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Patologia Pulmonar - Mila

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Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
Figura 2 Macrófago alveolar Figura 1 Superfície do epitélio ciliado numa 
secção de brônquio 
Figura 3 Cistos congênitos 
Patologia Pulmonar 
1. Considerações gerais: 
• Pesam de 300 a 400g, e sua função é promover a troca de gases entre o ar inspirado e o sangue. 
• O brônquio principal direito é mais vertical do que o esquerdo, e por isso é mais susceptível às partículas 
estranhas. 
• Na traqueia e nos brônquios principais a cartilagem é constituída por placas em forma de C, ficando a porção 
membranosa posterior sem cartilagem. Só há tecido muscular liso na porção membranosa. 
• Nos pulmões, os brônquios apresentam placas descontínuas de cartilagem e tecido muscular ao redor de toda a 
parede. 
• Depois surgem os bronquíolos (que não apresentam cartilagem nem glândulas submucosas), os bronquíolos 
terminais e os ácinos (que apresentam os alvéolos). 
• Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas. 
• Membrana alvéolo capilar consta de: 
- Endotélio capilar - membrana basal e tecido intersticial adjacente – epitélio alveolar. 
• O epitélio alveolar é composto de pneumócitos tipo I e pneumócitos tipo II, que são os produtores de 
surfactante. 
• Mecanismos de defesa: 
- Limpeza nasal (espirro, assoar, deglutição) 
- Limpeza traqueobrônquica (ação mucociliar) 
- Limpeza alveolar (macrófagos alveolares) 
• As partículas aspiradas depositam-se de acordo com o seu tamanho. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Anomalias Congênitas 
• Cistos: podem deslocar um volume pulmonar suficiente para diminuir a capacidade vital e produzir insuficiência 
ventilatória. São locais ótimos para o desenvolvimento de infecções, que podem originar abscessos. A dilatação 
cística pode provocar a ruptura de vasos, causando hemorragias e hemoptises. A ruptura dos cistos nas 
cavidades pleurais pode causar pneumotórax. 
 
 
 
 
 
 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
3. Congestão e Edema 
• Patogenia: 
✓ Aumento da pressão hidrostática (ICC). Ocorre um aumento da pressão venosa, que faz com que o líquido 
flua para o interstício. Só depois que a pressão intersticial aumenta é que se instala o edema alveolar. 
✓ Hipoalbuminemia (diminuição da pressão oncótica do plasma). 
✓ Bloqueio da drenagem linfática (inflamação, tumores). 
✓ Lesão sofrida pela membrana capilar alveolar (pneumonias). 
4. Embolia e Infarto 
• As oclusões das artérias pulmonares são na maioria das vezes de origem embólica. As tromboses “in situ” são 
raras. A fonte habitual são êmbolos das veias profundas das pernas. 
• Os êmbolos podem impactar 1. Na artéria pulmonar principal, 2. Na sua bifurcação (em sela), 3. Em chuveiro. A 
morte quase sempre é súbita (bloqueio do fluxo sanguíneo através dos pulmões ou cor pulmonale agudo). 
• Nos pacientes com circulação cardiovascular adequada, o suprimento da artéria brônquica pode manter a 
vitalidade do parênquima pulmonar, apesar da obstrução. 
• Os êmbolos causam infarto quando a circulação já é inadequada (doença cardíaca, doença maligna em estado 
avançado). Por isso são raros nos jovens. 
• O infarto pulmonar é tipicamente hemorrágico. 
• Histologicamente temos necrose isquêmica do parênquima pulmonar, dentro da área hemorrágica. 
• Clínica: dor torácica, dispnéia, choque, elevação da temperatura, aumento da LDH. Os predispostos são idosos, 
mulheres, cardiopatas, politraumatizados, portadores de câncer. 
 
5. Atelectasia 
• Refere-se tanto à expansão incompleta dos pulmões, quanto ao colapso do parênquima pulmonar que já foi 
previamente expandido. Pode ser: 
✓ Primária: movimentos respiratórios inadequados devido à imaturidade dos pulmões e dos músculos 
esqueléticos. 
✓ Adquirida: Obstrutiva e compressiva. 
- Obstrutiva: causada pelo excesso de secreções como na asma brônquica, bronquite crônica, 
bronquiectasias, aspiração de corpos estranhos, neoplasias (embora geralmente produzam obstrução 
subtotal). 
- Compressiva: derrames pleurais de origem neoplásica, hidrotórax, pneumotórax, elevação do diafragma 
(atelectasia basal no pós-operatório). 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
• A atelectasia reduz as funções ventilatórias, e se for extensa pode levar à morte. Por essa razão a traqueostomia 
é usada para aspirar as secreções brônquicas. 
• A atelectasia é reversível. 
 
6. Enfisema 
• É a dilatação permanente e anormal dos espaços aéreos distais, dos bronquíolos terminais, acompanhada pela 
destruição de suas paredes. 
• Tipos: Centrolobular, panlobular, parasseptal, irregular, origem desconhecida ou genética (deficiência de α-1 
antitripsina). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Bronquiectasia 
• É uma infecção necrosante crônica dos brônquios e bronquíolos que leva (ou está associada) a uma dilatação 
anormal e permanente dessas vias aéreas. 
• Clínica: Tosse, febre, expectoração purulenta e fétida. 
• Origem: 
- Obstrução brônquica (tumor, corpo estranho, muco); 
- Cicatrização (tuberculose); 
- Asma, bronquite, enfisema; 
- Grande parte é de origem obscura; 
• Patogenia: Uma obstrução leva a uma atelectasia, as forças elásticas do lobo desaparecem, ocorre então um 
relaxamento, resultando na dilatação das vias aéreas desobstruídas. 
• Infecção: Produz inflamação, enfraquecimento e dilatação da parede brônquica. 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
• Complicações: Abscessos pulmonares, pneumonias, empiema. 
 
8. Pneumonia 
• É uma invasão bacteriana do parênquima pulmonar, causando uma consolidação exsudativa. 
• Fatores que favorecem a instalação das pneumonias: 
- Supressão do reflexo da tosse (coma); 
- Lesões do aparelho mucociliar (tabagismo, viroses); 
- Fumo, álcool (interferem na fagocitose dos macrófagos); 
- Congestão e edema pulmonar; 
- Uso de imunossupressores; 
• Tipos: 
a) Broncopneumonia (lobular): acomete mais os idosos e as crianças (estafilococos, estreptococos, 
pneumococos, Haemophylus influenzae); 
b) Pneumonia Lobar: atinge um lobo. Relativamente rara na infância e na velhice. Pneumococos = 90 a 95% dos 
casos. 
c) Fases: Congestão → Hepatização Vermelha → Hepatização Cinzenta → Resolução 
d) Pneumonia Intersticial 
 
 
 
 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
 
9. Abcesso 
• É um processo purulento circunscrito do pulmão, caracterizado por necrose do tecido pulmonar. Podem ser 
únicos ou múltiplos. 
• Clínica: Tosse, febre e grande quantidade de escarro fétido, purulento ou sanguinolento. 
• Diagnóstico: Clínico, Raio X, Broncoscopia. 
• Evolução: ¼ curam-se espontaneamente. O restante depende da extensão do abscesso e da cronicidade da 
doença. Se não for tratado adequadamente o processo pode ampliar-se e tornar o parênquima pulmonar 
inválido devido à supuração crônica e à destruição da função ventilatória. A morte pode ocorrer devido a 
abscessos cerebrais ou meningite, devido a êmbolos sépticos. 
• Etiologia: 
- Aspiração de material infectado (alcoolismo, coma, anestesia, sinusite, infecções dentárias); 
- Infecção bacteriana primária, bronquiectasias; 
- Embolia séptica (tromboflebites); 
- Neoplasias (interrupção da drenagem, atelectasia, aspiração de sangue e fragmentos do tumor); 
- Diversos (perfurações traumáticas, propagação de infecções vizinhas); 
 
 
 
 
10. Neoplasias 
• 90 a 95% são carcinomas broncogênicos; 
• 5% carcinóides brônquicos; 
• 2% neoplasias mesenquimais; 
• Classificação: 
1. Carcinoma Epidermóide (de Células Escamosas); 
Patologia - CHMila Schiavini MED101 
2. Adenocarcinoma; 
3. Carcinoma Anaplásico: 
- Pequenas células; 
- Grandes células; 
4. Carcinóide Brônquico; 
5. Carcinoma Bronquíolo-alveolar; 
 
✓ Carcinoma Broncogênico: 
▪ Compreende o carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e os carcinomas anaplásicos de grandes e de pequenas 
células. 
▪ No sexo masculino é responsável por aproximadamente 1/3 de todos os óbitos causados por câncer. 
▪ Incidência: Acomete com maior frequência dos 40 aos 70 anos, com pico de incidência na 6ª e 7ª décadas. 
▪ Etiologia: 
- Tabagismo: causa a perda dos cílios brônquicos, metaplasia epitelial, hiperplasia epitelial basal, atipias 
nucleares; 
- Riscos industriais: urânio, asbesto, níquel, carvão, ferro, etc. Quem 
trabalha com asbesto tem de 6 a 10 vezes mais chance de desenvolver 
câncer de pulmão. 
- Fator urbano: poluição atmosférica. 
- Fatores genéticos: grupos familiares têm uma predisposição ao CA de 
pulmão. 
- Cicatrizes: alguns cânceres do pulmão desenvolvem-se nas 
proximidades de cicatrizes (na maioria das vezes são adenocarcinomas). 
Entre as cicatrizes podemos citar: infartos antigos, corpos estranhos 
metálicos, feridas, infecções granulomatosas (BK). 
▪ Morfologia: 
- Frequentemente desenvolvem-se no hilo pulmonar ou próximos a ele. 
- Inicia-se como uma área de atipia citológica in situ, que em tempo desconhecido origina um espessamento da 
mucosa brônquica. 
- A partir daí a massa tumoral verrucosa pode crescer em direção à luz brônquica ou causar erosão do epitélio de 
revestimento. 
- Pode estender-se para o pericárdio. 
- Podem disseminar-se por via linfática ou hematogênica, dando metástases em suprarrenais, fígado, cérebro, 
ossos, rins. 
 
✓ Carcinoma de Células Escamosas: 
▪ É o mais comumente encontrado no sexo masculino. 
▪ É a forma mais intimamente relacionada ao tabagismo. 
▪ Possui uma velocidade de crescimento local maior do que os outros tipos e tende a dar metástases mais tardiamente. 
 
 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
 
✓ Adenocarcinoma Brônquico: 
▪ Acomete igualmente homens e mulheres. 
▪ Geralmente são periféricos, são menores e crescem mais devagar. 
▪ Algumas vezes estão associados a cicatrizes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Carcinoma de Pequenas Células (Oat-Cell): 
▪ As células são pequenas, redondas ou ovais, com citoplasma escasso. 
▪ São as formas mais agressivas de CA de pulmão, originando extensas metástases, mesmo antes do tumor atingir 
grande tamanho. 
 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
 
 
 
✓ Carcinoma de Grandes Células: 
▪ Esses carcinomas anaplásicos têm células maiores, mais poligonais. 
▪ Alguns contêm mucina intracelular. 
▪ Alguns mostram células de citoplasma claro e outros apresentam células fusiformes. 
▪ Associado ao tabagismo. Poluição do ar, radiação e predisposição genética podem predispor. 
 
 
✓ Carcinoma Bronquíolo-alveolar: 
▪ Surge na periferia do parênquima pulmonar, a partir de células do revestimento dos alvéolos ou dos bronquíolos 
terminais. 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
▪ Representa de 1,5 a 5% de todos os cânceres pulmonares. 
▪ Microscopia: São células cilíndricas ou cúbicas que se alinham ao longo dos septos alveolares e se projetam nos 
espaços alveolares como numerosas formações papilares. Frequentemente as células tumorais contêm 
abundante secreção mucinosa. 
▪ Macroscopia: Tumor periférico, único, ou mais frequentemente como nódulos múltiplos, que às vezes 
coalescem, produzindo uma consolidação tipo pneumônica. 
▪ Clínica: Ocorrem da 2ª década até idades mais avançadas. Não há predominância de sexo; Apresentam tosse, 
hemoptise, dor; Na fase inicial são mais insidiosos. A sobrevida em 5 anos corresponde a 5% dos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Carcinóide Brônquico: 
▪ Tumor de crescimento lento, produz invasão local e ocasionalmente dá metástases. 
▪ Representam cerca de 5% de todos os tumores primários do pulmão. Acomete igualmente os sexos masculino e 
feminino, e a maioria dos pacientes tem menos de 40 anos. 
▪ 90% dos carcinóides brônquicos são do tipo argentafinoma. Originam-se de células argentafins da mucosa 
brônquica, pertencendo ao grupo de tumores do sistema APUD. 
▪ Microscopia: São ninhos e cordões, massas de células separadas por um delicado estroma fibroso. As células são 
bem regulares, com núcleos arredondados e uniformes, exibindo raras mitoses. 
▪ Macroscopia: Apresentam-se como massas esféricas, que projetam-se na luz do brônquio, revestido por mucosa 
íntegra. Raramente excedem 3 a 4cm, estando a maioria restrita aos brônquios principais. 
▪ Clínica: Os dados clínicos resultam de seu crescimento na luz brônquica, da capacidade de produzirem 
metástases e da aptidão de alguns deles elaborarem aminas vasoativas. Causam tosse persistente, hemoptise, 
infecção secundária, bronquiectasia, enfisema, atelectasia. 
▪ 40% dão metástases aos linfonodos regionais. 
▪ 5 a 10% dão metástases ao fígado. 
 
✓ Síndrome carcinóide 
- Diarréia 
- Rubor 
- Cianose 
▪ Pela produção de serotonina, bradicinina. 
▪ Na maioria dos casos, os carcinóides brônquicos não secretam e 
nem dão metástases, sendo possível sua ressecção. 
▪ Bastante raros, mais frequentes antes dos 40 anos. 
 
Patologia - CH Mila Schiavini MED101 
✓ Sarcomas 
▪ São raros. 
▪ Originam-se do tecido conjuntivo de sustentação do pulmão, da musculatura lisa das paredes brônquicas ou dos 
vasos, da cartilagem das paredes brônquicas. 
▪ São massas sarcomatosas volumosas. 
 
✓ Tumores Metastáticos: 
▪ O pulmão é mais acometido por tumores metastáticos do que por neoplasias primárias. 
▪ São nódulos múltiplos dispersos pelos lobos pulmonares, com tendência de atingir a periferia. 
▪ A presença de metástases pulmonares elimina a possibilidade de cirurgia curativa no local do câncer primário.

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