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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA TRAUMATOLOGIA MARTA ISABELA DOS SANTOS PARALISIA CEREBRAL APLICADA A FISIOTERAPIA RECIFE 2021 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA TRAUMATOLOGIA MARTA ISABELA DOS SANTOS PARALISIA CEREBRAL APLICADA A FISIOTERAPIA Trabalho solicitado caracterizado como avaliação, valendo nota, para disciplina de Traumatologia, ministrado pelo docente Paulo Cezar Vidal Carneiro de Albuquerque no Departamento de Fisioterapia da UFPE. RECIFE 2021 1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.……………………..…………………………………………………. 03 2. PARALISIA CEREBRAL…....…………..……………………………………………. 04 2.1. CAUSAS………………………………………………………………..……………. 05 2.2. SINTOMAS………………………………………………………………………..…. 05 2.3. PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA…………………………...………………. 06 2.4. PARALISIA CEREBRAL ATETOIDE………………………………………...…… 07 2.5. PARALISIA CEREBRAL ATÁXICA……………..…………………………...…… 07 2.6. PARALISIA CEREBRAL MISTA…………………...………………………...…… 07 2.7. PROGNÓSTICO………………………………………………………...……...…… 07 2.8. TRATAMENTO………………………………………………………………….…… 08 3. PRÓTESES……………....……………………………………………………...…….. 10 3.1. TIPOS DE PRÓTESES…...…………………………………………………...…… 10 4. ÓRTESES……………………....………….…………………………………………... 11 4.1. TIPOS DE ÓRTESES…….………………………………………….………...…… 11 5. ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA……………………………………………………….12 6. BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA..……………………………………………….… 12 7. CONCLUSÃO………………………………………………………………………..… 13 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………… 14 2 INTRODUÇÃO Paralisia Cerebral é um grupo de sintomas que engloba dificuldade de movimentação e rigidez muscular (espasticidade). São muitos os questionamentos a respeito do que a fisioterapia pode fazer em desordens neurológicas. Um fisioterapeuta pode transformar a qualidade de vida de pacientes portadores de paralisia cerebral ou qualquer outra afecção neurológica. Desta forma, entender o que é a paralisia cerebral, e de que maneira pode ser feito o tratamento fisioterapêutico para esse caso. 3 PARALISIA CEREBRAL Paralisia Cerebral (PC) é um grupo de sintomas que engloba dificuldade de movimentação e rigidez muscular (espasticidade). Ela resulta de malformações cerebrais que ocorrem antes do nascimento durante a época em que o cérebro está se desenvolvendo ou de danos cerebrais que ocorrem antes, durante ou logo após o nascimento. ● Causas de paralisia cerebral incluem danos cerebrais que podem ser provocados por falta de oxigênio ou de infecções e malformações cerebrais. ● Os sintomas variam desde uma falta de coordenação motora quase imperceptível a uma dificuldade significativa em movimentar um ou mais membros, até paralisia e articulações tão rígidas que elas não conseguem ser movimentadas de forma alguma. ● Algumas crianças com paralisia cerebral também têm deficiência intelectual, problemas comportamentais, dificuldade para ver ou ouvir e/ou transtornos convulsivos. ● O diagnóstico é suspeitado quando as crianças demoram para aprender a andar ou a desenvolver outras habilidades motoras ou quando os músculos da criança são rígidos ou fracos. ● A maioria das crianças com paralisia cerebral sobrevive até a idade adulta. ● Não há cura para a paralisia cerebral, mas fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia e algumas vezes medicamentos e/ou cirurgia podem ajudar as crianças a alcançarem seu potencial máximo. A paralisia cerebral afeta um a dois de cada 1.000 bebês. Entretanto, ela afeta 15 de cada 100 bebês prematuros. Ela é particularmente frequente nos bebês com peso muito baixo de nascimento. A paralisia cerebral não é uma doença. Ela é, na verdade, um conjunto de sintomas resultantes de malformações cerebrais ou danos às partes do cérebro que controlam os movimentos musculares (áreas motoras). Algumas vezes, as crianças com paralisia cerebral também apresentam anomalias em outras partes do cérebro. 4 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-gerais-em-rec%C3%A9m-nascidos/rec%C3%A9m-nascido-prematuro Os danos cerebrais que resultam na paralisia cerebral podem ocorrer durante a gestação, durante o nascimento, depois do nascimento ou na primeira infância. Uma vez ocorridos os danos cerebrais, eles não pioram, embora os sintomas possam mudar à medida que a criança cresce e amadurece. Se a disfunção muscular resultar de danos cerebrais após os dois anos de idade, esta não é considerada paralisia cerebral. CAUSAS Muitos tipos diferentes de malformações cerebrais e danos ao cérebro podem causar paralisia cerebral e, algumas vezes, ocorre o envolvimento de mais de uma causa. Os problemas que ocorrem logo antes, durante e logo após o nascimento causam 15 a 20% dos casos. Esses problemas incluem a falta de oxigênio durante o parto, infecções e lesões cerebrais. Infecções como a rubéola, toxoplasmose, infecção pelo vírus Zika ou infecção por citomegalovírus durante a gestação ocasionalmente resultam em paralisia cerebral. Algumas vezes, as malformações cerebrais que causam a paralisia cerebral resultam de anomalias genéticas. Os bebês prematuros são particularmente vulneráveis, possivelmente em parte porque os vasos sanguíneos em certas áreas do cérebro são finos e sangram com facilidade. Concentrações elevadas de bilirrubina no sangue podem dar origem a uma forma de lesão cerebral denominada querníctero, que pode causar paralisia cerebral. Durante os primeiros dois anos de vida, doenças graves, como a inflamação dos tecidos que revestem o cérebro (meningite), infecção grave na corrente sanguínea (sepse), lesões e desidratação grave podem causar lesões cerebrais e resultar em paralisia cerebral. SINTOMAS Os sintomas da paralisia cerebral podem variar desde ser desajeitado a espasticidade grave, que contrai os braços e as pernas da criança e exige aparelhos de mobilidade como próteses, muletas e cadeiras de roda. Uma vez que outras partes do cérebro também podem ser afetadas, muitas crianças com paralisia cerebral têm outras deficiências, como deficiência intelectual, problemas de comportamento, dificuldade em ver ou ouvir e transtornos convulsivos. 5 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/rub%C3%A9ola https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-parasit%C3%A1rias-protozo%C3%A1rios-extraintestinais/toxoplasmose https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/arbov%C3%ADrus-arenav%C3%ADrus-e-filov%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%A3o-por-v%C3%ADrus-zika https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpesv%C3%ADrus/infec%C3%A7%C3%A3o-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-gerais-em-rec%C3%A9m-nascidos/rec%C3%A9m-nascido-prematuro https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-do-trato-gastrointestinal-gi-e-do-f%C3%ADgado-em-rec%C3%A9m-nascidos/icter%C3%ADcia-no-rec%C3%A9m-nascido#v34448099_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/meningite-em-crian%C3%A7as https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/sepse-no-rec%C3%A9m-nascido https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-de-natureza-variada-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as-pequenas/desidrata%C3%A7%C3%A3o-em-crian%C3%A7as https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-de-aprendizagem-e-do-desenvolvimento/defici%C3%AAncia-intelectual https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/convuls%C3%B5es-em-crian%C3%A7as Existem quatro tipos de paralisia cerebral: ● Espástica ● Atetoide ● Atáxica ● Mista Em todas as formas de paralisia cerebral, a falapode ser difícil de compreender porque a criança tem dificuldade para controlar os músculos envolvidos na fala. PARALISIA CEREBRAL ESPÁSTICA No tipo espástico, que ocorre em mais de 70% das crianças com paralisia cerebral, os músculos são rígidos (espásticos) e fracos. A rigidez pode afetar várias partes do corpo: ● Os dois braços e as duas pernas (quadriplegia) ● As pernas mais que os braços (diplegia) ● Às vezes, apenas o braço ou a perna em um dos lados (hemiplegia) ● Em casos raros, apenas as pernas e a parte inferior do corpo (paraplegia) As pernas e os braços afetados são pouco desenvolvidos, bem como são rígidos e fracos. Algumas crianças podem andar em um movimento cruzado no qual uma perna se desloca à frente da outra (marcha em tesoura) e algumas podem andar apoiadas nos dedos dos pés. Estrabismo, vesguice ou olho preguiçoso (estrabismo) e outros problemas da visão podem ocorrer. As crianças com tetraplegia espástica são as mais gravemente afetadas. Elas com frequência apresentam deficiência intelectual (por vezes grave), juntamente com convulsões e dificuldades para engolir. As crianças que têm dificuldades para engolir podem se engasgar com as secreções da boca e do estômago e inalar (aspirar) essas secreções. A aspiração dá origem a inflamação nos pulmões e causa dificuldades respiratórias. A aspiração repetida pode danificar permanentemente os pulmões. 6 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/estrabismo Muitas crianças com hemiplegia, diplegia ou paraplegia espástica têm inteligência normal e são menos propensas a ter convulsões. PARALISIA CEREBRAL ATETOIDE Atetose são movimentos contorcidos involuntários. No tipo atetoide, que ocorre em aproximadamente 20% das crianças com paralisia cerebral, os braços, pernas e corpo movem-se espontaneamente de maneira lenta e involuntária. Os movimentos também podem ser contorcidos, abruptos e espasmódicos. Emoções fortes agravam os movimentos e o sono faz com que eles desapareçam. As crianças, em geral, têm uma inteligência normal e raramente têm convulsões. Dificuldades na articulação das palavras de maneira clara são comuns e frequentemente graves. Se a causa for querníctero, as crianças afetadas são frequentemente surdas e têm dificuldade em olhar para cima. PARALISIA CEREBRAL ATÁXICA Ataxia é a dificuldade em controlar e coordenar os movimentos corporais, principalmente ao caminhar. No tipo atáxico, que ocorre em menos de 5% das crianças com paralisia cerebral, a coordenação é ruim e os músculos são fracos. Os movimentos ficam ‘’tremidos’’ quando as crianças tentam alcançar um objeto (um tipo de tremor). As crianças têm dificuldade quando tentam se mover rapidamente ou fazer coisas que precisam de coordenação fina. Elas cambaleiam ao caminhar, com suas pernas bem abertas. PARALISIA CEREBRAL MISTA No tipo misto, dois dos tipos acima se combinam, mais frequentemente o espástico e o atetoide. Esse tipo ocorre em muitas crianças com paralisia cerebral. Crianças com tipos mistos podem apresentar deficiência intelectual. PROGNÓSTICO O prognóstico depende em geral do tipo de paralisia cerebral e da sua gravidade. A maioria das crianças com paralisia cerebral sobrevive até a idade adulta. Somente as crianças mais gravemente afetadas – aquelas incapazes de 7 qualquer tipo de cuidados pessoais ou de alimentar-se pela boca – têm uma expectativa de vida substancialmente mais curta. Com tratamento e treinamento adequados, muitas crianças, especialmente aquelas com paraplegia ou hemiplegia espástica, podem ter uma vida normal. TRATAMENTO A paralisia cerebral não tem cura e seus problemas duram toda a vida. No entanto, muito pode ser feito para melhorar a mobilidade e a independência da criança. A meta é permitir que as crianças se tornem o mais independentes o possível. Fisioterapia, Terapia Ocupacional e aparelhos ortopédicos podem melhorar o controle muscular e a marcha, principalmente quando a reabilitação é iniciada o quanto antes. A fonoaudiologia pode tornar a fala muito mais clara e ajudar também com os problemas de deglutição. A terapia do movimento induzido pela restrição pode ajudar quando o distúrbio não afeta todos os membros. Neste tipo de terapia, o membro não afetado é restrito durante o horário em que a criança está acordada, exceto durante atividades específicas para que ela seja forçada a usar o membro afetado para executar as tarefas. Assim, novos trajetos para os impulsos nervosos podem ser formados no cérebro, permitindo que a pessoa use melhor seu membro afetado. Os terapeutas ocupacionais podem ajudar algumas crianças a aprender maneiras de compensar seus problemas musculares e, com isso, fazer as atividades diárias (como tomar banho, comer e vestir-se) por si mesmas. Os terapeutas podem ainda ensinar às crianças a usar dispositivos que as ajudam a realizar essas atividades. Certos medicamentos podem ajudar. Quando a toxina botulínica é injetada nos músculos, eles têm menos capacidade de movimentar as articulações de maneira desigual e têm menos propensão de ficarem permanentemente repuxados (um quadro clínico denominado contraturas). Toxina botulínica, a toxina bacteriana que causa o botulismo, funciona paralisando os músculos injetados. É o mesmo medicamento vendido como Botox® que é usado para tratar rugas. Outro medicamento pode ser injetado nos nervos que estimulam os músculos afetados. Este medicamento causa um ligeiro dano aos nervos, diminuindo a tração do músculo na articulação. 8 https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/fundamentos/reabilita%C3%A7%C3%A3o/fisioterapia-ft https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/fundamentos/reabilita%C3%A7%C3%A3o/terapia-ocupacional-to https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/fundamentos/reabilita%C3%A7%C3%A3o/reabilita%C3%A7%C3%A3o-para-dist%C3%BArbios-da-fala Outros medicamentos usados para diminuir a espasticidades incluem baclofeno, benzodiazepínicos (como diazepam), tizanidina e, às vezes, dantroleno, todos eles tomados por via oral. Algumas crianças com espasticidade grave se beneficiam de uma bomba implantável que proporciona uma infusão contínua de baclofeno no líquido ao redor da medula espinhal. Cirurgias podem ser realizadas para cortar ou alongar os tendões dos músculos rígidos que limitam o movimento. Além disso, o cirurgião pode conectar os tendões a uma parte diferente da articulação para equilibrar a movimentação da articulação. Algumas vezes, cortar certas raízes nervosas oriundas da medula espinhal (rizotomia dorsal) reduz a espasticidade e pode ajudar algumas crianças, especialmente aquelas que nasceram prematuras, desde que a espasticidade afete principalmente as pernas e o desenvolvimento mental seja bom. Muitas crianças com paralisia cerebral crescem normalmente e podem frequentar de modo regular a escola, caso não apresentem incapacidades intelectuais graves. Outras precisam de fisioterapia intensiva, ensino especial e sofrem muitas limitações nas atividades diárias, de modo que necessitam de algum tipo de cuidado e assistência durante toda a vida. Contudo, mesmo crianças gravemente afetadas podem se beneficiar de ensino e treinamento, que aumentam sua independência e autoestima e reduzem bastante o ônus para os familiares ou outros cuidadores. Informações e aconselhamento estão disponíveis para os pais, com o intuito de ajudá-los a entender o quadro clínico e o potencial da criança e os apoiar nos problemas à medida que eles surgirem. O cuidado carinhoso dos pais, juntamente com a assistência de instituições públicas e privadas, tais como instituições de saúde, organizações de saúde, como a United Cerebral Palsy [Associação Unida de Paralisia Cerebral], e organizações de reabilitação, podem ajudar a criança a atingir seu maior potencial. 9 http://ucp.org/ PRÓTESES Prótese ortopédica é um aparelho que desempenha funções motoras semelhantes às do membro amputado. São peças artificiais usadascomo substitutas de membros, órgãos, tecidos e articulações do corpo que tiveram que ser amputadas ou não funcionam como deveriam. Por exemplo, os implantes dentários, em que o dente natural é substituído por um artificial. TIPOS DE PRÓTESES Podem ser: ● Externas: Perna mecânica, dentaduras, prótese mamária. ● Internas: Prótese articular, prótese não convencional para substituição de tumor, coração artificial, válvula cardíaca, ligamento artificial. Os materiais mais utilizados para fabricar as próteses ortopédicas são: 1. Prótese exoesquelética: É feita em resina, PVC, fibra de carbono ou polipropileno, podendo ser oca ou não. 2. Prótese endoesquelética: Bastante conhecida como modular e pode ser feita em alumínio, aço, titânio ou fibra de carbono. Além de promover uma melhora em atividades diárias, as próteses também podem ser usadas para fins estéticos. Sua prescrição é feita com avaliação do fisioterapeuta e demais profissionais responsáveis pelo tratamento do paciente. Importante lembrar que as próteses são utilizadas em qualquer nível de amputação, seja membros superiores ou inferiores, enquanto a maioria das órteses, são utilizadas como auxílio dos membros superiores. Portanto, resumidamente, a prótese pode ser considerada tudo que substitui um membro ou parte do corpo. Enquanto a órtese serve como suporte para o membro, e auxilia a manter, aumentar ou recuperar a mobilidade de pessoas com deficiência ou limitações físicas. 10 ÓRTESES São aparelhos de uso provisório que permitem alinhar, corrigir ou regular uma parte do corpo. Auxiliam nas funções de um membro, órgão ou tecido para evitar deformidade e compensar insuficiências funcionais que foram causadas por acidentes ou problemas de saúde. O objetivo é dar assistência mecânica ou ortopédica ao paciente. Até o óculos de grau é considerado uma órtese. TIPOS DE ÓRTESES Elas podem ser: ● Externas: Bengalas, muletas, colares cervicais, andadores, coletes, aparelhos auditivos, lentes de contato, aparelhos ortodônticos, palmilhas ortopédicas, joelheiras, munhequeiras. ● Internas: Marca-passo, instrumentos para estabilizar a coluna, bombas de infusão. ● Órtese Dinâmica. As órteses dinâmicas, são frequentemente confundidas com próteses. Elas permitem a mobilidade controlada de articulações específicas através da aplicação de tração, que atua guiando o movimento e restringindo algumas ações. Como é o caso da órtese Magic Arms, feita por impressão em 3D, que dá suporte ao movimento dos membros superiores por meio da tração por elásticos. A prescrição da órtese é feita com diagnóstico do terapeuta ocupacional, já que é encomendada sob medida e seu uso pode ser definitivo ou temporário. 11 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA A fisioterapia tem função importante na facilitação do desenvolvimento motor, no desenvolvimento dos reflexos, ajuda a diminuir bloqueios, contraturas e deformidades. Com isto, o foco do fisioterapeuta deve ser o de se aproximar ao máximo do desenvolvimento motor normal. Os objetivos com o tratamento fisioterapêutico na paralisia cerebral incluem principalmente o aprimoramento das habilidades existentes, desenvolvendo funções e promovendo a independência, além de colaborar com a prevenção ou diminuição de deformidades. BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA A fisioterapia é muito importante para o tratamento da paralisia cerebral, uma vez que o profissional é responsável por auxiliar no desenvolvimento da independência do paciente, facilitando as atividades de vida diária. Todavia, o tratamento fisioterapêutico se estende, também, à família. Uma vez que possibilita a conscientização dos parentes a fim de fornecer orientações e ensinar técnicas para facilitar a integração ao ambiente familiar. Além disso, o fisioterapeuta irá tratar também a condição motora do paciente, desenvolvendo um trabalho para diminuir contraturas e deformidades, com o uso de diversos equipamentos. 12 https://blogfisioterapia.com.br/fisioterapia-para-o-quadril/ CONCLUSÃO Sendo assim, a fisioterapia é fundamental para o tratamento da Paralisia Cerebral (PC), pois através dela pode-se haver a melhora da qualidade de vida e a socialização do paciente. A fisioterapia vai auxiliar tanto na facilitação de mobilidade e na independência, quanto na melhora da convivência e compreensão do paciente para com a família e sociedade. Dessa forma, o tratamento fisioterapêutico da Paralisia Cerebral (PC), se iniciado logo nos primeiros meses de vida do paciente, pode evitar o agravamento e a instalação de alterações posturais mais severas, evitando contraturas e deformidades. 13 https://blogfisioterapia.com.br/fisioterapia-em-patologias-do-quadril/ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Held JM. Recuperação da função após lesão cerebral: implicações teóricas para a intervenção terapêutica. In: Carr J, Shepherd R. Ciência do movimento: fundamentos para a fisioterapia na reabilitação. 2a ed. Barueri: Manole; 2003. p.189-211. Held MJ, Pay T. Recuperação da função após lesão cerebral. In: Cohen H. Neurociências para fisioterapeutas: incluindo correlações clínicas. 2a ed. São Paulo: Manole; 2001. p.419-40. Miller, F and Bachrach, SJ: Cerebral palsy: A complete guide for caregiving, ed. 3. Baltimore, John Hopkins University Press, 2017. 14
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