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a Adeno-hipófise GH, ACTH, TSH, FSH, LH, prolactina Neuro-hipófise Ocitocina, ADH @waleska112 Med IX - UFOB Fármacos que atuam no sistema endócrino: Os hormônios secretados pelo hipotálamo e pela hipófise controlam importantes funções homeostáticas e metabólicas, incluindo reprodução, crescimento, lactação, fisiologia da glândula tireoide e das glândulas suprarrenais e homeostasia da água. A hipófise é constituída de dois órgãos estreitamente associados: adeno-hipófise (anterior) e neuro-hipófise (posterior). Os prefixos adeno e neuro indicam as origens ectodérmica oral e ectodérmica neural dos componentes anterior e posterior da hipófise, respectivamente. Embora origens embriológicas diferentes, o hipotálamo controla a atividade de ambos os lobos. O controle hipotalâmico da adeno- hipófise ocorre por meio da secreção hipotalâmica de hormônios no sistema vascular porta-hipotalâmico-hipofisário. O leito capilar inicial desse sistema porta é constituído por ramos da artéria hipofisária superior, que se distribuem ao redor das terminações axônicas dos neurônios hipotalâmicos. Ao alcançar a adeno-hipófise, as veias ramificam-se e formam um segundo leito capilar que banha as células endócrinas da adeno-hipófise com hormônios secretados pelo hipotálamo. Enquanto a conexão hipotálamo e adeno-hipófise ocorre de forma indireta pela conexão vascular, o hipotálamo tem uma conexão neural direta com neuro-hipófise. Os neurônios sintetizam hormônios, destinados ao armazenamento na neuro-hipófise e nos corpos celulares dos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo. Em seguida, esses hormônios são transportados pelos axônios até a neuro- hipófise, onde são armazenados em terminações neuronais até a ocorrência de um estímulo de liberação. Por conseguinte, a neuro-hipófise pode ser considerada como extensão do hipotálamo. A adeno-hipófise é constituída por um conjunto heterogêneo de numerosos tipos de células, tendo, cada um deles, a capacidade de responder a estímulos específicos, com liberação de hormônios específicos na circulação sistêmica. Os hormônios da adeno-hipófise são classificados em três grupos: - Hormônios somatotrópicos: hormônio do crescimento (GH) e prolactina. - Glicoproteínas hormonais: hormônio luteinizante (LH), hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio tireoestimulante (TSH). - Adrenocorticotrofina (ACTH) pertence a uma classe distinta, uma vez que é processada por proteólise a partir de uma proteína precursora maior. Com exceção de dopamina, todos os fatores de liberação hipotalâmicos conhecidos são peptídios. Os hormônios da adeno- hipófise consistem em proteínas e glicoproteínas. É importante ressaltar que os peptídios e as proteínas intactos não são absorvidos pelo lúmen intestinal; na verdade, são digeridos por proteases locais, com liberação de seus aminoácidos constituintes. Por esse motivo, a administração terapêutica de um hormônio ou antagonista hormonal peptídico deve ser realizada por via não oral. A incapacidade de secretar hormônio do crescimento ou aumentar a secreção de IGF-1 durante a puberdade resulta em retardo do crescimento. A deficiência de GH resulta mais comumente da liberação hipotalâmica deficiente de GHRH (deficiência terciária) ou de insuficiência hipofisária (deficiência secundária). A sermorrelina (GHRH sintético) pode ser administrada por via parenteral para determinar a etiologia da doença. Se um paciente apresenta liberação hipotalâmica deficiente de GHRH, mas tem somatotrofos da adeno-hipófise normalmente funcionantes, a administração de GHRH exógeno resulta em liberação aumentada de GH. Os agentes exógenos alternativos atualmente usados para estimular a liberação de GH incluem glucagon, arginina, clonidina e insulina indutora de hipoglicemia. Somatropina: A maioria dos casos de retardo do crescimento dependente de hormônio do crescimento é tratada pela reposição de hormônio do crescimento humano recombinante, designado pelo nome genérico de somatropina. Os esquemas típicos de dosagem envolvem injeção diária subcutânea ou intramuscular. Mecassermina: fator de crescimento-1 insulin-like (IGF-1) humano, recombinante, constitui um tratamento efetivo para pacientes com insensibilidade ao GH (o denominado nanismo de Laron). Mecasermina também foi aprovada para uso em pacientes com deficiência de GH e anticorpos dirigidos contra o hormônio do crescimento. Possuem dentre seus efeitos fisiológicos a redução da glicemia. Já foi cogitado como uma terapia adjuvante (“complementar”) no diabetes tipo 1, mas não evoluiu na prática clínica. Pegvisomanto: a acromegalia refratária a outros tratamentos pode ser tratada com pegvisomanto, um antagonista do receptor de GH. é um análogo modificado do GH, de tal modo que um dos sítios pode ligar-se ao receptor de GH com maior afinidade que a molécula nativa, enquanto outro sítio de ligação fica inativo. Por conseguinte, embora o pegvisomanto se ligue firmemente ao receptor de GH monomérico, ele impede a dimerização do receptor, necessária para a ativação subsequente do receptor e a sinalização intracelular. Por conseguinte, o fármaco atua como antagonista competitivo da atividade do GH. Somatostatina: a somatostatina, também conhecida como hormônio inibidor da liberação de GH, é um hormônio protéico sintetizado pelas células delta presentes nas Ilhotas de Langerhans pancreáticas. Ela inibe fisiologicamente a secreção de hormônio do crescimento, motivo por que constitui um tratamento lógico para adenomas somatotróficos. Octreotida e lanreotida são análogos peptídicos sintéticos da somatostatina, de ação mais longa, que vêm sendo utilizados com extensa experiência. Octreotina: análogo de somatostaina de longa duração. Administração subcutânea (dor no local). Usado no tratamento de carcinoides e acromegalia. Causa vasoconstrição dos vasos esplâncnicos e é usada em varizes orofaríngeas. RA: TGI, e relatos de cálculos biliares e hepatite aguda. Lanreotida: (Somatuline®): também é utilizada em tumores de tireoide. Pasireotida: é um análogo da somatostatina em fase de pesquisa, que também demonstrou ter eficácia clínica no tratamento de acromegalia e doença de Cushing. Os lactotrofos da adeno-hipófise produzem e secretam prolactina. Sua atividade é inibida pela secreção hipotalâmica de dopamina. O TRH pode intensificar a liberação de prolactina, além de estimular os tireotrofos da adeno-hipófise. Diferentemente de outras células da adeno-hipófise, os lactotrofos encontram-se sob inibição tônica pelo hipotálamo, presumivelmente mediada pela liberação hipotalâmica de dopamina. Por conseguinte, uma doença capaz de interromper o sistema porta-hipotalâmico-hipofisário resulta em diminuição da secreção da maioria dos hormônios da adeno-hipófise, porém provoca aumento da liberação de prolactina. Os níveis de prolactina estão normalmente baixos em homens e em mulheres não grávidas. O aumento dos níveis de estrogênio durante a gravidez estimula os lactotrofos a secretar quantidades crescentes de prolactina, mas o estrogênio também antagoniza a ação da prolactina na mama, impedindo a lactação até depois do parto. A sucção proporciona poderoso estímulo neural para a liberação de prolactina. Níveis aumentados de prolactina suprimem a síntese de estrogênio, na medida em que antagonizam a liberação hipotalâmica de GnRH e também diminuem a sensibilidade dos gonadotrofos aos GnRH. A consequente redução na liberação de LH e FSH diminui a estimulação do eixo hipotálamo-hipófise-gônadapelo órgão-alvo. A supressão da síntese de estrogênio pela prolactina parece constituir um mecanismo fisiológico para suprimir a ovulação enquanto uma mulher estiver amamentando. A secreção cronicamente elevada de prolactina, como a causada por um prolactinoma, também suprime o eixo hipotálamo-hipófise- gônada. Por esse motivo, os prolactinomas constituem uma causa imagecomum de infertilidade, particularmente em mulheres que podem apresentar-se com oligomenorreia ou amenorreia. Bromocriptina: é um agonista sintético dos receptores de dopamina, que inibe o crescimento das células lactotróficas, constituindo uma estabelecida terapia clínica para prolactinomas. Os efeitos adversos resultam de ações sistêmicas do fármaco e consistem em náuseas e vômitos, presumivelmente pelo fato de que a área postrema no bulbo, que estimula a náuseas, apresenta receptores de dopamina. Cabergolina e quinagolida: são dois outros agonistas do receptor de dopamina, usados no tratamento de prolactinomas. A cabergolina é comumente utilizada nos EUA, enquanto a quinagolida só está disponível na Europa. Os neurônios do núcleo paraventricular do hipotálamo sintetizam e secretam o hormônio de liberação da corticotrofina (CRH). O CRH liga-se a receptores de superfície celular localizados nos corticotrofos da adeno-hipófise e estimula esses corticotrofos a sintetizar e liberar o hormônio adrenocorticotrofina (ACTH). O ACTH estimula a síntese e a secreção de hormônios esteroides adrenocorticais, incluindo glicocorticoides, androgênios e mineralocorticoides. Cosintrofina ou Tetracosactida: pode-se utilizar uma forma sintética de ACTH para estabelecer o diagnóstico de casos suspeitos de insuficiência suprarrenal e, especificamente, para ajudar a determinar se a insuficiência é primária ou secundária. - FSH, LH e TSH serão assuntos de próximos resumos... Em comparação com os numerosos hormônios da adeno-hipófise, o lobo posterior da hipófise (neuro-hipófise) secreta apenas dois hormônios: hormônio antidiurético e ocitocina. O HAD é um hormônio peptídico produzido por células magnocelulares do hipotálamo. As células nessas regiões contam com osmorreceptores capazes de perceber mudanças na osmolalidade extracelular. O aumento da osmolalidade estimula a secreção de HAD das terminações nervosas na neuro-hipófise. O HAD liga-se a dois tipos de receptores, V1 e V2. Os receptores V2, localizados no néfron, estimulam a expressão de canais de água na superfície celular para aumentar a reabsorção de líquido no ducto coletor. Essas duas ações do HAD se combinam para manter o tônus vascular por meio de: (1) elevação da pressão arterial; e (2) aumento da reabsorção de água A secreção excessiva de HAD provoca a síndrome de secreção inapropriada de HAD (SIHAD), enquanto sua secreção deficiente ou a responsividade diminuída ao hormônio causam diabetes insípido. Conivaptana e tolvaptana: são antagonistas dos receptores de vasopressina, recentemente aprovados pela FDA para a hiponatremia induzida pela síndrome de secreção inapropriada de HAD. Tolvaptana é um antagonista específico do receptor V2, aprovada para uso em insuficiência cardíaca, enquanto conivaptana é antagonista misto dos receptores V1 e V2, aprovada para uso na hiponatremia euvolêmica e hipervolêmica. Desmopressina: um análogo da vasopressina, tem atividade mínima no receptor V1, tornando-a praticamente livre de efeitos pressóricos. Este análogo tem ação mais longa do que a vasopressina e é preferido no tratamento do diabetes insípido e da enurese noturna. Felipressina: efeito vasoconstritor (V1) - usado com AL. Terlipressina: longa duração (atividade vasopressora baixa mas prolongada). Diuréticos: os pacientes com diabetes insípido nefrogênico podem ser tratados com diuréticos, como amilorida ou hidroclorotiazida. O mecanismo pelo qual esses diuréticos impedem a perda excessiva de água livre é paradoxal; induzem um estado de contração de volume, que promove aumento da absorção de água no túbulo proximal e diminui, por conseguinte, o aporte de água ao local de resistência ao HAD: os ductos coletores. A ocitocina é usada em obstetrícia para estimular as contrações do útero e induzir o parto. Ela causa ejeção do leite, contraindo as células mioepiteliais ao redor do alvéolo mamário. Embora toxicidades sejam incomuns quando o fármaco é usado de forma adequada, foram registrados casos de hipertensão, ruptura uterina, retenção de água e morte fetal. Os efeitos antidiurético e pressórico da ocitocina são muito menores do que os da vasopressina.
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