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atividade elétrica do coração

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO 
ATIVIDADE ELÉTRICA DA FIBRA 
CARDÍACA 
A distribuição iônica dos LIC e LEC na fibra muscular 
cardíaca é praticamente idêntica ao do neurônio ou da 
fibra muscular esquelética, o que faz com que a 
bioexcitabilidade da célula cardíaca se assemelhe ao 
do neurônio. 
Esta não é totalmente igual, devido ao fluxo iônico de 
cálcio, além do sódio e potássio e ao tempo dos 
eventos da despolarização e repolarização. 
à No neurônio mielinizado estes eventos ocorrem 
em cerca de 1 a 3 mseg, enquanto que na fibra 
cardíaca estes eventos podem variar entre 500 a 1000 
mseg (para FC de 120 e 60 bpm, respectivamente) e, 
tal fato é importante para garantir tempo suficiente 
para o enchimento de sangue nas câmaras cardíacas. 
Concentrações Iônicas na Fibra Cardíaca 
Íons LEC (mM) LIC (mM) POT.EQ (mV) 
Sódio 145 10 70 
Potássio 4 135 -94 
Cálcio 2 10-4 132 
TIPOS DE FIBRAS CARDÍACAS 
FIBRAS DE TRABALHO 
• Desempenham o processo contrátil 
• Geram tensão contrátil 
• Baixo grau de automatismo 
• Despolarização rápida (fibras rápidas) 
• Localizadas em átrios e ventrículos, com grande 
abundância nos ventrículos 
FIBRAS NODAIS 
• Fibras cardíacas que perderam as proteínas 
contráteis (actina, miosina, troponina e 
tropomiosina) e assim não contraem 
• Porém, ganharam a propriedade de gerar e 
propagar potenciais de ação 
• Alto grau de automatismo 
• Despolarização lenta (fibras lentas) 
 
 
• Localizadas no nódulo sinusal, nódulo 
atrioventricular, feixe de His e rede de Purkinje 
(continuação do feixe de His) 
É importante destacar que, para conhecer os eventos 
elétricos da despolarização e repolarização e seus 
fluxos iônicos, nestes dois tipos de células cardíacas, 
insere-se um microeletrodo exploratório no LIC e um 
eletrodo de referência no LEC para a mensuração das 
correntes elétricas. 
ATIVIDADE ELÉTRICA 
DA FIBRA CARDÍACA DE TRABALHO 
 
Fase Zero 
Influxo de sódio pelos canais rápidos, devido ao 
gradiente de concentração do sódio, que é maior no 
LEC, e ao gradiente elétrico, já que o interior da fibra 
elétrica está carregada negativamente; portanto, 
trata-se de um gradiente eletroquímico. 
A proteína M de um canal se abre e, por ser voltagem 
dependente, outros canais nas suas proximidades 
também se abrirão e assim sucessivamente, 
promovendo um fluxo muito grande e rápido de sódio 
para o interior da fibra cardíaca (retroalimentação 
positiva). 
Após o overshoot, acima de 0 mV, a única força 
atuante para o influxo de sódio é o gradiente de 
concentração. 
Curiosidade: O veneno neurotóxico tetradotoxina 
(TTX) inibe a ação dos canais rápidos de sódio, 
tornando esta fase muito lenta. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Fase 1 
Os canais rápidos de sódio se fecham e a célula 
começa a se repolarizar à medida que os íons potássio 
saem da célula através do canais de potássio abertos. 
Fase 2 (Fase de Platô) 
Influxo lento de sódio e cálcio pelos canais lentos de 
sódio e cálcio e, ao mesmo tempo, ocorre o efluxo 
lento de potássio, promovendo poucas variações na 
ddp. Essa fase é tempo dependente e nada altera, 
nem a presença de novo estímulo (está em período 
refratário) ou drogas farmacológicas. É importante 
para garantir o adequado enchimento das câmaras 
cardíacas. 
Fase 3 
Efluxo rápido de potássio à favor do gradiente 
eletroquímico, tornando a célula discretamente 
hiperpolarizada. 
Fase 4 
Ação da bomba de sódio-potássio, o que permite a 
volta do potencial de ação à -85mV. Esta fase sofre 
grandes influências da ação autonômica, da 
temperatura, das variações iônicas e de drogas 
farmacológicas. Além disso, possui a capacidade de 
alterar/ajustar a FC rapidamente. à Conhecida 
também como pré-potencial ou potencial diastólico 
final. 
Proteína M 
 
Na fibra de trabalho, a proteína M está totalmente 
aberta ou totalmente fechada, ou seja, ela mantém o 
canal totalmente aberto ou totalmente fechado. 
• Antes do Estímulo: FECHADA 
• Com o Estímulo: ABERTA 
ATIVIDADE ELÉTRICA 
DA FIBRA CARDÍACA NODAL 
 
Fase Zero 
Influxo lento de sódio pelos canais lentos. 
A proteína M está sempre parcialmente aberta, 
promovendo o influxo de sódio, aos poucos a todo 
momento e de maneira lenta. Esta propriedade 
garante a estas células a capacidade de auto gerar 
potenciais de ação (automatismo próprio). 
Curiosidade: A tetrodotoxina não altera esta fase do 
potencial de ação, pois ocorre uma despolarização 
lenta, visto que não há canais rápidos na fibra nodal. 
Fase 3 
Efluxo lento de potássio, apenas pelo seu gradiente de 
concentração. Sendo assim, sua repolarização 
acontece de uma forma lenta. 
Além disso, a saída de potássio é um pouco maior que 
a entrada de sódio, pois a permeabilidade ao potássio 
é um pouco maior. Então, a célula torna-se 
discretamente hiperpolarizada. 
Fase 4 
Ação da bomba sódio-potássio, que regula as 
concentrações do LIC e do LEC, retirando o excesso de 
sódio que entrou e captando o excesso de potássio 
que saiu. Durante esta fase, a velocidade do efluxo de 
sódio é superior ao seu influxo (observada na fase 
zero). 
Além disso, o pré-potencial ou potencial diastólico 
final, pela sua inclinação, irá determinar a FC cardíaca 
momento a momento. Esta inclinação demora mais 
para chegar no limiar, demorando, assim, para 
recomeçar as fases novamente. Contudo, se a 
inclinação for mais lenta, o potencial diastólico 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
demora mais e será menor, levando à diminuição da 
FC. Já, se a inclinação for mais rápida, o potencial 
diastólico final demorará menos e será maior, levando 
ao aumento da FC. 
Proteína M 
Na fibra cardíaca nodal, a proteína M sempre está 
parcialmente aberta, sendo assim, ela nunca se fecha 
e, consequentemente, há sempre a entrada de sódio 
do LEC. Porém, o sódio não entra todo de uma vez, 
pois, como a proteína não está totalmente aberta, 
este passa por “portas pequenas”, levando, assim, a 
entrada de sódio pouco a pouco. 
 
Estes dois tipos de fibras possuem comportamentos 
elétricos distintos e, por isso, garantem: 
• Automatismo próprio 
• Processo de regulação da FC 
• Gênese de Pressão para manter a circulação 
 
MARCA-PASSO CARDÍACO 
A região do nódulo sinusal ou sinoatrial, por 
apresentar maior taxa de disparo (alto disparo e 
despolarização), com uma frequência intrínseca de 
110bpm, é denominada de MARCA PASSO 
CARDÍACO. Ou seja, dita o ritmo cardíaco, com uma 
frequência intrínseca extremamente constante ao 
redor de 110bpm. Além disso, essa região é modulada 
pelo SNA momento a momento. 
Caso este nó não auto-despolarizar-se, o nódulo 
atrioventricular (AV) assume o comando, porém com 
uma frequência de disparo menor, na faixa de 50 bpm. 
Esta ainda é compatível com a vida, porém com várias 
limitações. 
Considerando que FC de repouso, no adulto, é na faixa 
de 65 a 90 bpm (média de 80 bpm), isto significa inferir 
que, no repouso, o sistema parassimpático (nervo 
vago) reduz a frequência de disparo sinoatrial. 
Destaca-se que, durante o exercício físico, a ação 
simpática predomina sobre o nódulo sinoatrial. 
Portanto, se não houvesse a regulação momento a 
momento do SNA, a FC seria sempre 110 bpm. 
 
COMUNICAÇÃO ELÉTRICA DO 
CORAÇÃO 
A comunicação elétrica do coração começa com um 
potencial de ação de uma célula autoexcitável. A 
despolarização se espalha rapidamente para as 
células adjacentes através das juncoes comunicantes 
nos discos intercalares. A onda de despolarização é 
seguida por uma onda de contração que passa o átrio 
e depois para o ventrículo. 
A despolarização se inicia no nó sinoatrial (SA) 
(células autoexcitáveis localizadas no AD, que atuam 
como principal marca-passo do coração). A onda de 
despolarização se propaga rapidamente por um 
sistema especializado de condução, constituído por 
fibras autoexcitáveis não contráteis. Uma via 
intermodal ramificada conecta o nó sinoatrialao 
nó atrioventricular (AV) (grupo de células 
autoexcitáveis localizadas próximo ao assoalho do 
AD). 
Então, do nó atrioventricular, a despolarização move-
se para os ventrículos. As fibras de Purkinje (células de 
condução especializadas) transmitem sinais elétricos 
muito rapidamente a partir do Feixe de His, também 
chamado de fascículo atrioventricular, localizado no 
septo intraventricular. Percorrido um curto caminho 
no septo, o fascículo se divide em ramo esquerdo e 
direito. Esses ramos continuam de deslocando para o 
ápice do coração, onde se dividem em vários ramos 
menores chamados rede de Rede de Purkinje. 
 
Propagação do Sinal Elétrico 
O sinal elétrico para a contração começa quando o nó 
sinoatrial (SA) dispara um potencial de ação e 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
despolarização se propaga para as células adjacentes 
pelas junções comunicantes. A comunicação elétrica 
é rápida pelas vias de condução intermodais, porém é 
mais lenta através das células contráteis dos átrios. 
Quando os potenciais de ação encontram o esqueleto 
fibroso do coração, na junção entre os átrios e 
ventrículos, esta barreira impede que os sinais 
elétricos sejam transferidos dos átrios para os 
ventrículos. Sendo assim, o nó atrioventricular é o 
único caminho através do qual os potenciais de ação 
podem alcançar as fibras contráteis dos ventrículos. 
O sinal elétrico passa do nó atrioventricular para o 
feixe de His (fascículo AV) e seus ramos até o ápice do 
coração. as fibras de Purkinje transmitem impulsos 
muito rapidamente, com velocidade de até 4ms, de 
modo que todas as células contráteis do ápice se 
contraiam quase ao mesmo tempo. 
 
Retardo do Nó Atrioventricular (AV) 
É importante que ocorra um retardo de 0,12 – 0,20s na 
propagação do sinal elétrico pelo nódulo 
atrioventricular, visto que esse possui três tipos 
diferentes de células à camada NA (nódulo átrio), 
camada N (intermediária) e camada NV (nódulo 
ventrículo). 
A existência desse retardo significa que a atividade 
elétrica ventricular ocorre depois e, não junto, com a 
atividade elétrica dos átrios. Sendo assim, haverá 
primeiro a despolarização dos átrios e sua contração 
e, em seguida, mas não ao mesmo tempo, a 
despolarização dos ventrículos e sua contração. Isso 
garante o adequado enchimento ventricular. 
Obs 1: Quando os ventrículos estão repolarizando, os 
átrios então despolarizando. 
Obs 2: Nos átrios, a primeira região a se despolarizar 
é a primeira a se repolarizar; enquanto que nos 
ventrículos, a última região a se despolarizar é a 
primeira a se repolarizar. 
Período Refratário 
O músculo cardíaco, como todos os tecidos 
excitáveis, é refratário (resiste à ações físicas e 
químicas) à reestimulação durante o potencial de 
ação. Assim, o período refratário do coração é o 
intervalo de tempo durante o qual o impulso cardíaco 
normal não pode reexcitar a área já excitada do 
miocárdio. 
O período refratário normal do ventrículo é de 0,25 a 
0,30s, o que equivale aproximadamente à duração da 
fase platô do potencial de ação. 
O período refratário normal do átrio é 0,15s, sendo 
bem mais curto que o dos ventrículos. 
E, também, existe o período refratário relativo, de 
cerca de 0,05s, durante o qual é mais difícil excitar o 
músculo do que nas condições normais, mas que 
ainda pode ser excitado por impulso excitatório mais 
intenso. 
 
 
 
 
 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
ELETROCARDIOGRAMA (ECG) 
O eletrocardiograma (ECG) representa a soma 
vetorial elétrica dos eventos elétricos de todos os 
miócitos cardíacos. A forma do potencial de ação de 
uma única fibra cardíaca é totalmente diferenciada no 
traçado eletrocardiográfico. As ondas identificadas 
são: P, Q, R, S (complexo QRS), T e, eventualmente U. 
O ECG mensura a diferença de potencial elétrico (ddp) 
entre dois eletrodos, um positivo e outro negativo, 
instalado nos braços, pernas e na região precordial. O 
local do posicionamento e, assim a ddp entre eles, é 
chamada DERIVAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA. 
Quando uma onda elétrica que percorre o coração se 
dirige para o eletrodo positivo, tem-se uma deflexão 
positiva do ECG. Já, quando uma onda elétrica se 
dirige para o eletrodo negativo, o traçado se move 
para baixo. 
Através do ECG, podemos medir, para importâncias 
clínicas, a duração dos eventos do ciclo cardíaco. O 
tempo e amplitude são reguláveis. Além disso, 
também, pode-se ter uma noção do tempo da 
despolarização e da repolarização através dos 
intervalos P-Q e S-T, respectivamente. 
 
COMPONENTES 
O ECG normal é composto por onda P, complexo QRS 
e onda T. O complexo QRS apresenta, com 
frequência, mas nem sempre, três ondas distintas: 
onda Q, onda R e onda S. Além disso, podemos dizer 
que o ECG é composto por ondas de depolarização e 
repolarização. 
Onda P – produzida pelos potenciais elétricos 
gerados quando os átrios se despolarizam, antes da 
contração atrial (despolarização atrial). 
Complexo QRS – produzido pelos potenciais elétricos 
gerados quando os ventrículos despolarizam, antes 
da sua contração (despolarização ventricular). 
Onda T – é produzida pelos potenciais elétricos 
gerados, enquanto os ventrículos se reestabelecem 
do estado de despolarização (repolarização 
ventricular). 
Onda Ta – é produzida pelos potenciais elétricos da 
repolarização atrial (não visível); trata-se de uma onda 
de baixa voltagem, mascarada pelo complexo QRS. 
Onda U – é produzida pelos potenciais elétricos da 
repolarização dos músculos papilares. 
Intervalo P-Q – é o pelo intervalo entre o início da 
onda P e o início do complexo QRS, correspondendo, 
assim, o intervalo entre o começo da estimulação 
elétrica dos átrios e o começo da estimulação dos 
ventrículos; o intervalo normal é cerca de 0,16s; com 
frequência esse intervalo é chamado de intervalo P-R, 
porque é comum a onda Q estar ausente. 
Intervalo Q-T – é o intervalo entre o início da onda Q 
(ou da onda R, quando a onda Q está ausente) até o 
final da onda T, representando, assim, a 
despolarização ventricular; o intervalo normal é cerca 
de 0,35s. 
Segmento S-T – é o segmento marcado pelo fim do 
complexo QRS (final da onda S) até o final da onda T, 
representando o intervalo entre o fim da 
despolarização ventricular e o início da repolarização 
ventricular. 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
TRIÂNGULO DE EINTHOVEN 
 
Um triângulo hipotético criado ao redor do coração 
(considerado uma carga pontual, localizado no centro 
do triângulo), que mostra que os dois braços e perna 
esquerda formam os ápices de um triângulo que 
circunda o coração e, nestas áreas, colocam-se os 
eletrodos. 
• Os dois ápices da parte superior representam os 
pontos pelos quais os dois braços se conectam 
eletricamente aos líquidos situados ao redor do 
coração; 
• O ápice inferior representa o ponto pelo qual a 
perna esquerda se conecta com os líquidos 
situados ao redor do coração. 
Os lados do triângulos são numerados 
correspondente a três derivações (ou pares de 
eletrodos) usados para obter o registro. Cada par de 
eletrodos formam uma derivação. 
DERIVAÇÕES 
O ECG registra uma derivação de cada vez. Um 
eletrodo se comporta como eletrodo positivo da 
derivação e o outro se comporta como o eletrodo 
negativo da derivação. 
Num traçado eletrocardiográfico clássico de 12 
derivações, considera-se 3 tipos de derivações, sendo 
elas: 
Derivações Bipolares ou Periféricas 
Os eletrodos são colocados em braços e pernas. A 
perna direita recebe o eletrodo nutro (usado para 
retirar interferências). 
• Derivação I = BD (-) + BE (+) 
• Derivação II = BD (-) + PE (+) 
• Derivação III = BE (-) + PE (+) 
 
Derivações Unipolares 
Permite mensurar o potencial elétrico de um único 
ponto, graças à utilização da central terminal de 
Watson. 
CTW = BD + BE + PE 
• aVR (braço direito) = BD (+) + CTW (-) 
• aVL (braço esquerdo) = BE (+) + CTW (-) 
• aVF (perna esquerda) = PE (+) + CTW (-) 
 
 
 
Laísa Dinelli SchiavetoDerivações Pré-Cordiais 
Os eletrodos são colocados sobre o precordio, mais 
próximo do coração. 
V1; V2; V3; V4; V5; V6 (+) + CTW (-) 
 
• V1 – 4º espaço intercostal, lado direito (margem 
direita do esterno); 
• V2 – 4º espaço intercostal, lado esquerdo 
(margem esquerda do esterno); 
• V3 – espaço intermediário de V2 até V4; 
• V4 – 5º espaço intercostal, lado esquerdo (linha 
hemiclavicular); 
• V5 – espaço intermediário de V4 até V6; 
• V6 – 5º espaço intercostal, lado esquerdo (plano 
axilar medial). 
Obs: Pode haver outras derivações do lado direito 
(V2R, V3R, etc). 
EIXO ELÉTRICO CARDÍACO 
 
Esse circulo com os ângulos é a junção da projeção das 
derivações bipolares (I, II e III) e unipolares aVR, aVL e 
aVF). Com ele é possível determinar onde está o eixo 
elétrico do coração. Em função de cada uma das seis 
derivações, tem-se um vetor, e a partir dele vê-se a 
direção. 
- Se o ECG estiver marcado no eixo elétrico cardíaco 
em +50º, o coração está em posição normal; 
- Se na direção da Derivação I, a onda maior (onda 
R) for positiva, o eixo do coração está voltado do 
braço direito (-) para o braço esquerdo (+); 
- Se na Derivação I, a onda maior (onda R) for 
negativa, o eixo do coração está voltado do braço 
direito (+) para o braço esquerdo (-). 
Assim, o eixo anatômico do coração é definido a partir 
de três fatores: 
1) Derivação I – define se o eixo está para a esquerda 
ou para a direita; 
2) aVF – define se o eixo está para cima ou para baixo; 
3) v1 – ponta do coração mais anterior ou posterior 
(pode ser visto pelo V6, mas com leitura ao 
contrario).

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