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Avaliação do RN

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Avaliação do Recém-Nascido 
O primeiro ano de vida, chamado de fase lactente, é dividido em: 
 Período Neonatal: os primeiros 28 dias; 
 Período Pós-natal: de 29 dias a um ano de idade. 
 
 
 
 RN pré-termo extremo possui pele muito fina e gelatinosa; 
 RN atermo tem pele lisa, brilhante, úmida e fina; 
 RN pós-termo ou com insuficiência placentária, pele seca, enrugada, com descamação 
acentuada. 
 
Pontos a serem analisados durantes a avaliação do recém-nascido: 
 
Assimetria: parto normal pode causar o aumento do diâmetro ântero-posterior (dolicocéfalo: onde 
a largura é menor que o comprimento). Na cesárea, a cabeça pode ficar mais arredondada, já 
que o rn não precisa se adaptar para passar pelo canal vaginal. 
 
Palpação das suturas cranianas: ocorrem sobreposições (cavalgamentos) e disjunções das bordas 
dos ossos do crânio no parto normal, as quais desaparecem em poucos dias. Por outro lado, 
quando ocorre a fusão intrauterina das suturas, o osso para de crescer e ocorre afundamento 
local com assimetria do crânio, o que constitui a craniossinostose. (cirurgia) 
 Durante a palpac ̧ão das fontanelas, deve-se atentar para o tamanho (medido em 
centímetros nas diagonais), tensão, abaulamentos ou depressões e pulsac ̧ões. 
 
 
 
 
 
 Fontanela bregmática: em forma de losango, formada na conflue ̂ncia dos ossos frontal e 
parietais, apresenta-se com tamanho variável no RN a termo. 
 Fontanela Abaulada: sugere aumento da pressão intracraniana, como ocorre na meningite, 
hidrocefalia, edema cerebral ou hemorragia intracraniana. 
 Fontanela Deprimida: associa-se à desidratac ̧ão. 
 Fontanela Lambdoide: entre os ossos parietais e occipital, geralmente é pequena (justaposta). 
Quando grande, pode estar associada a doenc ̧as como hipotireoidismo e síndrome de Down. 
 
 
 Bossa Serossanguinolenta: trata-se de um edema do couro cabeludo que não respeita o 
limite das suturas. As causas podem ser trabalho de parto prolongado. Durante a 
palpação, a consistência é amolecida e sinal cacifo positivo. 
 Cefalo-hematoma: é um extravasamento sanguíneo que respeita as suturas cranianas 
devido a localização entre o osso e o periósteo. Na palpação, a consistência é firme e o 
cacifo é negativo. 
 Encefalocele: classifica-se por ser tumoração grave devido a herniação do parênquima 
cerebral, geralmente no lobo occipital e frontal. 
 Craniossinostose: Está relacionada ao fechamento precoce das suturas cranianas. O 
formato do crânio vai depender da sutura envolvida, sendo o mais comum o fechamento 
da sutura sagital, impedindo o crescimento lateral da cabeça (escafocefalia). 
Perímetro Cefálico: A medição do PC faz parte da avaliação de rotina de todas as crianças e 
deve ser realizada desde o nascimento até aos 36 meses e em todas as consultas nas crianças 
com patologia neurológica. A evolução do crescimento do PC ao longo do tempo é o fator 
informativo mais importante, podendo muitas vezes constituir um primeiro indicador de doença. 
 O PC aumenta 2cm/mês durante os primeiros 3 meses de vida, 1cm/mês até aos 6 meses e 
0,5cm/mês entre os 6 e os 24 meses. No pré-termo o PC em regra cresce 1cm/semana nos 
primeiros 2 meses e 0,5cm/mês nos 2 meses seguintes. 
 No RN a termo, o PC varia de 33 a 37cm, contudo, sempre deve avaliar por meio do 
gráfico de crescimento. 
 
 Macrocefalia: crescimento anormal do perímetro cefálico, com valores superiores a dois 
desvios-padrão acima do Percentil 95 para o sexo, raça, idade e idade gestacional. 
 Megalencefalia (ou macroencefalia): aumento do parênquima cerebral. 
 
Olhos: Em RN pré-termo, a esclera é branca ou levemente azulada. Cores mais intensas de azul 
está associada à osteogênese imperfeita (doença rara dos ossos de origem genética, que é 
caracterizada em especial pela fragilidade dos ossos que acabam sofrendo fratura de 
repetição). Na esclerótica, quando vermelha, podem sinalizar hemorragias decorrentes do parto e 
que desaparecem. 
 É importante analisar: 
 Exoftalmia: olhos saltados; 
 Microftalmia: córnea menor que 9mm; 
 Opacificação de córnea; 
 Catarata; 
 Glaucoma Congênito: córnea maior que 11mm; 
 Lacrimejamento anormal: podendo indicar obstrução do canal lacrimal (dacriestenose). 
 
 
Teste do Olhinho: Com o auxílio de 
oftalmoscópio, em quarto escuro para 
melhor abertura das pupilas e a cerca 
de 40 a 50cm de distância, deve-se 
pesquisar o reflexo vermelho do fundo do 
olho, que indica a adequada 
transparência da córnea e do cristalino. 
 Massas esbranquiçadas intraoculares 
devem ser investigadas, assim como a 
simetria entre as pupilas (isocoria ou 
anisocoria), a reatividade das pupilas 
ao estímulo luminoso e a presença de 
midríase (pupilas dilatadas) ou miose 
(pupilas puntiformes). 
 
Ouvidos: adequada implantação pode ser aferida traçando-se um plano imaginário que passe 
pela fenda palpebral e se estenda horizontalmente em direção às orelhas. A borda superior da 
orelha deve estar pouco acima dessa linha. 
 Geralmente a implantação baixa da orelha é acompanhada de rotac ̧ão posterior do eixo do 
pavilhão auricular e está associada a defeitos renais, à malformac ̧ão do primeiro arco branquial e 
às anomalias cromossômicas, como Síndrome de Down. 
 Deve-se observar se o RN responde piscando os olhos à emissão de um ruído próximo ao 
ouvido (reflexo cócleo-palpebral). Independente do resultado é obrigatório o rastreamento 
da deficiência auditiva por meio de medidas fisiológicas da audic ̧ão (teste da orelhinha). 
 
Nariz: Deformidades ou malformac ̧ões, quando presentes, ocorrem por defeitos intrínsecos do osso 
próprio do nariz (observados nas trissomias 18 e 21) ou por pressão extrínseca intraútero ou no 
momento do parto. 
 Batimentos das asas nasais são visíveis em RN com dificuldade respiratória 
 
Boca: O desvio da comissura labial durante o choro pode estar associado à paralisia facial 
decorrente de posturas anormais intraútero ou trauma de parto, como por exemplo na compressão 
pelo fórceps. Pode-se encontrar aftas de Bednar, decorrentes de lesão traumática da mucosa por 
aspirac ̧ão ou limpeza agressiva logo após o parto. 
 A presença de saliva espessa é indicac ̧ão de desidratac ̧ão e a sialorreia pode ser 
sugestiva de atresia de esôfago. 
 
Pescoço: Deve-se palpar a parte mediana do pescoço a fim de se detectar o crescimento 
anormal da tireoide (bócio) e a presenc ̧a de fístulas, cistos e restos de arcos branquiais. 
 Deve-se verificar a presença de estase jugular e palpar o músculo esternocleidomastoideo 
para verificar a presença de contraturas (torcicolo congênito). 
 A presença de pele redundante na nuca pode estar associada à síndrome de Down, e na 
parte lateral (o chamado pescoc ̧o alado) à síndrome de Turner. 
 
Tórax: o formato normal do tórax do RN deve ser cilíndrico. No RN a termo seu perímetro 
(passando pelos mamilos) é cerca de 2cm menor que o cefálico. Assimetria pode estar associada 
à malformac ̧ão cardíaca, pulmonar, da coluna e do arcabouc ̧o costal. 
 Os mamilos e as glândulas mamárias crescem com a idade gestacional e em RN a termo 
medem, à palpac ̧ão, cerca de 1cm. 
Pode ocorrer hipertrofia bilateral das glândulas mamárias decorrente de estímulo estrogênico 
materno. Em algumas dessas crianc ̧as, meninos ou meninas, pode-se observar secreção de leite e 
tendem a desaparecer em 4 dias após o nascimento. 
 
Aparelho Respiratório: A frequência respiratória média é de 40 a 60 incursões por minuto (contada 
em 1 minuto). Frequência acima de 60 caracteriza a taquipneia, que deve ser 
investigada(batimentos ala nasal ). Presença de tiragem intercostal supra e infraesternal é anormal, 
mesmo em RN prematuros. 
 Estertores finos ou crepitantes são comuns logo após o nascimento, assim como roncos de 
transmissão, decorrentes deobstrução nasal. 
 
 
 
Aparelho Cardíaco: A frequência cardíaca varia, em média, de 120 a 140bpm. RN em repouso 
com frequência cardíaca acima de 160bpm (taquicardia) devem ser mais bem avaliados na 
ausculta. 
 
 
 
 No RN, a posição horizontalizada do coração faz com que o ictus, quando palpável, 
encontre-se no quarto espaço intercostal esquerdo, lateralmente, à esquerda da linha 
hemiclavicular. 
 Precórdio hiperdinâmico pode ser o primeiro sinal de persistência de canal arterial (PCA) em 
RN pré-termo. A detecção de terceira e quarta bulhas (galope) são sugestivas de cardiopatia. 
Pulsos cheios em RN prematuro sugerem persistência do canal arterial; pulsos femorais débeis ou 
ausentes apontam para coarctação da aorta. 
 
 Criança desidrata tem de a ter uma frequência cardíaca aumentada; 
 Em RN o ventrículo direito é hipertrofiado. 
 
Abdome: Durante a inspeção, o abdome do RN apresenta-se semigloboso, com perímetro 
abdominal cerca de 2 a 3cm menor que o cefálico. 
 Habitualmente, não se visualizam ondas peristálticas. A presença de abdome globoso, 
distendido, com ondas peristálticas visíveis sugere obstrução. Abdome escavado é sugestivo de 
hérnia diafragmática. 
 
Cordão Umbilical: Inicialmente gelatinoso, ele seca progressivamente, mumificando-se perto do 
terceiro ou quarto dia de vida e costuma desprender-se do corpo em torno do sexto ao quinto 
dia. 
 Deve-se higienizar o cordão umbilical com álcool 70%, a fim de evitar infecções. 
 
 
 
Eduarda Faganello

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