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CRIAÇÃO DE BEZERRAS

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BOVINOCULTURA DE LEITE 
Maria Eduarda Rocha / Dara Alves / Mateus Queiroz
CRIAÇÃO DE BEZERRAS E NOVILHAS LEITEIRAS
A bezerra de hoje é a vaca de amanhã!
→ Investir nas bezerras é necessário! Não é muito barato, mas é um investimento que se paga devido a produção que a bezerra/futura vaca irá entregar caso for bem tratada 
→ Se não investir na bezerra, ela terá seu desempenho prejudicado, atrasa a puberdade, aumenta a idade ao primeiro parto, e com isso vai aumentando o número de novilhas no rebanho (ainda não emprenharam), e consequentemente aumentando a recria da fazenda também 
→ Otimizar cria e recria de bezerras significa tornar os animais produtivos mais cedo, diminuindo idade ao primeiro parto 
→ Taxa de reforma: número, em percentual, de animais do rebanho de matrizes que serão descartados, sendo substituídos por animais de reposição, normalmente mais jovens e melhorados geneticamente 
- As vacas vão ficando velhas nos rebanhos, vão tendo problemas crônicos, não conseguem emprenhar, sendo assim necessário o estabelecimento da taxa de reforma visando sempre ter animais aptos para produção 
- Ex: num rebanho de 100 vacas, decide-se fazer taxa de reforma de 20%, vendendo então 20% desses animais e introduzindo 20% de animais novos. Então em 5 anos, fará a “reforma” completa do rebanho 
- Um criador que não planeja crescer o rebanho, tem que recriar no mínimo o número de bezerras necessárias para a taxa de reforma da fazenda 
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO: 
· Proporcionar conforto térmico no período seco e período pré-parto da vaca é fundamental! 
· O cuidado com a vaca gestante terá influência sobre a própria vaca e sobre a bezerra nascida 
· Bezerras que nascem de vacas que sofreram estresse térmico terão menor peso ao nascimento, menor ganho de peso (desenvolvimento), e quando se tornam vacas produzem menos leite 
· Baia maternidade individual (geralmente visto em fazendas que fazem criação em galpão) 
· Mesmo objetivo do piquete maternidade 
· Os animais devem ser levados para a baia quando mostrarem os primeiros sinais de parto (rompimento de bolsa ou exposição dos membros do bezerro) 
· Monitoramento o dia inteiro 
· Dimensões: 16 a 25 m²/animal 
· Barreira (muro): 1,5 a 3 metros de altura 
· Higienização das camas (trocar após a saída dos animais) 
· A baia pode ser aberta ou fechada com mureta (barreira física) 
· Aberta
· Fechada 
· Geralmente as vacas preferem as baias fechadas com barreira física (mureta) 
· Quando os animais nascem, são levados para o berçário ou para o bezerreiro 
· Algumas fazendas já estão adotando o manejo de levar os animais para o berçário antes de levar para o bezerreiro 
· O berçário deve ficar próximo às baias maternidade para facilitar o deslocamento dos animais recém-nascidos 
· Piquete maternidade 
· Limpo, bem ventilado (sem correntes de vento), seco, com boa cobertura vegetal 
· Sombra 
· Local que possibilite a observação do parto 
· Acesso a água e alimentos 
· Ideal uma maternidade para vacas adultas e outra para novilhas 
· Partos distócicos (assistência de 2 ou mais pessoas) 
· Para a vaca, os partos distócicos aumentam a probabilidade de ocorrência de metrites, retenção de placenta, etc. 
· Para os bezerros, os partos distócicos aumentam a probabilidade de risco de morte, risco de doenças respiratórias e risco de doenças digestivas, se tornando típicos animais que sempre estarão doentes 
· Risco de morte (6,7x maior que em partos eutócicos) 
· Risco de doenças respiratórias (1,7x maior que em partos eutócicos) 
· Risco de doenças digestivas (1,3x maior que em partos eutócicos)
· Quando a bezerra está no útero gravídico as trocas gasosas ocorrem pelo cordão umbilical, mas essa comunicação vai cessando conforme inicia a parição. Para o bezerro conseguir respirar e fazer trocas gasosas eficientes, é necessário que ele nasça logo a partir do momento que a vaca começa a parir
· Bezerras que nasceram de partos distócicos possuem menor capacidade de produção de calor
· Partos demorados podem causar hipóxia no animal 
· Todo bezerro que nasce de parto distócico terá prognóstico reservado
· O tremor é responsável pela produção de calor no recém-nascido, porém bezerras que nascem de partos distócicos não conseguem realizar os tremores e dessa forma não conseguem produzir calor 
· Bezerros nascidos de partos distócicos possuem menor vasoconstrição periférica, que é responsável por diminuir a perda de calor. Se esses animais possuem esse problema, logo terão maior perda de calor 
· Animais provenientes de parto distócico perdem mais calor e tem menor capacidade de produzir o calor, então possuem a regulação térmica comprometida e apresentam temperatura retal baixa nas primeiras horas de vida 
· Bezerras de parto distócico possuem um nível circulante de IgG mais baixo, pois a capacidade de absorção de imunoglobulinas será reduzida nesses animais, devido a uma alteração em hormônios da tireoide 
· Intervenção somente quando necessário 
· 70 minutos após aparecimento do saco amniótico 
· 65 minutos após aparecimento dos membros 
· Remoção da maternidade 
· Secagem da bezerra (toalhas, secador, pó) 
· Desinfecção do umbigo
· Iodo 7%
· Primeiros 30 minutos de vida 
· 2 vezes ao dia até cura total (fechar artéria, veia e úraco) 
· Clorexidina 0,5% 
· Identificação e pesagem do animal 
COLOSTRAGEM: 
· Colostro → obtido na primeira ordenha 
· Leite de transição → obtido já na segunda ordenha e presente até a quinta ou sexta ordenha pós-parto
· NÃO é colostro! 
· Tanto o colostro quanto o leite de transição não podem ser mandados para o tanque e nem comercializados
· Tanto o colostro quanto o leite de transição devem ser fornecidos para as bezerras!!!! 
· A placenta bovina não transfere imunidade passiva ao feto, então a mamada do colostro é imprescindível para a transferência de imunidade passiva fornecida ao recém-nascido 
· A imunidade nos primeiros dias de vida depende da absorção de imunoglobulinas 
· Função imunológica do colostro
· Composto por imunoglobulinas (IgG, IgM e IgA) que conferem imunidade ao animal, sendo que a IgG é a imunoglobulina em maior quantidade no colostro 
· Função nutricional do colostro 
· Rico em gordura 
· Em 18 horas de jejum o bezerro perde todas as suas reservas energéticas 
· Glicogênio → 10% peso hepático 
· O colostro também tem uma grande quantidade de fatores de crescimento e hormônios, o que influenciará no desenvolvimento do animal 
· Eficiência da colostragem: 
· Qualidade do colostro 
· Um colostro de alta qualidade possui alta concentração da imunoglobulina IgG 
· Quanto mais colostro produzir, maior a quantidade proporcional de imunoglobulinas, e consequentemente IgG 
· Quanto maior a produção de colostro, maior a quantidade de IgG
· “Vacas que produzem menos colostro secretam maior quantidade de IgG” → MENTIRA! 
· Idade 
· A concentração de imunoglobulinas e o volume de colostro produzido é maior nos animais mais velhos
· Vacinações 
· Nutrição 
· Mastite 
· Duração do período seco 
· Vacas que ficam pouco tempo em período seco, terão uma colostrogênese curta, acarretando a produção de um colostro de baixa qualidade
· O ideal é fornecer um colostro de boa qualidade, não interessando se é proveniente da própria mãe da bezerra (pode fornecer de qualquer vaca)
· A qualidade do colostro é mensurada pelo colostrômetro e refratômetro de Brix 
· COLOSTRÔMETRO
· Mede a densidade do colostro 
· Mergulha o colostrômetro no recipiente onde está o colostro e analisa: 
- Se o colostrômetro afundar muito no recipiente, esse colostro tem baixa densidade, significando baixa concentração de imunoglobulinas 
- Se o colostrômetro afundar pouco no recipiente, esse colostro tem alta densidade, significando alta concentração de imunoglobulinas 
· Faixa verde (alta densidade; alta qualidade) 
· Faixa amarela (média qualidade) 
· Faixa vermelha (baixa densidade; baixa qualidade) 
· Tomar cuidado pois a temperatura do líquido influencia na densidade dele 
· Se medir o colostro em temperatura acima da recomendação do aparelho,irá subestimar o resultado 
· A temperatura do colostro deve estar dentro da recomendação do aparelho
· REFRATÔMETRO DE BRIX 
· Mede a concentração de solúveis no líquido/colostro, ou seja, o que tem de sólido na gota do colostro 
· Quanto mais sólidos no colostro, maior será o teor de proteína, e se tem muita proteína tem muita imunoglobulina 
· Pinga uma gota do colostro no aparelho e olha o valor dado 
· Possui uma nota de corte de 25% de Brix 
· Para ser um colostro de alta qualidade deve ser igual ou maior que 25% de Brix 
· O refratômetro também pode ser utilizado para medir a eficiência da colostragem
· Tempo até o fornecimento 
· A concentração de imunoglobulinas no colostro diminui à medida que demora para ordenhar e fornecer ao bezerro (redução de 1,5 a 3,0% de concentração de imunoglobulinas por hora) 
· A partir do momento que a vaca pariu, a cada hora que passa a concentração de imunoglobulinas é reduzida no colostro 
· O colostro deve ser ordenhado o mais rápido possível a partir do nascimento do animal 
· Após parir, já deve ordenhar o colostro
· Antigamente, se achava que quando ordenhava o colostro logo após o parto, dava hipocalcemia, mas é uma inverdade, pois a hipocalcemia é resultante de outros fatores
· O sistema digestivo do animal recém-nascido possui mecanismos de capacidade de absorção das moléculas de proteínas das imunoglobulinas, porém conforme o tempo passa esses mecanismos são cessados, evidenciando assim a importância de garantir a mamada do colostro o mais rápido possível após o nascimento do animal 
· Endocitose mediada por pinocitose 
· Endocitose mediada por receptores Fc 
· Processos mais efetivos nas primeiras horas de vida 
· Essa absorção ocorre nas primeiras 24 horas de vida, mas a partir das 6 horas essa capacidade já reduz bastante, então é muito importante que o bezerro faça a primeira refeição de colostro até as 2 primeiras horas de vida e a segunda refeição até as 8 primeiras horas de vida 
· De forma geral, quanto mais cedo mamar o colostro será melhor! 
Diferença entre bezerros que receberam o colostro na 1ª, 6ª e 12ª hora de vida. 
O bezerro que mama o colostro mais cedo terá uma melhor imunidade passiva e consequentemente terá melhor condição de lidar com os desafios sanitários.
· Volume fornecido (quantidade) 
· Primeira refeição: 
· Mais crítica 
· 10% do peso corporal ao nascimento no mínimo 
· Nas primeiras 2 horas de vida no máximo (quanto antes, melhor) 
· No máximo 30 minutos após a ordenha 
· Voluntária ou forçada (passagem de sonda) 
· Segunda refeição (reforço): 
· 5% do peso corporal ao nascimento no mínimo 
· Em até 8 horas de vida no máximo 
· Voluntária
· Concentração de IgG no colostro → 70 g/L 
· Eficiência de absorção nas primeiras 3 horas → 30% 
· Para cada litro de colostro, a bezerra absorve 20 g de IgG 
· Para assegurar a transmissão passiva: 
· 4 litros de colostro → 280 g IgG 
· Se deixar a bezerra livre com a mãe nas primeiras 24 horas de vida, não se garante a qualidade da colostragem e nem a quantidade que foi ingerida 
· Não correr o risco de ter uma falha na transferência de imunidade passiva! 
· O ideal é separar a bezerra, levar para o berçário, ordenhar a vaca e disponibilizar o colostro para o animal recém-nascido 
· A colostragem da bezerra possui impacto na sanidade, ganho de peso e desempenho produtivo por toda a vida, ou seja, não tem impacto apenas durante o aleitamento, mas também na garantia de vacas mais produtivas dentro da fazenda 
· Quem recebeu menos colostro adoeceu mais, ganhou menos peso, teve maior idade à concepção, além disso produziu menos leite quando em lactação 
· Sanidade 
· Contagem bacteriana 
· Contagem em placas (antiga CBT) 
· Aceitável: < 100.000 UFC/ml 
· Excelente: < 50.000 UFC/ml 
· Coliformes totais 
· Aceitável: < 10.000 UFC/ml 
· Excelente: < 5.000 UFC/ml
· Banco de colostro:
· Somente colostro de qualidade 
· Se for de boa qualidade, não desperdiçar! 
· Armazenar o excedente de alguma maneira
· Refrigerado
· Ideal máximo de 24 horas 
· 3 a 4 dias ainda é aceitável se for um colostro com baixa contagem bacteriana 
· Em épocas de muitos partos na fazenda, em que o uso vai ser constante e não terá necessidade de congelamento 
· Congelado 
· Freezer não frost free 
· Máximo de 1 ano 
· Por não ter o sistema de desligamento, mantém as proteínas mais preservadas 
· Freezer frost free 
· Máximo de 3 meses 
· Armazenamento do colostro
· Sacos descartáveis 
· 1 a 2 litros
· Resistentes e fechados com seladoras
· Congelamento uniforme e rápido 
· Garrafa pet 
· Há um risco de desnaturar proteínas, pois o congelamento não será uniforme 
· Banho maria para descongelar 
· Lentamente a no máximo 50°C
· Identificação do colostro 
· Não esquecer da data, pois controla quais devem ser usados primeiro devido ao tempo em que já estão armazenados (usar os mais antigos primeiro!) 
· Em épocas de poucos partos na fazenda 
· Substitutos: 
· Suplementos 
· Fornecem < 100 g IgG/dose 
· Composto basicamente por IgG 
· Função de corrigir a concentração de IgG do colostro, então devem ser usados em conjunto com o colostro 
· Usado em casos de colostro que não possui alta quantidade de IgG
· Substitutos 
· Fornecem > 100 g IgG/dose 
· Possui os nutrientes e fatores de crescimento presentes no colostro 
· Função de substituir de fato o colostro 
· O pacote (1 refeição) custa em torno de 350 reais, que é um valor relativamente alto, mas é mais barato do que deixar a bezerra morrer
· Não é a mesma coisa que sucedâneo! 
· Sucedâneo substitui o leite, não o colostro
· Situações indicadas para o uso de substitutos: 
· Falta de colostro em volume e/ou qualidade imunológica adequados 
· Disponibilidade somente de colostro com alta contaminação bacteriana 
· Necessidade de facilitar o manejo da colostragem, especialmente em partos noturnos ou em períodos com grande número de nascimentos (esgotamento do banco de colostro) 
· Para substituição completa, fornecer no mínimo 200 g de imunoglobulinas G (IgG) na primeira alimentação
· Avaliação da TIP (transferência de imunidade passiva): 
· Avaliação da eficiência de colostragem 
· Avaliar o maior número de animais possível 
· No mínimo 20% dos animais em fazendas grandes 
· Se for fazenda pequena, avaliar todos os bezerros 
· Coleta de sangue 
· Entre 24 horas e 7 dias após a colostragem 
· Coletar sangue para mandar ao laboratório e medir proteína sérica (IgG) não é muito viável em rotina de campo 
· Amostra de soro 
· Coletar o sangue do bezerro em até 7 dias após a colostragem, deixar a amostra de sangue dessorar e medir através do refratômetro de Brix ou refratômetro de soro 
· Na fazenda, medir o nível de proteína sérica dos bezerros utilizando o refratômetro 
· O refratômetro de soro mede proteína total, então se optar por utilizar ele deve-se usar 5,5 g/dl como nota de corte (valor mínimo ideal) 
· O refratômetro de Brix mede a proteína sérica, então se optar por utilizar ele deve-se usar 8,4% como nota de corte 
· Mais recomendado 
· Além de servir para medir a qualidade do colostro, mede também a proteína sérica do bezerro 
· De modo geral, em relação às notas de corte, quanto mais alto o valor, será melhor (redução da mortalidade e morbidade) 
· Atualmente, avalia-se com base nos valores de referência dessa tabela: 
→ Para avaliar QUALIDADE de colostro mensura o colostro através do colostrômetro (densidade do líquido) e refratômetro de Brix (quantidade de solúveis) 
→ Para avaliar EFICIÊNCIA de colostragem mensura a proteína sérica do bezerro através do refratômetro (de Brix ou de soro) 
Após a colostragem e primeiros cuidados, o animal deve ser colocado no berçário ou no bezerreiro 
DIETA LÍQUIDA (leite, sucedâneo): 
SISTEMAS DE ALEITAMENTO: 
· Natural x artificial 
· NATURAL: 
· Consiste em ordenhar a vaca normalmente e deixar leite residual para que o bezerro mame
· Não é possível garantir uma boa nutrição do animal por sistema de aleitamento natural 
· Baixa frequência
· Ocorre em sistemas mais extensivos e constituídos de animaisde baixa aptidão leiteira 
· ARTIFICIAL (predominante): 
· Ordenhar a vaca e colocar o leite em recipiente para fornecer ao bezerro (maior controle)
· Balde; balde com chupeta; mamadeira 
· Qualquer um dos três tipos de recipientes funcionam muito bem 
· O bezerro não nasce sabendo mamar no balde, deve ser treinado para fazer a sucção 
· A mamadeira e o balde com chupeta são mais fáceis nos primeiros dias de vida do animal, pois já sabem fazer a sucção no bico. Porém, são os sistemas mais difíceis de serem higienizados
· Análise do ponto de vista comportamental x desempenho e saúde 
· Baixos volumes de dieta líquida em poucas refeições não atendem a necessidade de mamar (ex: 2 litros por refeição) 
· A higiene é o fator mais importante 
· Quando um bezerro ingere leite, há ativação de reflexo nervoso, que estimula a contração da musculatura presente na parede esofágica, formando a partir dessa contratura um “tubo”, popularmente conhecido como “goteira esofágica”, que possui a função de conduzir o leite para o abomaso, evitando que seja direcionado para dentro do rúmen, o que ocasionaria sua fermentação e não digestão 
· O grande propósito da goteira esofágica (prega muscular) é desviar o que vem do esôfago, para que vá direto para o omaso e abomaso, e não passe pelo rúmen. Se o leite cair no rúmen, ele será fermentado e não existem papilas para digerir o leite, ocorrendo então desordens metabólicas e até timpanismo. Ou seja, o leite precisa ir para o abomaso e depois para o intestino, sofrendo digestão enzimática semelhante ao que ocorre em animais não ruminantes 
· O fechamento de goteira esofágica é induzido por estímulos nervosos, desencadeados por dois fatores: o próprio estímulo do animal em fazer a sucção do leite e o encontro do leite com receptores na faringe
· “Não haverá fechamento de goteira esofágica se o animal mamar no balde.” → INVERDADE!
· O fechamento da goteira é desencadeado por estímulos nervosos
· Individual x coletivo 
· Quando a criação é coletiva, é possível ter aleitamento coletivo ou individual 
· Quando a criação é individualizada, o aleitamento obrigatoriamente será individual
· ALEITAMENTO INDIVIDUAL:
· Possibilidade de controlar a ingestão do leite 
· Mais trabalhoso 
· Evita o compartilhamento de utensílios e disseminação de doenças 
· Pode ser feito em casos de criação coletiva ou individual 
· Criação coletiva e aleitamento individual 
· Animais são criados em lote, mas o fornecimento de leite é individualizado em baldes com chupeta
 
· Criação coletiva e aleitamento individual 
· Aleitador automático 
· O leite é armazenado no tanque de expansão (pode ficar até 2 dias) e fica tudo programado no sistema (temperatura, quantidade etc.) 
· Cada animal entra num box de aleitamento 
· A temperatura ideal de fornecimento do leite também já fica regulada 
· Custo elevado 
· ALEITAMENTO COLETIVO: 
· O aleitamento coletivo é diferente de criação coletiva 
· Pode ser feito em casos de criação coletiva 
· Não há controle da quantidade ingerida dependendo do manejo 
· Compartilhamento de utensílios 
· O número de bicos deve ser maior que o número de bezerros
· Criação e aleitamento coletivos
· Animais são criados em lote e todos ingerem leite no mesmo recipiente, com quantidade suficiente para todos mamarem
 
Benchmarking Alta Cria 2020
· 112 fazendas avaliadas em todas as regiões brasileiras 
· Predominância de fazendas em MG 
· Predominância de animais da raça Holandês 
· Muitas fazendas de sucesso usam o balde como recipiente para sistema de aleitamento artificial 
DIETA: 
· Leite 
· Leite de transição 
· Da 2ª até a 5ª ou 6ª ordenha pós-parto 
· Após a colostragem por 5-6 refeições
· Dieta mais nutritiva (composição)
· Melhor saúde e desempenho
· O ideal é que o leite de transição seja ordenhado para ser fornecido apenas para os bezerros
· Estudos demonstram que animais aleitados com leite de transição nos primeiros dias de vida tiveram ganho de peso de 616 g/dia, enquanto animais aleitados com sucedâneo nos primeiros dias de vida tiveram ganho de peso de 562 g/dia, evidenciando então a importância nutricional do leite de transição para o desenvolvimento das bezerras 
· Benchmarking Alta Cria – Tempo de fornecimento de leite de transição após a colostragem 
· O ideal é fornecer leite de transição por pelo menos 3 dias (3 a 5 dias) 
· Leite não comercializável (mastite, resíduo de antibiótico) 
· Leite de descarte 
· Não adicionar colostro e leite de transição ao pool de leite não comercializável, pois são produtos de grande importância para a produção
· Leite de vacas em tratamento 
· Mastite (composição nutricional alterada) 
· Menor valor nutricional devido alteração de células alveolares 
· Maior proporção de CCS e menor quantidade de lactose 
· Outras doenças (boa composição nutricional) 
· Animais com patologias em outros locais do organismo, que não seja a glândula mamária, não sofrem alteração na composição do leite 
· Risco sanitário e resistência a antimicrobianos
· O leite não comercializável possui a composição nutricional muito variada, então ao fornecer para bezerras, pode desencadear baixo desenvolvimento do animal, além de riscos sanitários 
· Pasteurização seguida de resfriamento rápido 
· Pasteurização lenta → 63°C por 30 minutos 
· Pasteurização rápida → 72°C por 10-15 segundos 
· Qualidade final → qualidade do leite que entrou, temperatura e tempo adequado de pasteurização, eficiência de resfriamento imediato e estocagem refrigerada (quando não for fornecido imediatamente) 
· Cuidado no armazenamento, pois ao pasteurizar reduz-se a carga bacteriana no leite, reduzindo também a competição. Se não armazenar corretamente, pode ocorrer o aumento da quantidade de bactérias no leite 
· Existem fazendas que pasteurizam o leite, mas fazem uma péssima manipulação do produto depois, tendo então qualidade ruim de todo jeito
· Ao pasteurizar, soluciona o problema do risco sanitário mas não contorna o problema de resistência a antimicrobianos e nem o baixo valor nutricional
· Animais mais velhos
· Se for preciso dar o leite não comercializável, é fundamental pasteurizar e optar por fornecer para animais mais velhos (após 30 dias) 
· Sucedâneo x leite de descarte pasteurizado 
· As bactérias isoladas dos animais que ingerem leite de descarte pasteurizado possuem maior resistência aos antibióticos:
· 6,1x mais resistentes à Enrofloxacina que animais alimentados com sucedâneo 
· 6,6x mais resistentes à Florflenicol que animais alimentados com sucedâneo 
· 4,1x mais resistentes à Estreptomicina que animais alimentados com sucedâneo 
· Leite comercializável (padrão) 
· O mesmo leite que vai para o tanque de expansão e é vendido ao laticínio 
· Benchmarking Alta Cria – Tipo de dieta líquida predominantemente fornecida 
43% das fazendas fornecem para as bezerras o leite não comercializável, e dessa porcentagem, 50% não pasteuriza 
· Sucedâneo 
· Escolher o sucedâneo pelo menor custo é um “tiro no pé”
· Não é que o mais caro é o melhor, mas o mais barato possui um nível nutricional menor
· O desempenho animal é dependente da qualidade e diluição do sucedâneo, o que irá determinar a ingestão e aproveitamento dos nutrientes
· Muito importante fazer uma diluição adequada 
· Não se deve diluir muito o sucedâneo, senão reduzirá a quantidade de nutrientes fornecidos aos animais 
· 1 kg de sucedâneo + água o suficiente para chegar em 8 litros
· Proporção de 12,5% de sólidos (ideal) → próximo ao leite da vaca 
· OBS: não é colocar 8 litros de água, mas sim colocar quantidade de água para chegar aos 8 litros no balde, juntando com 1 kg de sucedâneo já presente no recipiente 
· Carboidratos 
· Cuidado com excesso de amido ou de fibra na formulação, pois os bezerros não possuem amilase para digerir carboidratos 
· Resíduo do processamento do leite (lactose)
· Lipídeos 
· Atenção ao tipo ou inadequada incorporação de fontes de gordura (diluição)
· Composição da gordura determina temperatura de diluição (ponto de fusão dos ácidos graxos) 
· Proteína (origem animal)· Insucesso → utilização de fontes proteicas de baixo aproveitamento ou que promovam transtornos digestivos ao animal
· Proteínas lácteas (alta digestibilidade → 87%-97%, bom perfil de aminoácidos)
· Possibilidade de inclusão de aditivos/medicamentos 
· Sucedâneo ideal: 
· Proteína → 22 a 27% 
· > 50% de proteína oriunda de fontes lácteas 
· Fibra bruta → < 0,15% 
· Gordura (extrato etéreo) → 15 a 20% 
· Preferência para gordura oriunda de fontes lácteas 
· Minerais e vitaminas → pelo NRC (2001)
· Colostro fermentado 
· O processo de fermentação causa a redução do nível nutricional do produto 
· Redução do teor de lactose (5,0-5,5% cai para aproximadamente 2%) 
· Pode ocasionar a acidez do leite 
· Redução do teor de caseína (aumento da concentração de NNP)
· Diminuição de proteína de alto valor biológico e transformação em amônia 
· “Silagem de colostro” 
· Coloca o colostro em uma garrafa pet, tirando o ar e deixando lacrada num ambiente anaeróbico com muito substrato, induzindo então o processo de fermentação 
· Utilização do colostro apenas como forma de aporte nutricional, e não como fonte de imunidade passiva
· Resultados variados (geralmente o desempenho não é muito bom)
· A diluição em leite ameniza um pouco a piora do nível nutricional, mas ainda não é muito eficiente
· Baixa adoção entre os produtores (o colostro é um produto valioso, e mesmo quando não é de muita qualidade existem formas de aumentar o teor de imunoglobulina, além disso é um produto sempre necessário na fazenda, sendo então inviável utilizar ele para aleitamento após etapa de colostragem efetiva, visto que pode ser usado de forma mais eficiente) 
ESTRATÉGIA DE ALEITAMENTO: 
· Convencional 
· Fornecimento de 10% do peso ao nascimento de quantidade de leite, considerando média de peso de 40 kg (4 litros de leite por dia)
· Fornecer 4 litros de leite por dia é muito pouco
· Intensivo 
· Ad libitum (à vontade) 
· Fornecimento de mais de 20% do peso ao nascimento de quantidade de leite, considerando média de peso de 40 kg (mais de 8 litros de leite por dia)
· À vontade 
· Não é adotado, pois é um método inviável economicamente 
· Fornecer quantidade excessiva de leite desestimula o animal a comer concentrado 
· Intensivo 
· Fornecimento de 15 a 20% do peso ao nascimento de quantidade de leite, considerando média de peso de 40 kg (6 a 8 litros de leite por dia)
· Step-up/step-down 
· Fornecimento de 10-20-10% do peso ao nascimento de quantidade de leite, considerando média de peso de 40 kg 
· 1ª semana de vida: fornecimento de 10% do peso ao nascimento (4 litros de leite por dia) 
· 2ª a 4ª semana de vida: fornecimento de 20% do peso ao nascimento (8 litros de leite por dia) 
· 5ª a 8ª semana de vida: fornecimento de 10% do peso ao nascimento (4 litros de leite por dia) 
PROGRAMA DE ALEITAMENTO: 
· Bezerra de 45 kg 
· Energia metabolizável de mantença → 1,75 Mcal/dia 
· Leite integral → 5,37 Mcal/Kg sólidos 
· Considerando aleitamento de 4 litros de leite por dia 
· 2,6 litros → 325 g sólidos → mantença 
· 1,4 litros → 175 g sólidos → ganho de peso (200 a 300 g/dia) 
· Ou seja, se fornecer 4 litros de leite por dia, 2,6 litros são destinados à mantença, enquanto 1,4 litros são para ganho de peso 
· Se fornecer 6 litros de leite por dia, 2,6 litros são destinados à mantença, enquanto 3,4 litros são para ganho de peso, garantindo melhora no desempenho do animal por ter um ganho de peso mais eficiente 
· Substituto do leite → 4,60 a 4,70 Mcal/Kg sólidos 
· 3,04 litros → 380 g sólidos → mantença 
· 1 litro → 125 g sólidos → ganho de peso 
· Fornecer mais leite para a bezerra garante que ela ganhe mais peso, mas também que ela seja mais produtiva na fazenda quando se tornar vaca, pois esse animal terá melhor desenvolvimento de glândula mamária 
· De forma geral, independentemente de beber mais leite ou comer mais concentrado, é ideal que a bezerra ganhe mais peso ao aleitamento, garantindo então que se torne uma vaca mais eficiente na fazenda 
· Deve-se tomar cuidado para fornecer um aleitamento com quantidades equilibradas, pois se fornecer leite excessivamente (mais que 8 litros de leite), o animal diminui o consumo de concentrado 
· Quanto mais leite ingere (em quantidade), menos concentrado irá comer (impacto negativo no consumo de concentrado) 
· O ideal é dar uma quantidade adequada de leite, mas sempre analisar o consumo de concentrado e deixar sempre à disposição dos animais no aleitamento 
· Dieta líquida e dieta sólida estarão sendo fornecidas ao mesmo tempo! 
· Benchmarking Alta Cria – Quantidade de dieta líquida fornecida
· 6% das fazendas: 4 litros por dia 
· 69% das fazendas: 5 a 6 litros por dia 
· 22% das fazendas: 7 a 8 litros por dia 
· 3% das fazendas: 9 ou mais litros por dia 
· Benchmarking Alta Cria – Estratégia de aleitamento 
DIETA SÓLIDA:
O fornecimento da dieta sólida é imprescindível para o desempenho do animal, pois o transformará em ruminante efetivo 
· Desenvolvimento dos pré-estômagos (3 fases) 
· Fase 1 (não ruminante) 
· Primeiros 21 dias de vida 
· 2ª semana → concentrado; 3ª semana → ruminação 
· Fase 2 (transição) 
· 3 a 8 semanas de vida 
· Fase 3 (ruminante) 
· A partir de 8 semanas de vida 
· Alimento sólido 
· Estímulo mecânico (físico) 
· Movimentação do rúmen, desenvolvimento da musculatura, aumento do volume do rúmen e manutenção da saúde do epitélio 
· Tanto o concentrado quanto o volumoso são capazes de gerar esse estímulo
· Estímulo químico (fermentação) 
· Ácidos graxos voláteis (butírico e propiônico) metabolizados na parede → energia → desenvolvimento do epitélio (aumento do número e tamanho das papilas) 
· O concentrado é mais eficiente no estímulo químico, pois produz mais AGVs 
· O alimento concentrado é mais importante nesse processo de transformar o animal em ruminante 
 
· SEMPRE ASSOCIAR DIETA LÍQUIDA COM DIETA SÓLIDA para o animal sair preparado para o pós-desmama! 
· Concentrado 
· Deve ser fornecido a partir do 1º dia de vida 
· Proteína bruta: mínimo 18% (melhores resultados → 20%; altos volumes de dieta líquida → 22 a 24%) 
· Proteína verdadeira e bom balanço de aminoácidos
· FDN (fibra insolúvel em detergente neutro): 15 a 25% O teor de fibra não pode ser nem muito alto e nem muito baixo 
· Em excesso o animal comerá pouco, além de provocar
alta fermentação e doenças metabólicas 
· FDA (fibra insolúvel em detergente ácido): 6 a 20% 
· Amido: 25 a 30% 
· Excesso de amido aumenta risco de acidose 
· Pouco amido não terá muito desempenho (baixa energia) 
· Extrato etéreo: 3 a 4% 
· Forma física do concentrado: 
· Farelado (a partícula deve ter no mínimo 1,2 mm de diâmetro) 
· Texturizado 
· Peletizado 
· O resultado é o mesmo, desde que o farelado não seja um pó, mas atenda à recomendação mínima 
· Nunca restringir consumo de concentrado! 
· Volumoso 
· Preferencialmente feno, pois não deteriora no cocho 
· Deve ser fornecido a partir de 40 dias de idade 
· Antes disso fornecer apenas concentrado, e depois dos 40 dias misturar 5% de volumoso ao concentrado
· Limitado a 5% do consumo de dieta sólida 
· Ex: homogeneizar uma dieta de 1 kg (950 g de concentrado + 50 g de volumoso)
· 5% de 1 kg (1.000 g) = 50 g de volumoso 
· Picado: 2-3 cm 
· Desempenho e desenvolvimento ruminal 
· Água 
· Deve ser fornecida desde o 1º dia de vida 
· Total de sólidos dissolvidos (TSD): < 1.000 ppm 
· Concentração de sódio na água usada para reconstituir o substituto do leite: 100 ppm 
· Contagem padrão em placa: < 1.000 UFC/mL 
· Contagem de coliformes: < 1 UFC/mL 
· Faixa de pH: 6,0 a 8,5 
· ÁGUA e CONCENTRADO devem ser fornecidos desde o 1º dia de vida 
DESALEITAMENTO: 
· Gradual (principalmente em programas de aleitamento intensivo) 
· O desaleitamento é um momento de estresse, pois retira o leite do animal, muda de local e mistura com outros animais 
· Não fazer desaleitamento abrupto! 
· Considerar 2 parâmetros:
· Ganho de peso 
· De forma geral, a meta ideal é que o bezerro tenha o dobro do peso ao nascimento quando atingir 56 dias de idade 
· Ex: animal que nasceucom 40 kg, aos 56 dias de idade deve estar com 80 kg no mínimo 
· Se não atingir, significa que o manejo não está sendo eficiente, e o recomendado é postergar o desmame do animal ou desmamar e dar uma atenção maior, pois terão um desafio maior no período pós-desmama 
· Desenvolvimento do rúmen 
· Analisar o consumo de concentrado do animal por 3 dias consecutivos (3 dias antes da data prevista para o desaleitamento) 
· Consumo mínimo de concentrado → 1,0 a 1,5 kg 
· Caso o consumo de concentrado estiver inferior a 1,0 kg, o recomendado é aguardar um pouco e não desaleitar nesse momento 
· Se o consumo de concentrado estiver mais que 1,0/1,5 kg, significa que o animal já é um ruminante efetivo 
· Manter os animais por 7 dias na mesma instalação (bezerreiro) com a mesma dieta sólida 
· Se possível realizar a transferência de animais em grupos ou pares 
INSTALAÇÕES: 
· Limpo
· Seco e bem drenado 
· Ventilado adequadamente para condições ambientais de temperatura, umidade e velocidade do ar 
· Confortável (camas de feno ou palha, 15-25 cm) 
· Protegido contra chuva e sol 
· Permitir que as bezerras vejam umas às outras 
· Equipado com sombra nas instalações externas 
· Berçário 
· Local específico para receber os bezerros nos primeiros dias de vida
· Deve-se buscar a maior biossegurança possível
· Restringir o acesso de pessoas não envolvidas no manejo 
· O ambiente deve estar limpo e protegido contra outros animais 
· Quando necessário, utilizar baia de aquecimento com cama de feno ou palha, mantendo a temperatura entre 17 e 25°C 
· Usar baias ou gaiolas suspensas, no mínimo nos primeiros 14 dias de vida dos animais 
· Protocolo de limpeza e desinfecção dos utensílios e instalações 
As gaiolas suspensas são a melhor opção de alojamento individual. 
· Gaiolas individuais em galpões 
· Animais até 30 dias → 1,0 x 1,5 x 1,2 (L x C x A) Bezerros em gaiolas suspensas e com cama de feno, submetidos a dieta desequilibrada, podem começar a se alimentar da cama 
· Animais com mais de 30 dias → 1,2 x 1,8 x 1,3 (L x C x A) 
· Pisos de borracha confortáveis e antiderrapantes
· Camas sobre os pisos 
· Protocolo de limpeza e desinfecção dos utensílios e instalações 
· Ventiladores no galpão 
· Alojamento individual em áreas externas 
· Casinhas 
· Bezerreiros argentinos/tropicais 
· O ambiente deve estar protegido contra outros animais 
· Boa drenagem 
· Manter o local seco e limpo (trocar o abrigo de local) 
· Abrigos mantidos em distância suficiente para impedir o contato direto entre os animais 
· Vazio sanitário de 10 a 14 dias 
· Alojamento em grupo 
· Instalações coletivas 
· Homogeneidade do lote (variação máxima de 7 dias de idade)
· Para a instalação coletiva ser eficiente, é necessário ter homogeneidade do lote, e é mais fácil garantir isso quando há partos frequentes na fazenda 
· Em fazendas que possuem poucos partos, os lotes formados são heterogêneos 
· Espaço de cocho adequado (30 cm por animal) para não ocorrer competição 
· Bebedouro e sombra para todos os animais 
· Área de descanso: mínimo 3,3 m²/animal 
· Baia hospital para as bezerras que apresentarem sintomas de doenças ou em tratamento 
· Comportamentos como mamadas cruzadas ou não nutritivas → sinal de baixo consumo de dieta líquida 
· Fornecer baixa quantidade de leite predispõe a ocorrência de mamadas cruzadas ou não nutritivas, que é quando o leite fornecido não atendeu a demanda do animal, então ele faz sucção em objetos ou outras estruturas, como partes do corpo de outro animal, umbigo, focinho e orelha (não nutritiva – pois não tem leite); teta de outros animais (cruzada)
· Observação e identificação precoce de animais doentes 
	INDIVIDUAL 
	COLETIVO
	Redução da disseminação de doenças 
	Aumento da disseminação de doenças 
	Aumento da facilidade na identificação de animais doentes
	Redução da facilidade na identificação de animais doentes 
	Ausência de competição entre os animais 
	Aumento na competição entre os animais 
	Aumento na demora para início da alimentação 
	Aumento da adaptação ao desconhecido (consumo precoce de dieta sólida, pois estando juntos, um animal estimula o outro a consumir o concentrado)

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