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Transtornos Alimentares: classificação e diagnóstico


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Transtornos Alimentares 
 
CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO 
A estrutura do DSM-5 A estrutura do DSM-5 para classificar e diagnosticar transtornos 
alimentares reconhece três transtornos específicos: anorexia nervosa, bulimia nervosa e 
transtorno de compulsão alimentar. Além disso, existem duas categorias residuais 
chamadas outro transtorno alimentar especificado e transtorno alimentar não 
especificado, respectivamente. 
Em essência, três características precisam estar presentes para formar um diagnóstico de 
anorexia nervosa: 
1. A superestimação da forma e do peso, ou seja, julgar a si próprio, em grande parte ou, 
até mesmo, exclusivamente, em termos de forma e peso. 
2. Isso se expressa muitas vezes como um forte desejo de ser magro combinado com um 
medo intenso de ganhar peso e ficar gordo. 
3. A manutenção ativa de um peso corporal indevido. 
Três características também devem estar presentes para se fazer um diagnóstico de 
bulimia nervosa: 
1. Superestimação de forma e peso, como na anorexia nervosa. 
2. Compulsão alimentar recorrente. Um episódio de compulsão é ingerir uma quantidade 
objetivamente grande de comida e ter uma sensação de perda de controle no momento. 
3. Comportamento de controle de peso extremo, como restrições alimentares rígidas, 
vômitos autoinduzidos recorrentes ou uso frequente e indevido de laxantes. 
Para diagnosticar bulimia nervosa, há um critério excludente, ou seja, que os critérios 
diagnósticos para anorexia nervosa não sejam cumpridos, o que garante que os pacientes 
não possam ter os dois diagnósticos ao mesmo tempo. 
O transtorno de compulsão alimentar, que era um diagnóstico provisório no DSM-IV, é 
reconhecido como um transtorno pleno no DSM-5. Ele busca indicar um problema 
alimentar caracterizado pela compulsão alimentar recorrente na ausência do 
comportamento extremo de controle de peso visto na bulimia nervosa e na anorexia 
nervosa. Não há critério diagnóstico especificado para os dois diagnósticos residuais de 
transtorno alimentar. 
Bulimia nervosa – superestimação da forma e do peso, que resulta na busca de perder 
peso e em um grande medo de ganhar peso e ficar gordo. Os hábitos alimentares são 
parecidos com os dos pacientes que tem anorexia nervosa. A principal característica 
distintiva é que as tentativas de limitar a ingestão de comida são interrompidas por 
episódios repetidos de compulsão alimentar. 
Anorexia nervosa – uma tentativa bem-sucedida de perder peso é valorizada pelo 
paciente, assim, eles sentem pouca vontade de mudar. Características depressivas e de 
ansiedade, irritabilidade, labilidade do humor, prejuízos à concentração, perda de apetite 
sexual e sintomas obsessivos também costumam estar presentes. Geralmente, essas 
características pioram à medida que se perde peso e melhoram quando se ganha. 
Transtorno de compulsão alimentar - há uma tendência a comer demais fora dos 
episódios. Os hábitos alimentares se assemelham aos de pessoas com obesidade, embora 
com episódios de compulsão sobrepostos. A maioria das pessoas que procuram 
tratamento para o transtorno de compulsão alimentar tem excesso de peso ou cumpre os 
critérios para obesidade. 
Outros transtornos alimentares especificados ou não especificados - é muito parecida 
com a que se observa na anorexia nervosa, na bulimia nervosa e no transtorno de 
compulsão alimentar, e é de duração e gravidade comparáveis. 
A Teoria Cognitivo Comportamental 
Bulimia Nervosa - Segundo a teoria, o esquema disfuncional de autoavaliação desses 
pacientes é central à manutenção do transtorno. Eventos e mudança de humor associados 
levam a Superestimativa da forma, peso e seu controle, que levam a Dieta rígida; 
comportamentos de controle de peso não compensatórios, compulsão alimentar, e 
vômito/uso indevido de laxantes compensatórios. 
Anorexia nervosa e outros transtornos alimentares especificados - a teoria 
transdiagnóstica destaca o fato de que a anorexia nervosa e a bulimia nervosa têm muito 
em comum, a principal diferença entre os dois transtornos reside no equilíbrio relativo de 
comer menos ou mais do que o indicado e seu efeito no peso corporal. Na teoria cognitivo-
comportamental sobre a manutenção da anorexia nervosa, temos que o transtorno leva a 
superestimação da forma, peso e controle, Alimentação rígida; comportamento não 
compensatório de controle do peso, Peso muito baixo, preocupação com comer, 
retraimento social, sensação de maior plenitude e maior obsessividade. Já na teoria 
cognitivo-comportamental transdiagnóstica dos transtornos alimentares há dieta rígida, 
comportamento de controle do peso não compensatório que leva a compulsão alimentar 
(com vomito/uso de laxantes compensatórios) e peso muito baixo. 
Forma específica de terapia cognitivo-comportamental para bulimia nervosa: 
(TCC-BN)