PORTFOLIOJéssica Luana

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE FARMÁCIA
DISCIPLINA DE FARMÁCIA E SOCIEDADE
PORTFÓLIO
JÉSSICA LUANA LINHARES TEIXEIRA
 Quem sou eu
 Até a UFMG: Por onde passei
 O que me fez escolher Farmácia
Uma resenha das disciplinas
Expectativas, decepções, e as impressões do curso
QUEM SOU EU
Bom, como descrever? Sem dados óbvios, uma aluna do curso de Farmácia um pouco perdida por onde começar sua inserção no mundo da ciência e da saúde, no objetivo final de ajudar a quem quer impedir o processo de seleção natural da raça humana. 
Até a UFMG: Por onde passei:
Focando naquilo que me levou à Farmácia, posso destacar vários pontos.
Vida em família: 
Bom, não nasci em família privilegiada financeiramente, e infelizmente, pouco avantajados no que se diz respeito a saúde. Desde criança, por todos os lados, perdi muitos parentes e amigos decorrentes a doenças implacáveis,nas quais não haviam cura ou tratamento eficiente na época. Doenças e hospitais se tornaram algo muito normal para mim, que para meu próprio espanto, quando em convalescência, encontro mais um motivo para ser investigadora do que de mártir.
Isso despertou em mim uma vontade de entender e aprender como funciona o corpo humano, como as doenças agem, e como salvar os entes queridos dessa loteria maldita.
Vida escolar
:
Pai, mãe.
Escola pública de péssima qualidade, tudo contribuía para ser uma simples balconista sem muitas pretensões ou ambição. Mesmo não sendo das melhores, percebi a afinidade e interesse na área das ciências – leia-se química e biologia. Mudando para um colégio melhor, pude desenvolver melhor esse interesse, e descobrir minha real vocação. Ao aprender a formatar um HD, tive a falsa impressão de gostava de exatas, que me levou inclusive a cursar um curso técnico de eletrônica, que não conclui faltando 1 trimestre, de tão insuportável que se tornara para mim quando percebi que exatas não era minha “praia”. Quase prestei vestibular para engenharia elétrica, quando ainda iludida, ciências econômicas, enfermagem, medicina veterinária, e enfim prestei farmácia ! E não passei.
Em 2010, ano de cursinho. Esse ano foi montanha russa, pois, tiveram muitas mudanças no edital da UFMG, ficamos totalmente perdidos quanto as referências dos cursos, vagas, concorrência, e provas. Nem preciso descrever porque TODOS aqui devem saber como foi. A segunda etapa foi especialmente emocionante, a demora dos resultados, o suspense constante, a ansiedade, as dores de barriga ao entrar no site da COPEVE, e madrugadas vigiando o resultado. O SISU que foi um fiasco, e o Enem, que como esperado foi a maior bagunça. Mas no fim deu tudo certo. 
 Por que escolhi Farmácia.
Quase tentei medicina veterinária, mas quase mesmo. Não sou uma médica frustrada, mas uma veterinária frustrada. Optei por farmácia porque também tenho meu lado hipocondríaco que gosta de ler bulas e saber como os medicamentos agem, que adora ter vários cosméticos de todos os tipos, e acreditei que farmácia o satisfaria, e não nego que pensei no lado financeiro também. Mas amo muito mais tudo que se diz respeito aos animais, principalmente em ajudá-los, reabilitá-los. Por acreditar que em veterinária, se não tirasse leite da vaca, ou cortasse o coitado do boi para comer, passaria fome, e mais, não gostaria de me mudar de cidade. Amo os animais, incondicionalmente, e ainda tenho o sonho de ser veterinária, e espero que essa seja minha segunda graduação, claro, se eu perceber que farmácia é para mim.
“Amo cachorro, bendito trem.” CDA.
Amo cachorro! Fabrício.
Disciplinas
Acredito que no primeiro período não dá pra ter muita noção do curso simplesmente por cursar as 8 matérias, mas no meu caso, deu para eu saber do que não gostava. Bioquímica, Química Geral (de nível de orbitais), Física (nunca gostei), e Bioestatística, são áreas nas quais não pretendo me focar. A disciplina de farmácia e sociedade foi muito esclarecedora para mim, inclusive nas palestras de ênfases do farmacêutico. Essa disciplina também trouxe revolta, no sentido de que percebi o quão somos mal valorizados, e dentre outros, o SUS que é utópico num país como o Brasil. Acredito que poderíamos todo período ter uma matéria que nos esclarecesse mais ainda sobre o curso e profissão, pelo menos enquanto ciclo básico, uma sugestão. A única disciplina de laboratório foi legal, deu uma breve noção do que será nossa rotina de ver lindas reações ocorrerem, todas as normas de laboratório e desvendar os “mistérios” de cada reação. Na química geral, apesar de a professora não ser a mais simpática do mundo, eu valorizo sua exigência para conosco, pois é de muita responsabilidade sintetizar medicamentos nos quais uma gota faz toda a diferença.
Laboratório de química experimental, Professor Luiz Otávio
Expectativas:
Bom ao mesmo tempo que esperava tudo, não esperava nada. Já conheço o sistema da UFMG, sei que os professores estão muito mais preocupados com a pesquisa do que em lecionar, e que teríamos que ser bem auto-didatas, auto-suficientes. Mas alguns professores surpreenderam, infelizmente, os das matérias mais fáceis são os melhores.
O que eu não esperava foi tudo o que foi apresentado nas palestras de farmácia e sociedade, sobre as ênfases do curso e SUS. Deu pra ver que quase nada funciona, e a ênfase que queria fazer é a mais desvalorizada e a mais difícil de se fazer, sendo que somos substituídos todo o tempo, sempre que os empregadores podem fazer isso. Eu espero que o curso me de capacidade para realizar tudo aquilo que imaginei quando o escolhi, e que enfim me sinta realizada como profissional.
Um pedido: por favor, diminuam os créditos do ciclo básico. Que dure 6 anos o curso, mas assim nessa correria ninguém aprendeu nada, e ainda tomou raiva das discplinas. Fica a dica.
Sonho de futuro. Quero ocupar um lugar assim.