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HISTÓRICO ★ em animais: Edward Mayhem ○ janeiro de 1847; ○ éter em cães e gatos. ★ 1848: primeiros inaladores; ○ London Veterinary College; ○ éter juntamente com o ar ambiente. ★ George H. Dadd. ○ primeiro médico veterinário a utilizar o éter e o clorofórmio em cirurgia; ○ Livro: The Modern House Doctor (1854) - anestesia em todas as cirurgias. ★ 1878: hidrato de coral; ○ 1908: por via IV. ★ 1860: isolamento da cocaína; ★ 1978: von Anrep sugeriu seu uso na anestesia local; ★ 1943: lidocaína; ★ 1941: John George Wright publica 1ª edição da Veterinary Anaesthesia; ★ 1973: primeira disciplina dedicada à Anestesiologia Veterinária na UNESP; ★ 1983: primeiro programa de residência em Anestesiologia Veterinária; ★ 2003: CFMV reconhece a Anestesiologia Veterinária como uma especialidade. INTRODUÇÃO ★ o que é anestesia (do grego anaisthaesia): “obtenção de um estado reversível de não-reconhecimento do estímulo doloroso pelo córtex cerebral, podendo ser localizada ou geral em estado inconsciente”; ★ anestesiologia: estudo dos fármacos e das técnicas empregadas para a obtenção do estado anestésico; ★ anestésico: fármaco ou equipamento empregado para anestesiar bem como equipamentos e demais condutas clínicas relacionadas ao ato anestésico. Objetivos do procedimento anestésico ★ permitir a realização de procedimentos ○ cirúrgicos; ○ exames semiológicos e diagnósticos; ○ transporte de animais; ○ contenção química; ○ eutanásia. ★ imobilidade do paciente; ★ ausência de dor durante o procedimento cirúrgico; ★ conforto no período pós-operatório. *manejo Cat Friendly Períodos ★ pré-anestésico: ○ avaliação do paciente; conversar com o tutor; ○ coletas; ○ estabilização do animal; ■ ex: animal com piometra (de colo fechado) > urgência > NÃO CONSEGUE ESTABILIZAR. ○ determinação do risco. ★ trans-anestésico: ○ medicações anestésicas e adjuvantes (vão auxiliar durante a anestesia - relaxantes musculares, analgésicos, antibióticos); ○ monitorização; ■ temperatura, FC, FR, TPC. ○ intercorrências. ■ animal pode ter bradicardia, hipotensão, hipotermia. ★ pós-anestésico: ○ recuperação; ■ fazer recuperação no colo > oferece um conforto maior ao animal; ■ equinos: para recuperar > passo fundamental > cuidar a paralisia do nervo radial; colocar solução de adrenalina nas narinas (age como vasoconstrição). ○ analgesia; ■ dor somática (dor de pele - osso e músculo) ○ alta cirúrgica. *IMPORTANTE: cuidar o local na hora da anestesia > deixar escuro, colocar música calma. Terminologia ★ anestesia local: administração local de 1 ou mais agentes; ○ anestesia em parte localizada; ○ não envolve inconsciência. ★ anestesia locorregional: anestesia de um tronco nervoso; ○ sem envolver inconsciência. ★ anestesia geral: perda total e reversível da consciência e ausência do reconhecimento do estímulo doloroso; ○ hipnose e analgesia. ★ anestesia cirúrgica: estágio/plano de anestesia geral; 3 pilares: ○ inconsciência/hipnose; ○ relaxamento muscular; ○ analgesia. ★ anestesia dissociativa: dissociação dos sistemas tálamo-cortical e límbico (dissocia tálamo do córtex cerebral > animal perde totalmente a noção de tempo/espaço) > animal totalmente dissociado do ambiente; ○ estado de catalepsia; ■ ketamina; ■ não é legal > ketamina + xilazina > não tem analgésico junto. ○ contenção química > não é legal (em pequenos animais). ★ anestesia balanceada: múltiplas drogas com mínimos efeitos colaterais; ★ tranquilização: redução da ansiedade; ○ mudança comportamental; ○ relaxado, mas consciente; ○ parece estar indiferente à dor de intensidade baixa. ★ sedação: depressão central associada à sonolência; ○ ex: acepromazina; ○ pode apresentar inconsciência, mas é responsivo à manipulação (alogo doloroso). ★ neurolepto-analgesia: estado de sedação profunda associado à profunda analgesia, mantendo a consciência. ○ neuroléptico + analgésico; ○ exames de imagem, pequenos procedimentos (fazer uma tala/trocar tala). ★ analgesia: perda da percepção ou ausência de resposta ao estímulo doloroso; ○ analgésicos sistêmicos ou local. ★ alodinia: resposta dolorosa a estímulos não dolorosos; ○ faz parte da dor crônica; ○ ex: passar a mão no animal e ele grita; dor em membro fantasma. ■ não é erro cirúrgico. ★ hiperalgesia: resposta exagerada ao estímulo nocivo. ○ dor no LOCAL DE DOR. Avaliação do paciente ★ espécie; ★ raça; ○ animal de tórax muito profundo > não ventila muito bem > precisa cuidar mais a ventilação; braquicefálico; ○ boxer: usar doses mais baixas de acepromazina. ★ sexo; ★ idade; ★ peso; ○ animais obesos > baixar doses (fármacos depositam na gordura). ★ anamnese detalhada: ○ perguntas que exijam respostas completas; ○ sinais e sintomas nos últimos dias; ○ patologias anteriores; ○ patologias concomitantes: tosse, espirro, desmaio, convulsão; ■ tosse e desmaio: muito ligado a problemas cardíacos; ■ cansaço: associado também a doença cardíaca. ○ anestesias anteriores: já foi anestesiado alguma vez? relataram alguma complicação? ○ alergia a medicamentos? toma algum medicamento? ○ transfusão? aceita a transfusão, caso necessário? Abordar sistemas ★ cardiopulmonar: ○ faz exercícios ou caminhada? cansaço fácil? ○ tosse com frequência? tem secreção? ★ neurológico: desmaia ou convulsiona? ★ biotransformação: dos fármacos (fígado > excretados pelo rim) ○ água? apetite? ■ cuidar problemas hepáticos. ○ vômitos? ○ urina e fezes? ■ animal que urina demais > pode ter problema renal. Exame físico ★ condição geral do paciente; ★ temperamento; ★ cardiovascular; ★ pulmonar; ★ mucosas; ★ hepático e renal; ○ palpação > dores na lombar. ★ nervoso; ★ musculoesquelético; ★ metabólico e endócrino; ★ tegumental. Exames complementares ★ hemograma e bioquímico; ○ bioquímico: enzimas hepáticas e renais > FA, ALT, albumina (maioria dos fármacos são ligadas a proteínas plasmáticas - propofol - caso a albumina esteja baixa > reduz a dose); ■ albumina: proteína plasmática do sangue; propofol é metabolizado quando ligado a albumina no fígado > se tem pouca albumina no sangue > propofol vai ficar circulando sem ter onde se ligar. ○ mudanças no protocolo anestésico; ○ comparação com exames pós-anestésicos; ■ casos específicos > sepse. ○ certificação legal; ○ tratamento paralelo à anestesia. ■ ex: transfusão durante anestesia. ★ hemogasometria; ○ pH e bicarbonato; ○ gases sanguíneos (PaO2 e PaCO2). ★ eletrólitos; ★ eletrocardiografia; ○ animal completamente arrítmico > fazer eletro. ★ imagem (RX e ultrassom); ○ ex: tumores > podem dar metástase > tórax ou abdômen. ■ massa dentro do pulmão > deve manter ventilado durante a anestesia. ANESTESIOLOGIA ★ anestesiologia veterinária: especialidade que estuda e proporciona ausência ou alívio da dor e outras sensações ao paciente que necessita realizar procedimentos médicos, como cirurgias ou exames diagnósticos, identificando e tratando eventuais alterações das funções vitais; ★ “sedare dolorem opus divinum est” hipócrates; ★ “me dá um protocolo pra hérnia diafragmática”; ○ NÃO OPERA A HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA, OPERA O PACIENTE!!! ○ cada espécie é uma; cada paciente é um; cada idade é diferente; Classificação ASA ★ I: procedimento eletivo > não é para tratamento; ex: castração; ★ II: TODO PACIENTE > neonato (abaixo de 10 meses), geriátrico, idoso, odeso, cardiopata compensado; ★ III: POUCO desidratado, caquético,..; ★ IV: doença sistêmica grave, com ameaça constante à vida > a qualquer momento pode vir a óbito; ★ V: moribundos > se fizer a cirurgia, pode morrer; se não fizer, vai morrer (+ provavelmente); ★ E: EMERGÊNCIA! I-V. ○ URGÊNCIA: consegue postergar. ÍNDICE DE COMPLICAÇÕES ★ cães/gatos: ○ ASA I-II: 0,15%; ○ ASA III-V: 3,23%. ★ equinos: ○ ASA I-II: 0,7-1.0%; ○ ASA III-V: ? (>3%). Exercício ★ Castração, canino, fêmea, labrador, hígida, 14 anos, 30Kg > ASA II; ★ Castração, canino, macho, pug, hígido, 2 anos, 10Kg > ASA I; ★ Castração, canino, macho, Pinscher, 2 anos, 8Kg > ASA I; ★ Mastectomia, canino, fêmea, SRD, 4 anos, sem mais sinais > ASA III; ★ Torção gástrica:EMERGÊNCIA!!!!! PREPARO DO PACIENTE JEJUM ★ variável; ★ espécie, peso, ASA, idade; ★ pequenos animais (jejum sólido > alimento): ○ adultos: 8-12 horas; ○ filhotes (NÃO LACTANTES): 2-4 horas; ○ neonatos (LACTANTES): ZERO!!!! ○ hídrico: ZERO!!!! ■ NÃO TEM NECESSIDADE EM NINGUÉM!! ○ equinos absoluto (sem água e sem comida): 12 horas; ○ bovinos (½ sólido > diminui pela metade o sólido): 48 horas; e absoluto (sem água e sem comida): 24 horas; ○ pequenos roedores e aves absoluto: máximo 3 horas; ■ metabolismo muito mais acelerado!!! ○ coelhos, similares e aves reiformes absoluto: 6 horas. PLANOS ANESTÉSICOS ★ coleta de informações: tira do paciente anestesiado > dá a situação do paciente perante anestesia; ★ variam entre espécies; ★ fármaco utilizado; ★ susceptibilidade do paciente ao fármaco; ★ estado clínico do paciente; ★ tipo de intervenção. Planos de Guedel: divisão da anestesia em 4 > profundidade do paciente perante anestesia; ○ I, II, III e IV. ■ III: dividido em plano 1, plano 2, plano 3 e plano 4; ■ estágio II: tudo aumenta devido a resposta do organismo ao fármaco. Planos de Guedel ★ estágios: profundidade anestésica. Estágio I: superficial ★ da administração do anestésico até a perda da consciência; ★ reflexos protetores presentes: reflexos que o corpo possui para proteger determinados órgãos; ○ protegem: ■ globo ocular (reflexo palpebral e corneal); ● reflexo palpebral lateral e medial; ● reflexo corneal: toque na córnea > tende a fechar o olho. ■ sistema respiratório (laríngeo): reflexo que a laringe faz para não deixar nada entrar na traqueia (e consequentemente nos pulmões); ■ reflexo protetor de DOR > o padrão é o interdigital (pinçar > se animal recolher > tem o reflexo). ★ movimentos voluntários; ★ desorientação. Estágio II: excitação ★ pode excitar depois de ter sono; ★ perda da consciência até início de padrão respiratório rítmico; ★ “resgate” do sistema nervoso central; ○ como se mandasse todo mundo trabalhar loucamente para não dormir; ○ “proteção” do SNC perante anestesia. ★ perde movimentos voluntários: pedala; ★ reflexos exacerbados: ○ taquicardia; ○ tremores; ○ midríase: dilatação da pupila; ■ miose: contração da pupila. ○ laringoespasmo (felinos): cartilagens aritenóides ficam fechando. ★ o que queremos?? pular essa fase; como evitar? ○ controlando a velocidade da indução; ■ deve ser feito de 5-10 minutos; ■ mantém o platô plasmático mais baixo; ■ se fizer MUITO lentamente > animal pode excitar. ○ medicação pré-anestésica (MPA). Estágio III: anestesia cirúrgica ★ momento em que a ventilação está mais rítmica; ★ depressão progressiva; ★ relaxamento muscular; ★ respiração regular; ★ dividida em 4 planos. Plano 1 ★ superficial; miorelaxamento insuficiente e pode ter taquicardia; ★ reflexos protetores presentes (perda do palpebral lateral); ★ globo ocular centralizado (pode ter nistagmo e midríase). Plano 2 ★ um dos planos ideais para cirurgia (2 e 3); ★ perda de reflexo laringotraqueal (perfeito para entubação) e interdigital; ★ reflexo palpebral pode estar diminuído mas reflexo corneal presente; ★ globo ocular rotacionado; ○ o que acontece para o globo ocular rotacionar? globo possui músculos que auxiliam na movimentação do olho > conforme vai aprofundando a anestesia > os primeiros músculos a perderem o reflexo são os dorsais e a porção dorsal dos laterais (em cima a musculatura do olho está relaxada e em baixo está tensa) > olho rotaciona; ○ depende nas raças. ★ respiração compassada em padrão toracoabdominal. Plano 3 ★ um dos ideais para cirurgia (juntamente com o 2); ★ perda de reflexo palpebral e corneal discreto; ★ bradicardia discreta e bradipnéia (padrão abdominotorácica); ○ respiração mais diafragmática > abdômen se mexe mais que o tórax. ★ globo ocular pode estar centralizado. Plano 4 ★ começa a dar problema; ★ perda dos reflexos protetores; ★ midríase; ★ bradicardia e hipotensão. Estágio IV: profundo ★ iminente a morte; ★ hipotensão considerável; ★ parada respiratória; ★ pode vir a ter choque bulbar > parada cardíaca por choque bulbar. ATUALMENTE ★ o que vai cobrado em prova! mas devemos saber os planos de Guedel! Superficial (S) ★ manutenção dos reflexos protetores; ★ miorrelaxamento insuficiente; ★ globo centralizado com midríase (pode ter nistagmo); ○ nistagmo: principalmente em equinos. ★ taquicardia, hipertensão e taquipnéia; ★ respiração toracoabdominal. Adequado (A) ★ perda de reflexo interdigital e laringotraqueal (TALVEZ palpebral); ○ reflexo palpebral medial: não pode estar presente; lateral pode estar presente. ★ globo rotacionado e pupilas com miose; ★ FC adequada, FR adequada e discreta diminuição de PA; ★ miorrelaxamento adequado. Profundo (P) ★ perda de todos reflexos protetores; ★ globo ocular centralizado; ★ midríase; ★ bradicardia; ★ bradipnéia e até apnéia. OBSERVAÇÕES ★ equinos e felinos > tendem a medializar o globo ocular ao invés de rotacionarem totalmente, como nos cães; ★ ruminantes mantém salivação, mesmo em planos profundos; ★ essa caracterização NÃO é aplicável na anestesia dissociativa. ○ não há depressão generalizada do cérebro. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via intravenosa (EV/IV) ★ indicações: ○ reposição volêmica; ■ fluido ou de sangue > reposição de volume. ○ hemoterapia; ■ transfusões. ○ grandes volumes - provas de carga (bolus de fluido); ○ administração rápida e efetiva; ○ TODA ANESTESIA DEVE TER UMA VIA DE ACESSO PATENTE . ■ via intravenosa ou intraóssea. ★ acesso central ou dissecção venosa; ○ acesso central: jugular > deve ser MUITO asséptico > vaso muito perto do coração > pode levar MO. ★ outras vias: cateter totalmente implantável > coloca abaixo da pele > ligados diretamente a veias (geralmente subclávia, carótida ou jugular). ○ como fazer? CUIDAR ★ indicação das medicações; ★ diluição de medicações!! ○ risco de flebite; ○ abscessos. ★ MANTER A HIGIENE!!! LIMPAR O INJETOR COM ALGODÃO COM ÁLCOOL; ★ embolia: ingestão de ar > embolia gasosa; ★ hemorragias; ★ extravasamento de fluido > para o subcutâneo; Via intramuscular ★ medicação pré anestésica (MPA); ★ alguns fármacos só podem ser administrados por essa via!!! ○ ex: benzetacil. ★ fazer antissepsia antes! ★ contenção > dor. Via subcutânea ★ indicações: ○ pré-anestésicos > GATOS!! PORQUE NÃO DÁ PARA FAZER IM ○ fluidoterapia pré em desidratação leve (5%) - filhotes; ○ medicações adjuvantes (AINES). ★ contra indicações: ○ soluções hipotônicas/hipertônicas; ■ apenas isotônicas: RL. ○ fluidoterapia trans (trans-cirúrgica/trans-anestésicas). Via inalatória ★ manutenção anestésica; ★ indução; ○ gato muito bravo. ★ rápida absorção (via bronquial - emergência). ○ dentro do traqueotubo: fazer adrenalina diluída em emergências > árvore brônquica tem absorção muito rápida. Via peridural ★ anestesia locorregional; ★ fármacos analgésicos; ★ cateter peridural; ★ local: espaço peridural > L7-S1; ○ para comprovar (testes): teste da gota pendente e pressão negativa. Via intraóssea ★ indicações: ○ similares à via intravenosa; ○ animais muito pequenos; ○ severamente hipotensos; ○ vasos periféricos frágeis/pequenos. ★ seleção da agulha: ○ 33% do diâmetro do osso; ○ 67% do comprimento do osso. ★ para comprovar: se estiver certo > quando mexer o bracinho > a agulha vai se mexer junto. ★ contraindicações: ○ ossos fraturados; ○ deformidades ortopédicas; ○ celulite/dermatite grave no local de acesso; ○ osteomielite/septicemia. ★ complicações: ○ osteomielite; ○ embolia: pode soltar fragmentos da medula; ○ fraturas. Via oral ★ pouco utilizada na anestesiologia; ○ mais utilizada na medicina de felinos (antes de sair de casa) > gabapentina e amitriptilina. ★ animais MUITO furioso: cetamina, metadona (...) transmucosa oral. Via intracardíaca ★ contraindicada (ultrapassada); ★ laceração de vasos coronarianos; ★ tamponamento cardíaco; ★ infarto agudo do miocárdio; ★ fibrilação irreversível (adrenalina no miocárdio). FLUIDOTERAPIA TRANS-ANESTÉSICA ★ fluidoterapia: manejo pré, trans e pós-operatório; ○ pré: correção da desidratação;○ pós: se necessário, para auxiliar. ★ protocolos INDIVIDUAIS > quais os objetivos? Fluidoterapia ★ objetivos: ○ aumentar a sobrevida dos pacientes; ■ correção da dinâmica vascular (efeito direto sobre volume sistólico): vai colocar mais volume no vaso > chega mais sangue no coração; ■ ajuste dos distúrbios ácido básicos: adição de sódio, potássio, cálcio; ■ melhora direta na perfusão microvascular: extremidades do corpo (microvascular); ■ otimizar o transporte de O2 às células. Classificação da desidratação - Sinais clínicos ★ < 5%: não detectáveis; histórico de desidratação; ★ 5 a 6%: perda sutil do turgor cutâneo; concentração urinária; ★ 6 a 8%: perda moderada do turgor cutâneo, discreto prolongamento do TPC, discreta enoftalmia (olhos mais fundos); ressecamento das mucosas; ★ 10 a 12%: perda acentuada do turgor cutâneo, prolongamento do TPC, enoftalmia, mucosas secas e viscosas, oligúria, contrações musculares involuntárias, possíveis sinais de choque; ★ 12 a 15%: taquicardia, pulso fraco/filiforme, hipotermia, hipotensão, sinais de choque. EXAME FÍSICO ★ avaliação das mucosas e TPC; ★ avaliação do turgor cutâneo; ★ avaliação do pulso periférico: colocar o esteto no coração e avaliar o pulso; ver se tem sincronia nos batimentos > se está fraco ou forte; ★ avaliar o débito urinário: não é todos os animais; ○ durante uma cirurgia muito longa é legal manter sondado para avaliar, pois o débito urinário normal de um animal é 1 a 2 ml/kg/hr; ○ pode usar fralda também e depois pesar essa fralda. Cálculos de reposição ★ Volume total de fluido (ml) = ND + PO + PE; ○ ND: necessidades diárias; ■ cão: 40-50 ml/kg/dia; ● ND = massa (kg)^0,75 x 132. ■ gato: 70 ml/kg/dia. ● ND = massa (kg)^0,75 x 80. ○ PO: perdas ocorridas; ■ massa (kg) x desidratação (%) x 10 *se quero fazer uma taxa maior na parte da manhã (pois o animal vai entrar em cirurgia de tarde) > posso fazer o cálculo de PO e colocar em um tempo menor. ○ PE: perdas estimadas. ■ vômitos: 40 ml/kg/dia; ■ diarreia: 50 ml/kg/dia; ■ vômitos+diarreia: 60 ml/kg/dia. *tanto faz o cálculo que fizer > porém, o preto pode ficar um volume muito grande e sobrecarregar o animal. OBSERVAÇÕES ★ cardiopatas; ○ CUIDAR EDEMA PULMONAR. ★ anêmicos; ○ vai diminuir mais ainda o hematócrito > diluir mais o sangue. ★ desequilíbrio hidroeletrolítico. Fluidoterapia transoperatória ★ OBRIGADO A FAZER > realizar cálculo; ★ diminuição do volume circulante (hipotensão, hemorragia); ○ ressecação das vísceras. ★ perdas por evaporação e lesão celular: cavidade quente > abre a cavidade (geralmente está no ar condicionado) > vai evaporar o líquido e ressecar as vísceras; ★ redução do líquido extracelular (exsudato, edema); ★ manutenção do acesso vascular; ○ anestesia intravenosa; ○ manter para emergências!!!! ★ como escolher a fluido?? ○ cristalóide (RL): ringer lactato; durante toda a anestesia: ■ cães: 5 ml/kg/h; ■ felinos: 3 ml/kg/h. ○ porque não usar cloreto de sódio? quantidade maior de sódio; é mais ácido, e a própria anestesia diminui o pH do sangue do paciente. EXERCÍCIOS ★ canino, 10 kg, OVH eletiva (castração); quantos ml/kg/h o paciente vai ter? ○ cães: 5ml/kg/h > 50 ml por hora. ★ felino, 3,7 kg; ○ felinos: 3 ml/kg/h 12 ml por hora. CALCULANDO VOLUMES Fármacos injetáveis ★ dose: ○ mg/kg; ○ Ug/kg; ○ UI/kg. ★ FOCAR NISSO: ○ 1kg = 1000g; ○ 1g = 1000mg; ○ 1mg = 1000 ug. Fórmula VOLUME = (dose x peso) / concentração ★ DOSE: literatura; ★ PESO: pesar SEMPRE! ★ concentração: frasco do fármaco. REGRA DE 3!!! Ex: animal de 10 kg; dose: 5 mg/ml; concentração: 100 mg/2ml > 50 mg/ml. - 5 (dose) x 10 (peso) / 50(concentração) = 1 ml E a porcentagem? Conversão de % em mg/ml ★ quantos mg/ml existem em 1%? ○ 1% = 1g para cada 100 ml de solução; “1 por cento”; ○ 1% = 1000mg para cada 100 ml de solução; ○ 1% = 10mg para cada 1ml de solução. ■ cortou os 00. 1% = 10mg/ml ★ PARA CONVERTER PORCENTAGEM (%) EM MG/ML É SÓ MULTIPLICAR O VALOR POR 10!!!! ★ ou seja: ○ propofol 1% = propofol 10mg/ml; ○ acepromazina 0,2% = acepromazina 2mg/ml; ○ meloxicam 2% = meloxicam 20 mg/ml; ○ dipirona 50% = dipirona 500mg/ml. EXERCÍCIOS 1. fármaco: morfina 10mg/ml paciente: canino, 5kg dose: 0,3 mg/kg VOLUME = 0,3 x 5 / 10 = 0,15 ml 2. fármaco: ranitidina 25 mg/ml paciente: felino 2 kg dose: 2 mg/kg VOLUME = 2 x 2 / 25 = 0,16 ml fármaco: ampicilina 1g > diluir em 5 ml > 1000mg/5ml > 200 mg/ml - medicamento que tem que diluir em 5ml de água para diluição (tipo cef.). dose: 22 mg/kg VOLUME = 22 x 2 / 200 = 0,22 ml 3. fármaco: ceftriaxona 1g > diluir em 5ml > 200mg/ml paciente: belinha, canino, 1,5kg dose: 30mg/kg V = 30 x 1,5 / 200 = 0,22 ml fármaco: omeprazol 40mg (vem com diluente próprio de 10 ml) > 40 mg/10 ml > 4mg/ml dose: 1mg/kg V = 1 x 1,5 / 4 = 0,37 ml 4. fármaco: metronidazol 0,5% paciente: felino 3 kg; dose: 15 mg/kg 1% > 10mg/ml; 0,5% > 5mg/ml V = 15 x 3 / 5 = 9 ml 5. fármaco: acepromazina 0,2% = 2 mg/ml (SEDAÇÃO) paciente: canino 12 kg dose: 0,02 mg/kg V = 0,02 x 12 / 2 = 0,12 ml **MPA >> associar a metadona > para melhorar o sono!!!! fármaco: metadona dose: 0,2 mg/kg [ ] = 10 mg/ml V = 0,2 x 12 / 10 = 0,24 ml *puxar 0,24 ml + 0,12 ml > aplicar no animal. 6. fármaco: fentanil 0,05 mg/ml > 1mg = 1.000 ug > regra de 3 > (0,05 mg x 1000ug) > 50 ug/ml. paciente: felino 2 kg; dose: 3 ug/kg V = 3 x 2 / 50 = 0,12 ml INFUSÃO CONTÍNUA Fármacos que são colocados na bomba de infusão; durante horas ou dias; Exercícios 1. propofol 1% em uma taxa de 0,3 mg/kg/min canino, 10 kg propofol 10 mg/ml 0,3 mg - 1kg x - 10 kg x = 3 mg/min 10 mg - ml 3 mg - x x = 0,3 ml/min OU V = 0,3 x 10 / 10 = 0,3 ml/min Quantos ml em uma hora? 0,3 x 60 = 18 ml por hora!!!!! 2. lidocaína 2% em uma taxa de 30 ug/kg/min canino 5kg lidocaína 20 mg/ml (concentração) 1 mg - 1000 ug > para 30 ug > 0,03 mg/kg/min 0,03 mg - kg x - 5kg x = 0,15 mg/min (dose) V = 0,15 mg/min / 20 mg/ml = 0,0075 ml/min > em 60 minutos (1hora) > 0,45 ml/h 3. fentanil 5 ug/kg/h [ ] = 0,05 mg/ml felino, alemão, 3,5kg 1 mg - 1.000ug 0,05mg - x x = 50 ug/ml (concentração) 5 ug - kg x - 3,5 kg x = 17,5ug/3,5kg V = 17,5ug/h / 50 ug/ml = 0,35 ml/h **diluir essa quantidade e colocar em bomba de infusão!!! CÁLCULOS DE GOTEJAMENTO ★ coisas a saber: ○ fluidoterapia transoperatória: ■ CANINO: 5ml/kg/h; ■ FELINO: 3ml/kg/h. ○ equipo macrogotas: 1ml = 20 gotas > 10 kg; ○ equipo microgotas: 1ml = 60 gotas < 10 kg. Exercício: canino 20 kg; fluido transoperatória? 5ml - kg x - 20 kg x = 100 ml/h > 1,7 ml/minuto!!!! 1,7 / 4 (para saber em 15 segundos) = 0,42ml em 15 segundos multiplico por 20 para macro e 60 para micro 1 ml = 20 gotas 0,42 ml = ? x = 8,4 gotas em 15 segundos 2. gato, 5 kg; OVH seletiva; gata saudável; taxa: 3ml/kg/h > 15ml/kg/h Em minuto, quanto? 0,25 ml/minuto Em 15 segundos, quanto? 0,062 ml em 15 segundos Equipo microgotas: 0,062 ml x 60 gotas = 4 gotas em 15 segundos PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANESTESIA INALATÓRIA ★ TIVA: Total Intra Venous Anestesia ○ técnica de anestesia geral que utiliza uma combinação de agentes administrados exclusivamente por via intravenosa sem recurso a agentes de inalação (gás anestésico). ★ INALATÓRIA: anestesia geral administrada por via pulmonar (através da respiração); em sua maioria são líquidos voláteis que misturados ao oxigênio são inalados pelo paciente; ○ se ficam abertos muito tempo > evaporam; ○ são colocados dentro de um vaporizador > quando o oxigênio passa por ele > borbulha > carrega ele para dentro do paciente (pulmão). ★ PIVA: Parcial Intra Venous Anestesia ○ anestesia parcial intravenosa; utiliza fármacos em infusão contínua adicionalmente à anestesia inalatória; ○ MELHOR!!! ○ ASSOCIAR COM BLOQUEIOS LOCAIS. ★ DISSOCIATIVA: NÃO É ANESTESIA GERAL. ○ modalidade anestésica realizada através da dissociação dos sistemas tálamo-cortical e límbico; é caracterizada por estado de anestesia cataleptoide (animal fica rígido) em que alguns reflexos são mantidos. ■ animal não perde todos os reflexos; ■ objetivo: dissociar tálamodo córtex cerebral. ○ PROBLEMA!!! ■ QUETAPUM > no Brasil, a associação dos anestésicos Quetamina e Xilazina; também pode-se encontrar a forma “KETAPUM”; remete a baixa qualidade de um “protocolo” anestésico, que promove imobilidade, FALSA sensação de segurança e irrelevante analgesia. ● NENHUMA POSSUI ANESTESIA CIRÚRGICA !!!!!!! ○ ANIMAL NÃO VAI SE MEXER MAS VAI SENTIR DOR!!! EVOLUÇÃO DA ANESTESIA ★ DOR > prejudicial a anestesia, pós-operatório e cirurgia; ○ dor libera várias substâncias > por exemplo, cortisol > demora mais para cicatrizar feridas; animal ficou sentindo dor durante cirurgia > tende a sentir mais dor no pós-operatório. ANESTESIA INALATÓRIA ★ carro chefe da anestesia veterinária no Brasil; ○ segura; ■ bom controle do plano; ■ pacientes de alto risco. ○ fácil aquisição; ○ depressão dose dependente; ○ curva de aprendizado: bem menor do que a TIVA. COMO FUNCIONA? ★ aparelho anestésico > traquéia corrugada em “y” > chega nos pulmões > absorvida pela corrente sanguínea sistêmica > chega no cérebro > animal dorme; ★ quando desligo a anestesia inalatória > cérebro volta em direção aos pulmões (começa a ser metabolizado) > traqueia > carrinho > ambiente. EQUIPAMENTOS BÁSICOS VENOPUNÇÃO: pegar acesso ★ escolha do local de acesso: ○ acessibilidade; ○ mobilidade: evitar articulações; ○ localização: de distal para proximal; ■ sempre começar mais abaixo; se estourar > acessar mais para cima; ■ pois se faz em cima > cria coágulo > nada mais chega para cima. ○ ausência de terminação venosa importante. VEIAS POSSÍVEIS DE ACESSO CEFÁLICA SAFENA FEMORAL (gatos) CATETERES ★ tipos de cateteres venosos; ○ agulhado ou com asas (scalp ou butterfly); ■ problema: é uma agulha, rígido; antigamente usava-se muito; porém, estoura a veia muito rápido (por ser uma agulha). ○ cateter flexível sem asas, cateter curto (Abocath, jelco, solidor). ■ nº 26 (aves muito pequenas); nº 24 (amarelo > filhotes); nº 22 (azul); nº 20 (rosa > cães de médio porte); nº 18 (cachorros de grande porte, ovelhas, terneiros, potros); nº 16 (equinos; bovinos); nº 14 (equinos; bovinos). ★ anatomia do jelco: ○ agulha pré-lubrificada: mandril > o que vai furar a pele; ○ cateter: por fora > tubinho fininho de silicone que vai encima do mandril; ○ filtro: na ponta; serve para FILTRAR! ■ não retirar quando for acessar! ○ cápsula e tampa da cápsula. COMO É FEITO O ACESSO ★ bisel é voltado para cima; ★ técnica: garrote > passar álcool > observar a veia > introduzir o cateter na pele com MÃO FIRME > vai começar a voltar sangue em direção ao filtro > parar onde está > empurrar o cateter e puxar a agulha > colocar o equipo > fixar o cateter!!!! TODO ACESSO VENOSO DEVE TER!!!!!!!!! ★ tricotomia em toda volta do membro; ★ limpar bem > ÁLCOOL!!! ○ se estiver sujo > limpar com sabão ou clorexidine. ★ DATA NO ACESSO!!! ★ TAMANHO DO CATETER!!!! ★ DEVE SER TROCADO A CADA 3-4 DIAS!!!!! ○ 3 NOS ANIMAIS EM UTI! CATETERZÃO OU CATETERZINHO? ★ cateterzinho! ★ como tomar essa decisão? ○ fluxo: quanto maior o tamanho > maior o fluxo; ■ isso importa para anestesia? não tem grande importância! ○ contaminação: indiferente > deve ser caprichoso; ○ obstrução: quanto maior o calibre, menor a chance de obstruir; ■ grande “dobra” menos; ■ longo prazo. ○ dificuldade de acesso: quanto mais grosso > mais dificil de colocar. ★ qual colocar? aquele que estou preparada para colocar > o maior que fico mais confortável!!! ○ colocar o cateter do lado da veia > ver se cabe dentro da veia > se couber, não tem porque não colocar!! ○ VAI DE CADA VETERINÁRIO!!!! A REGRA NÚMERO 1 DA PUNÇÃO VASCULAR ★ NUNCA, em hipótese alguma, elogie uma veia antes de acessá-la. FLUIDOTERAPIA ★ equipamentos básicos: ○ equipo: câmara de gotejamento (transparente); coluna de fluido (dentro da câmara), “grampo” ou pinça rolete; local com injetor (borracha); ■ coluna de fluido: é bom ter, pois auxilia na não formação de bolha!!! ○ bomba de infusão: tem de seringa e de equipo; ■ quantos ml/hr; ■ quando usar: sempre que tiver!! mas, em infusão contínua principalmente! ★ quais fluidos existem? solução fisiológica (NaCl 0,9%) e ringer com lactato; ○ solução fisiológica: apenas sal; ○ ringer lactato: eletrólitos e menos sal; ○ qual utilizar? o que é MAIS FISIOLÓGICO (RINGER COM LACTATO). ASPIRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS ★ HIGIENE; ○ AMPOLAS: sempre limpar o local que entra com a agulha. ★ tamanho da seringa adequado ao volume ○ dose de medicamento 0,1 ml = pegar seringa de 1 ml; ○ se IV > deve ter margem para diluição!! INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL ★ objetivo da intubação: assegurar funcionalidade da via aérea; ○ garantir que o animal receba aporte de oxigênio adequado. ★ como entubar? ○ pequenos animais: decúbito esternal (fácil); ○ grandes animais: decúbito lateral (como vai cair) > estica o pescoço (manter linha reta da cabeça com o pescoço) > abre a glote e as “cegas” vai passar tranquilamente. ★ oxigenioterapia; ★ realizar inspeção do fundo de boca; ★ ventilação manual ou mecânica; ★ não “futucar” > principalmente felinos. ○ EDEMA DE GLOTE! pode entrar em insuficiência respiratória no final da anestesia; ○ felinos tem problemas de laringoespasmos (cartilagens ficam se movimentando); ○ o que fazer? bloquear a região (spray de lidocaína ou anestesia periglótica) > esperar um pouco > vai abrir > introduzir tranquilamente. ★ obstrução? ocorreu edema de glote?? ○ o que fazer??? TRAQUEOSTOMIA!! EQUIPAMENTOS BÁSICOS ★ laringoscópio; ★ sondas orotraqueais/endotraqueais/traqueotubo. ○ cano de PVC (possui linha radiopaca em todo ele - radiomarcador - > é possível fazer raio x para saber sua localização); ○ adaptador > colocar nos sistemas de anestesia, ambu; ○ válvula de segurança: onde coloca a seringa do CUFF! porque injetar ar ali? para encher o CUFF/balonete > para manter no lugar e também para puxar oxigênio APENAS DENTRO do tubo (vai “obstruir” a traqueia); ○ balão piloto (CUFF): inflar depois de intubar > deve ficar macia mas cheia (não ficar estourando porque o CUFF vai estar estourando a pode necrosar a traqueia) > FOTO; ○ curva de Magill: curva do traqueotubo; ○ olho de Murphy: buraquinho que tem na extremidade do traqueotubo. ■ finalidade de diminuir as chances do tubo obstruir (secreção) e auxiliar na quantidade de ar mandada por ele. ★ seringa - CUFF; ★ máscaras: ○ fornecimento de O2 antes da indução anestésica; ■ importante!!! ○ indução direta por máscara em animais debilitados; ○ complementar indução com agentes anestésicos injetáveis. COMO ESCOLHER O TAMANHO DO TUBO? ★ 2 métodos: largura do septo e palpação da traqueia; ○ largura do septo: colocar ponta do tubo na largura do septo nasal > maior tubo cabe na traqueia; ○ palpação da traqueia: apalpar a traqueia > pego o tubo; pegar 3 tamanhos diferentes (próximos daquele que escolhi). ■ mais fidedigna; ■ ex: gato > 3; 3,5; 4 > quase sempre usa algum desses!!!! ★ cartilagens aritenóides: quase sempre fechadas; para evitar falsa via!!!! ANESTESIA PERIGLÓTICA ★ ANTES OU DEPOIS DE INTUBAR? ★ 100% das intubações; ★ bloquear a glote!!! porque? porque é barato (lidocaína), fácil e dá conforto na anestesia; ○ estímulo da glote: estímulo do tubo dentro da garganta > um dos principais motivos dos quais o animal superficializa no meio da anestesia; ○ bloqueio dessa região: ajuda muito!!!! ★ como fazer? com cânula própria, ponteirinha do spray + seringa (copular a ponteirinha do spray de lidocaína na seringa); seringa + cateter; ★ diminui o laringoespasmo pelo tubo no pós > rouquidão do pós operatório; ○ laringoespasmo: problema no gato asmático!!!! ★ tubo incomoda MUITO > espasmo faz liberação de catecolamina (adrenalina e noradrenalina) > piora anestesia!!! ★ LIDOCAÍNA, não pubi!!! ○ bupi > demora muito para perder o tempo de bloqueio; ■ o que acontece? anestesia inalatória aumenta secreção e diminui reflexo de tosse (animal não consegue expelir). ○ SPRAY DE LIDOCAÍNA É MUITO CONCENTRADO! se for utilizar em gatos > apenas UMA CHANCE > 2 sprayzada já é tóxico paragatos!!! ○ 1 mg/kg de lidocaína em GATOS ou 0,1 ml/kg de lidocaína 1%. ■ DILUIR!!!! APARELHO DE ANESTESIA ★ fonte de gás diluente: cilindro de oxigênio; ★ válvula redutora de pressão; ★ chicotes de oxigênio; ★ fluxômetro ou rotâmetro; ★ vaporizador; ★ circuito anestésico; ★ sistema anti-poluição. Fonte de gás diluente ★ O2 pressurizado. ○ oxigênio medicinal > cilindros de cor VERDE!!! Válvula redutora de pressão ★ cilindro vem com uma pressão MUITO grande; ○ precisa de válvula para saída do oxigênio do cilindro e entrada no aparelho de anestesia > 2 válvulas. ★ indica pressão do cilindro; ★ pressão de saída constante (3,5 kgf/cm²); ★ não suficiente > pode danificar o aparelho de anestesia e matar o paciente; ○ por isso > válvula duplo controle. ★ pressão de saída regulável; ★ utilizada para aparelhos de anestesia. Chicotes ★ mangueiras próprias para saída de oxigênio; ★ cores: azul e amarela. Fluxômetros ou rotâmetros ★ função dos dois é a mesma; ★ MEDE A QUANTIDADE DE OXIGÊNIO QUE ESTÁ SAINDO POR MINUTO!!! ★ fluxômetro: mede de litro em litro; ○ fluxômetro verde: oxigênio; ○ fluxômetro amarelo: ar comprimido; ○ fluxômetro azul: óxido nitroso. ★ rotâmetro: mais sensível. Vaporizadores ★ utilizado para fornecer o anestésico; ★ dois tipos: universal ou calibrado. UNIVERSAL ★ qualquer agente halogenado (menos desflurano); ○ isoflurano. ★ sem compensação de fluxo, temperatura e pressão; ★ não permite o cálculo de concentração anestésica enviada ao animal; ★ volatilização máxima: sem limites! ★ coloração âmbar e transparente. *colocado o anestésico > ar entra > fica borbulhando; é controlado o borbulhamento através da válvula. CALIBRADO ★ específico; cada tipo de fármaco tem o seu vaporizador; ★ compensação de fluxo, temperatura e pressão; ★ ajusta a concentração anestésica enviada ao animal; ★ volatilização máxima limitada; ★ alto custo - manutenção anual. Circuitos anestésicos ★ circuitos sem reinalação de gases; ★ circuitos com reinalação de gases. CIRCUITO SEM REINALAÇÃO DE GASES ★ tudo que é expirado vai fora e entra novo; ★ fluxo de oxigênio: 200 ml/kg/min; ○ ex: animal de 10 kg > 2000 > 2 litros por minuto! ★ vantagens: ○ baixa resistência mecânica; ■ não precisa fazer muita forma pulmonar. ○ mudança rápida de plano anestésico. ■ se aprofundar > diminui. ★ desvantagens: ○ maior consumo de fármaco; ○ maior poluição; ○ maior perda de calor e umidade. ★ Tipos: circuito T de Ayre, circuito de Baraka e circuito de Bain. ○ circuito T de Ayre: ■ criou o “T” de Ayre > ligado em um sistema onde entra gás através de tubos de silicone, conectados no Baraka (perto da boca). ○ circuito de Baraka: ou circuito duplo T de Ayre ou Jackson Rees II ■ copiou > colocou DOIS “T” de Ayre > e criou o “Baraka” (2 de cada lado); ● o que faz? um lado é conectado no traqueotubo e outro tem um balão (reservatório); ○ o que acontece? entra na gás > vai em direção ao balão > expira > sai; ○ VÁLVULA: quando quero VENTILAR >> aperto a válvula > vai encher de oxigênio > encho o balão > ventilar manualmente. ○ circuito de Bain: MAIOR! ■ animais com mais de 10 kg; ■ gás vai até o paciente por tubo interno e é expirado por um tubo externo; ● porque é bom? gás inspirado seja aquecido pelo gás expirado. CIRCUITOS COM REINALAÇÃO DE GASES ★ circuito circular valvular: gás filtrado > vai reinalar gases!!!! gases que expirar > uma parte vai voltar para inspirar novamente; ○ animais superiores a 7 kg; para animais muito pequenos > fica muito espaço morto; ○ reinalação parcial dos gases expirados após filtração para remoção do CO2 (filtração do CO2); ■ 50 ml/kg/min de oxigênio; ○ vantagens: ■ conservação melhor da umidade e calor; ■ menor consumo de oxigênio e anestésico; ■ menor poluição. ○ desvantagens: ■ mudança mais lenta de plano anestésico; ■ maior resistência mecânica; ■ risco de acúmulo de CO2. ● SE NÃO TIVER CUIDADO COM O FILTRO!!! - cão vai expirar > traqueia expiratória > válvula expiratória (válvulo pop-off) > - > um pouco vai para o ambiente; - > outra parte vai para o canister com cal sodada (filtro de O2) > - > uma parte vai para o balão reservatório; - > outra parte vai se juntar com o oxigênio > válvula inspiratória > traqueia inspiratória. - COMO NÃO FAZ O CONTRÁRIO? válvulas são direcionais!!!!! ★ Cal sodada: absorção de CO2 dentro do circuito anestésico; ○ quando trocar? quando esgotar > deixa de ser branca e vira ROXA!!!! ■ indicador violeta!!!! ■ CUIDADO: fica roxa quando esgota > e depois fica branca de novo; QUANDO VER QUE ESTÁ ROXA > TROCAR!!!! ○ absorção de CO2 no interior do circuito; ○ trocar quando ½ a ⅔ ficarem violeta. MONITORAÇÃO CARDIOVASCULAR ★ frequência cardíaca (FC), eletrocardiograma e pressão arterial (PA); ★ monitorização: primeiro relato > 1895 (hospital da universidade de Massachusetts); ○ “tomavam conta da anestesia”. ★ muitos morriam > e começaram a ficar incomodados de “sentir o peso” do óbito; ★ traçaram estratégias para correlacionar o número de óbitos com alguma coisa; ○ primeiras: FC, FR, temperatura e protocolos. ★ 1901 Dr. Cushing reconheceu o Dr. Riva-Rocci > inventou a mensuração de pressão por meio do esfigmomanômetro - PAS (pressão arterial sistólica). Índice de mortalidade em pacientes saudáveis ★ 0,17% para cães (1 em cada 588); ★ 0,24% para gatos (1 em 416); ★ 1% para equinos (1 em 100); ★ >2% em coelhos (>1 em 50); ★ HUMANOS: 0,005% (1 EM 20.0000). *pode aumentar todos em até 10x com comorbidades. ★ o que deve ser feito: ○ monitorar!!! como monitorar: abranger o maior número de parâmetro > ventilação, circulação e temperatura > CONTÍNUA!!! REGISTRADO EM PLANILHA. PLANILHA ★ cabeçalho com identificação; registro geral do paciente e data; ★ anestesista, cirurgião e procedimento; ★ MPA > dose, via e horário; ★ indução > dose, via e horário; ★ manutenção; ★ sistema de anestesia; ★ anestesia local? ★ IMPORTANTE: a cada 5 minutos > ○ quanto % está indo no inalatório; ■ universal (a/e > que é o efeito). ● a/e = a efeito. ○ plano anestésico: superficial (S), adequado (A) e profundo (P); ○ saturação de oxigênio; ○ ETCO2: índice do CO2 ao final da expiração; ○ temperatura do animal; ○ GRÁFICO!!! ■ VARIA DE CADA FICHA ANESTÉSICA!!! ★ ficha de recuperação anestésica: ○ fármacos administrados no pós operatório; ○ parâmetros do início > a cada 15 minutos > anotar: todos possuem pontuações ■ estado de consciência; ■ excitação; ■ pulso; ■ coloração da mucosa. ○ pontuação total: ■ > ou igual a 10 = ALTA (da sala de recuperação anestésica). OBJETIVOS DA MONITORAÇÃO ANESTÉSICA ★ avaliar profundidade anestésica; ○ permitir ajustes a tempo (a cada 5 minutos). ■ animal ficou bradicárdico: pode ter parada cardíaca. ★ avaliar alterações nos parâmetros vitais para antecipar qualquer manobra. PARÂMETROS CARDIOVASCULARES FREQUÊNCIA CARDÍACA ★ nos indica se há atividade elétrica no coração; ★ deve ser associada a outros parâmetros; ○ sozinha não indica muita coisa. ★ como obtemos esse parâmetro? ○ estetoscópio; ○ ECG (eletrocardiograma); ○ oximetria (frequência de pulso); ○ Doppler arterial; ○ palpação da artéria (principalmente em grandes animais). ★ SOZINHA NÃO SERVE PARA MUITA COISA: ○ falsa sensação que o animal está muito profundo ou superficial. EXEMPLO ★ animal com taquicardia (aumento da FC) > o que pensamos? que está superficial (superficialização); mas, animal pode estar hipotenso (hipotensão) > pois o corpo tem 3 mecanismos compensatórios: ○ regulação da PA; ○ regulação da FC; ○ regulação da PP (perfusão periférica). ★ animal que despenca a PA muito bruscamente: como mecanismo compensatório > pode vasocontrair ou aumentar a FC > geralmente vai estar com a FC aumentada; ★ quando a pressão cai > taquicardia > extremidades geladas (pois vasocontraiu a periferia > coração aumentou a frequência > para reverter a hipotensão); ★ quando a pressão sobre (hipertenso) > tende a diminuir a FC > vasodilatação > para aumentar a PA!!!!!! ★ animal com taquicardia pode estar com hipovolemia também!!!! se administrar mais anestésico> vou deprimir mais ainda!!!! ESTETOSCOPIA ★ cirurgia: esteto esofágico > introduzido no esôfago > chega bem perto do coração para auscultar; ★ mensuração da FC; ★ ritmo cardíaco; ★ funcionamento valvular. ELETROCARDIOGRAFIA (ECG) ★ monitoração contínua da FC e ritmo; ★ mais precisa do ritmo; ★ sugere alteração no tamanho de câmaras. ○ não é para isso que ela serve!!!! ★ na anestesia: queremos avaliar a parte elétrica do coração > frequência e ritmo!!! ★ ECG ★ frequência e ritmo cardíaco; ★ eletrodos que formam derivações: DI, DII, DIII, etc.; ★ ECG: traçado formado através do impulso elétrico cardíaco que vão até os eletrodos > formando basicamente 3 ondas: ○ P, complexo QRS e T. ★ esqueminha: ○ flamengo do lado direito; ○ brasil do lado esquerdo (sempre do lado do coração); ○ cores fortes atrás; ■ preto e verde. ○ branco vai no meio: próximo ao esterno (5º espaço intercostal). ★ ONDA P: despolarização (contração) dos átrios; ★ COMPLEXO QRS: despolarização dos ventrículos; ○ ventrículos são maiores > maior parede muscular. ★ ONDA T: repolarização dos ventrículos; *E A REPOLARIZAÇÃO DOS ÁTRIOS??? ACONTECE SIMULTANEAMENTE AO COMPLEXO QRS > ONDA U (setinha verde). ★ coração possui locais de início do impulso elétrico: nodo sinusal e nodo sinoatrial > onde manda o impulso!!!! coração manda seu próprio impulso!!! ANATOMIA DA ONDA ★ intervalo: a onda participa; ○ intervalo PR: início da onda P até o final da onda R. ★ segmento: do fim ao início de uma onda; ○ segmento ST: fim da onda S ao começo da onda T. ECG NA ANESTESIA ★ arritmia sinusal respiratória: condição fisiológica dos cães; ○ muitos cães apresentam arritmia: coração não bate de forma compassada/certa; ○ porque acontece isso? pois quando inspiramos, há um aumento da FC, e quando expira > devido aos músculos (contração), que fazem um estímulo vagal > faz com que diminua a FC. ★ sempre associar com PA; ○ sem associar: apenas atividade elétrica; ○ associando: circulação como um todo. ■ FC aumento > PA diminuiu: mecanismo compensatório. ★ arritmias frequentes em anestesio: ○ bradicardia: ■ cães: FC < 60-70 bpm; ■ gatos: FC < 100 bpm. ○ taquicardia: ■ cães: FC > 140 bpm; ■ gatos: FC > 180 bpm. ○ bloqueio atrioventricular: ■ BAV 1º, 2º e 3º graus. ○ complexo ventricular prematuro (CVP ou VPC). *normal, taquicardia, bradicardia e arritmia. - quando tiver alguma dessas alterações > ver se tem sincronismo com a respiração > se tiver > É NORMAL > não é para tratar!!!! BRADICARDIA SINUSAL BRADICARDIA COM ONDA P POSITIVA EM DI E DII ★ diminuição da FC. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR ★ ocorre quando a FC está muito baixa; ★ benignos: ○ BAV 1º grau; ○ BAV 2º grau Mobitz I. ★ malignos: ○ BAV 2º grau Mobitz II; ○ BAV 3º grau ou total. *focar nesses dois para anestesio!!!! BAV 1º GRAU ★ “sempre conduz..”; ★ toda onda P tem uma onda QRS; ★ ocorre prolongamento anormal do intervalo PR; ○ não tem importância na anestesio!!! BAV 2º GRAU (Mobitz I) ★ “nem sempre conduz..”; ★ intervalo PR vai aumentando gradualmente até que o ventrículo não bate (ou seja, até que não ocorra onda QRS). BAV 2º GRAU (Mobitz II) ★ presença de intervalos PR fixos associados a um repentino bloqueio da onda P; ○ intervalo PR: início da onda P até o final da onda R; ○ BATE O ÁTRIO MAS NÃO BATE O VENTRÍCULO. ■ duas vezes a batida do átrio. BAV AVANÇADO ★ presença de mais de uma onda P bloqueada seguidamente; ★ bate apenas átrio seguidamente. BAV 3º GRAU/BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR TOTAL ★ ritmo anárquico!!! ★ átrio bate em uma frequência, ventrículo em outra; ★ MUITO próximo de uma parada cardíaca. COMPLEXO VENTRICULAR PREMATURO ★ batida louca do ventrículo no meio do nada; ★ ventrículo despolariza sem a despolarização do átrio. ○ não mediado pela despolarização sequencial (átrio>ventrículo). PRESSÃO ARTERIAL ★ um dos parâmetros mais importantes; ○ hemodinâmica: o mais importante!!!!!! ★ a PA nos diz que o coração está ejetando e os tecidos recebendo sangue adequadamente; ★ geralmente: plano anestésico ○ hipertensão: superficial ou com dor; ○ hipotensão: profundo. *algumas exceções: - hemorragia; - choque; - medicações que alteram a PA. SÍSTOLE = CONTRAÇÃO DIÁSTOLE = RELAXAMENTO ★ PAM (pressão arterial média) = 60-100 mmHg ○ média > entre a sístole e a diástole. ○ cão e gatos: PAS ≥ 90; PAM ≥ 60; ○ equinos: PAS ≥ 90; PAM ≥ 70; ■ massa muscular muito grande > PAM acima de 70 mmHg: garantir! ■ miopatia pós anestésica: em casos de hipotensão > já houve casos. ○ ABAIXO: vasoconstrição renal, hipoperfusão muscular e cerebral. ■ GRAVE!!! pode causar danos irreversíveis durante a anestesia. PARA AFERIR A PRESSÃO ARTERIAL ★ métodos não invasivos: ○ Doppler vascular; ■ amplificador do som das artérias; ■ Doppler: ○ monitores oscilométricos. ★ métodos invasivos: ○ cateter intra-arterial: cateter dentro da artéria > vai dar a PAS, PAM, PAD exatamente. MÉTODOS NÃO INVASIVOS ★ estimativa da invasiva; ★ se boa acurácia > substitui PAI (invasiva); ○ comparar. ★ Doppler: sensor sob artéria periférica (artéria digital palmar > geralmente); ○ digital palmar/podal plantar ou dorsal. ○ manguito e esfigmomanômetro; ○ PAS: sempre vai dar pressão arterial sistólica; ★ monitor: automatizado; ○ PAS, PAM e PAD. MÉTODOS INVASIVOS ★ padrão ouro; ★ utiliza arteriopunção: ○ cães: femoral (virilha) ou podal dorsal (em cima do pé); ○ gatos: femoral ou podal dorsal; ○ equinos: facial (abaixo da maxila), facial transversa (abaixo do olho) e metatarsiana (pé). ■ porque evitar metatarsiana em equinos??? pois região de metacarpo e metatarso > lugares sagrados > MUITOS LIGAMENTOS E INERVAÇÕES IMPORTANTES!!! SE CONTAMINAR > pode dar problema > pode ter que fazer eutanásia!!!!!!!!! *equinos!!!! imprescindível!!! ★ como colocar??? cateter na artéria (ainda não vai ser colocado) > ligado a um extensor de equipo > torneira de 3 vias > extensor de equipo > manômetro (pode variar). ○ manômetro aneróide: comum > reloginho; ○ monitores multiparamétricos (PAI). ★ sistema tubular preenchido com solução heparinizada (5-10 UI/ml). ○ conectado a um transdutor de pressão. ★ após deixar tudo organizado > injetar na torneira de 3 vias para o cateter (fechar o equipo que vai para o manômetro) > injetar solução heparinizada (anticoagulante) > puncionar a artéria e conectar ao sistema > abrir a torneira de 3 vias > até que forma coluna (fica na altura do coração) e fica batendo!!!! ○ manômetro (reloginho): dá a ideia de pressão arterial média. ★ porque é bom esse método invasivo???? ○ maior precisão e confiabilidade; ○ mensuração contínua; ○ permite hemogasometria; ○ recomendados em pacientes ASA IV e V. ■ considerar ASA III. ★ porque é ruim esse método invasivo???? ○ contaminação; ■ deve ser feito antissepsia cirúrgica. ○ técnica > curva de aprendizado; ■ não é muito fácil. ○ menor praticidade. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ★ não representa muito; ○ apenas diz que o animal está respirando. ★ o que interessa é se está bem ventilado ou não! ★ como avaliar? ausculta pulmonar, observação do gradil costal (observação da respiração), observação do balão respiratório, impedância torácica (eletrodos que são presos no animal); ★ MOVIMENTOS POR MINUTO!!! ★ acontece muito do cirurgião se apoiar no tórax do paciente, devido cansaço. PaO2 e PaCO2 ★ feito através de hemogasometria arterial; ○ como é feito? amostra de sangue arterial > é feito uma análise sanguínea > PaO2 e PaCO2 (pressão arterial de oxigênio e dióxido de carbono). ★ padrão ouro da avaliação ventilatória; ★ porque não é usado na rotina? pois é avaliado a cada 5 minutos > não é viável (invasivo); ★ componentes da gasometria arterial: ○ invasivo; ○ caro; ○ frequência? se torna impossível.. SATURAÇÃO PERIFÉRICA DE OXIHEMOGLOBINA (SpO2) ★ oxímetro de pulso; ★ monitoração muito difundida: ○ contínua, prática, indolor, barata e de fácil execução. ★ o que é avaliado? porção de hemoglobina que estão saturadas de oxigênio (oxihemoglobina) > percentual de hemoglobina que está saturada de O2; ★o que faz? predizer hipoxemia antes do sinal clínico; ★ o que esperar? ○ acima de 95% de SPO2 > acima de 80 mmHg de PaO2. ■ normoxia > pressão de O2 circulante em artéria adequada. ★ como funciona? ○ par de sensores: um de cada lado do corpo ■ região sem pêlos ou não pigmentada: língua, vulva, mama, prepúcio, lábio, dígito (..). ■ MELHORES REGIÕES PARA COLOCAR: ● CÃES: cauda; metacarpos; língua; ● GATOS: língua; dígito (coxins > não podem ser pigmentados); cauda. ○ porcentagem de hemoglobina saturada de O2; ○ como faz isso? através da espectrometria. ■ espectrometria: como funciona ● 2 fontes de luz (vermelha e infravermelha) e um detector do outro lado; “envia” as luzes > é detectado do outro lado. ○ outro tipo de sensor > reflectância (ANIMAIS SILVESTRES): luz e o detector no mesmo lado. ■ amputados, neonatos, répteis (céu da boca de tartarugas), anfíbios. ESPECTROMETRIA ★ oxihemoglobina absorve a luz; ★ quanto menos luz passar, maior a % (e vice versa); ○ MUITA HEMOGLOBINA SATURADA > LUZ NÃO CONSEGUE PASSAR. ★ é emitido as fontes de luz > oxihemoglobina absorve essa luz > se houver muita oxihemoglobina > menos luz vai passar > menos luz o detector vai pegar > maior vai ser a porcentagem de oxigênio. PARA QUE SERVE O SpO2 ★ pré operatório e sedação: ○ O2 no ambiente = 21% apenas; ○ SpO2 > guia de tomada de decisão. ■ se menor que 93-95% > recomenda-se fornecer oxigênio. ● pré-oxigenação. ★ perioperatório: ○ 100% de O2: dificilmente SpO2 baixa; ■ exceções: apnéia prolongada, obstrução de vias aéreas, obstrução na vasculatura pulmonar, alterações pulmonares, etc. ○ 30-40% de O2: guia como no pré. ★ pós operatório: ○ quando utilizar? quando quer avaliar o pós operatório; ○ detectar dessaturação rápida (perda rápida de saturação). ■ depressão respiratória ou pouco oxigênio suplementado; pode precisar suplementar oxigênio no pós. RESSALVAS DA SpO2 ★ VÁRIOS PROBLEMAS NA AFERIÇÃO: ○ anemia, hipotensão, vasoconstrição, hipotermia; ■ valores imprecisos. ○ importante para recuperação anestésica; ○ sedação ambulatorial. PLETISMOGRAFIA ★ onda pletismográfica: onda ou curva do oxímetro de pulso. ○ aparelhos melhores: capacidade de avaliar essa curva. PLETH ★ onda > amplitude por tempo (s); ★ ramo ascendente: representa a sístole ventricular; ★ ramo descendente: representa a diástole ventricular; ★ incisura dicrótica ou nó dicrótico: fechamento da válvula aórtica; ★ onda dicrótica. - qualquer alteração hemodinâmica pode alterar a onda! poucas coisas são confirmadas; confirmadas: - vasoconstrição; - vasodilatação. - O QUE IMPORTA? - altura da onda; - largura da onda; - local onde é inserido o nó dicrótico. VASOCONSTRIÇÃO x VASODILATAÇÃO ★ vasoconstrição: ○ amplitude mais baixa > ondas mais curtas; ○ ondas mais largas > maior tempo; ○ nó dicrótico: o normal é próximo a metade ■ quanto maior a vasoconstrição > mais para cima o nó vai ficar. ★ vasodilatação: ○ amplitude maior da onda > ondas mais longas (altas); ○ ondas mais estreitas > menor tempo; ○ nó dicrótico: ■ quanto maior a vasodilatação > mais para baixo o nó vai ficar ou nem vai aparecer. CAPNOMETRIA E CAPNOGRAFIA EtCO2 ★ capnometria: concentração de CO2 em um ciclo respiratório; ○ EtCO2. ★ capnografia: nos mostra em gráfico (onda) esse ciclo; ★ EtCO2 = end-tidal CO2; ○ concentração de CO2 ao final da expiração. ★ relacionado diretamente com o conteúdo de CO2 no sangue arterial (PaCO2); ★ EtCO2 normal: 35 e 45 mmHg; ○ EtCO2 menor que 35 mmHg: hiperventilação > vasoconstrição decorrente de hipocapnia (pouco CO2 > gera vasoconstrição); ○ EtCO2 maior que 45 mmHg: hipoventilação > vasodilatação decorrente da hipercapnia (muito CO2 > gera vasodilatação > hipotensão). ■ problema maior!!!! ■ relacionado com a profundidade anestésica geralmente. ★ indicador confiável de atividade metabólica. ★ o que é dado com o EtCO2: ○ capnografia; ○ CO2 expirado; ○ CO2 inspirado (FICO2). ■ se o animal está inspirando CO2; ■ FICO2 > porção inspirada de CO2 > DEVE ESTAR ZERO! ■ acima disso: paciente reinalando ● sistema, fluxo de gases e tamanho do paciente; ● taquipneia: aumento da FR > deveria estar ventilando mais; mas nem sempre, pois a amplitude torácica às vezes não é adequada (FR não completa um ciclo respiratório e acaba inalando CO2). CURVA DE CAPNOGRAFIA ★ segue o padrão respiratório: ○ momento que o CO2 está alto (expiração); ○ momento que o CO2 está baixo (inspiração). ★ I: imediatamente antes da expiração; ★ II: início da expiração; ★ III: platô expiratório; ★ 0: inspiração. - LIGEIRA INCLINAÇÃO > VALOR DO EtCO2 É ESSE!!! - SEMELHANTE AO ELEFANTINHO DO PEQUENO PRÍNCIPE KKK TEMPERATURA ★ simples, barato e negligenciado; ★ temperatura retal (trans) ou esofágico e associado ou não a temperatura periférica; ★ ambiente cirúrgico: geralmente causa hipotermia > ar condicionado, exposição da cavidade, anestésicos (...); ○ TEMPERATURA BOA: 21-22ºC. ★ hipotermia = comum e negligenciada!!! ★ QUANDO CHEGAR PERTO DE 35ºC > JÁ COMEÇAR A AQUECER O ANIMAL!!!! ★ tamanho do animal, mesa, álcool (dos eletrodos); ○ felinos: são pequenos e perdem temperatura. ■ colocar luvinhas!!!! coxins perdem muita temperatura!!!! ○ AVES PERDEM MTAA TEMPERATURA!!! ★ anestesia interrompe regulação hipotalâmica; ○ anestesia (animal perde a capacidade de tremer); ○ hipotermia (<35ºC): diminuição do metabolismo celular, depressão cardiopulmonar e aumento do tempo de recuperação anestésica. ★ solução aquecida?? difícil chegar quente no paciente!!!!!! ○ 45º a 5 ml/kg/h. ★ o que fazer???? luvinhas!!!! bolsas de água quente!!!! bastante coberta!!!!! ★ pode ter hipertermia também >> cirurgias a campo no calor. ○ CUIDAR COLCHÃO TÉRMICO!!! ■ COLOCAR MONITOR DE TEMPERATURA!!! ● máximo perto dos 40ºC. MONITORAÇÃO DO SISTEMA PERIFÉRICO ★ TPC: também vai na ficha anestésica; ★ débito urinário (> 1ml/kg/h): APENAS em cirurgias muito longas > avaliar débito urinário; ○ cuidar fluido!!!! ★ delta TCp: diferença entre temperatura central e periférica. ○ como avaliar? avaliar temperatura central (temperatura retal ou esofagica) e periférica (através de termometro infravermelho - coxins); ■ central sempre vai ser maior; ■ fazer substração > não deve exceder 6ºC!!! ■ caso exceder > indicativo de vasoconstrição periférica > falha de perfusão. ○ avaliação de UTI!!! MEDICAÇÃO PRÉ ANESTÉSICA (MPA) ★ presente em quase todos os procedimentos anestésicos (ou deveria..); ○ evitada em situações muito específicas (raríssimas). ★ fármacos antes da indução anestésica; ★ funções: ○ auxiliar na contenção do paciente; ○ reduzir o estresse e ansiedade; ○ potencializar fármacos indutores; ○ minimizar os efeitos adversos dos indutores; ○ propiciar indução anestésica suave; ○ minimizar atividade reflexa autonômica; ○ promover analgesia e miorrelaxamento. ■ opióides estão presentes na MPA. ● é obrigatório? ★ deve ser feita por via IM > pequenos animais!!!! ★ via IV > grandes animais!!!! ★ como é feito? ○ é calculado as medicações (quantas forem necessário - anestesia multimodal) com todas em doses adequadas > feito via IM; ○ felinos: tapar a caixa de transporte com cobertor e deixar em silêncio, no escuro durante mais ou menos 20 minutos (depende do caso); ■ acepran: 30 minutos; ■ animais com muitos estímulos externos: vai ocorrer excitação. ★ quando o animal fica muito excitado (sem utilizar MPA): ocorre liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) > quando estão na corrente sanguínea, na hora da anestesia, pode predispor arritmia e anestesia ser inferior. COMO ESCOLHER A MPA?? Se perguntar ★ quem é o nosso paciente? ★ hígido? possui comorbidade? ★ como é o metabolismo? problema metabólico? ★ filhote? velho? ★ associações? quais? NÃO EXISTE PROTOCOLO!!!!!!!!!!! PIOMETRA NÃO FICA DOENTE > PIOMETRA NÃO TEM PROTOCOLO!!!!!! MPA ★ medicamentos geralmente utilizados: ○ benzodiazepínicos; ○ fenotiazínicos; ○ agonistas alfa-2-adrenérgicos; ○ opióides. *benzodiazepínicos e fenotiazínicos: tranquilizantes e ansiolíticos; *agonistas alfa-2-adrenérgicos:sedativos. BENZODIAZEPÍNICOS (BZD) ★ midazolam; ★ diazepam; ○ valium. ★ zolazepam; ○ zoletil. ★ bromazepam; ○ lexotan. ★ clonazepam; ○ rivotril. ★ alprazolam. ○ apraz. MECANISMO DE AÇÃO ★ agem em receptores gabaérgicos, facilitando a ação do GABA; ★ GABA: neurotransmissor inibitório; ○ depressão/inibição. ★ receptor GABA: mais abundante e espalhado no SNC > toda vez que se liga ao seu alvo, o canal se abre e entra cloreto dentro da célula > tem efeito de “freio” no corpo, o GABA consegue modular o sistema nervoso de forma a diminuir sua atividade; ★ RELEMBRANDO: porque do cloro? a membrana externa celular é positiva (+) e a de dentro negativa (-); com a entrada de cloro, deixa o meio interno muito mais negativo, hiperpolarizando a membrana, o que freia qualquer sinalização. ○ animal vai se deprimir!!!! CARACTERÍSTICAS DOS BZD ★ FAVORÁVEIS: ○ praticamente não alteram parâmetros cardiorespiratórios; ○ boa opção para filhotes, idosos e debilitados; ■ potros respondem muito bem a sedação com midazolam. ○ ótimo miorrelaxante; ○ utilizado como coindutor > auxiliar fármaco indutor principal no momento da indução; ○ anticonvulsivantes. ★ DESFAVORÁVEIS: ○ muito pouca tranquilização, no máximo uma diminuição da ansiedade; ○ excitação: em animais hígidos. MIDAZOLAM ★ bem hidrossolúvel; ○ pode ser feito IV e IM; ■ SC é ruim pois demora muito a ação. ★ posologia: ○ pequenos animais: 0,1-0,5 mg/kg; ○ grandes animais: 0,05-0,2 mg/kg. ★ excitação mais evidente em relação ao diazepam; ★ mais relaxante muscular do que hipnótico (comparado com o diazepam); ○ o porque da excitação: animal “estranha” o relaxamento muscular. ★ tempo de ação: aproximadamente 2 a 3 horas; ★ metabolismo hepático: cuidar hepatopatas!!!! ○ ajustar dose. ★ cuidado com gestantes!!! ○ deprime os fetos. DIAZEPAM ★ diluente: propilenoglicol (oleoso) ○ não deve ser feito via IM pois dói; ○ IV!!!! ★ tempo de ação: aproximadamente 2 a 3 horas; ○ tem dois outros metabólitos ativos que também tem atividade em SNC > também deprimem > podendo durar 6, 8 até 20 horas em alguns animais (não toda a ação, mas parte dela). ★ “estimulante” de apetite em felinos - CUIDADO!!! ○ muitas vezes o felino vai estar com lipidose (tiro no pé). ★ posologia: ○ pequenos animais: 0,1-0,5 mg/kg; ○ grandes animais: 0,05-0,2 mg/kg. ★ ação mais hipnótica do que relaxante (comparado ao midazolam); ★ utilizado na UTI: diazepam + fentanil IV de forma lenta > consegue realizar procedimentos sem ter que induzir de forma mais agressiva; ★ metabolismo hepático - cuidar hepatopatas!!! ★ cuidado em gestantes!!!! FLUMAZENIL ★ ANTAGONISTA - REVERSOR DO DIAZEPAM E MIDAZOLAM; ★ SOMENTE EM EMERGÊNCIAS - CASO DE SOBREDOSE! ★ 0,07-0,1 mg/kg; IV/IM; FENOTIAZÍNICOS ACEPROMAZINA ★ acepran; ★ amplamente utilizado na medicina veterinária e ainda é; ★ promove efeito tranquilizante bloqueando as vias serotoninérgicas, dopaminérgicas e catecolaminérgicas; ○ antagonismo competitivo com a dopamina, serotonina e noradrenalina; ○ se liga ao receptor e vai ter mais intimidade (ninguém tira ele dali). ★ não é sedativo é TRANQUILIZANTE; ★ NÃO É DOSE DEPENDENTE!!! sobredose: ○ efeito colateral de sobredose: excesso causa efeito extrapiramidal; ○ aumenta efeitos adversos. ■ vasodilatação, hipotensão. ★ tempo de ação: até 6 horas; ★ causa esplenomegalia (sequestro de hemácias)!! cuidar algumas situações: ○ quando o baço aumenta de tamanho > sequestra hemácias; ○ CUIDAR ANIMAIS ANÊMICOS!!!!!!!!!! ○ videocirurgias > baço aumenta e não consegue manipular. ★ pico de ação: 30 minutos; ★ posologia: ○ pequenos animais: 0,025-0,05 mg/kg; IM; ○ doses menores que 0,025??? existem!! ■ não tem artigo comprovando, porém, possuem grau de sedação (pouco) e mínimos efeitos colaterais. ○ equinos: 0,01 - 0,05 mg/kg; IV. CARACTERÍSTICAS DA ACEPROMAZINA ★ FAVORÁVEIS: ○ ótimo tranquilizante; ○ antissialagogo; ■ diminui produção da parte hídrica da saliva (saliva fica mais viscosa > animal não baba tanto). ○ antiarrítmico: principalmente a que vem do nodo sinusal; ○ antiemético. ★ DESFAVORÁVEIS: ○ depressão cardiovascular: ALERTA CARDIOPATAS!!!! ■ hipotensão (vasodilatação) > bloqueia a ação das catecolaminas; ■ diminuição da contratilidade miocárdica; ■ cuidar pacientes com afecções cardiovasculares. ○ não serve para nada em gatos; ○ inibe o centro termorregulador. ■ animais tendem a ficar hipotérmicos; ■ se for feito no sol (equinos) > hipertérmicos > o corpo não consegue controlar. E o priapismo em garanhão? ★ priapismo: exposição peniana que o acepran causa; ★ livros falam que pode haver exposição peniana permanente; ○ controverso!!!! ★ exposição ocorre? SIM!! ○ porque? músculo retrator do pênis só tem inervação adrenérgica > se tem bloqueio da atividade adrenérgica > pênis fica exposto!!!! ★ exposição pode durar até 10 horas > pode causar edema > dificuldade na retração; ★ literatura: 2,4% até 4 horas e 0,2% até 18 horas de exposição. ○ nenhum teve exposição permanente!!! E os boxers? ★ lenda urbana: boxer não pode fazer acepromazina; ★ braquicefálicos como um todo: SENSÍVEIS!!!! ○ pois não ventilam direito e se tornam mais sensíveis; ○ AJUSTAR A DOSE!!!! USAR DOSES MAIS BAIXAS!!! ★ animais que possuem mutação no gene que codifica a glicoproteína P no SNC > ABCB1 tem seus efeitos potencializados - COLLIE. ○ CUIDAR COM COLLIE!!!!!!! não com o boxer! ANTICOLINÉRGICOS ★ não está necessariamente presente na medicação MPA nos dias de hoje; ★ atropina, hioscina (escopolamina > buscopan) e glicopirrolato (não existe no br); ★ ANTIGAMENTE: muito comum fazer atropina na MPA; ○ tiopental, xilazina, éter, halotano…. ★ como funcionam? bloqueadores competitivos da acetilcolina nos receptores muscarínicos; ○ inibição do sistema parassimpático; ○ são parassimpatolíticos ou simpatomimérgicos; ○ USADAS PARA NÃO DEPRIMIR. ★ todos efeitos adrenérgicos: ○ taquicardia; ○ xerostomia: falta de salivação/boca seca; ○ midríase; ○ broncodilatação: realizar troca gasosa melhor; ○ diminuição de motilidade intestinal. ATROPINA ★ posologia: ○ pequenos: 0,03 - 0,05 mg/kg; IV/IM. ★ período de latência: máximo 1 minuto; ★ duração: até 30 minutos > começa a agir até no máximo 1 minuto e tem duração de até 30 minutos; ★ ação da atropina: reverter quadros de bradicardia > frequência diminuída; ★ efeitos praticamente nulos em PA; ★ doses mais baixas de atropina: pode dar bradicardia; ○ recaptação de acetilcolina na fenda sináptica? não se sabe. ★ utilizar com muita cautela em grandes animais: ○ diminui MUITO a motilidade intestinal; ○ equinos: cólica; ○ ruminantes: timpanismo; ○ se tiver que escolher: escopolamina. ★ escopolamina (grandes animais): 0,01-0,02 mg/kg; IV/IM. NEOSTIGMINA - REVERSOR DOS ANTICOLINÉRGICOS ★ bloqueia acetilcolinesterase > mais neostigmina na fenda > mobiliza atropina do receptor > efeito!!! ★ dose: 0,05 mg/kg; IV ou IM; ★ muito pouco utilizado. AGONISTA ALFA-2-ADRENÉRGICOS ★ “cereja do bolo” na MPA; ★ potencializam o alfa-2-adrenérgicos. RECEPTORES ADRENÉRGICOS: efeito da ativação dos receptores ★ alfa 2: agem inibindo a liberação de noradrenalina; ○ presentes no terminal nervoso. ★ alfa 1: causam diminuição da motilidade e vasoconstrição; ○ presentes no músculo liso e vasos sanguíneos; ○ quanto mais moderno o fármaco menos vai afetar nesse receptor. QUEM SÃO ESSES AGONISTAS E O QUE FAZEM ★ bastante utilizados na MPA de pequenos e grandes animais; ★ sedação intensa; ★ analgesia visceral; ○ nada comparada com analgesia por opióides. ■ NÃO faz analgesia cirúrgica!!!! ★ miorrelaxamento; ★ principais na veterinária: xilazina, romifidina, detomidina, medetomidina e dexmedetomidina. AGONISTAS ALFA-2 ★ na fenda sináptica: receptores alfa-2 e alfa-1; ★ dexmedetomidina se liga nos receptores alfa-2 (os mesmos que a noradrenalina se ligaria); ○ se a noradrenalina se liga no receptor alfa-2: quer dizer que tem quantidade suficiente de noradrenalina > dá feedback negativo para a vesícula sináptica > diminuindo a secreção de noradrenalina na fenda sináptica;○ quando a dexmedetomidina se liga nos receptores alfa-2: faz o mesmo feedback > fazendo com que secrete menos noradrenalina (como se já tivesse muito). ★ como espera-se que esses agonistas funcionem: ○ ativação no cérebro: SEDAÇÃO; ○ ativação na medula: ANALGESIA e MIORRELAXAMENTO; ○ diferem entre si pela seletividade aos receptores alfa-2 em relação ao alfa-1; ■ quanto mais seletivos os fármacos são aos receptores alfa-2 > menos efeitos colaterais vão ter!!! ■ ex: dexmedetomidina > a cada 1620 receptores alfa-2, pega apenas 1 receptor alfa-1 > MUITO ESPECÍFICO! ★ na fenda sináptica: se se ligar no receptor alfa-1 > fármacos com seletividade menor; ○ o que esperar? vasoconstrição > hipertensão (aumento da RVS - resistência vascular sistêmica) > diminuição da FC (compensatório) > bradicardia. ★ considerável alteração CV; ★ aumento da RVS > bradicardia reflexa = hipertensão e bradicardia; ★ hipertensão é inicial, depois vai diminuindo; ★ FC não aumenta; ★ animal diminui a pressão e a bradicardia continua a mesma; ★ reflexo disso = bradicardia e hipotensão > chamado de “segunda fase” da xilazina; ★ mais intenso na xilazina > POIS É MENOS SELETIVO PARA ALFA-2. ○ quanto mais agem em alfa-1 e alfa-2 > mais ocorrem esses efeitos colaterais. JÁ QUE OS ANIMAIS VÃO TER BRADICARDIA, USAR FENOTIAZÍNICOS? ATROPINA? ★ usar atropina????? ★ atropina antes da agonista alfa-2; ○ teoricamente vamos anular o efeito de bradicardia reflexa frente a hipertensão; ■ é PIOR: ● pois atropina vai aumentar mais ainda a RVS > vasoconstrição; ● causando hipertensão com taquicardia. ★ então são contraindicados em cardiopatas (agonistas alfa-2). OBSERVAÇÕES ★ se algo parece muito bom, tenha medo; ○ “quando a esmola é muito grande, o santo desconfia”. ★ CRI adjuvante transoperatório; ○ pode usar esses fármacos associados a opióides em infusão contínua (CRI). ○ ASSOCIADO! ○ equinos: infusão de dex e xilazina; ○ pequenos animais: infusão de dex. ★ inibição de ADH - urina mais; ○ hormônio anti-diurético. ★ ação hiperglicemiante: inibição da liberação de insulina. POSOLOGIA ★ xilazina: 0,5-1 mg/kg; IM/IV > pequenos e equinos; ○ 0,05-0,2 mg/kg > ruminantes. ★ romifidina: 40-80 ug/kg > equinos; ★ detomidina: 10-20 ug/kg; IM ou IV > equinos; ★ dexmedetomidina: 2-10 ug/kg; IM/IV > pequenos animais. ○ 2,5-5 ug/kg; IV > equinos.
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