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TICS 14

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E DA SAÚDE DO PIAUÍ
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA- IESVAP
ALUNAS: AYANA ROCHA PORTO MOUSINHO- 3º PERÍODO
PROFESSORA: ANA RAQUEL
                                              DISCIPLINA: TIC’S
               ATIVIDADE SOBRE A CONDUTA CORRETA EM UM ATENDIMENTO DE PRONTO SOCORRO (14° semana)
Diante do caso apresentado, o quadro sugestivo seria pneumotórax por arma branca. A ocorrência de um ferimento na parede torácica que atinja todas as camadas da mesma permite a entrada de ar atmosférico na cavidade pleural, resultando em um imediato equilíbrio entre as pressões intratorácica e atmosférica. Se a lesão da parede for igual ou superior a 2/3 do diâmetro da traqueia da vítima, a cada incursão respiratória o ar passará preferencialmente pelo ferimento da parede, visto que ele tende a passar pelo local de menor resistência. O resultado é um prejuízo considerável da ventilação efetiva, resultando em hipóxia. 
Inicialmente, deve garantir o fechamento da lesão por meio do curativo quadrangular que cubra todas as bordas da lesão. Apenas 3 de seus lados devem ser fixados com esparadrapo ou similar (curativo de 3 pontas). O objetivo é produzir um efeito de válvula. Quando o paciente inspirar, a sucção da ferida fará o curativo colabar, impedindo a entrada de ar. Ocluindo os quatro lados do curativo ocorrerá o acúmulo de ar no espaço pleural resultando em pneumotórax hipertensivo, por isso reforçamos a importância de apenas 3 lados fixados. Deve ser utilizado material impermeável, normalmente o plástico de embalagens de gaze. Antes de aplicar o esparadrapo é muito importante limpar a pele ao redor da ferida com éter para retirar resíduos como sangue e suor, o que impede a adequada fixação do adesivo.
Além disso, pode ser feito a oxigenoterapia preferencialmente em máscara não reinalante, colocar o paciente na posição de Fowler (com a cabeceira elevada), pulsionar dois acessos venosos de grosso calibre para realizar a reanimação volêmica.
Por mais que não tenha o kit específico para a drenagem torácica sob selo d’água, existe a toracocentese, que seria a drenagem por aspiração com seringa com uma agulha de grosso calibre- introduzindo de forma perpendicular- na região do 2 ° espaço intercostal, aspirando ar e sangue. 
Acrescenta-se, ainda, o acompanhamento e monitoramento dos sinais vitais. Em situações que as medidas anteriormente citadas não forem suficientes para manter a saturação adequada do paciente, faz-se necessário a intubação orotraqueal. No entanto, vale lembrar que o tratamento efetivo seria a drenagem torácica sob selo d’agua assim que possível.
REFERÊNCIAS:
ANDRADE FILHO, Laert Oliveira; CAMPOS, José Ribas Milanez de; HADDAD, Rui. Pneumotórax. Jornal brasileiro de pneumologia, v. 32, p. S212-216, 2006.
CARVALHO, Maurício Vidal de. Curativo de 3 pontas. Acesso em: 30 de maio de 2021 http://www.ph.uff.br/artigos/curativo3p.pdf
MALESKI, Paula Shizue Inaba de Souza. Caracterização das vítimas de ferimentos por arma de fogo e arma branca atendidas em um hospital público. 2017.
MEDEIROS, Geraldo Antônio; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA TORÁCICA. Ferimentos penetrantes de tórax, 2008.
MELO, Alessandro Severo Alves de et al. Aspectos tomográficos do trauma torácico aberto: Lesões por projéteis de arma de fogo e armas brancas. Radiologia Brasileira, v. 50, n. 6, p. 372-377, 2017.
SOUZA, Vanessa Silva; SANTOS, Alex Caetano dos; PEREIRA, Leolídio Vitor. Perfil clínico-epidemiológico de vítimas de traumatismo torácico submetidas a tratamento cirúrgico em um hospital de referência. Sci med, v. 2, p. 96-101, 2013.

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