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02- ESOFAGITE

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1 
 
NEMOEL ARAUJO NUTRIÇÃO CLINÍCA 
ESOFAGITE 
 DEFINIÇÃO Esofagite consiste na inflamação da mucosa esofágica, decorrente do refluxo do conteúdo ácido péptico gás-
trico. Esse refluxo decorre de uma diminuição na pres-
são do EEI, que não se contrai adequadamente após a 
passagem dos alimentos para o estômago, permitindo 
o retorno do conteúdo gástrico. 
O controle da pressão do EEI é feito pelos sistemas 
nervoso e humoral. A gastrina (fase gástrica da diges-
tão) aumenta a pressão, enquanto a colecistocinina 
(CCK) e a secretina a diminuem (fase intestinal da di-
gestão). Algumas substâncias podem alterar a pressão 
do EEI. A cafeína, a teobromina, as xantinas e o álcool 
diminuem e por isso contribuem para o refluxo. O sin-
toma mais comum é a queimação dolorosa epigástrica 
e retroesternal. 
Deve-se ressaltar que a hérnia de hiato (protusão de 
uma porção do estômago para dentro do tórax através 
do hiato esofágico do diafragma), por alterar a anato-
mia esofagogástrica, apresenta forte associação com a 
esofagite. A correção cirúrgica pode fazer parte do tra-
tamento. 
O aumento da pressão intra-abdominal (gravidez, obe-
sidade) também pode desencadear o refluxo gastreso-
fágico. Na avaliação nutricional dos pacientes com 
esofagite, a obesidade é achada frequente, e a perda 
de peso deve ser programada, pois contribui para a di-
minuição do refluxo. 
DEGLUTIÇÃO 
Conforme o bolo alimentar é movido voluntariamente 
da boca para a faringe, o EES relaxa, o alimento 
passa para o esôfago, e as ondas peristálticas movem 
o bolo pelo esôfago; o EEI relaxa para permitir que o 
alimento passe para o estômago 
5 segundos em posição vertical e até 30 segundos em 
decúbito dorsal 
 
 
Esôfago normal  Sistema de defesa com várias ca-
madas 
 
 
Evita danos pela exposição ao conteúdo gástrico: 
 Contração do EEI 
 Motilidade gástrica normal 
 Muco esofágico 
 Junções celulares firmes 
 Reguladores de pH celular 
 
ESOFAGITE 
Esofagite: inflamação da mucosa esofágica, decor-
rente do refluxo do conteúdo ácido-péptico gástrico 
 
↓ pressão do EEI 
 
 
 
 
 
Retorno do conteúdo gástrico 
 
 
 
 
ESOFAGITE 
TERAPIA NUTRICIONAL 
 
Objetivos 
Prevenir a irritação da mucosa esofágica na fase 
aguda; auxiliar na prevenção do refluxo gastroesofá-
gico; contribuir para o aumento da pressão do EEI; cor-
rigir e manter o peso saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
NEMOEL ARAUJO NUTRIÇÃO CLINÍCA 
ESOFAGITE 
 Recomendações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
NEMOEL ARAUJO NUTRIÇÃO CLINÍCA 
ESOFAGITE 
 DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
Episódios de refluxo sobrecarregam os mecanismos 
de proteção e resultam em sintomas como azia, sen-
sação de queimação no esôfago ou inflamação com 
erosão do revestimento do esôfago 
 
 
Fisiopatologia: 
 Envolve diversos mecanismos: 
- Pressão reduzida do EEI 
- Defesa tecidual inadequada 
- Irritantes da mucosa 
- Diminuição da motilidade gástrica 
- Aumento da pressão intra-abdominal 
 
 
↑ pressão do EEI: 
 Gastrina (estimula a secreção de ácido clorídrico e 
motilidade gástrica) 
↓ pressão do EEI: 
CCK 
Secretina 
Cafeína 
Teobromina (chocolate e guaraná) 
Álcool 
Nicotina 
 
Abrem o EEI: 
 Bebidas alcoólicas, cafeína, hortelã, cigarro, 
gorduras, ingestão alimentar excessiva, inges-
tão de líquidos 
Fecham o EEI: 
 Proteínas da dieta 
 
 
↑ pressão intra-abdominal refluxo 
gastresofágico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Apesar de a maioria dos casos de esofagite terem liga-
ção com o refluxo do conteúdo gástrico, as esofagites 
podem estar relacionadas a infecções bacterianas e 
virais, ingestão de agentes corrosivos e radiação 
 
Tabagismo, grandes doses ou uso de aspirina ou de 
anti-inflamatórios não esteróides e vários outros medi-
camentos orais podem aumentar o risco em indivíduos 
susceptíveis 
 
Sintomas: 
 Queimação dolorosa epigástrica e retroesternal 
 Eructação 
 Espasmo esofágico 
 Irritação da faringe 
 Pigarro 
 Rouquidão 
 Agravamento de sintomas asmáticos 
 
Tratamento clínico: 
 ↓ da secreção ácida 
- Inibidores da bomba de prótons (ex: omepra-
zol) 
- Antagonistas se receptores de H2 (ex: raniti-
dina) 
- Antiácidos 
Os agentes pró-cinéticos podem ser utilizados em indi-
víduos com retardo do esvaziamento gástrico 
Orientações de cuidados nutricionais para a redu-
ção do refluxo gastroesofágico e esofagite: 
- Evite refeições grandes e ricas e lipídios 
- Evite comer pelo menos 3 horas antes de deitar 
- Evite fumar e ingerir bebidas alcoólicas 
- Evite alimentos e bebidas contendo cafeína 
- Evite realizar atividades vigorosas logo após se 
alimentar 
- Evite roupas apertadas 
- Consuma uma dieta saudável, nutricionalmente 
completa, com uma quantidade adequada de fi-
bras 
- Evite alimentos ácidos e muito condimentados 
quando houver inflamação 
- Perca peso se estiver com sobrepeso 
- Elevar a cabeceira da cama em 15 a 20 cm 
pode reduzir a probabilidade de refluxo 
Determinadas alterações na dieta e no estilo de vida 
podem aliviar os sintomas em alguns pacientes com 
DRGE... 
Evitar: 
- Bebida alcoólica 
- Cafeína 
- Nicotina 
- Estresse 
- Gordura, chocolate, café, cebola, pimenta, es-
peciarias, alimentos cítricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
HÉRNIA DE HIATO 
Protuberância de uma porção do estômago para dentro 
da cavidade torácica através do hiato esofágico no dia-
fragma 
 
 Sua presença não é sinônimo de refluxo, mas 
aumenta o risco 
 A mais comum é a por deslizamento 
 A pressão proveniente do diafragma força o 
conteúdo gástrico ácido para dentro do esôfago

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