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Psicodiagnóstico: Formação, Ética e Objetivos

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Psicodiagnóstico 
Formação, cuidados éticos, avaliação de demanda e estabelecimento de objetivo 
➬ Psicodiagnóstico 
- Para fazer um psicodiagnóstico, o profissional 
deve saber avaliar com cuidado a demanda 
trazida pelo paciente ou pela fonte de 
encaminhamento para, a partir disso, realizar 
considerações éticas sobre o pedido e, quando 
essas forem favoráveis, tecer os objetivos de 
sua realização. 
- A realização do psicodiagnóstico pressupõe 
um preparo pessoal e técnico que inclui o 
domínio de diferentes saberes psicológicos e de 
áreas afins. 
➬ Formação em psicodiagnóstico e questões 
éticas 
a) da aplicação dos princípios fundamentais 
contidos no Código de Ética Profissional do 
Psicólogo(Conselho Federal de Psicologia [CFP] 
2005); 
b) da Resolução n° 001/2009, que dispõe sobre 
a obrigatoriedade do registro documental 
decorrente da prestação de serviços 
psicológicos (CFP, 2009); 
c) da Resolução n° 016/2000, que aponta a 
necessidade de regulamentar regras e 
procedimentos que devem ser reconhecidos e 
utilizados nas práticas em pesquisa (de 
laboratório, campo e ação) (CFP, 2000a); 
d) da Resolução n° 002/2003, que define e 
regulamenta o uso, a elaboração e a 
comercialização de testes psicológicos (CFP, 
2003a); 
e) da Resolução n° 007/2003, que institui o 
Manual de Elaboração de Documentos Escritos 
produzidos pelo psicólogo decorrente de 
avaliação psicológica (CFP, 2003b); 
 f) da Resolução n° 011/2000, que reflete sobre a 
oferta de produtos e serviços ao público (CFP, 
2000b). 
- Uma prática ética e a atualização profissional 
só ocorrem com a possibilidade de abertura ao 
novo, com autocritica quanto ao fazer diário, 
refletindo sobre a relação de seus desejos 
pessoais e suas escolhas profissionais. 
- É só a partir desses cuidados que o psicólogo 
terá condições de realizar uma avaliação de 
demanda trazida pelo paciente ou por uma 
fonte de encaminhamento. 
➬ Psicodiagnóstico: pensando na demanda 
- Um psicodiagnóstico tem mais chances de ser 
bem-sucedido quando há uma boa pergunta a 
ser respondida 
- Primeira reflexão clínica: visa especificar o 
motivo por trás do “interesse de se conhecer”. 
- Boas perguntas são aquelas que auxiliam o 
profissional a confirmar ou refutar determinadas 
hipóteses. 
- O psicólogo deve: 
a) realizar a avaliação da pertinência do 
diagnóstico; 
b) realizar o diagnóstico diferencial; 
c) identificar forças e fraquezas do paciente e 
de sua rede de atenção visando subsidiar um 
projeto terapêutico; 
d) ampliar a compreensão do caso por meio da 
elaboração de um entendimento dinâmico, 
alicerçada em teoria psicológica; e 
e) refletir sobre encaminhamentos necessários 
ao caso. 
Só se consegue completar o processo 
psicodiagnóstico com avaliações de outros 
profissionais, como fonoaudiólogos, neurologistas 
e psiquiatras. Esse é o momento de aproveitar 
para discutir o caso, já que esse debate pode 
gerar aprofundamento do caso em questão. 
- O psicólogo realizará a avaliação da demanda 
para, caso se mostre válido, estabelecer os 
objetivos do psicodiagnóstico 
➬ Objetivos do psicodiagnóstico 
Psicodiagnóstico é um procedimento científico 
de investigação e intervenção clínica, limitado 
no tempo, que emprega técnicas e/ou testes 
psicológicos com o propósito de avaliar uma ou 
mais características psicológicas visando um 
diagnóstico psicológico (descritivo e/ou 
dinâmico), construído à luz de uma orientação 
teórica que subsidie a compreensão da situação 
avaliada, gerando uma ou mais indicações 
terapêuticas e encaminhamentos 
- A avaliação da demanda indicará qual aspecto 
avaliativo deverá ser priorizado em cada caso, 
situando-se o objetivo do psicodiagnóstico a 
partir dessa reflexão inicial. 
- Ao iniciar um psicodiagnóstico é necessário 
ter claro o que é esperado, com que tipo de 
população se trabalho e o que é possível atingir 
com ele, de forma que sua potencialidade possa 
ser atingida, reconhecendo-se suas forças e 
limitações, sempre respeitando os preceitos 
éticos da profissão. 
O processo psicodiagnóstico 
➬ O que é? 
- Pode-se afirmar que o psicodiagnóstico é um 
processo bipessoal (psicólogo – avaliando/grupo 
familiar), de duração limitada de tempo, com um 
número aproximadamente definido de 
encontros, que procura descrever e 
compreender as forças e as fraquezas do 
funcionamento psicológico do indivíduo, tendo 
foco na existência ou não de uma 
psicopatologia. 
O psicodiagnóstico pode ser entendido como 
um processo com início, meio e fim, que utiliza 
entrevistas, técnicas e/ou testes psicológicos 
para compreender as potencialidades e as 
dificuldades apresentadas pelo avaliando, tendo 
por base uma teoria psicológica e buscando, 
assim, coletar dados mais substanciais para a 
realização de um encaminhamento mais 
apropriado. 
- Possibilita descrever o funcionamento atual, 
confirmar, refutar ou modificar impressões. 
- Uma das atividades do psicólogo clinico é 
identificar e compreender, na singularidade do 
indivíduo, suas características, seus sintomas e 
seu funcionamento psíquico e, assim, explicitar 
diagnósticos. 
O psicodiagnóstico contempla algumas 
finalidades: 
1) Investigação diagnóstica: tem como 
objetivo explicar o que acontece além 
do que o avaliando consegue expressar 
de forma consciente 
2) Avaliação do tratamento: visa avaliar o 
andamento do tratamento “reteste” 
3) Meio de comunicação: procura facilitar a 
comunicação, e, em consequência, a 
tomada de insight 
4) Na investigação: com o intuito de criar 
novos instrumentos de exploração da 
personalidade e, também, de planejar a 
investigação para o estudo de uma 
determinada patologia, etc. 
- O psicodiagnóstico pode ser terapêutico, uma 
vez que o vínculo estabelecido entre avaliador 
e avaliado, assim como os resultados obtidos e 
comunicados, pode contribuir para uma decisão 
mais assertiva por parte do avaliado quanto à 
escolha entre um ou outro tratamento, à 
mudança de um estilo de vida, ou mesmo 
quanto ao rumo que dará às recomendações 
do avaliador. 
- Em nenhum momento os testes substituem 
ou são mais importantes do que a escuta e o 
olhar clinico do avaliador, pois nem sempre será 
necessária a utilização dessas ferramentas. 
- A escolha das estratégias e dos instrumentos 
a serem empregados é feita sempre de acordo 
com o referencial teórico, com a finalidade e 
com o objetivo do psicodiagnóstico. 
A entrevista de devolução visa informar os 
resultados, mas nela podem surgir, de maneira 
involuntária, efeitos terapêuticos, denominados 
de psicodiagnóstico interventivo, que equivale a 
uma avaliação terapêutica, caracterizada pela 
realização de intervenções como 
assinalamentos, interpretações, entre outros, 
durante as entrevistas e as aplicações de 
técnicas projetivas 
- Mesmo quando é detectada a presença de 
algum transtorno mental, o objetivo maios do 
psicodiagnóstico é encaminhar o indivíduo para 
o tratamento mais adequado. 
Para Ocampo e colaboradores (2005), o 
processo envolve quatro etapas: 
- A primeira principia no contato inicial, 
estendendo-se até a primeira entrevista com o 
avaliando; a segunda consiste na aplicação de 
testes e técnicas psicológicas; a terceira diz 
respeito à conclusão do processo, com a 
devolução oral ao avaliando (e/ou aos pais); e a 
última refere-se à elaboração do informe 
escrito (laudo/relatório) para o solicitante e para 
o avaliando (e/ou aos pais). 
 
- Em um primeiro momento deve-se realizar a 
primeira entrevista, sendo necessário discriminar 
entre o motivo manifesto e o motivo latente. 
Motivo manifesto: diz respeito ao que levou à 
solicitação do psicodiagnóstico, e é o que 
preocupa, a ponto de tornar-se um sinal de 
alerta; já o motivo latente diz respeito ao que 
não é tão óbvio, às hipóteses subjacentes 
elaboradas pelo psicólogo enquanto escuta e 
reflete sobre o que é manifesto. 
- O teste que mobiliza o motivo manifestopara 
a realizado do psicodiagnóstico nunca deve ser 
o primeiro a ser administrado. 
Urbina (2007) refere dois motivos para a 
utilização de testes psicológicos. 
- O primeiro seria a eficiência, já que 
contemplam tempo e custo reduzidos, uma vez 
que, em certas situações, como, por exemplo, 
para a determinação de um diagnóstico 
diferencial visando a definição do uso de 
medicação, não é oportuna a realização de 
observações e interações prolongadas com 
quem está sendo avaliado. 
- O segundo motivo seria a objetividade, pois os 
testes seguem padrões de fidedignidade e 
validade que asseguram quem está aplicando; 
porém, os dados observados são organizados 
de modo não sistemático, o que pode levar a 
julgamentos pouco precisos 
- O psicólogo não é meramente um 
“testólogo”, mas um profissional habilitado e 
capaz de integrar os achados da testagem e 
das entrevistas, denotando um olhar mais amplo 
e compreensivo em relação ao avaliando. 
- Após a aplicação, o levantamento e a 
interpretação dos resultados obtidos, espera-se 
que o profissional chegue a uma conclusão que 
responda à demanda que o originou. 
- A partir disso, deve-se transmitir as 
informações ao avaliado, a qual deve ocorrer 
em duas vias: escrita e oral. 
A comunicação escrita é realizada por meio de 
um laudo-relatório, devendo conter uma 
linguagem clara, concisa, inteligível e precisa, 
adequada ao requerente. Já a comunicação oral 
pode ser realizada na forma de uma ou mais 
entrevista de devolução, a qual deve possibilitar 
uma base sólida para que se proceda com 
eficácia. 
- Deve ser evitada a elaboração de 
laudos/relatórios de pouca qualidade técnico-
cientifica, que contenham universalidades e 
ambiguidades, assim como a elaboração de 
laudos/relatórios sofisticados (excessivamente 
técnicos), sendo mais adequado um estilo que 
ressalte a individualidade e a objetividade, 
usando uma linguagem correta, simples, clara e 
consistente, que facilite a comunicação clínica. 
Objetivando o término do processo, as 
entrevistas podem ocorrer de forma 
sistemática ou assistemática: 
 - A forma sistemática é a entrevista mais 
habitual, que tem como objetivo a devolução 
dos resultados e a entrega do laudo. 
- Já a forma assistemática é comumente 
utilizada nos casos em que há o predomínio de 
uma ansiedade mais elevada por parte do 
avaliando e/ou do seu responsável, em que se 
considera pertinente o fornecimento de 
feedbacks ao longo do andamento do 
processo, visando diminuir a ansiedade. Outra 
situação em que se necessária a devolução 
assistemática é em casos graves ou de risco de 
suicídio. 
- Recomenda-se que na entrevista de 
devolução se inicie abordando os aspectos mais 
sadios, adaptativos e/ou preservados da 
dinâmica de funcionamento do avaliando, para 
em seguida, comunicar aqueles que requerem 
maior cuidados, na medida e no ritmo em que 
possam ser compreendidos e tolerados. 
Entrevista psicológica no 
psicodiagnóstico 
➬ Entrevista 
- Destaca-se a importância das entrevistas 
iniciais que são realizadas tanto com o 
profissional que solicitou o psicodiagnóstico, 
quanto com o próprio paciente e outras fintes 
de informação como pais e responsáveis. 
- É essencial a realização de um contato direto 
com a fonte do encaminhamento a fim de 
esclarecer dúvidas e certificar-se acerca do 
pedido. 
- O processo de avaliação poderá envolver 
situações difíceis, como, por exemplo, violência 
ou segredos familiares, e, em função de 
questões como essas, o vínculo estabelecido 
passa a ser um fator fundamental neste 
processo. 
- É relevante perguntar ao paciente se ele 
sabe a razão pela qual foi encaminhado para 
avaliação. Esse questionamento possibilita a 
investigação não só do seu conhecimento 
sobre suas dificuldades, mas também das 
fantasias que podem ter surgido a partir dessa 
solicitação feita por outro profissional que o 
acompanha. 
 
- A entrevista livre é mais aberta, podendo 
partir de uma pergunta mais generalista e 
seguir sendo construída ao longo do seu 
desenvolvimento (deve-se ter em mente os 
temas que se planeja abordar). 
- A entrevista semiestruturada são bastante 
comuns no cenário do psicodiagnóstico; ela 
conta com perguntas pré-formuladas, mas se 
abre a possibilidades de acrescentar novas 
questões durante a realização do roteiro prévio. 
- A entrevista estruturada é rara no contexto 
clinico. Ele limita o avaliador tanto no que se 
refere às perguntas que podem ser feitas, 
quanto no tipo de resposta que pode ser 
obtida. 
 
➬ Entrevista da anamnese 
- A anamnese é um tipo de entrevista realizada 
para investigar a história do examinando, ou 
seja, os aspectos de sua vida considerados 
relevantes para o entendimento da queixa 
- Quando se avaliam crianças, a anamnese é 
feita com os pais ou responsáveis. No caso de 
adolescentes, ela pode ser realizada com o 
próprio jovem, com os pais, ou com ambos, 
em momentos diferentes 
- Quando se trata de uma avaliação com 
adultos ou idosos, o processo geralmente é 
feito com o próprio paciente (exceto em casos 
em que há um quadro psicopatológico que 
compromete a qualidade das informações, 
como, por exemplo, em casos de depressão 
profunda ou de problemas de memória). 
O psicólogo precisa ter habilidades para 
perguntar, escutar, prestar atenção no 
informante e anotar o que ele diz. 
Na anamnese de crianças: 
- História pré e perinatal - condições de saúde 
física e mental da mãe durante a gravidez e 
após o nascimento do bebê; realização de 
acompanhamento pré-natal; intercorrências na 
gravidez; parto; condições emocionais e de 
saúde da mãe neste momento; condições da 
criança ao nascer, índice Apgar no primeiro e 
no quinto minuto; características e capacidades 
iniciais do bebê; reação dos pais; ocorrência de 
conflitos familiares na época... 
- Marcos do desenvolvimento: explorar o 
período de alcance de um marco do 
desenvolvimento específico e a qualidade com 
que a criança passou a desempenhar aquela 
habilidade. 
- Linguagem - balbuciou nos primeiros meses, 
em que idade falou as primeiras palavras, qual a 
qualidade da fala, e qual a receptividade às -
tentativas de comunicação pelo adulto. 
- Marcos motores – quando engatinhou, 
andou, se teve problemas para manipular 
objetos ou locomover-se, controle dos 
esfíncteres diurno e noturno. 
 
- Habilidades cognitivas - capacidade da criança 
em aprender coisas novas, a qualidade da 
brincadeira, os indícios de criatividade, as 
dificuldades em tarefas do dia a dia e o de-
sempenho escolar. 
- Interações sociais e aspectos emocionais - 
vinculação inicial do bebê, reciprocidade entre a 
criança e seus cuidadores imediatos, laços 
afetivos com irmãos, parentes e colegas. Para 
crianças que já entraram na escola, investigar 
como reagiram à ampliação das interações 
sociais e à experiência de se separar de seus 
pais. 
- Capacidades adaptativas - autonomia e 
dependência da criança para resolver tarefas do 
dia a dia próprias para a idade, como vestir-se, 
alimentar-se e pedir ajuda a outras pessoas 
para atender às suas necessidades. 
- Amamentação, desmame, alimentação e 
qualidade do sono 
Para que a anamnese não fique muito extensa, 
o psicólogo não precisa perguntar sobre esses 
fatores um a um, mas pode fazer uma questão 
mais geral sobre se houve algum problema em 
determinada área e explorar respostas positivas 
do informante. 
- Em caso de a criança ser adotada, é 
necessário tentar resgatar o máximo de dados 
possíveis da sua vida pregressa 
Na anamnese de adolescentes: 
- Deve-se dar atenção à socialização, ao 
interesse em relacionamento íntimos, às 
questões relacionadas à sexualidade, vida 
escolar, hobbies, níveis de autonomia, etc. 
Na anamnese com adultos: 
- Na anamnese com adultos, o desenvolvimento 
nas fases anteriores da vida é investigado em 
termos da possível ocorrência de problemas 
pregressos relevantes,sem grande -
detalhamento. 
- Demandas desenvolvimentais esperadas 
nos âmbitos sexual, familiar, social, ocupacional e 
físico. Cinco domínios: (1) relacionamento íntimo, 
(2) vida familiar, (3) vida profissional, (4) vida 
social e (5) alterações físicas. 
Importante coletar o maior número de 
informações possíveis sobre a história do 
avaliando: 
- Exames neurológicos, genéticos, psiquiátricos, 
fonoaudiológicos, entre outros, podem 
esclarecer muito sobre a queixa do paciente, 
direcionar hipóteses diagnósticas e melhorar a 
acurácia da avaliação 
- Os registros escolares, como cadernos, 
provas, boletins e documentos produzidos por 
professores, também podem ter muita 
relevância na avaliação. 
- Os registros digitais, por meio de fotos e 
vídeos, também podem ser fontes preciosas de 
informação. 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação psicológica atualidade: 
cuidados éticps 
➬ Avaliação 
- Deve-se ter cuidado com a supervalorização 
dos instrumentos psicométricos e projetivos 
em detrimento da escuta e da tarefa de síntese 
compreensiva que deve ser realizada pelo 
psicólogo a partir de todas as informações 
coletadas durante a avaliação. 
- A avaliação psicológica necessita de uma 
teoria psicológica que a fundamente. 
Três níveis diversos de interpretação clínica: 
(1) o nível concreto, 
(2) o nível mecânico e 
(3) o nível individualizado. 
- Os laudos escritos no nível concreto não 
tiram conclusões além das pontuações. A 
ênfase é colocada na descrição das várias 
pontuações obtidas. 
- Os laudos escritos no nível mecânico 
concentram-se nas diferenças entre subtestes 
e pontuação dos fatores. As conclusões são 
tiradas, mas são baseadas apenas nas 
diferenças entre as pontuações obtidas. 
- Os laudos escritos no nível individualizado 
tiram conclusões que se baseiam na integração 
de informações básicas, comportamento e 
pontuações. Eles são explicativos e incluem 
informações qualitativas. 
➬ Laudo 
- Os propósitos gerais de um laudo de avaliação 
são variados: 
- Responder as perguntas das demandas da 
forma mais explícita possível; 
- Fornecer à fonte do encaminhamento 
informações adicionais quando for relevante; 
- Criar um registro da avaliação para uso futuro; 
- Recomendar um curso de ação específica. 
 
Os objetivos centrais dos laudos são responder 
perguntas, descrever o indivíduo e sua situação 
, interpretar e integrar dados qualitativos e 
quantitativos e recomendar tratamentos, 
terapias ou intervenções apropriadas.

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