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preparo da equipe cirúrgica e responsabilidades

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Clínica Cirúrgica 
Caroline Leão 
 
Compreender o preparo necessário da equipe cirúrgica para a realização de 
procedimentos cirúrgicos (higiene pessoal, vestimenta cirúrgica, campos). 
 
Paramentação cirúrgica 
A paramentação é o conjunto de barreiras utilizadas contra a invasão de 
microorganismos no sítio cirúrgico e para proteção de exposição dos profissionais ao 
sangue e outros fluidos orgânicos. Constitui-se de duas etapas, a realização da 
antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos (escovação cirúrgica da mão) 
e a utilização de gorro, máscara, luva estéril, e opa ou capote estéril. Portanto, a 
paramentação cirúrgica envolve as técnicas de escovar as mãos, vestir avental ou opa 
esterilizado e calçar luvas estéreis. 
 
Escovação cirúrgica das mãos 
A finalidade deste procedimento é eliminar a microbiota transitória da pele e 
reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do 
profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas 
macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em 
leito ungueal e subungueal. Para este procedimento, recomenda-se: Antissepsia 
cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante. Duração do 
Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as 
cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo 
fabricante). Após o término da escovação o profissional deverá encaminhar-se para a 
sala de cirurgia com os antebraços fletidos, elevados e afastados do corpo (3, 9) . Para 
rever o passo-a-passo desta técnica, assista ao vídeo e leia o P.O.P sobre antissepsia 
cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos. 
 
 
Vestindo o avental cirúrgico ou opa esterilizada (paramentação) 
Para que os profissionais possam tocar o material, equipamentos e o campo 
estéril, é preciso vestir roupas esterilizadas e luvas cirúrgicas estéreis para garantir que 
os microrganismos das mãos e roupas não sejam transferidos para o sítio cirúrgico do 
paciente. Assim, a opa é uma peça que faz parte da indumentária de paramentação 
cirúrgica, sendo utilizada pelos cirurgiões e instrumentadores responsáveis pelo ato 
cirúrgico. Procedimento para vestir a OPA esterilizada: 
Usa-se a primeira compressa para secar as mãos, iniciando-se pelos dedos, 
palma, dorso da mão e antebraço. Vira-se a compressa para o lado oposto e inicia-se a 
secagem da outra mão. Não retorne a compressa nas áreas que já foram secas para 
evitar contaminação. Despreza-se a compressa no hamper. Iniciar a colocação do 
avental cirúrgico; 
 Segure a OPA na gola com ambas as mãos e levante-o da mesa. Pise em uma 
área onde a OPA possa ser aberta sem risco de contaminação; 
 Segure a OPA longe do corpo e permita que ela se desdobre com o interior 
virado para o usuário; 
 Mantenha as mãos dentro da OPA enquanto ela se desdobra por completo; 
 Deslize ambas as mãos para dentro das aberturas dos braços, mantendo as 
mãos no nível do ombro e longe do corpo; 
  Empurre as mãos e antebraços para dentro das mangas do roupão, 
avançando as mãos até a borda proximal da bainha do punho; Neste momento o 
circulante de sala deverá auxiliar, realizando as seguintes etapas: 
 Puxar a OPA sobre os ombros da pessoa escovada, tocando apenas na 
costura interna do ombro e laterais (não tocar na área escovada); 
  Amarrar os cadarços (ou fitilhos) da gola e amarrar os cadarços internos da 
cintura da OPA, tocando apenas na face interna da vestimenta; Após esta etapa, para 
fixar a OPA, a pessoa escovada deverá realizar o seguinte: 
 Depois de calçar as luvas, a pessoa esterilizada solta o laço dos cadarços 
(direito e esquerdo) amarrados na lateral direita da OPA, segurando o do lado direito 
com a mão direita e o do lado esquerdo com a mão esquerda firmemente. Após isso, 
coloca o cadarço de maior extensão, preso do lado externo da OPA, embaixo do 
pacote de roupa “3 de cada” sobre a mesa, mantendo a outra ponta do cadarço na 
outra mão firmemente. Em seguida, realiza três-quartos de volta para a esquerda, 
apanhando rapidamente o cadarço, antes que se solte do pacote de roupa (caso se 
solte, não tente pegá-lo, pois esta ação traz risco de contaminação). Segurando as duas 
pontas do cadarço, e fazendo um movimento de fechar a roupa da região posterior do 
corpo, faz um laço na região anterior. Esta ação enrola efetivamente o painel posterior 
da OPA ao redor da pessoa esterilizada e cobre os cadarços internos da cintura 
previamente amarrados. 
 
Calçando as luvas esterilizadas 
As luvas cirúrgicas esterilizadas são utilizadas como barreira entre o paciente e o 
profissional da saúde, diminuindo a probabilidade de expor o paciente a 
microrganismos patógenos e a infecção do sítio cirúrgico, ou o profissional de saúde 
contra a exposição ao sangue ou outro material potencialmente contaminado. É de 
responsabilidade do circulante, prover a sala cirúrgica de embalagens de luvas de 
diferentes tamanhos, para não prejudicar o desenvolvimento do ato operatório. Deve 
ainda estar atento para o momento exato de abri-las e oferecê-las, diretamente, aos 
componentes da equipe cirúrgica, ou depositá-las sobre o campo esterilizado da mesa 
de roupas (normalmente sobre a mesa com os pacotes de campos estéreis, nas laterais 
livres de campos cirúrgicos). Ao calçar as luvas, o usuário deve: 
 
 
 
 
Montagem da mesa de instrumental e mesa com os pacotes de campos estéreis 
Para que seja possível a realização do ato cirúrgico, é preciso dispor de uma 
mesa auxiliar com instrumentais e materiais específicos para a cirurgia (mesa auxiliar 
de instrumental) e outra mesa com os campos cirúrgicos e OPAS para paramentação 
(mesa auxiliar de roupa). Para tanto, de modo geral, são montadas duas mesas 
auxiliares na sala de cirurgia, entretanto há exceções nas quais mais mesas são 
montadas em virtude da quantidade de materiais necessários para o ato cirúrgico. 
 As mesas são dispostas em formato de “L”, sendo que a mesa de roupa é 
colocada na direção da porta interna da S.O próxima aos lavabos, na qual a equipe 
adentra após realização da escovação cirúrgica. Neste cenário os estudantes estarão 
em duplas ou atuando de forma individual. No caso das duplas, um estudante irá fazer 
o papel do circulante de cirurgia e o outro estudante, o papel do instrumentador. 
Destaca-se que a montagem da mesa de instrumental será parcial, uma vez que os 
estudantes não dominam os materiais e a forma adequada de organizá-los na mesa. 
Para a montagem das mesas será preciso os seguintes materiais: campo impermeável 
descartável, pacote de campos estéreis chamado de “3 de cada” (contendo 1 porta-
bisturi, 3 unidades de campos de algodão nos tamanhos 60x60 cm, 90x90 cm e 150 x 
150 cm dobrados de forma simples e 4 unidades de campos de algodão de 150x150 cm 
dobrados de forma dupla), pacote contendo OPA estéril, 1 pacote de luva estéril no 
tamanho adequado para o instrumentador, e os materiais específicos para a cirurgia 
(tais como: cubas grandes e pequenas, ponta do aspirador, caneta do bisturi elétrico, 
pacotes de compressas grandes e pequenas, manopla, caixas de instrumentais, entre 
outros). 
Pegar o campo impermeável, segurar com os braços erguidos e se colocar de 
frente à mesa de instrumental. Proceder sua abertura mantendo-se afastado da mesa 
e tomando cuidado para não contaminá-lo. Seguir as setas indicativas do fabricante. 
Segurando firmemente em uma das pontas, localizar no centro do impermeável as 
pontas do campo. Segurá-las firmemente e com movimento de vai-e-vem, abrir 
totalmente o campo e cobrir a mesa, tomando cuidado para não encostar o mesmo na 
parede ou outra superfície não estéril. Centralizar a parte impermeável do campo na 
mesa. Manter as mãos sempre no centro do campo, evitando qualquer risco de 
contaminação; 
 Voltar-se para a mesa de roupa e procedera abertura do pacote “3 de 
cada”. Localizar as pontas do pacote, em seus quatro lados. Um voltado para a parede, 
outro voltado para o instrumentador (extremidades do pacote), e dois laterais. 
Importante localizar a parte do campo mais superficial, evitando riscos de 
contaminação; 
 Organizar os campos cirúrgicos na sequência do menor para o maior, de 
acordo com a porta de entrada da equipe cirúrgica e mais próxima ao lavabo, sendo a 
seguinte sequência: 60x60 cm, 90x90 cm e 150 x 150 cm dobrados de forma simples 
(campos simples) e 4 unidades de campos de algodão de 150x150 cm dobrados de 
forma dupla (campos duplos). Ressalta-se que os campos duplos devem ficar entre os 
campos 150 x 150 cm dobrados de forma simples e os campos de 90x90 cm, de forma 
que fique protegido na mesa. Os campos de mesmo tamanho devem ser pegos em 
bloco e dispostos sem mudar sua posição na mesa, de modo que a dobra grossa fique 
sempre voltada para o instrumentador. Ressalta-se que o porta-bisturi no pacote deve 
ser colocado sob os campos de 150 x 150 cm; 
 Na sequência, solicitar ao circulante de sala a abertura dos pacotes de OPA, 
de acordo com o número de cirurgiões que irão realizar a cirurgia, e dispor no espaço 
livre da mesa de roupa. Solicitar ao circulante a abertura de pelo menos 1 pacote de 
compressas grandes estéreis. A sequência final dos campos na mesa de roupa será a 
seguinte: campos simples de 150 x 150 cm, campos duplos de 150 x 150 cm, campos 
simples de 90 x 90 cm, campos simples de 60 x 60 cm, porta bisturi, OPAS e 
compressas; 
 Após a abertura do campo impermeável na mesa de instrumental e da 
montagem da mesa de roupa, o circulante de sala poderá dar continuidade à abertura 
dos materiais que serão utilizados na cirurgia e o instrumentador realizará a 
organização do material na mesa. 
 
Conhecer as responsabilidades específicas para cada um dos componentes da equipe 
cirúrgica. 
A metodização do ato operatório e o surgimento de especializações dentro da 
cirurgia constituem alguns dos fatores que motivaram a delimitação dos campos de 
ação das diversas pessoas envolvidas, em prol do êxito da intervenção cirúrgica. Cada 
componente da equipe deve estar familiarizado com suas atribuições e 
responsabilidades para garantir máxima segurança ao procedimento. 
A equipe cirúrgica é formada pelo cirurgião, primeiro e segundo auxiliares, 
anestesista instrumentador e circulante de sala. Idealmente, a equipe é fixa, para um 
ato operatório mais eficaz. Esse grupo de componentes da equipe pode ser alterado 
conforme a natureza do procedimento a ser feito. 
1. Cirurgião: as atribuições do cirurgião se iniciam no pré-operatório e 
continuarão até o acompanhamento pós-operatório do paciente. É o cirurgião quem 
indica a intervenção cirúrgica, decide sobre o momento mais oportuno para sua 
realização, executa o ato operatório e assume qualquer tipo de complicação. Ele é a 
autoridade máxima no ato operatório, e suas ações devem ser acatadas, exigindo o 
cumprimento das atribuições de todos os outros membros da equipe. É seu direito que 
cada componente da equipe desempenhe perfeitamente o seu trabalho, em clima de 
cordialidade. Ele tem o direito de exigir colaboração eficiente, respeito e tolerância dos 
membros da equipe. Suas atribuições são: 
 Realizar técnica rigorosamente standard em todas as operações 
 Ajustar de forma imutável os tempos de diérese, hemostasia e síntese; 
 Ser preciso no pedido dos instrumentos, tanto verbal como por sinais 
manuais; 
 Estender a mão convenientemente para tomar os instrumentos passados; 
 Conservar a visão sobre a ferida operatória; 
 Devolver ao instrumentador os instrumentos que já tiver utilizado, sem 
preocupação de nenhuma espécie; 
 Realizar a hemostasia, ajustando os tempos com o primeiro auxiliar e o 
instrumentador, e sincronizando os atos manuais da ligadura direta; 
 Advertir qualquer ato diferente do standard que pretenda realizar; 
 Realizar síntese dos tecidos; 
 Assumir a responsabilidade de qualquer falha ou complicação na execução 
do ato; 
 Desenvolver critérios flexíveis e adaptáveis, capazes de assimilar novas 
técnicas operatórias em detrimento das já ultrapassadas; 
 Exercitar uma capacidade minuciosa de observação a todos os detalhes; 
 Dispor das condições ideais para o ato cirúrgico, como boa iluminação, 
refrigeração, instrumental e equipe cirúrgica; 
 Não efetuar uma intervenção cirúrgica sem pleno conhecimento da 
anatomia da região, da doença do paciente e da técnica operatória; 
 Executar os tempos operatórios em uma ordem lógica de sucessão; 
 Comandar toda a equipe com ordens claras e precisas; 
 Manter limpeza no campo e mesa operatória e não desperdiçar material 
cirúrgico; 
 Não perder tempo desnecessário no ato cirúrgico e não querer ser mais 
veloz do que as condições o permitam; 
 Acostumar-se a reconhecer eventuais deslizes técnicos cometidos, 
fomentando a autocrítica e a responsabilidade; 
 Sempre que possível, procurar simplificar sem perder a eficiência. 
 
2. Primeiro auxiliar: A função do primeiro auxiliar é de grande importância, 
interferindo diretamente no desempenho do cirurgião. Frequentemente, ele é o 
responsável pelo preparo pré-operatório imediato do paciente na sala cirúrgica e por 
realizar a antissepsia e colocação dos campos operatórios. Ele intervém em quase 
todas as manobras que o cirurgião realiza, participando ativamente do ato operatório. 
Ele seca o sangue, apresenta pinças, colabora na hemostasia, repara e corta os fios 
cirúrgicos e afasta os tecidos. Suas funções são: 
 Proporcionar boa visualização do campo operatório com compressas, 
afastadores e outros instrumentos; 
 Acompanhar a técnica e tática cirúrgica desenvolvida passo a passo; 
 Reparar órgãos ou tecidos que manipulados pelo cirurgião com auxilio de 
pinças; 
 Realizar o corte do excedente dos fios de sutura (na presença de um 
segundo auxiliar, ele que faz essa função); 
 Nunca deve realizar manobras que competem somente ao cirurgião; 
 Ante a impossibilidade eventual e inesperada do cirurgião, ser capaz de 
assumir inteiramente o procedimento. 
 
3. Segundo auxiliar: o papel dele é quase sempre passivo, mas deve estar 
sempre atento ao desenrolar do ato operatório. Suas atribuições são: 
 Ajudar nas manobras de afastamento; 
 Propiciar maior liberdade ao primeiro auxiliar para exercer suas muitas 
funções; 
 Substituir o primeiro auxiliar ou instrumentador durante o procedimento 
se for necessário. 
 
4. Anestesista: as principais funções do anestesista são: 
 Visita pré-anestésica para inteirar-se das condições clínicas do paciente e 
da operação proposta; 
 Inteirar-se com o cirurgião sobre a estratégia planejada; 
 Garantir a disponibilidade de via adequada para infusão endovenosa e 
controle da pressão arterial média e outros parâmetros; 
 Ministrar técnica anestésica que julgar mais apropriada para o ato que 
se propõe realizar; 
 Zelar pelo permanente controle das funções vitais do paciente, avaliando 
perda sanguínea e eventual necessidade de transfusão, devendo comunicar 
imediatamente ao cirurgião eventuais alterações dos parâmetros; 
 Manter permanente contato com o restante da equipe para conhecer o 
desenrolar da operação; 
 Recuperação anestésica do paciente após o procedimento; 
 Realizar visita pós-anestésica para se inteirar de eventuais complicações. 
 
5. Instrumentador: suas principais atribuições são: 
 Conhecer os instrumentos necessários para cada operação; 
 Preparar a mesa de instrumentos; 
 Dispor os instrumentos em ordem; 
 Manter preparadas as agulhas e fios adequados a cada tempo da cirurgia; 
 Preparar fios-laqueadura, compressas e drenos; 
 Fazer os pedidos necessários às enfermeiras circulantes na sala; 
 Atender prontamente os pedidos de instrumental, respeitando os sinais; Intervir eventualmente no campo quando for ordenado. 
 
6. Circulante: 
 Auxiliar no encaminhamento do paciente para a SO e da maca para a mesa 
cirúrgica; 
 Manter privacidade dos pacientes e permeabilidade de cateteres e sondas; 
 Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica; 
 Utilizar corretamente as técnicas para abertura de materiais estéreis. 
 
TÉCNICA CIRÚRGICA - 2018/1 - Morgana Trojahn 
Autoria: Enfa Karina Dal Sasso Mendes – Departamento de Enfermagem Geral e Especializada 
EERP USP - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERÍODO INTRAOPERATÓRIO: PARAMENTAÇÃO 
E MONTAGEM DA SALA DE CIRURGIA – 2017 
 
Compreender a 4ª meta de segurança internacional do paciente: assegurar 
procedimento cirúrgico, local de intervenção e paciente corretos. 
Quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança 
Internacional para a Segurança do Paciente, em 2005, identificou seis áreas de 
atuação, entre elas o desenvolvimento de soluções para a segurança do paciente. 
Essas seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente são soluções cuja finalidade 
é promover melhorias específicas em áreas problemáticas na assistência. 
Meta 1 - Identificar os pacientes corretamente. O objetivo é evitar falhas no 
processo de identificação dos pacientes, que podem causar erros graves, como a 
administração de medicamentos e cirurgias em pacientes “errados”. Recomenda-se 
utilizar pelo menos, duas formas de identificação do paciente, por exemplo, nome 
completo e conferência da pulseira de identificação. 
 Meta 2 - Melhorar a efetividade da comunicação entre profissionais da 
assistência, certificando-se de que o profissional que recebeu uma ordem verbal ou 
telefônica tenha compreendido todas as orientações. A finalidade é diminuir erros de 
comunicação entre os profissionais da assistência que possam causar danos aos 
pacientes. 
 Meta 3 - Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância (high-alert 
medications). A ideia é que sejam adotadas práticas que garantam a utilização correta 
de medicações classificadas como de alto risco, como as soluções de eletrólitos em 
altas concentrações para uso endovenoso. 
 Meta 4 - Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, 
procedimento correto e paciente correto. A aplicação de um checklist antes e após a 
cirurgia corrige falhas e erros previsíveis, que ocorrem decorrentes de falhas na 
comunicação e na informação. 
Procedimentos cirúrgicos e procedimentos invasivos que impliquem em 
lateralidade, estruturas múltiplas ou níveis múltiplos, deverão ter o local de 
intervenção demarcado com um círculo intervenção demarcado com um círculo com 
X no seu interior. Um exemplo seria as Cirurgias de varizes: sinalização do trajeto da 
veia. 
 Antes do encaminhamento do paciente ao Centro Cirúrgico e Obstétrico a 
equipe de enfermagem, deverá verificar o preenchimento dos seguintes 
documentos: 
 Registro da Avaliação inicial do paciente, quando aplicável; 
 Demarcação do sítio cirúrgico, conforme política; 
 Registro da Avaliação pré - anestésica, quando aplicável; 
 Termo de Ciência e Consentimento para Procedimentos Invasivos e 
Cirurgias assinados pelo paciente e/ou responsável e médico; 
 Termo de Consentimento livre e esclarecido - Anestesia quando aplicável; 
 Exames complementares e imagens relevantes para a cirurgia, exame ou 
/procedimento. 
A Pausa ou Time out deverá ser realizada na sala do procedimento 
imediatamente antes do seu início e antes da indução anestésica por todos os 
profissionais envolvidos no procedimento. Durante a pausa deve ser preenchido o 
instrumento “check list”. 
 
Meta 5 - Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde. A 
OMS estima que entre 5% e 10% dos pacientes admitidos em hospitais adquirem uma 
ou mais infecções. Uma estratégia simples, de baixo custo e alto impacto, é o correto e 
permanente ato de higienizar as mãos, que deve ser executado por todos os 
profissionais de saúde. 
 Meta 6 - Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrentes de quedas. 
Alteração do estado mental, distúrbio neurológico, prejuízo do equilíbrio, déficit 
sensitivo, queda anterior, urgência urinária ou intestinal, medicamentos que alteram o 
sistema nervoso central, e pacientes infantis ou com idade superior a 60 anos são 
fatores que podem contribuir para o risco de quedas. A equipe multidisciplinar deve 
reconhecer as situações de risco, colaborar na orientação dos pacientes e 
acompanhantes e adotar medidas para prevenir a ocorrência de quedas. Avaliar o 
paciente quanto ao risco de queda e registrar no prontuário diariamente, além de 
intensificar a atenção aos pacientes que estão em uso de sedativos, são algumas das 
medidas de prevenção.

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