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Fisiopatologia e dietoterapia na boca, esôfago,estômago

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Fisiopatologia e 
dietoterapia nas 
doenças da 
boca, esôfago e 
estômago
N U T R I Ç Ã O D O A D U LTO E D O I D O S O
E D C R E U Z A O L I V E I R A
2 0 2 0 . 1
E L A B O R A D O P O R : D É B O R A H L E Ã O
C O N T R I B U I Ç Ã O : I S M A R A R O C H A
Disgeusias
❖ Alterações ou distorção do sentido do gosto (disgeusia)
❖ Diminuição (hipogeusia)
❖ Perda total (ageusia)
Distúrbios neurológicos, cirrose, carências vitamínicas (niacina, vitamina 
B12) ou de minerais (Zn), neoplasias, medicamentos (Anticonvulsivante 
(carbamazepina)- hipogeusia; Antidiabético (biguanida)- disgeusia
metálica)
Cárie
Matriz proteica= dentina: 
depende na vit C
Hidroxiapatita: depende 
da vit D para deposição 
de Ca e P
Resistência à cárie: flúor 
Cárie
Doença multifatorial, infecciosa, transmissível e dieta 
dependente, que produz uma desmineralização das estruturas 
dentárias
Acúmulo de bactérias sobre a superfície dos dentes
A mudança de hábitos alimentares, em que os brasileiros vêm substituindo cada vez
mais o consumo de alimentos ricos em fibras e nutrientes por alimentos
industrializados ricos em gorduras e carboidratos, facilita a instalação da doença.
Cárie dental 
Carboidratos fermentáveis e aumento da frequência alimentar
Bactéria (Streptococcus mutans)
Produção de ácidos orgânicos
pH salivar (<5,5)
Cárie 
Cariogenicidade dos alimentos
• Biscoitos, batatas fritas, frutas frescas, secas e sucos
• Roscas, pães, açúcares de adição, bebidas com açúcar
Cariogênicos→ contribuem 
para o desenvolvimento da 
cárie
• Alimentos protéicos, vegetais, gorduras, gomas de
mascar sem açúcar
Cariostáticos→ não 
contribuem para o 
desenvolvimento de cárie 
• Xilitol – goma de mascar sem açúcar, queijos/
frutas→ água + cítricos = + saliva
Anticariogênico→ impede a 
placa de reconhecer um 
alimentos acidogênico
quando consumido primeiro 
Fatores que afetam cariogenicidade
➢ Frequência de consumo;
➢ Tempo de exposição (balas duras, pirulitos)
➢ Consistência de alimentos (líquida e sólida)
Líquidos (pouca aderência)
Sólidos pegajosos (aderentes)
Sólidos (estimulam produção salivar)
Prevenção nutricional – cárie 
➢Mascar gomas sem açúcar: por 15 a 20 min após as refeições e lanches
➢Combinar alimentos cariogênicos com alimentos cariostásticos
➢Fazer lanche com alimentos cariostásticos e anti-cariogênicos tais como 
queijo, nozes, pipoca, vegetais;
➢Limitar a ingestão de líquidos de CHO fermentáveis entre as refeições
Esôfago
Alterações
1. OROFARÍNGEA
◦ Qualquer defeito em lábios, 
língua, palato, mandíbula, 
maxila...
2. ESOFAGIANA
◦ Qualquer alteração mecânica ou 
motora.2
1
Disfagia 
Sensação de que o 
alimento não progride 
normalmente da 
garganta até o estômago 
ou que ele está retido no 
meio do caminho
Acompanhada de dor se 
refere a odinofagia
Líquidos e sólidos podem 
ter a sua trajetória 
impedida por 
anormalidades físicas ou 
problemas do sistema 
nervoso ou musculares
A dificuldade de 
deglutição também pode 
ser fruto da imaginação 
(BOLA QUE SOBE E 
DESCE!)
Classificação 
Comprometimento 
Leve Transporte do bolo alimentar: atrasado e lento
Aspiração: ausente
Moderado Transporte do bolo alimentar: atrasado e lento
Aspiração: riscos
Grave Transporte do bolo alimentar: alteração até 
completa ausência da deglutição.
Aspiração: frequente
Disfagia 
Dor torácica ou nas costas, durante a deglutição pode ser
decorrente de qualquer um dos problemas a seguir:
1. Destruição do revestimento esofágico (mucosa), que
pode ser resultante da inflamação causada pelo refluxo
gastroesofágico do estômago;
2. Infecções bacterianas, virais ou fúngicas da garganta;
3. Tumores, substâncias químicas ou distúrbios
musculares, como a acalasia.
Nutrição 
Indicação da via nutricional
Reabilitação da fase oral
Reabilitar a alimentação plena pela via oral sem risco de complicações
Garantir nutrição adequada
Manter hidratação
Estimular o prazer da alimentação
Avaliação e acompanhamento 
com fonoaudiólogo
Disfagia em 
idosos
CONSENSO BR DE NUTRIÇÃO E DISFAGIA EM IDOSOS HOSPITALIZADOS, 2011
Nutrição 
Modificação da textura de alimentos e bebidas:
Cuidado com líquidos ralos pois em pacientes com
controle laríngeo reduzido podem escorrer para a
faringe e penetrar nas vias aéreas.
Líquidos – espessados
Alimentos sólidos – subdivididos ou amassados
Nutrição
Teste oral 
Alimentos em consistência de purê
Alimentos em dupla consistência 
Gelatina 
Sopa com pedaços de vegetais e massa 
Canja de galinha
Acalasia
Distúrbio da motilidade do esôfago em que o
esfíncter esofágico inferior não consegue relaxar
acarretando obstrução funcional do esôfago e
disfagia
Nutrição esofágica
Acalasia
Acúmulo de líquidos ingeridos no 
esôfago
Aumenta pressão e ocorre a 
abertura do EEI
Passagem de pequenas porções 
para o estômago DEP
Regurgitação do 
conteúdo
Procedimento com 
balão inflável- RGE
Dieta 
hipercalórica 
e 
hiperproteica
Dieta VSNE Consistência 
de acordo 
com a 
disfagia
Restrição: 
sucos e frutas 
ácidas, 
picantes e 
quentes –
inflamação 
da mucosa
Nutrição esofágica
CONSENSO BR DE NUTRIÇÃO E DISFAGIA EM IDOSOS HOSPITALIZADOS, 2011
Refluxo gastroesofágico
 Definição- retorno do alimento do estômago
para o esôfago
 O ácido contido nos sucos gástricos, biliar e
pancreático produzem hiperplasia e inflamação,
ocasionando mudança do epitélio.
Refluxo gastroesofagiano
 Causas:
Fraqueza EEI, aumento da pressão do estômago,
aumento da pressão da área abdominal (Gravidez,
Obesidade), hérnia de hiato.
 Sintomas: pirose, regurgitação, perda de
sangue, dor torácica não cardíaca
 Complicações
Estenose, úlceras, epitélio colunar (esôfago de
Barrett), aspiração pulmonar
DRGE
Pulmonares Otorrinolaringológicas Orais 
Asma 
Tosse crônica 
Bronquite 
crônica 
Pneumonia de 
repetição 
Hemoptise 
Apnéia noturna 
Rouquidão/ alterações da 
voz 
Pigarro crônico 
Laringite crônica posterior 
Otalgia 
Sinusite crônica 
Halitose 
Aftas 
Desgaste do 
esmalte 
dentário 
DRGE
Relaxamento do EEI: 
Volume e tempo de esvaziamento do conteúdo gástrico: 
Tabagismo; Uso contraceptivos orais com 
progesterona; Segunda fase do ciclo menstrual; 
Álcool; Cafeína e chocolate; Gorduras 
Refeições volumosas; Alimentos ricos em gorduras 
DRGE
1- Mudanças de hábitos;
2 - Elevação da cabeceira do leito; 
3- Restrição de alimentação ou ingestão de 
líquidos;
4- Redução de gordura na dieta;
5- Restrição de cigarro, álcool e cafeína;
DRGE
6- Perda de peso
7- Medidas farmacológicas: antiácidos, 
antagonista de H2 (cimetidina, ranitidina), 
metoclopramida, inibidor K-H Atpase 
(omeprazol), agentes procinéticos 
(bromoprida)
8- Evitar agachar, deitar após refeições
9- Ingerir refeições com mais frequência
10- Excluir alimentos que irritam a mucosa
Esofagite corrosiva
Esôfago de barret
Megaesôfago
Hérnia de hiato
Terapia nutricional:
Vet: suficiente para manutenção ou recuperação do EN (perda de peso?)
Lip: Manter dieta hipolipídica (abaixo de 20%)- CCK ( colecistocinina) reduz 
pressão do EEI
Em fase aguda:
Consistência líquida ou semilíquida (espessantes?)
Fracionamento: 6-8 refeições (pequenos volumes)- regularidade
Líquidos: entre refeições (evitar grandes volumes)
Orientações dietéticas e gerais:
• Não fazer a ingestão de alimentos antes de dormir, deixando um
intervalo de pelo menos duas horas;
• Não deitar após as refeições e nem se encostar;
• Realizar as refeições em posição ereta;
• Evitar o uso de roupas muito apertadas;
Orientações dietéticas e gerais:
• Manter a cabeceira da cama sempre elevada, principalmente no
momento das refeições;
• Evitar o consumo excessivo de alimentos ácidos e condimentos
picantes, pois estes podem causar desconforto;
• Evitar o consumo excessivo de café, mate e bebidas alcoólicas, pois
estes podem causar desconforto.
Estômago
Células parietais e 
principais
Células G(gastrina)
Células D (somatostatina)
EEI
Dispepsia“Dificuldade de digestão", popularmente conhecida
como "indigestão".
Essa condição médica caracteriza-se por:
Epigastralgia, desconforto abdominal, saciedade 
precoce, empachamento, náuseas, ânsia e 
sensação de distensão abdominal superior. 
Dispepsia
Dentre as causas orgânicas mais comuns, podemos citar a doença do
refluxo gastroesofágico, gastrites, úlcera duodenal, úlcera gástrica e o
câncer gástrico.
Ocasionalmente, os sintomas dispépticos são causados por
medicamentos
◦ Os antiinflamatórios são responsáveis por cerca de 5 a 15% das úlceras
pépticas.
Dispepsia
Sinais sugestivos de úlcera péptica ou 
neoplasia:
◦Hemorragia gastrointestinal (vômitos 
com sangue)
◦Disfagia 
◦Anorexia 
◦ Perda involuntária de peso 
◦ Edema abdominal 
◦Vômitos persistentes
Dispepsia - conduta
1. Refeições em ambiente tranquilo; 
2. Restrição alimentos gordurosos e frituras; 
3. Fracionamento normal; 
4. Evitar refeições volumosas; 
5. Dieta hipocondimentada; 
6. Evitar o excesso de bebida alcoólica; 
7. Evitar alimentos intolerantes; 
8. Evitar líquidos (gaseificados) às refeições 
9. USO de enzimas digestivas 
Úlcera Péptica 
Gastroduodenal
Perda circunscrita de tecido em
regiões do trato digestivo capazes de
entrar em contato com a secreção
cloridropéptica do estômago.
É diferenciada das erosões pelo fato
destas não atingirem a submucosa e,
portanto, não deixarem cicatriz ao se
curarem.
Úlcera péptica
O sintoma mais comum é a dor, geralmente em queimação, não muito
intensa, localizada na região epigástrica.
Dor que começa 2-3 horas após a alimentação, e à noite (podendo
acordar o paciente de madrugada)
Dor que piora ou é desencadeada quando o paciente se alimenta:
comum na úlcera de estômago.
Úlcera péptica
Perfuração: ocorre quando a úlcera corrói toda a parede
do órgão (estômago, duodeno).
É uma complicação grave que pode levar a infecção
abdominal e morte caso não seja prontamente tratada.
Úlcera péptica
Obstrução: quando a úlcera cicatriza e forma fibroses que obstruem o
trânsito dos alimentos pelo tubo digestivo.
Hemorragia: é a complicação mais comum, podendo aparecer como
sangue nas fezes ou vômitos de sangue.
São indicações para a realização de endoscopia digestiva alta:
a) Sintomas dispépticos em pacientes com mais de 45 anos.
b) Sintomas dispépticos recidivantes ou que não respondem à
terapia inicial prescrita.
c) Presença de sinais de alarme (disfagia, odinofagia,
emagrecimento, anemia ou hemorragia digestiva alta).
Úlcera Péptica Gastroduodenal
Endoscopia
fundo normal corpo normal antro normal
Úlcera Gástrica
Úlcera Péptica Gastroduodenal
Úlcera Duodenal Úlcera Duodenal
Duodeno normal
Doença Péptica Gastroduodenal
Helicobacter pylori
Bactéria, gram-negativa, microaerófila, que possui forma espiralada e flagelos 
unipolares
Doença Péptica Gastroduodenal
Helicobacter pylori
Doenças associadas ao H. pylori
Gastrite
Úlcera duodenal
Úlcera gástrica
Linfoma gástrico (MALT)
Adenocarcinoma gástrico (intestinal)
Do H. pylori à patologia
H. pylori
coloniza a mucosa
gástrica
Gastrite 
Superficial
Câncer
Gastrite atrófica
crônica
Gastrite
resposta
imune
Gastrite
Inflamação da mucosa do estômago;
Gastrite aguda: aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente
associadas a um agente causador, como medicamentos, infecções e
estresse físico ou psíquico.
Antiinflamatórios não esteróides, corticóides, 
bebidas alcoólicas e a ingestão acidental ou suicida 
de certas substâncias corrosivas são exemplos de 
agentes agressores.
Gastrite
Gastrite crônica: Muco
protetor produzido em
quantidades insuficientes
e/ou ácido clorídrico
produzido em excesso.
Sabe-se que a bactéria
Helicobacter pylori pode
determinar uma gastrite
crônica.
Gastrite - conduta
Comer em pequenas quantidades e várias
vezes ao dia, evitando ficar sem
alimentação por mais de 3 horas seguidas.
Alimentar-se com calma, mastigando bem
os alimentos, o que facilita o esvaziamento
gástrico e a digestão.
Evitar os famosos "fast-foods".
Gastrite - conduta
Consumir bebidas alcoólicas com
moderação, se possível evitar o consumo.
O consumo de café não é contraindicado se
o paciente tolera bem essas bebidas.
Conduta nutricional
1. Maioria dos alimentos tem pH maior que 2,0 (estômago)
2. Vit C, Vit E, W-3 e W-6
3. Fibras agem com efeito tampão, reduz tempo de trânsito
intestinal, reduz secreção de ácidos
4. Refrigerante aumenta produção de ácidos e os gases podem
causar distensão gástrica
5. Consumo de álcool pode gerar lesões superficiais piorando
doença e prejudicando o tratamento
6. Pimenta malagueta em baixa quantidade pode ser protetor
da mucosa
7. Paciente com hemorragia deve ficar em jejum
VET e macro: adequação do 
peso
Referências
MAHAN, L. K. M. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2012.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3ª ed. São Paulo: UNIFESP, 2016.
I Consenso Brasileiro de Nutrição e Disfagia em Idosos Hospitalizados/ [coordenadora Myrian
Najas]. Barueri, SP : Minha Editora, 2011.
Nathália Dalcin VOMERO, Elisângela COLPO. CUIDADOS NUTRICIONAIS NA ÚLCERA PÉPTICA. 
ABCD Arq Bras Cir Dig Artigo de Revisão 2014;27(4):298-302

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