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Unidade III 
 
 
 
PATOLOGIA DOS SISTEMAS 
 
 
 
 
 
Profa. Bárbara Gutierres 
Patologia dos Sistemas 
Patologias do sistema urinário 
 Síndrome nefrótica. 
 
Complexo de sinais clínicos: 
 Proteinúria massiva (com perda diária de cerca de 3,5 g ou 
mais em adultos). 
 Hipoalbuminemia (valores inferiores a 3 g/dL). 
 Edema generalizado (sinal clínico mais comum). 
 Hiperlipidemia e lipidúria. 
Patologia dos Sistemas 
Síndrome nefrótica 
 
 A proteinúria é resultado da perda da seletividade proteica da 
barreira de filtração capilar glomerular devido ao dano 
estrutural da parede do capilar glomerular. 
 
 Azotemia (elevação nos níveis dos compostos de nitrogênio 
no sangue – por exemplo: ureia, ácido úrico), hematúria e 
hipertensão são sinais clínicos encontrados, geralmente, em 
fases mais avançadas da doença. 
Patologia dos Sistemas 
 A proteinúria, a hipoalbuminemia com exacerbação do edema, 
hiperlipidemia e excessiva reabsorção tubular de proteínas 
liberam enzimas lisossomais, citocinas pró-inflamação e lesão 
renal, o que precipitam a perda do néfron. 
 
 Síndrome nefrótica primária: associada a uma lesão 
primária renal. 
 
 Síndrome nefrótica secundária: ocorre devido a enfermidades 
sistêmicas. 
Patologia dos Sistemas 
Síndrome nefrótica 
 
 Nas fases iniciais, as principais complicações estão 
relacionadas a infecções, trombose venosa ou arterial e 
insuficiência renal aguda (IRA). 
 
 As complicações, geralmente, ocorrem em indivíduos que não 
respondem ou não realizam a terapêutica indicada para 
sua doença. 
Patologia dos Sistemas 
Síndrome nefrítica 
 
Trata-se de um complexo quadro de sinais e sintomas que, 
inicialmente, produz um quadro agudizado de: 
 
 Hematúria (hemácias dismórficas e cilíndricas). 
 Oligúria e azotemia. 
 Hipertensão. 
 Proteinúria e edema – com uma intensidade menor quando 
comparado à síndrome nefrótica. 
Patologia dos Sistemas 
Síndrome nefrítica 
 
 Caracteriza-se por lesões que causam a proliferação de 
células dentro do glomérulo, acompanhadas 
de infiltrado leucocitário. 
 
 Essa reação inflamatória ocasiona a lesão das paredes 
capilares, o que permite a passagem das hemácias 
para a urina. 
Patologia dos Sistemas 
Síndrome nefrítica 
 
A síndrome nefrítica pode ser causada por uma infecção que 
pode desencadear: 
 
 Glomerulonefrite pós-infecciosa aguda – causada por 
depósito de imunocomplexos nos glomérulos. 
 Nefropatia IgA – mais comum em crianças e adultos jovens, 
onde ocorre o depósito de IgA no mesangio. 
 Nefrite hereditária – doenças glomerulares hereditárias que 
resultam em mutações. 
Patologia dos Sistemas 
Síndrome nefrítica x síndrome nefrótica 
 
 Na síndrome nefrótica existe uma grande e importante perda 
de proteínas diariamente. 
 
 Síndrome nefrítica – a perda de proteínas quase não ocorre, 
sendo a principal característica a hematúria. 
Interatividade 
Durante a síndrome nefrótica pode ocorrer a lesão aos 
podócitos, que é uma consequência do quadro clínico de: 
 
a) Lipidúria. 
b) pH alcalino. 
c) Proteinúria. 
d) Azotemia. 
e) Hematúria. 
Resposta 
Durante a síndrome nefrótica pode ocorrer a lesão aos 
podócitos, que é uma consequência do quadro clínico de: 
 
a) Lipidúria. 
b) pH alcalino. 
c) Proteinúria. 
d) Azotemia. 
e) Hematúria. 
Patologia dos Sistemas 
 Patologias do sistema urinário 
 
Pielonefrite 
 Trata-se da infecção específica do parênquima e pelve renal. 
 Sua principal característica é a necrose de supuração. 
 Pielonefrite não complicada: ocorre quando a infecção for 
causada por um patógeno típico em pacientes 
imunodeprimidos, sem malformação do trato urinário ou 
distúrbio renal. 
Patologia dos Sistemas 
Pielonefrite 
 
 Patogenia: bacilos entéricos Gram-negativos – E. coli. 
 
 Outros microrganismos: Proteus, Klebsiella, Enterobacter e 
Pseudomonas. 
 
 Menos frequente: Estafilococos e Streptococos faecalis. 
Patologia dos Sistemas 
 Esses microrganismos alcançam os rins pela corrente 
sanguínea e por via de infecção ascendente. 
 
 A sua morfologia pode implicar em um ou ambos os rins, que 
podem ou não ter seu tamanho alterado. 
 
 Pode haver abcessos delimitados e amarelados de forma 
macroscópica na superfície renal. 
 
 Histologicamente, pode haver necrose supurativa dentro do 
parênquima renal, além de grandes massas de neutrófilos 
intratubulares que se estendem até os tubos coletores. 
Patologia dos Sistemas 
Litíase urinária 
 
 Popularmente conhecida como “cálculo renal”. 
 Seu mecanismo fisiopatogênico pode ter origem de infecções 
urinárias, anormalidades anatômicas e causas idiopáticas, 
além do pH urinário, volume de urina e dieta. 
 Manifestações clínicas: cólica renal, em que o indivíduo 
apresenta uma dor de caráter intenso, do tipo cólica, de início 
súbito e que se localiza na região lombar e irradia para 
o flanco e órgãos genitais. 
Patologia dos Sistemas 
Litíase urinária 
 
Os fatores que podem levar a formação dos cálculos são: 
 
1. Ambientais. 
2. Climáticos. 
3. Geográficos. 
4. Tipo de ocupação. 
5. Dieta com alto teor de proteínas e sal. 
6. Baixa ingestão de água. 
7. Genética. 
Patologia dos Sistemas 
 Litíase urinária 
 
Os cálculos podem ser: 
1. Cálculos de cálcio – compostos por oxalato de cálcio e, com 
menor frequência, por fosfato de cálcio. 
 
 Cálculo de ácido úrico. 
 Cálculo de estruvita (fosfato de amônio magnesiano). 
 Cálculo de cistina. 
 
Lembrete: o indivíduo com litíase renal pode apresentar 
cálculos mistos. 
 
Interatividade 
A litíase renal constitui-se como uma afecção que acomete 
diversos indivíduos. Dificilmente diagnosticada antes de seus 
sintomas, que geralmente leva os pacientes a necessidade de 
um pronto atendimento. Com maior frequência, esses cálculos 
são causados pelo cálcio e estão associados a alterações 
bioquímicas, exceto: 
 
a) Hipercalciúria. 
b) Hiperoxalúria. 
c) pH urinário persistentemente alcalino. 
d) Baixo volume urinário. 
e) Hipocalciúria. 
Resposta 
A litíase renal constitui-se como uma afecção que acomete 
diversos indivíduos. Dificilmente diagnosticada antes de seus 
sintomas, que geralmente leva os pacientes a necessidade de 
um pronto atendimento. Com maior frequência, esses cálculos 
são causados pelo cálcio e estão associados a alterações 
bioquímicas, exceto: 
 
a) Hipercalciúria. 
b) Hiperoxalúria. 
c) pH urinário persistentemente alcalino. 
d) Baixo volume urinário. 
e) Hipocalciúria. 
Patologia dos Sistemas 
Rim policístico 
 
 Trata-se de uma afecção em que existem cistos formados, 
geralmente simples, benignos e que não necessitam de 
seguimento clínico. 
 
 Os cistos podem ser observador em rins normais como 
solitários, múltiplos ou bilaterais. 
Patologia dos Sistemas 
Rim policístico 
 
 Para a caracterização desses cistos, propõe-se o uso da 
Classificação de Bosniak, utilizada em tomografias 
computadorizadas. 
 
 Trata-se de uma nefropatia hereditária comum. 
 
 Os genes envolvidos nessas mutações são: PKD1, PKD2 
e PKD3. 
Patologia dos Sistemas 
São considerados cistos benignos aqueles que apresentam as 
seguintes características: 
1. Massa anecoica, arredondada e bem demarcada. 
2. Paredes lisas e finas. 
3. Reforço posterior, indicando boa transmissão pelo cisto. 
 
São considerados cistos com potencial maligno: 
1. Paredes espessas e irregulares. 
2. Septo espesso ou com realce no interior da massa. 
3. Realce da massa após a injeção de contraste. 
4. Massa multiocular. 
 
Patologia dos Sistemas 
É importante saber, durante a investigação do rim policístico, 
o histórico familiar desse indivíduo, pois ele será diagnosticado 
com essa patologia quando: 
 Entre 15 a 39 anos: três ou mais cistos uni ou bilaterais. 
 Entre 40 e 59 anos: dois ou mais cistos em casa rim. 
 Igual ou superior a 60 anos: quatro ou mais cistos em cada rim. 
 
Sem história familiar de rim policístico: 
 Presença de10 ou mais cistos em cada rim, especialmente sem 
presença de cistos extrarrenais. 
 
Patologia dos Sistemas 
Cistite 
 
 É uma inflamação superficial da mucosa vesical causada por 
infecção decorrente de uma penetração bacteriana. 
 
 Trata-se de uma doença urinária comum em mulheres. 
 
 É frequentemente causada pela bactéria E. coli. 
Cistite 
 
Manifestações clínicas: 
 
 Disúria. 
 Polaciúria. 
 Urgência para urinar. 
 Dor suprapúbica. 
 Hematúria. 
 Mau cheiro na urina. 
Patologia dos Sistemas 
Cistite 
 
Diagnóstico 
 Pode ser feito por exame de urina, que evidencia, geralmente, 
mais de 10 leucócitos por campo de grande aumento. 
 
 É importante também a solicitação da urocultura para verificar 
a presença de microrganismo presente. 
 
Patologia dos Sistemas 
Cistite 
 
Tratamento 
 Hidratação. 
 Orientações sobre o adequado esvaziamento da bexiga. 
 Uso de analgésicos para aliviar dor e irritação. 
 
Na presença de infecção: 
 Antibioticoterapia. 
Patologia dos Sistemas 
Patologia dos Sistemas 
Doenças do sistema genital 
 
Criptorquia 
 É a anomalia congênita mais comum na genitália masculina. 
 Trata-se da ausência do testículo no escroto, como 
consequência da migração normal a partir da sua posição 
intra-abdominal. 
 Pode se tratar de uma ausência unilateral ou bilateral. 
Interatividade 
O quadro sintomático de disúria, polaciúria, urgência, dor 
suprapúbica, hematúria e mau cheiro na urina é característico 
de qual doença? 
 
a) Rim policístico. 
b) Vaginose. 
c) Síndrome nefrítica. 
d) Síndrome nefrótica. 
e) Cistite. 
Resposta 
O quadro sintomático de disúria, polaciúria, urgência, dor 
suprapúbica, hematúria e mau cheiro na urina é característico 
de qual doença? 
 
a) Rim policístico. 
b) Vaginose. 
c) Síndrome nefrítica. 
d) Síndrome nefrótica. 
e) Cistite. 
Patologia dos Sistemas 
Hiperplasia da próstata 
 
 A hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou hiperplasia 
prostática benigna (HPB) é uma condição caracterizada pelo 
aumento benigno da próstata, normalmente em indivíduos 
com mais de 40 anos. 
 
 Só pode ser uma hiperplasia quando sua característica 
principal é a benignidade. 
Patologia dos Sistemas 
Os sintomas da HBP podem ser classificados em três grupos: 
 
1. Sintomas de armazenamento – aumento da frequência 
urinária, noctúria, urgência/incontinência urinária 
e enurese noturna. 
 
2. Sintomas de esvaziamento – jato fraco de urina, hesitação 
do urinar, esforço miccional e gotejamento terminal. 
 
3. Sintomas pós-miccional – tenesmo vesical (sensação de 
esvaziamento incompleto) e gotejamento pós-miccional. 
 
Patologia dos Sistemas 
Para o diagnóstico da HPB utiliza-se o exame clínico, a coleta da 
sintomatologia do indivíduo, além de: 
 
 Exame digital da próstata (EDP)/toque retal. 
 Exame qualitativo de urina. 
 PSA total e sérico. 
 Função renal. 
 Ecografia das vias urinárias. 
Patologia dos Sistemas 
Vaginoses 
 
 Trata-se de toda e qualquer infecção causada por um 
microrganismo que invade e se prolifera na região da vulva 
e/ou vagina. 
 
 Geralmente são infecções causadas por fungos, bactérias 
anaeróbicas, tricomonas e até mesmo por um aumento 
exacerbado da flora normal de lactobacilos. 
Patologia dos Sistemas 
Adenomiose uterina 
 
 Trata-se da invasão benigna do miométrio, que produz um 
útero difusamente aumentado e, microscopicamente, mostra 
glândulas endometriais, estroma não neoplásico rodeado por 
miométrio hipertrófico e hiperplásico. 
 
 Trata-se de uma doença muito negligenciada ao diagnóstico. 
Patologia dos Sistemas 
 Adenomiose uterina 
 
Fatores de risco 
 
 Parto cesariana. 
 Antecedentes de cirurgia uterina. 
 Interrupção da gravidez por curetagem. 
 Uso repetitivo da curetagem. 
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Endometriose 
 
 É caracterizada pela presença de tecido funcional semelhante 
ao endométrio localizado fora da cavidade uterina, geralmente 
no peritônio pélvico, nos ovários e septo retovaginal e, mais 
raramente, no pericárdio, pleura e sistema nervoso central. 
 
Etipatogenia: 
 Fatores genéticos. 
 Fatores hormonais. 
 Fatores imunológicos. 
Patologia dos Sistemas 
Hiperplasia endometrial 
 
 A hiperplasia endometrial (HE) é uma doença causada 
pela crescimento e pela proliferação exacerbada 
de glândulas endometriais. 
 
 Com o aumento de volume, esse tecido fica pouco maduro e 
disfuncional, tornando-o frágil e de fácil sangramento. 
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Ovários policísticos 
 
 A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é a doença de maior 
incidência em mulheres em fase reprodutiva. 
 Trata-se de uma doença causada pelo desequilíbrio dos 
hormônios femininos. 
 
Essa patologia pode: 
 Alterar o ciclo menstrual. 
 Causar problemas de pele. 
 Dificuldade para engravidar. 
 
Interatividade 
Adenomiose uterina é uma doença benigna do miométrio, que 
produz um útero difusamente aumentado e que, muitas vezes, 
tem seu diagnóstico negligenciado. Entretanto, para que isso 
não ocorra é importante conhecer os fatores de risco que 
tornam a mulher mas suscetível à essa doença. Assinale 
a alternativa que propõe um falso fator de risco: 
 
a) Parto cesariana. 
b) Antecedentes de cirurgia uterina. 
c) Interrupção da gravidez por curetagem. 
d) Uso da curetagem repetidas vezes. 
e) Parto normal. 
Resposta 
Adenomiose uterina é uma doença benigna do miométrio, que 
produz um útero difusamente aumentado e que, muitas vezes, 
tem seu diagnóstico negligenciado. Entretanto, para que isso 
não ocorra é importante conhecer os fatores de risco que 
tornam a mulher mas suscetível à essa doença. Assinale 
a alternativa que propõe um falso fator de risco: 
 
a) Parto cesariana. 
b) Antecedentes de cirurgia uterina. 
c) Interrupção da gravidez por curetagem. 
d) Uso da curetagem repetidas vezes. 
e) Parto normal. 
ATÉ A PRÓXIMA! 
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