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Intercorrências clínicas ELETROCARDIOGRAMA Amplia, filtra e registra a atividade elétrica do coração. Capta o potencial elétrico do coração de acordo com os eletrodos que estão espalhados pelo corpo. Ocorre durante a transmissão do impulso a partir dos átrios para os ventrículos. Este registro é apresentado em um gráfico em forma de traçado composto por três ondas distintas: P QRS e T. O PAPEL DO ECG O papel é dividido em quadrados pequenos e quadrados grandes. → No eixo horizontal: marca-se o tempo. O registro é realizado a 25 mm/seg. Cada quadrado pequeno equivale a 0,04 seg. Cada quadrado grande equivale a 0,2 seg. → No eixo vertical: marca-se a voltagem (amplitude) o tamanho da onda. Cada quadrado pequeno equivale e 0,1 mv. Cada quadrado grande equivale a 0,5 mv. O impulso que o eletro vai captar são as despolarizações/ contração dos átrios: → Começa no nodo sinusal- marca passo do coração no átrio direito. → Dispara o estimulo e vai para o átrio esquerdo. → Depois passa pelo nó atrioventricular. → Desce pelo feixe de His e se espalha pela parte basal do coração- fibras de purkinije. ONDAS DO ECG Alterações na onda P: alteração nos átrios D ou E. Contração dos átrios (sístole), ou seja, a despolarização dos átrios. Alterações no complexo QRS: alteração nos ventrículos D ou E. Contração dos ventrículos. Onda T: relaxamento e repolarização para começar uma nova onda (diástole). A descarga elétrica acontece pela troca de sódio e potássio, entra sódio nas células cardíacas e sai potássio. Sequência de ativação do coração Correspondência eletrocardiográfica Ativação atrial 1-Ativação AD Onda P (1ºPorção) 2-Ativação AE Onda P (2ºPorção) NAV-HIS Intervalo PR 1-Ativação septal Porção inicial do QRS Ativação ventricular 2- Ativação das paredes livres Porção média do QRS 3- Ativação das paredes basais Porção final do QRS ELETROCARDIOGRAMA → Olha o coração sobre 12 perspectivas, que são chamadas de derivações. Essas derivações fornecem uma visão da atividade elétrica do coração de um polo negativo a outro positivo. → Cada derivação produz formas de onda características com base na direção do fluxo da corrente elétrica. → As 12 derivações constituem-se: → 6 no plano frontal: Periférica bipolares (D1,D2 e D3) e unipolares (aVR, aVL e aVF). → 6 no plano horizontal: Precordiais V1 a V6. → Em situações especiais, podem se apresentar mais derivações, as cardiais direitas que exploram o ventrículo direito (V3R e V4R) e as cardiais posteriores que exploram a parede posterior do ventrículo esquerdo (V7, V8). R Vermelho: Braço direito Amarelo: Braço esquerdo Verde: Perna esquerda Preto: Perna direita (neutro) → DERIVAÇÕES PLANO HORIZONTAL- PRECORDIAIS UNIPOLARES. V1: 4º Espaço Intercostal Direito na Linha Paraesternal. V2: 4º Espaço Intercostal Esquerdo na Linha Paraesternal. V3: Entre V2 e V4. V4: 5º Espaço Intercostal Esquerdo na Linha Hemiclavicular. V5: 5º Espaço Intercostal Esquerdo na Linha Axilar Anterior. V6: 5º Espaço Intercostal Esquerdo na Linha Axilar Média. → DERIVAÇÕES ADICIONAIS- PLANO HORIZONTAL: V3R: Mesmo posicionamento da V3, porem a direita. V4R: Mesmo posicionamento da V4, porem a direita (5º EICD-LHCD) V7: 5º Espaço Intercostal Esquerdo, na Linha Axilar Posterior.8 V8: Entre V7 e V8 V9: Na Borda Paravertebral Esquerda. EIXO ELÉTRICO CARDÍACO Eixo cardíaco: posição em que está o coração dentro da caixa torácica, isto é, analisa mudanças de rotação sobre seu eixo, através dos vetores cardíacos. A maioria das pessoas tem o eixo de normalidade em -30º e +90º. O eixo cardíaco é variável na criança, brevilíneos, jovens adultos, idosos e obesos. O ângulo padrão do QRS nos indivíduos brevilineos, gestante, jovens e obesos é mais próximo do 0º (mais para a esquerda- horizontal) e dos longilíneos, crianças e idosos mais próximo do 90º (mais para a direita- vertical). Para calcular o eixo elétrico só vou usar as derivações do plano frontal, D1 e AVF sempre. Eixo elétrico normal: D1 positivo e AVF positivo. Desvio para a esquerda: D1 positivo e AVF negativo. Desvio para a direita: D1 negativo e AVF positivo. Em casos extremos: D1 negativo e AVF negativo. COMO ENCONTRAR O EIXO CARDÍACO? Após a realização do eletro no paciente vamos procurar as derivações do plano frontal D1 e AVF e observar se ele está positivo ou negativo. No meu eletro vou observar o D1 e observar se ela está positiva ou negativa e consequentemente o AVF. Na rosa dos ventos vou observar em qual ângulo é positivo ou negativo (conforme D1 e AVF), qual quadrante se encaixa. A partir disto, vou no eletro e procuro qual a derivação isodifásica (igual), o mesmo tamanho da onda tanto para cima como para baixo ou pode estar em linha reta também. Encontro uma derivação que esteja isodifásica e procuro consequentemente qual a derivação que esta perpendicular, ou seja, formando um ângulo de 90º. (30+30+30) Com isso encontra-se o eixo elétrico do coração. COMPONENTES DO ECG NORMAL → ONDA P: Reflete a despolarização dos átrios. → COMPLEXO QRS: Despolarização dos ventrículos. → ONDA T: Repolarização dos ventrículos. ONDA P: Reflete aonde começa os estímulos no nodo sinusal que passa para o átrio esquerdo e desce para o no atrioventricular. Se o eletro estiver normal, não vai haver alterações na onda P, ela sempre vai ter formato arredondado. A primeira porção da onda P vai ser a despolarização do átrio direito e a segunda a despolarização do átrio esquerdo. Se ela estiver patológica, vai apresentar alterações diferenciando átrio D e E. → Amplitude: 2,5 mm (0,25 mv) → Duração: máxima de 0,12 seg.(3 quadradinhos) → Morfologia: arredondada. Com eixo elétrico entre 0 e 90º: → Sempre positiva em D1, D2 e AVF → Sempre negativa em AVR → Variável em D3 e AVL → Positiva de V2 a V6, podendo ser positiva ou negativa em V1. INTERVALO PR: É medido do inicio da onda P até o início do complexo QRS. Corresponde ao tempo que o impulso cardíaco leva para despolarizar os átrios, percorrer o nódulo AV, feixe de His e ramos ate alcançar os ventrículos. Valor de normalidade do intervalo PR: varia de 0,12 a 0,20 seg. → Duração: 0,12 s a 0,20 s → Varia com a idade: Crianças: 0,16 s Adolescentes: 0,18 s Adulto: 0,20 s → Varia com a frequência cardíaca: quando maior a frequência cardíaca, menor o intervalo PR. SEGMENTO PR: É o segmento da linha de base ou isoelétrica que conecta o final da onda P ao início do complexo QRS. Corresponde ao intervalo de tempo em que o estimulo leva para alcançar os ventrículos após a despolarização atrial. Não confundir!!! COMPLEXO QRS: Despolarização dos ventrículos. É um conjunto de ondas pontiagudas que representam a despolarização ventricular. 1º ONDA Q: Despolarização do septo intraventricular. 2º ONDA R: Despolarização das paredes dos ventrículos. 3º ONDA S: Despolarização das porções basais do septo e ventrículos. Deve se identificar o complexo QRS em todos os ciclos cardíacos, observando: → Morfologia: Deflexão espiculada, estreita. → Duração: 0,06-0,12s (2 quadradinhos e meio até 3) → Amplitude: Variada. É medido do inicio da onda Q ao fim da onda S. → Onda Q: primeira deflexão negativa. → Amplitude Q: não exceder 25% (1/4) da R. → Duração Q: <0,04s. Pode haver uma onda Q relativamente profunda em D3 em corações horizontalizados e um complexo QS em AVL nos corações verticalizados. É normal uma onda Q profunda em AVF. → Onda R: Primeira deflexão positiva. (amplitude 1,6 mv) → Onda S: Segunda deflexão negativa que segue a onda R. → Eixo elétrico QRS: -30º a +90º. → Obrigatoriamente o complexo vaiser positivo em D1, D2 e AVF. → Sempre negativa em AVR. → Variável em D3 e AVL. → Normalmente, o complexo QRS é negativo na derivação V1 e V2 (abaixo da linha de base) e positivo em V6. → As ondas Q podem surgir em V5 e aumentar de V5 para V6. → As ondas R aumentam de V1 para V5 e diminuem de V5 para V6. → As ondas S aumentam de V1 para V2 e diminuem para V3 e para V6. SEGMENTO ST: Despolarização completa dos ventrículos. Corresponde ao fim do QRS (ponto J) ate o inicio da onda T. Sua variação pode estar relacionada com doença coronariana, pericardite, hipertensão e outras condições. Tem que se apresentar isoelétrico acompanhando o segmento PR. → Normal: ser isoelétrico. → Em V1 e V2 é comum estar acima da linha de base (até 1mm) → Anormal: estar elevado ou deprimido. ONDA T: Corresponde a repolarização ventricular, relaxamento dos ventrículos. Não se costuma medir o tempo desta onda, mas observa-se o formato, que deve estar arredondada, que tem sempre que acompanhar a onda P. Medida: não costuma ser superior a 5mm nas derivações padrões e 10 mm nas derivações precordiais. Amplitude e duração não são medidas (mede-se o intervalo QT). Se a onda T for positiva em V1, devera prosseguir positiva ate V6. Ela poderá ser negativa em V1, V2, positiva em V3 e tornando-se positiva, sempre deverá permanecer positiva até V6. Em suma, ela nunca evolui normalmente do positivo para o negativo, sempre do negativo para o positivo. Acompanha o complexo QRS. A inversão da onda T pode indicar um processo isquêmico. INTERVALO QT: Duração total das fases de despolarização e de repolarização dos ventrículos. É medida no inicio do complexo QRS ate o fim da onda T. → QT varia: frequência cardíaca e sexo. Mulheres: 0,34 a 0,47 seg. Homens: 0,34 a 0,45 seg. Quanto maior a FC menor o QT. Prolongamento do QT: pode desencadear taquicardia ventricular. CÁLCULO DO INTERVALO QT: Contar quantos quadradinhos tenho no intervalo QT (inicio da onda Q ate o inicio da onda T) e multiplicar por 0,04. Contar quantos quadradinhos tenho de uma onda R ate outra onda R e multiplicar por 0,04. Depois colocar na formula de Bazett: ONDA U: Corresponde a repolarização tardia das fibras de purkinje. Não são todos os eletros que apresentam a onda U. Ela pode aparecer quando a uma diminuição de potássio grave, uma hipocalemia. A forma vai apresentar-se arredondada, de duração curta. Amplitude pequena (0,1 a 0,5 mc) e geralmente proporciona a oda T correspondente a 5% a 25% do total dela. Melhor observada em V3 e V4. Duração e amplitude aumentada: hipocalemia severa. Pode ser negativa quando há sobrecarga ventricular ou isquemia. RITMO CARDÍACO É avaliado pela medida dos intervalos entre os ciclos cardíacos, mais facilmente aferidos entre as espiculas dos QRS- os intervalos R-R. Contar os quadradinhos de uma onda a outra R-R. A derivação mais usada é a D2. O ritmo cardíaco é regular quando estes intervalos são iguais ou constante, e irregular quando os intervalos são diferentes ou inconstantes. Ritmo normal do coração: Ritmo sinusal. O ritmo sinusal é considerado normal quando apresenta todas as ondas normais: o Onda P arredondada e monofásica. o Onda P precede o complexo QRS. o Positiva D1, D2 e negativa em AVR. o Frequência adequada ao nó sinusal (60 a 100 bpm) Bradicardia: <60 bpm. Taquicardia: >100 bpm. REVISANDO: Para analisar um ECG devemos seguir esta sequência: 1. Identificação, idade e sexo do paciente. 2. Ritmo e frequência 3. Eixo cardíaco. 4. Analise dos elementos do ECG: • Onda P • Intervalo PR (condução AV) • Complexo QRS • Segmento ST • Onda T Intercorrências clínicas SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS (SCA) É a principal causa de óbito no Brasil e no mundo. FATORES DE RISCO CARDÍACOS: Antecedentes familiares Sedentarismo Períodos prolongados de tensão e ansiedade Idade (incidência aumenta depois dos 30 anos) Obesidade Tabagismo Diabetes Hipertensão arterial Níveis séricos aumentados de colesterol e triglicérides Alimentação Sexo masculino Uso de contraceptivos por mulheres com mais de 40 anos de idade. Enzima troponina: coletada em pacientes que apresentam sintomas de IAM. O aumento desta enzima pode ser um indicador de lesão miocárdica, mas não quer dizer que necessariamente o paciente está infartando. Existem outras patologias que também aumentam o nível de troponina, como um trauma cardíaco, doença renal crônica, sepse, insuficiência cardíaca, miocardite, ... ANATOMIA BÁSICA DO CORAÇÃO FISIOPATOLOGIA DO IAM De acordo com os fatores de risco e os fatores modificáveis ou não, o paciente, tanto jovem como idoso, pode desenvolver um trombo. Como que ocorre este trombo dentro das artérias? Temos as fibras musculares lisas e ao longo do tempo o paciente vai desenvolvendo uma camada de lipídios nesta artéria, o que vai se transformando em uma placa estável a princípio, rico em lipídios dentro dela. Ao longo do tempo, em cima desta placa de lipídios há a formação de uma camada de fibrinas, plaquetas e células espumosas que vai ocluindo de forma parcial a artéria, uma oclusão parcial, onde ainda não se rompeu esta placa rica em plaquetas. Esta oclusão parcial é chamada de Angina instável ou IAM sem supra de ST, rico em plaquetas. A partir do momento em que este trombo se rompe e cai na corrente sanguínea, e se junta as hemácias, vai criar- se um trombo oclusivo, esse trombo pode migrar para uma artéria mais estreita e ocluir totalmente esta artéria. Esta oclusão total causa o Infarto agudo do miocárdio com supra de ST- rico em hemácias. Placa fibrosa -> ruptura ou erosão da placa (trombo não oclusivo) -> microembolização de agragados plaquetarios - > obstrução total da luz do vaso -> destruição miocardica- elevação de enzimas. Tipo 1: instabilidade da placa: infarto propriamente dito, aumento da camada lipídica, do colesterol, camada fibrosa, até o momento do rompimento. Tipo 2: desbalanço de oferta demanda: pode ocorrer por um espasmo da artéria coronária, a chegada de oxigênio ate a artéria vai ser dificultada, pode ser uma hipotensão, choque, bradicardia, arritmias, ... Tipo 3: morte súbita: fatal, paciente não consegue ser socorrido a tempo. Causa só é descoberta na autopsia. Tipo 4: relacionado a ATC (angioplastia trasnluminal cutânea: relacionado a algum exame em que o paciente vai fazer, como o cateterismo, angioplastia, e o infarto ocorre no momento do procedimento, onde pode haver o deslocamento do trombo. Elevação da troponina maior que o percentil 99 em 5x mais. Tipo 5: relacionado a cirurgia cardíaca: na manipulação da musculatura cardíaca pode haver uma obstrução do vaso e o paciente ter um infarto durante a cirurgia cardíaca. Elevação da troponina maior que o percentil 99 em 10x mais. SINDROME CORONARIANA AGUDA COM SUPRADESNIVELAMENTO DE ST: Há uma oclusão total da artéria acometida. Elevação do ponto J no ECG. Paciente com dor torácica aguda e supradesnivelamento persistente do segmento ST ou bloqueio de ramo esquerdo (BRE) novo ou presumivelmente novo. → Características eletrocardiográficas: Elevação do ponto J em pelo menos 2 derivações contiguas da mesma parede com as seguintes características. Supradesnivel de ST em V2-V3 Homens < 40 anos: supra ST >2,5 mm Homens > 40 anos: supra ST 2,0 mm Mulheres: supra ST >1,5 mm Supradesnivel de ST >1,0 nas demais derivações e que sejam contiguas, exceto em casos de hipertrofia ventricular ou bloqueio de ramo direito. BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO → Critérios eletrocardiográficos: QRS maior que0,12 segundos Presença de ondas R alargadas e com entalhes de V5, V6, D1 e AVL S profunda em V1 e V2 Quando ocorre a despolarização do coração no nodosinusal, passa para o átrio ventricular e desce pelo feixe de His pelo septo, quando ocorre o bloqueio de ramo esquerdo, não ocorre a despolarização pro lado esquerdo, deixando de contrair ou vai contrair parcialmente. OUTRAS CAUSAS DE ELEVAÇÃO DE SEGMENTO ST: → Pericardite aguda → Hipercalemia: normalmente elevação é leve e é acompanhada por uma onda T apiculada → Aneurisma ventricular → Secundaria a alteração na repolarização: bloqueios de ramo, marcapasso elétrico, síndrome Wolf- Parkinson-White (intervalo PR curto: <0,12 s)- pode refletir pré-excitação ventricular. → Hipotermia → Síndrome de bugada: elevação do ST nas derivações V1-V3, superior a 2 mm. OUTRAS CAUSAS DE DEPRESSÃO DE SEGMENTO ST: → Impregnação digitálica → Hipocalemia: na hipocalcemia moderada ou severa se produz um infra-desnivelamento do segmento ST acompanhado de uma onda T isoelétrica ou invertida e um aumento de amplitude da onda U. → Hipertrofia ventricular esquerda → Prolapso mitral → Esforço físico SINDROME CORONARIANA AGUDA SEM SUPRADESNIVELAMENTO DE ST Paciente com dor torácica aguda, com elevação de marcadores de necrose miocárdica e sem supradesnivelamento persistente do segmento ST, associado ou não a outras alterações do ECG. → Elevação transitória do segmento ST, em 0,5 mm ou mais, com duração menor que 20 minutos. → Infradesnivelamento transitório ou persistente do segmento ST, em 0,5 mm (0,5mV) ou mais em pelo menos 02 derivações contiguas. → Inversão da onda T, outras alterações inespecíficas da onda T e ate mesmo um ECG normal. ANGINA ESTAVEL Definida como isquemia miocárdica na ausência de necrose miocárdica, ou seja, com biomarcadores negativos. A dor ocorre em repouso ou com mínimo de esforço, com duração superior a 15/20 minutos, de forte intensidade, inicio recente (dentro de um mês), ou padrão em crescente (intensidade maior, mais prolongada ou mais frequente do que antes). A angina estável não faz parte da SCA! → É uma isquemia transitória habitualmente causada por uma doença aterosclerótica, caracterizada por dor torácica, geralmente retroesternal ou na região precordial, desencadeada por esforço físico, refeições copiosas ou estresse emocional, com duração de 30 segundo a 15 minutos, aliviada pelo repouso ou uso de nitrato sublingual, e que não muda suas características por pelo menos 2 meses. DIAGNOSTICO DE INFARTO DO MIOCARDIO: História típica de dor precordial- cerca de 75-85% dos pacientes. Elevação enzimática- troponina. Alterações eletrocardiográficas: sensibilidade de apenas 45-60% para diagnostica de IAM fase inicial. Cerca de 50% dos pacientes apresentam- se com eletrocardiograma normal. SINTOMAS DE IAM: Pesquisar: → Localização, irradiação, característica, início, duração, fatores de melhora ou piora e sintomas associados. Paciente pode apresentar: → Dor ou desconforto intenso retroesternal, referida como aperto, opressão ou queimação, podendo irradiar-se para o pescoço, mandíbula, membro superior esquerdo e dorso. Sintomas associados: → Náuseas, vômitos, sudorese, palidez, extremidades frias, dispneia, palpitação e sensação de morte iminente. Investigar a relação da dor com situações de estresse físico e emocional- a dor nas SCA normalmente se inicia em repouso. Presença de fatores de piora da dor relacionada a inspiração profunda, posição no leito, movimentação de um determinado grupo de feixe muscular, alimentação copiosa ou palpitação local da dor, indica uma manifestação pouco provável com IAM. Pacientes idosos (>75 anos), mulheres e portadores de diabetes, doenças renais crônicas ou demência, podem se apresentar mais comumente com equivalentes anginosos. Ressalta-se que a dor envolvida no espasmo esofagiano também pode apresentar melhora com uso de nitrato. EXAME FISICO Pode ser totalmente normal e as alterações quando presentes são inespecíficas. → Pressão arterial geralmente é normal. → Na ausculta cardíaca os ruídos podem estar abafados, presença de B4. A presença da terceira bulha relaciona-se com a gravidade da disfunção ventricular (indica risco alto). → A turgência jugular indica sobrecarga de volume ou disfunção do ventrículo direito. → O prognóstico do infarto esta diretamente relacionada a escala de Killip Kimball, baseado na ausculta pulmonar, cardíaca e nos sinais de choque. → Alterações do EGC ocorrem inicialmente em 50% dos pacientes com IAM. O ECG inicial norma não afasta isquemia. CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP Baseada em ausculta pulmonar, cardíaca e sinais de choque. Usada para estabelecer o prognostico dos pacientes com IAM.
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