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Aula 3- Contextos Formais e Informais da Fala e o Processo Cognitivo da Leitura

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Aula 3: Contextos Formais e Informais da Fala e o Processo Cognitivo da Leitura
Apresentação
Nesta aula, discutiremos sobre os contextos formais e informais da fala, bem como sobre o processo cognitivo da leitura, a fim de refletirmos sobre as produções e tipologias textuais.
Objetivos
· Explicar os contextos formais e informais da fala;
· Analisar o processo de leitura;
· Reconhecer as produções textuais e sua tipologia.
A fala e seus contextos
Na aula anterior, refletimos sobre o conhecimento adquirido através da língua e sobre como ela torna possível a representação desse saber. Nesta aula, trataremos da potencialidade da língua para aplicar tal conhecimento.
Inicialmente, vamos nos focar nas primeiras formas de interação: as atividades de fala – considerando o português brasileiro.
Como a fala é naturalmente desenvolvida ao longo de nossas vidas sem que façamos muito esforço, não nos importamos muito em estudá-la, não é verdade?
Mas, para identificar QUANDO e COMO podemos empregar essa forma de comunicação, é necessário atentarmos para essa prática nos diversos contextos sociais. Em outras palavras, se cada contexto implica comportamento e linguagem próprios, precisamos adequar nossa fala a cada um deles.
Atenção
Sobre a importância da oralidade, Lira (2008, p. 41-42) afirma:
“A tomada da palavra como realidade humana e social não estaria completa se não salientássemos, também, uma opção de comunicação oral.
A maior parte das vias de comunicação que estão abertas em nossas sociedades, especialmente do ponto de vista da comunicação interativa (o face a face, a ligação telefônica), utiliza, com efeito, o oral.
Isso ocorre através do canal vocal-auditivo, mostrando que o oral mobiliza dois sentidos: o vocal para falar e o auditivo para ouvir, ao mesmo tempo, o que se diz a si mesmo e o que os outros dizem.
É importante já, agora, lembrarmos que a oralidade é própria de todos os seres humanos que se comunicam falando conforme seus diversos contextos sociais. [Disso resulta] a importância do respeito que se deve ter às variedades linguísticas, que, no oral, só enriquecem a língua”.
Veja, a seguir, como nos valemos da linguagem em situações específicas.
Linguagem formal e informal
Vamos tratar, agora, das linguagens formal e informal. Você sabe distingui-las? Cada uma delas é empregada de acordo com determinado contexto e possui as seguintes características:
Linguagem formal
Este tipo de linguagem – também chamado de culta – é usado em situações que exigem o emprego da gramática formal da língua, tais como:
• Entrevista de emprego;
• Audiências;
• Reuniões de negócios etc.
Como não a adquirimos naturalmente, essa linguagem tem de ser praticada.
Linguagem informal
Este tipo de linguagem, também chamado de coloquial, é usado em situações do cotidiano – como em uma conversa com amigos, por exemplo –, nas quais não nos preocupamos tanto com o vocabulário de que vamos nos servir na produção de nosso discurso.
Nesse caso, as frases podem apresentar repetições de palavras, há abreviações de vocábulos, pausas e retomadas de ideias constantes etc. Em outros termos, fugimos da norma culta da língua portuguesa, porque determinados contextos permitem tal emprego da língua.
Vamos refletir, agora, sobre as situações apresentadas anteriormente. Como vimos, cada um desses contextos exige determinado comportamento linguístico, o que significa que precisamos saber como nos portar em todos eles. Mas muitas pessoas acreditam que quem se vale da norma culta é o único a empregar a língua corretamente.
Vejamos a cena a seguir:
ondemand_videoTURMA da Mônica: Chico Bento no Shopping. In: Nineevon.Publicado em: 11 maio 2007.
Quantas pessoas você conhece que são julgadas pela fala que produzem, assim como Chico Bento?
Por não dominarem o registro formal da língua, esses sujeitos são alvo de preconceito linguístico, mas isso não significa que eles não possam se comunicar.
O uso adequado da linguagem formal é um reconhecimento de prestígio social. Quem não possui essa habilidade apenas usufrui de uma fala sem esse valor.
Atividade de leitura
Vamos estudar, agora, o processo de leitura e sua importância para as atividades de linguagem.
Estudos sobre o tema afirmam que o texto – objeto de leitura clássico –, por si só, não carrega todas as informações necessárias ao leitor para o entendimento da mensagem que se pretende transmitir.
Para compreendê-lo, esse leitor precisa interagir com o texto a partir das pistas deixadas nas entrelinhas e de seu conhecimento enciclopédico, ou seja, sua leitura de mundo.
 Fonte: Shutterstock
Veja, a seguir, que exercício cognitivo é exigido do indivíduo nesse momento.
Leitura como processo cognitivo
Como processo cognitivo, a leitura baseia-se nas seguintes etapas:
Inferências
Suposições
Decodificação
Deduções
Conclusões
A decodificação linguística é a primeira etapa do processo de leitura. Afinal, não há como compreender qualquer mensagem sem reconhecer os elementos linguísticos que a compõem.
Entretanto, decodificar um texto não é o suficiente para concluir a atividade de leitura – exercício interativo, que implica a relação autor-texto-leitor –, pois precisamos interpretar e entender o que lemos.
Por isso, ao organizar uma produção textual, o autor deve sempre lembrar de que ela é destinada a um leitor, que tem de reconhecer sua mensagem e recuperar seu sentido, tornando-se coautor do texto. Caso contrário, este não terá significado para o interlocutor. Quer ver um exemplo?
 Fonte: Shutterstock
Você mesmo, neste momento, está interagindo com o conteúdo desta disciplina online e refletindo sobre as ideias apresentadas nesta aula para fins de construção do conhecimento, certo? O conteúdo, por sua vez, está permitindo que você faça essas reflexões por sua organização dinâmica e interativa.
Por isso, lembre-se:
O processo interativo é algo legítimo na atividade de leitura e é mediado pelo texto.
Atenção
Se compararmos a interação autor-texto-leitor com a interpessoal, verificaremos que o indivíduo se vale muito mais de sua capacidade cognitiva na primeira do que na segunda, que se apoia na linguagem gestual.
Veja as considerações de Kato (2007, p. 54) a respeito do assunto:
“É interessante observar que, até agora, falamos em interação leitor-texto, mas, em nenhum momento, falamos em interação leitor-escritor. Contudo, em situações de comunicação oral, o que é relevante é a interação falante-ouvinte.
Na verdade, essa interação entre produtor e compreendedor é o objetivo de qualquer comunicação, mas, como tem sido frequentemente observado, na comunicação escrita, esse objetivo é muito mais dependente do código verbal e muito menos apoiado nas pistas contextuais, na linguagem gestual, no universo semântico partilhado ou nas regras conversacionais”.
Ensino da atividade da linguagem
Vamos analisar, agora, o artigo proposto para esta aula:
Clique aqui para ler o artigo.
A partir do tema sugerido pelo artigo, refletiremos sobre os seguintes pontos:
• A importância do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem);
• O desempenho das escolas públicas e das escolas privadas;
• A relevância do ensino de atividades de linguagem.
Por meio dessa análise, será possível conferir as etapas do processo de leitura. Vamos começar?
Exame Nacional de Ensino Médio
Atualmente, o Enem oferece vantagens para os estudantes ingressarem no Ensino Superior. Se eles obtiverem uma boa avaliação nesse exame, sua vaga em determinadas universidades estará garantida. Mas isso vai depender do preparo do aluno durante seu período de estudos.
Diante desses benefícios, o Ensino Médio passou a ser mais valorizado, por se tratar de uma etapa extremamente importante na formação intelectual do jovem como cidadão.
O artigo mostra justamente um ranking de escolas federais, municipais e privadas que possuem índice de aprovação no Enem.
Implícitos no texto
Você percebeu que identificamos alguns implícitos no texto para chegar à interpretação anterior?
Fala, leitura e produções textuais
A discussão sobre essas ideias faz partede seu entendimento, mas elas não estão expostas, de forma precisa, no corpo do artigo, e sim sugeridas em suas entrelinhas.
Essa atitude constitui o que chamamos de inferência: um raciocínio resultante de indícios presentes no texto e da colaboração do próprio saber prévio do leitor a respeito do assunto.
Isso faz parte do ato de leitura – um processo cognitivo que contempla:
• A decodificação da mensagem;
• As deduções ou inferências;
• A interferência do conhecimento de mundo do sujeito leitor etc.
Entretanto, só será possível chegarmos a tais conclusões se estivermos familiarizados o suficiente com o tema do artigo. Do contrário, não conseguiremos concretizar essas ações de compreensão leitora e apenas decodificaremos o texto, sem interpretá-lo ou entendê-lo.
Desempenho de escolas públicas e privadas
Quando discutimos sobre a importância do Enem destacada no artigo alvo de análise desta aula, de certa forma, já começamos a refletir sobre o desempenho das escolas públicas e privadas nesse exame.
Diante da relevância que o Enem adquiriu e do ranking estabelecido de acordo com a performance dos estudantes, o preparo desses alunos e as instituições em que estudam também vêm sendo avaliados.
Pensando nessas questões, somos conduzidos a examinar, criticamente, o ensino de modo geral e toda a política que o envolve.
Observe que podemos levantar inúmeros questionamentos e chegar a várias conclusões a respeito do assunto sem que todas essas ideias estejam explicitamente organizadas no artigo.
Este é o trabalho do leitor: ressignificar as informações sugeridas pelo texto e desvendar o que não está ali claramente exposto para fins de compreensão do todo escrito.
Atividades de linguagem
Dando continuidade à análise do artigo proposto para esta aula, é inevitável discutir sobre o tema principal de nosso estudo: as atividades de linguagem. O texto levanta a importância do Enem para o Ensino Superior, a questão do desempenho das escolas públicas e privadas nesse exame e o preparo dos alunos para alcançar a tão sonhada aprovação no referido teste.
Vejamos, a seguir, um trecho da entrevista do Luiz Cláudio Costa sobre o ENEM para o programa Roda Viva:
ondemand_videoRoda Viva. Entrevista com Luiz Cláudio Costa. Brasil: TV Cultura, 2013. Clique para ver a sinopse.
Você percebeu a importância de possíveis mudanças no ensino médio com base nos resultados obtidos nas provas do ENEM?
Tais mudanças devem visar à obtenção de um maior índice de aprovação dos estudantes nesse exame.
Atenção
Além de todos esses pontos de atenção abordado por Luiz Cláudio, não podemos nos esquecer de que o Enem é elaborado com base nas atividades de linguagem.
Por isso, quando o índice de uma escola não é tão bom em termos de aprovação no exame, é fundamental repensar a forma como as atividades de linguagem estão sendo desenvolvidas nesse ambiente, o que inclui:
• Compreensão leitora;
• Produção de textos;
• Exercícios de fala e de escrita etc.
Ainda pensando nas atividades de linguagem, vejamos a charge a seguir:
 Fonte: CALVIN e Hobbes. Autor: Bill Watterson.
Você percebeu por que a leitura deve ser encarada como um processo cognitivo, cujo resultado é o entendimento do conjunto textual?
Reflita sobre como tem realizado esse processo até o momento.
Atividade proposta
Como já vimos, a atividade de leitura é muito importante para quem deseja desenvolver habilidades linguísticas que envolvem a fala, a escrita, a ortografia, o vocabulário etc.
A partir de agora, vamos tratar das produções textuais, ou seja, das possibilidades de construção e organização de textos.
Antes disso, leia o texto O gigolô das palavras. Essa estrutura textual foi modificada propositalmente. Veja se você consegue organizá-la de forma coesa e coerente, de acordo com a sequência correta de ideias.

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