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Bactéria presente na microbiota da orofaringe, mas que se proliferar de maneira excessiva pode prejudicar o trato respiratório. STREPTOCOCCUS PYOGENES Bactérias do sistema RespirATÓRIO UNINOVE SBC | Parasitologia | 24.03.21 Gabrielle S. Sanches Beta hemolítica, podem lisar muitas hemácias. Bactérias do trato respiratório podem acometer tanto a porção superior (até a laringe) quanto inferior (traqueia em diante), dependendo do seus fatores de virulência. Muco: retém as bactérias na região; Cílios: movimentam a mucosa para fora afim de expelir as bactérias; Microbiota: antagonismo microbiano, a presença de uma microbiota faz com que microrganismos invasores não tenham espaço para sobreviver naquela região; Saliva: através da lisozima E além das barreias imunes são possíveis encontrar componentes da resposta adaptativa, como IgG e IgA. Componentes imunes do trato superior Componentes imunes do trato inferior Macrófagos alveolares prontos para realizar fagocitose, neutrófilos, IgA, IgE e BALT (tecido linfoide dos brônquios). O tecido linfoide é cheio de linfócitos virgens que estão esperando para reconhecer um antígeno, dando início ao combate ao patógeno antes de chegar nos linfonodos. São coco gram negativos que podem se encontrar em diplococos ou estreptococos. Também chamadas de Streptococcus do grupo A. Anaeróbio facultativo e mesófilos (vive em temperaturas médias). Catalase negativa, não neutraliza EROs. Fatores de virulência Cápsula: adesão e evasão da fagocitose Ácido lipoteicoico: adesão Pili: conjugação (passagem do plasmídeos para a outra bactéria) e adesão Proteína M: adesão e inativação de anticorpos Hialuronidase: tipo de invasina, degrada o ácido hialurônico da matriz e consegue invadir o tecido Estreptoquinase: enzima capaz de dissolver coágulos Desoxirribonuclease: degrada DNA Estreptolisina: lise de hemácias Toxinas SPEs: exotoxinas pirogênicas estreptocócicas, funcionam como superantígeno ativando principalmente linfócitos TCD4 e levando a uma tempestade de citocinas. Doenças Faringite Essa inflamação pode ser causada por uma proliferação em excesso da microbiota ou ainda pela entrada do patógeno de maneira externa. Presença de pus caracterizado por morte de bactérias ou de células imunes e restos de tecido devido ao combate das células. Há antibióticos contra essa bactéria, porém em poucos casos pode haver complicações, por exemplo se a bactéria possui a toxina pirogênica. As complicações mais comuns são: otites, mastoidite, bacteremia etc. É transmitida por gotículas e secreções e contagia através da entrada pelo trato respiratório. Caso a bactéria possua o gene que codifica a toxina pirogênica a faringite pode evoluir para escarlatina. A toxina atinge a corrente sanguínea e leva a uma infecção sistêmica. Essa doença é causada por cepas do S. pyogenes que foram infectadas por bacteriófagos, ou seja, a bactéria e recebeu o gene de um vírus através de transdução. Os sintomas de febre e eritemas são devidos a essa toxina, pois ela tem a capacidade de ativação dos LTCD4 que irão produzir grandes quantidades de citocinas que atuam em centro reguladore de temperatura e a vermelhidão acontece pela reação vascular também desencadeadas pelas citocinas em excesso que levam a um eritema. CORYNEBACTERIUM DIPHTHERIAE Escarlatina O diagnóstico se dá principalmente por quadro clínico: dor de garganta, febre, erupção cutânea que começa no pescoço e depois se espalha para tronco e membros. Laboratorialmente é a pesquisa por meio da coleta de secreção do exsudato para ver se há presença de estreptococos ou ainda por sorologia contra a estreptolisina (ASLO). Bacilos gram positivos irregulares arranjados em paliçada Catalse positiva, porém o maior fator de virulência é a toxina diftérica. A toxina não atua como um superantígeno, ela é do tipo AB, ou seja, subunidade B adere a membrana da célula imune e A entra na célula para exercer sua ação. Ela atua no elongamento das proteínas inibindo a entrada das trincas de aminoácidos que formam a proteína, assim a proteína não é sintetizada. Difteria (crupe) O principal sinal dessa doença é a placa pseudomembranosa branco acinzentada. Ela é composta por fibrinas, células de defesa (polimorfonucleares) e bactérias. É uma placa pegajosa que se adere a região e por isso se tentar tirar haverá sangramento A formação dessa placa não depende da toxina, porém se a toxina atingir a corrente sanguínea e se disseminar haverá complicações sistêmicas. Os locais mais frequentes da formação da placa são: tonsila, faringe, fossas nasais e laringe. Além disso, pode haver lesões cutâneas e pescoço taurino devido ao aumento de linfonodos É uma doença contagiosa e tem tendência declinante e potencialmente fatal, pois a toxina tem tropismo por células de órgãos importantes como miocárdio, supra renais, rins, sistema nervoso. É possível o diagnóstico laboratorial através de coleta do exsudato e identificação do patógenos por isolamento e cultura. Para o tratamento é administrado soro contendo anticorpos prontos contra a toxina e além disso uso de antibióticos para combater a bactéria. Há vacina para a doença: DTPa e DTPw (contra difteria, tétano e coqueluche). Ela é feita com toxióide (toxina inativada) e gera resposta T dependente. BORDETELLA PERTUSSIS Bactéria que atinge o trato respiratório inferior, causadora da coqueluche. Coqueluche Coco bacilo gram negativa que são estritamente aeróbias. Possui adesinas que auxiliam a bactéria a aderir aos cílios, pertactinas e fímbrias. Doença respiratória aguda infectocontagiosa, transmitível por gotículas, imunoprevinível, de notificação compulsória, caracterizada por paroxismos de tosse seca. Há um acúmulo do muco que não consegue ser expelido já que os cílios estão prejudicado, levando a uma tosse compulsiva. As manifestações clínicas incluem inicialmente coriza, febre e tosse, com o passar do tempo a tosse se torna compulsiva. Pode levar a complicações como otites, sinusite e pneumonia. A vacina é DTPa (feita com pedaços de bactéria) e DTPw (feita com a bactéria inativada), que está no calendário vacinal a partir dos 2 meses. A dTpa é usada em adultos, principalmente grávidas a partir da 20º semana, para não correr o risco de passar para o filho futuramente. STREPTOCCOCUS PNEUMONIAE Também localizado em regiões do trato inferior, conseguindo chegar até os alvéolos. Pode ser chamada também de pneumococo morfologicamente é igual ao S. pyogenes, porém dessa vez alfa hemolítico. Dentre os fatores de virulência estão a cápsula protegendo contra a fagocitose e por isso essa bactéria consegue facilmente se disseminar, fugindo dos macrófagos tanto nos alvéolos quanto na corrente sanguínea. Além desse, hialuronidase, a parede celular induz a uma inflamação (muito imunogênica), toxina pneumolisina que é capaz de fazer poros em células, e por último possui protease IgA (evasina). É a bactérias mais prevalente na pneumonia, mas além disso, se atingir região de ouvido causa otite, nos cílios causa sinusite, pode atingir as meninges levando a meningite e se atinge alvéolos causa pneumonia. Toxinas - Pertusis e adenilato ciclase: aumentam a produção de muco - Citotoxina traqueal: deixa o cílios enrijecido e imóvel, sendo posteriormente destacados do epitélio - Dermonecrótica: causa uma isquemia A vacina é VPC10 e VPC13, os números significam a quantidade de sorotipos que a vacina vai te prevenir, essas são aplicadas pelo SUS, são vacinas conjugadas, uma proteína conjugada à cápsula da bactéria obtendo uma resposta T dependente. No particular há ainda a VPC23, não é conjugada e por isso desenvolve uma resposta T independente. PAC - Pneumonia adquirida na comunidade, é uma sigla para diferenciar quando o paciente desenvolve a pneumonia em outros lugares que não o ambiente hospitalar. É uma infecção aguda do parênquima pulmonarem indivíduos que adquire na comunidade que distingue daquela adquirida em hospital, se manifesta clinicamente na comunidade ou dentro das primeiras 48h de internação. Outra terminologia é pneumonia típica e atípica. A típica é causada por microrganismos típicos, e quando o patógeno não é comum é chamada de atípica. A contaminação por influenza pode evoluir para pneumonia bacteriana secundária, pois o vírus da gripe prejudica a ação de monócitos contra a bactéria da pneumonia.