 
 
 
 Condrossarcoma 
 Carcinoma (origem epitelial) 
Maligna Carcionoma 
 Sarcoma (origem mesenquial) 
 Adenocarcinoma 
 
 
TECIDO DE ORIGEM BENIGNO MALIGNO 
Fibroso FibrOMA FibroSSARCOMA 
Gordura LipOMA LipoSSARCOMA 
Cartilagem CondrOMA CondroSSARCOMA 
Osso OsteOMA OsteoSSARCOMA 
Vasos HemangiOMA AngioSSARCOMA 
Epitélio escamoso PapilOMA CarCINOMA 
Epitélio glandular AdenOMA AdenocarCINOMA 
Músculo liso LeimiOMA LeiomioSSARCOMA 
Músculo esquelético RabdomiOMA RabdomioSSARCOMA 
Melanócitos Nevus Melanoma 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
 
 
 
#Carcinogênese 
–Ciclo celular / pontos de checagem 
G1: crescimento celular / A célula não se divide 
R: ponto de checagem 
S: Replicação celular, duplicação celular. 
G2: célula se prepara para dividir / Aumento da massa muscular 
Mitose: divisão celular 
 
Proteína P53, supressora tumoral que controla os pontos de checagem, se houver erro ela fará 
com que a célula entre em apoptose, caso a P53 falhe, haverá neoplasia maligna. 
 
#Neoplasias malignas 
Em células cancerosas o crescimento e a multiplicação celular ocorrem de forma diferente das 
células normais. 
As células cancerosas, em vez de seguirem um ciclo de nascimento, amadurecimento e morte, 
continuam crescendo incontrolavelmente, formando outras novas células com as mesmas 
características anormais de multiplicação. 
Entre diversos outros desvios da normalidade fisiológica tecidual que interferem na 
multiplicação celular, o câncer promove um crescimento rápido, agressivo e incontrolável das 
células afetadas, e lhes confere também a capacidade de migrar para outros tecidos, 
espalhando essa anormalidade para diversas regiões do corpo. 
 
#Neoplasias benignas 
É uma massa tecidual na qual as células são iguais as do tecido de origem, mas em numero 
maior, com ou sem componentes inflamatórios. São lesões localizadas, encapsuladas e de 
crescimento lento. 
Características: Usualmente assintomáticas 
 Crescimento lento, progressivo e limitado 
 Não afetam a saúde geral do paciente 
 Não invasivos 
 Não causam metástases 
 Prevalênciavariada (de frequente a raro) 
 Tratamento cirúrgico raro 
 Microscopicamente: pouca mitose e muita diferenciação 
 
->Neoplasias benignas de tecido MOLE 
–Papiloma 
Proliferação epitelial benigna induzida pelo HPV (+ 6 e 11) 
Nódulo exofítico, indolor, pedunculado, com superfície digitiforme 
Lesões pequenas, ≤ 0,5cm 
Sem predileção por sexo ou idade 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
Locais mais afetados: Língua, lábios e palato mole. 
Clinicamente, pode ser parecido a uma verruga vulgar, codiloma acuminado 
Proliferação do epitélio escamoso estratificado, arranjado em projeções digitiformes, com 
áreas centrais de tecido conjuntivo fibrovascular 
Pode haver coilocitose 
 
 
–Fibroma 
Sinonímia: Fibroma de irritação/traumático; Hiperplasia fibrosa focal; nódulo fibroso 
O fibroma é a neoplasia benigna mais comum da cavidade oral 
Na maioria dos casos ele não parece ser um neoplasma verdadeiro; é mais possível que ele 
seja uma hiperplasia fibrosa reacional do tecido conjuntivo em resposta a uma irritação local 
ou trauma. 
Características: Séssil ou pediculado 
 Localização – mucosa jugal ou gengiva 
 Epitélio fino com atrofia de papilas, conjuntivo denso e colageneizado. 
 Normalmente há infiltrado inflamatório crônico. 
 
 
–Hemangioma 
Tumores benignos da infância que se caracterizam por uma fase de crescimento rápido, com 
proliferação de células endoteliais, seguida pela involução gradual. 
São os tumores mais comuns da infância 
Localização: Cabeça e pescoço 
A maioria dos casos se resolvem até os 9 anos de idade 
Tratamento: “Esquecimento cauteloso”, corticoterapia sistêmica 
Tem origem vascular 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
Aspecto lobulado, clinicamente 
 
 
–Lipoma 
Origem mesenquimal, muito comum. Adipócitos maduros. 
Ocorrência em tecidos bucais, rara. 
Usualmente, apresenta-se como massa nodular mole, de coloração amarelada ou rósea, com 
superfície lisa. 
A mucosa jugal e o fundo de vestíbulo são os sítios mais acometidos. 
Existem diversas variantes microscópicas, o fibrolipoma é o tipo mais comum. 
 
 
–Adenoma 
Neoplasia benigna de glândulas salivares 
Crescimento lento 
Indolor 
Massa nodular única 
Glândula parótida costuma ser a mais afetada 
Palato duro é o local mais acometido 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
 INFECÇÕES BACTERIANAS E FÚNGICAS DA CAVIDADE BUCAL 
 
#Infecções bacterianas 
–Sífilis 
É uma infecção crônica mundial, causada pelo TREPONEMA PALLIDUM. 
Suas principais vias de transmissão são: contato sexual e congênita (da mãe para o feto). 
Seu hospedeiro natural são os humanos 
A evolução da doença se dá em três estágios 
Um paciente sifilítico é altamente infeccioso apenas nos dois primeiros estágios 
Apresentam lesões na cavidade oral, nas genitais e além de outras partes do corpo, como 
mãos e pés. 
Caracterizada pelo cancro duro ou protossifiloma, que se desenvolve na área de inoculação do 
T. PALLIDUM. 
É uma lesão única, que regride de 4 a 5 semanas e normalmente não deixa cicatriz 
Genitália e ânus são os locais mais acometidos porém, a cavidade oral é o local extragenital 
mais comum, podendo se dar em lábios, língua, palato, gengiva e amígdalas. 
 
-Sífilis primária 
Lesão não supurativa, de nódulos duros e indolor (após duas semanas) 
Inicialmente é uma pápula de cor rósea, que evolui para um vermelho mais intenso e 
exulceração, indolor, praticamente sem manifestações inflamatórias perilesionais. As bordas 
são endurecidas de um fundo liso e limpas, recobertas por material seroso. 
 
 
-Sífilis secundária 
Fase identificada entre a 4ª e a 10ª semana, após a infecção inicial. 
Sinal de uma erupção cutânea maculopapular difusa e indolor, pode acometer a região palmo-
plantar e também a cavidade oral. 
Pode resultar em cicatrizes e hipermigmentação ou hipopigmentação nas áreas afetadas. 
Pode ocorrer a fusão de várias placas, formando um padrão sinuoso. 
Após sua formação, a necrose epitelial superficial pode ocorrer, levando a uma exposição de 
tecido conjuntivo. 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
 
 
-Sífilis terciária 
Sífilis latente 
Nesse estágio o paciente não apresenta lesão e sintomas, o estado de latência pode durar até 
30 anos. É a fase mais grave da doença. 
Pode afetar o sistema cardiovascular e nervoso. 
As lesões formam granulomas destrutivos (gomas), endurecidos, nodulares ou ulcerados. 
Essas lesões gomosas podem invadir e perfurar o palato duro, destruindo a base óssea do 
septo nasal. Causa, portanto, extensa destruição tecidual. 
Na língua, o acometimento é indolor, lobulada e com formato irregular, chamado de GLOSSITE 
INTERSTICIAL. 
A atrofia difusa e a perda das papilas no dorso é chamado de GLOSSITE LEUTICA 
 
 
-Sífilis congênita 
Ocorre durante a fase primária ou secundária materna. 
Diagnóstico patognomônico (Tríade de Hutchinson): Dentes de Hutchinson, Ceratite ocular 
intersticial e surdez associada ao comprometimento no NC VIII(vestíbulo coclear) 
As crianças infectadas podem apresentar sinais dentro de 2 a 3 semanas após o nascimento. 
Estes achados iniciais incluem retardo no crescimento, febre, icterícia, anemia 
hepatoesplenomelagia, rinite, rágades(fissuras radiais ao redor da boca) 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
 
 
-Aspectos histológicos 
Nas fases primária e secundária, os vasos estão dilatados, espessados e há proliferação das 
células endoteliais. 
Aumento do nº de canais vasculares 
Proliferação das células endoteliais e infiltrado inflamatório perivascular com linfócitos e 
plasmócitos. 
 
 
-Tratamento 
Abordagem terapêutica individualizada. 
Uso de penicilina 
 
 
 
 
 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
–Tuberculose 
Doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium Tuberculosis e é disseminada por 
gotículas respiratórias. 
 
-Tuberculose primária 
Normalmente envolve o pulmão 
Há disseminação direta 
Inicialmente há uma resposta inflamatória crônica inespecífica 
Formação de nódulo localizado fibrocalcificado no local de desenvolvimento da doença. Nesse 
nódulo, pode haver microrganismos em estado de latência. 
Há fase de imunossupressão 
É assintomática, mas pode ocorrer quadro de febre e efusão pleural 
-Tuberculose secundária 
Desenvolve-se em fase mais tardia da vida 
Reativação do microrganismo em decorrência da defesa do hospedeiro; associada a 
medicamentos, diabetes, idade e fatores socioeconômicos. 
AIDS maior fator relacionado à progressão da doença. 
--Sintomatologia: Lesões no ápice pulmonar; pode ocorrer propagação através de material 
infectado expectorado, vasos sanguíneos e linfáticos; Febre baixa, mal estar, anorexia, 
sudorese noturna; Tosse com acompanhamento de hemoptise ou dor torácica; 
-Tuberculose Miliar 
Disseminação difusa – sistema sanguíneo 
Pequenos focos múltiplos de infecção (a imagem lembra sementes de milho) 
 
-Na região de cabeça e pescoço 
Linfonodos cervicais, laringe, ouvido médio = regiões extrapulmonares mais acometidas 
Cavidade nasal, nasofaringe, cavidade oral, glândula parótida, esôfago e espinha dorsal = 
regiões menos acometidas 
-Lesões orais 
São raras, mas quando ocorre, normalmente é uma úlcera crônica e indolor. 
Áreas nodulares, granulares ou, raras, áreas leucoplásicas firmes. 
A maioria dos casos representa uma infecção secundária do foco principal pulmonar. 
Ocorre preferencialmente em adultos de meia idade. 
 
-Características histopatológicas 
Coloração ácido resistente exibindo organismos microbacterianos dispersos, apresentando-se 
como pequenos bastões vermelhos. 
 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
-Tratamento 
Medicamentoso para infecções ativas 
 
 – Hanseníase 
Doença infecciosa crônica, causadapor Mycobacterium Leprae, sendo considerado um 
problema de saúde pública que incide mais em homens que em mulheres, tendo maior 
frequência na 3ª ou 4ª década de vida. 
 
-Aspectos clínicos 
Manchas brancas com perda de sensibilidade 
Principais locais acometidos na boca: Gengiva na porção anterior da maxila; palato duro e 
mole; úvula e língua. 
Clinicamente são lesões nodulares que necrosam e ulceram, geralmente assintomáticas, 
podendo ser sintomática na língua. 
 
-Característica histopatológica 
Lençóis de linfócitos misturados com histiócitos vacuolados 
Coloração ácido resistente com grande quantidade de microrganismos 
 
-Tratamento 
Quimioterapia especifica, supressão dos surtos reacionais, prevenção de incapacidade física, 
reabilitação física e psicossocial. 
Drogas OMS/MS: Rifampicina, dapsona e clofazimina. 
 
#Infecções fúngicas 
 – Candidíase 
Infecção fungica, causada por Candida albicans, um fungo tipo levedura. 
É uma infecção fungica oral comum que pode se apresentar de diversas formas, o que dificulta 
o diagnóstico. 
A frequência de manifestação da doença aumenta com a idade, mas o fungo pode estar 
presente na maioria das pessoas e mesmo assim não se manifestar. 
 
-Fatores que podem determinar evidência clinica da infecção 
Estado imunológico do hospedeiro; ambiente da mucosa oral; Cepa do fungo. 
 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
--ASPECTO CLÍNICO: PSEUDOMEMBRANOSA 
-Apresentação e sintomas 
Placas brancas, cremosas, destacáveis, sensação de queimação, hálito fétido. 
-Localizações comuns 
Mucosa jugal; língua e palato 
-Fatores associados 
Antibioticoterapia, imunossupressão 
 
 
--ASPECTO CLÍNICO: ERITEMATOSA 
-Apresentação e sintomas 
Manchas vermelhas e sensação de queimação 
-Localizações comuns 
Palato duro (posterior), mucosa jugal e dorso da língua. 
-Fatores associados 
Antibioticoterapia, xerostomia, imunossupressão, idiopática 
 
 
--ASPECTO CLÍNICO: ATROFIA PAPILAR CENTRAL (glossite romboidal mediana) 
-Apresentação e sintomas 
Áreas atropicas e vermelhas na mucosa; assintomática 
-Localizações comuns 
Linha media na região posterior do dorso lingual 
-Fatores associados 
Idiopática, imunossupressão 
 
ESTOMATOPATOLOGIA 
Anna Luiza Assunção 
 
--ASPECTO CLÍNICO: QUEILITE ANGULAR 
-Apresentação e sintomas 
Lesões fissuradas avermelhadas; irritadas, sensação de ferida 
-Localizações comuns 
Comissura labial 
-Fatores associados 
Idiopática, imunossupressão, perda de dimensão vertical. 
 
 
--ASPECTO CLÍNICO: ESTOMATITE PROTÉTICA

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