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Filtração Glomerular - Fisiologia Animal


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Fisiologia Fisiologia Renal Rebeca Meneses 
Rebeca Woset FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
 A taxa de filtração glomerular é 
determinada pela pressão média de 
filtração líquida, a permeabilidade da 
barreira de filtração e a área disponível 
para filtração. 
INTRODUÇÃO 
Os rins filtram o sangue e, portanto, excretam os 
dejetos metabólicos e, ao mesmo tempo, retêm 
as substâncias filtradas necessárias ao organismo, 
incluindo água, glicose, eletrólitos e proteínas de 
baixo peso molecular. 
Respondem a distúrbios hídricos, eletrolíticos e 
acidobásicos, alterando especificamente a taxa 
de reabsorção ou secreção destas substâncias. 
Produzem hormônios que regulam a pressão 
arterial sistêmica e a produção de eritrócitos. 
1. Glomérulo: Filtra o sangue. 
2. Túbulo proximal: Reabsorve a maior parte 
da água filtrada e solutos. 
3. Ramo descendente da alça de Henle: 
Mantém a hipertonicidade medular. 
4. Ramo ascendente espesso da alça: 
Reabsorve Na, K e Cl, dilui o fluido tubular 
e gera hipertonicidade medular. 
5. Tubo contorcido distal: Reabsorve Na, Cl 
e cátions divalentes, dilui fluido tubular. 
6. Ducto coletor: Regula ácido, HCO3, 
amônia, Na, K e excreção de água. 
A art. Eferente se enrama nos néfrons para 
receber o que for filtrado. 
No capilar ficam proteínas de médio e grande 
peso molecular e hemácias que vão para a art 
eferente. 
O GLOMÉRULO FILTRA O SANGUE 
Enquanto expele um fluido quase idêntico ao 
plasma em sua composição hídrica e eletrolítica. 
Este fluido é o filtrado glomerular; e o processo 
de sua formação é a filtração glomerular. 
A TFG é dada por (mL/min/kg). 
A ESTRUTURA DO GLOMÉRULO PERMITE UMA 
FILTRAÇÃO EFICAZ E SELETIVA 
A parede dos capilares é composta por 3 
camadas: endotélio capilar, membrana basal e 
epitélio visceral. 
Nos mamíferos, o sangue da artéria renal flui 
para a arteríola aferente, que se divide em 
inúmeros capilares glomerulares. Os capilares se 
juntam formando a arteríola eferente, que 
conduz o sangue filtrado para fora do glomérulo. 
A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR É 
DETERMINADA PELA PRESSÃO MÉDIA DE 
FILTRAÇÃO LÍQUIDA, A PERMEABILIDADE DA 
BARREIRA DE FILTRAÇÃO E A ÁREA DISPONÍVEL 
PARA FILTRAÇÃO 
As forças que favorecem a filtração — ou seja, a 
movimentação de água e solutos através da 
parede dos capilares glomerulares — são a 
pressão hidrostática do sangue dos capilares e a 
pressão oncótica do fluido no espaço de Bowman 
(o ultrafiltrado). 
Normalmente, a pressão oncótica do ultrafiltrado 
é irrelevante, pois as proteínas de peso molecular 
médio a elevado não são filtradas. Portanto, a 
principal força diretriz da filtração é a pressão 
hidrostática dos capilares glomerulares. As forças 
que se opõem à filtração são a pressão oncótica 
plasmática nos capilares glomerulares e a pressão 
hidrostática no espaço de Bowman. 
A BARREIRA DE FILTRAÇÃO É SELETIVAMENTE 
PERMEÁVEL 
A permosseletividade da barreira de filtração é 
responsável pelas diferenças na taxa de filtração 
dos componentes séricos. 
No entanto, outras características além do 
tamanho interferem na capacidade dos 
componentes sanguíneos de cruzar a barreira de 
filtração. A carga elétrica líquida de uma molécula 
possui um efeito expressivo em sua taxa de 
filtração. A forma catiônica (positiva) de diversas 
substâncias é filtrada com mais facilidade do que 
a forma aniônica (negativa) da mesma molécula. 
Essas diferenças são causadas por uma barreira 
seletiva a cargas na parede dos capilares 
glomerulares, criada por resíduos de 
 
 
Fisiologia Fisiologia Renal Rebeca Meneses 
Rebeca Woset FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
glicoproteínas carregados negativamente, essas 
cargas repelem cargas negativas impedindo sua 
passagem através da barreira de filtração. 
O formato e a deformabilidade também 
interferem na passagem pela barreira. 
A TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR É 
REGULADA POR FATORES SISTÊMICOS E 
INTRÍNSECOS 
Controle sistêmico: sistema renina-agiotensina-
aldosterola. 
Controla intrínseco: reflexo miogênico e o 
feedback tubuloglomerular. 
A renina é um hormônio produzido, sobretudo, 
por células localizadas na parede da arteríola 
aferente, as células mesangiais extraglomerulares 
granulares, que são células justaglomerulares 
especializadas. A liberação de renina é estimulada 
pela redução na pressão de perfusão renal, mais 
frequentemente causada por uma hipotensão 
sistêmica. 
A renina catalisa a transformação do 
angiotensinogênio, que é produzido pelo fígado 
em angiotensina I. A angiotensina I é convertida 
em angiotensina II, mais ativa, pela enzima 
conversora de angiotensina (ECA), que se localiza 
principalmente no endotélio vascular dos 
pulmões. 
A angiotensina II é um potente vasoconstritor e, 
portanto, aumenta diretamente a pressão arterial 
sistêmica e a pressão de perfusão renal. 
 
As células justaglomerulares percebem a baixa 
volemia e estimula a produção de renina pelo rim, 
cai na corrente sanguínea e se encontra com o 
angiotensinogenio que foi produzido pelo fígado, 
catalisando o mesmo e virando angiotensina 1, 
vasoconstrição. A ECA produzida no pulmão e rim 
transforma angiotensina 1 em 2 que ela vai: 
 Estimula a absorção de NaCl nos nefrons 
(puxa mais água pro capilar pra diminuir a 
urina e aumentar volemia). 
 Estimula o simpático, + batimento 
cardíaco, + DC, + volemia. 
 Estimula a suprarrenal a produzir 
aldosterona que estimula a reabsorção de 
NaCl para reabsorver + água. 
 Vasoconstrição sistêmica. 
 Estimula a neurohipófise a secretar ADH, 
principalmente no ductor coletor p/ 
reabsorver H20. 
Reflexo miogênico é um mecanismo 
autorregulatório desencadeado por alterações na 
perfusão glomerular, enquanto o feedback 
tubuloglomerular é um mecanismo 
autorregulatório desencadeado por alterações na 
provisão de fluido tubular. 
O reflexo miogênico regula o fluxo sanguíneo 
renal e a TFG por constrição arteriolar aferente 
imediata após um aumento na tensão da parede 
arteriolar, aumentando, assim, a resistência ao 
fluxo sanguíneo em resposta à pressão de 
perfusão aumentada. Ela contrai ou dilata a 
artéria aferente. 
NaCli vem muito e é percebido pela mácula densa 
no TCP, elas produzem ATP queu suprime a 
liberação de renina das células justaglomerulares, 
aumenta a resistência na arteríola aferente, 
diminui a pressão de perfusão capilar glomerular, 
desencadeia a contração celular mesangial e 
reduz o Kf. Essas respostas levam à redução da 
TFG no néfron individual. 
A angiotensina II, a aldosterona e a vasopressina 
(hormônio antidiurético) acentuam a reabsorção 
de água e solutos pelos rins e, portanto, 
aumentam o volume sanguíneo. Os peptídeos 
natriuréticos atriais, produzidos nos átrios 
cardíacos, levam à natriurese (eliminação de 
sódio) e à diurese (eliminação de água), 
reduzindo, portanto, o volume sanguíneo.