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[Type text] A Teoria do Eu Carl Rogers define o “eu” ou autoconceito como um padrão organizado resultante de características percebidas pelo próprio sujeito, em relação a si e aos modelos externos. As relações com outras pessoas definem a nossa condição humana, o que é enfatizado por Rogers na formação da personalidade. O período da infância é especialmente situado nesta teoria como marca na formação de traços que podem ser modificados na vida adulta, dependendo do tipo de interação que se estabeleça entre crianças e adultos. Com o intento da aprovação social, as crianças negam, muitas vezes, o que sentem e o que querem, atuando de maneira a agradar os outros. Nessa ocasião, estariam mais propensas à formação de um falso self. Mais tarde, dependendo do quão anuladas se sentem por isso, deixam esta estratégia a favor de atuarem conforme seus sentimentos e desejos _ o que Rogers definiu como o processo de “tornar-se pessoa” ou “estruturação do verdadeiro self”. O enfoque da perspectiva humanista está mais voltado, portanto, para o produto das interações sociais: podemos atuar de modo a satisfazer a demandas externas ou de entes queridos sem nos darmos conta de que, sem aquela demanda específica, poderíamos agir de um modo totalmente adverso. O medo da inadequação e até da rejeição nos motiva, inconscientemente, a isso. Rogers apostava que o verdadeiro self só poderia ser realmente conhecido, na maioria das vezes, na vida adulta, quando o sujeito já fortalecido e libertado dos temores de rejeição poderia assumir desejos e posturas de fato genuínas. A educação é muito discutida por Rogers como um elemento formador de opiniões e posturas “encomendadas”, uma vez que tem a função de adestramento social. A teoria rogeriana defende como uma personalidade saudável a aceitação do próprio self que consiste na confiança do homem em suas experiências próprias e na aceitação do fato de que as pessoas são diferentes. Rogers apontou como focos de sua teoria, o crescimento, o controle interior e a pessoa em experimentação. Para ele, o ser humano tende a se desenvolver, a menos que seja impedido. Essa idéia origina-se a partir do estudo de Rosseau, que afirmava que a escola deveria encorajar à auto- expressão, em vez de disciplinar “comportamentos impróprios” (não espontâneos). Rogers defende o surgimento do controle interno como resultante dessa auto-expressão e das interações realizadas no meio social. Já o que chamou de experimentação contempla a idéia de que somos um resultado do que [Type text] vivemos. Somos verdadeiros quando capazes de deixar “a máscara cair”, o que nos deixa mais desprotegidos, porém mais auto-confiantes. “Sempre achei que deveria agir de determinada forma porque isso era o que as pessoas esperavam de mim ou, o que era mais importante, iria fazer para ganhar aprovação e, assim, viver a idéia de ser amada. O fato é que muitas vezes isso me anulava. Agora acho que vou ser eu mesmo.” (Anônimo)
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