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Conceito de tempo

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3
 (
Sistema de Ensino Presencial Conectado
licenciatura em história
)
 (
guilherme wallace de araújo silva
)
 (
 
conceito de tempo
)
 (
Cabo de Santo Agostinho
2020
)
 (
guilherme wallace de araújo silva
)
 (
conceito de tempo
)
 (
Trabalho de Guilherme Wallace apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral
 na disciplina de História do Brasil Colonial, Metodologia do Ensino de História, História Moderna, Práticas
 pedagógicas em Ciências Humanas: Transformações Sociais no espaço e no tempo e História da América
.
Orientadore
s: Janaina dos Santos Correia Rodrigues
 
 Julho Zamariam
 
 Erica Ramos Moimaz
 
 Igor Guedes Ramos
 
 Fabiane Tais Muzardo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
)
 (
Cabo de Santo Agostinho
2020
)
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................6
2 DESENVOLVIMENTO ....................................................................7
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................14
4 REFERÊNCIAS .............................................................................15
INTRODUÇÃO
 Nas próximas linhas pretendo esclarece o conceito de tempo para a realização do trabalho apresentado na situação geradora de aprendizagem. Iniciaremos discutindo sobre como tempo natural influenciou o homem no modo primário de contar o tempo, e veremos como o tempo é uma concepção cultural, em seguida vou apresentar algumas definições sobre o espaço, e como a sua pluralidade seja ela cultural, política, territorial e social influência no tempo. Em seguida veremos como os acontecimentos históricos podem ser analisados na visão de Braduel, veremos também como o atual modelo econômico que vivemos se apropriou do tempo e principalmente na forma de estudar a história através dos livros didáticos.
 Em seguida apresentarei três linhas do tempo com diversos acontecimentos e eventos históricos, e poderemos analisar como o tempo é vivido diferente nos espaços, e como a idéia de uma história linear sem retrocessos é bastante equívoca.
 
DESENVOLVIMENTO
 Desde muito tempo, o homem faz uso de certas tecnologias e aprendizagens para poder sobreviver, e isso se dá graças ao meio e ao tempo em que ele vive. De lanças a rifles, de máquinas a vapor a eletrônicos, o homem busca a cada dia inovar, influenciado é Claro pelo meio. Através da observação, o homem percebeu que durante um determinado período, que as árvores davam frutos, e também notou que durante certo período as árvores perdiam suas folhas e frutos, e junto com essa escassez de alimento na maioria dos casos, vinha também o frio, então ele começou a se basear através do nascer e do pôr do sol, e também através das fases da lua o intervalo entre esses períodos, e chegou a conclusão, de que durante o tempo dos frutos, ele deveria trabalhar, estocar alimento, construir abrigo e durante a escassez e o frio deveria se abrigar.
 A situação que acabei de citar acima, podemos considerar como os primeiros passos da concepção de tempo cronológico bastante ligado com o tempo astronômico, pois o homem faz uso do céu para se organizar e cronologicamente mesmo que sem saber muito bem, tem noção que deve trabalhar quando está claro, e a noite quando não pode ver muito bem, se abrigar ou aproveitar para caçar, como determinadas tribos, podemos ver como as primeiras evidências da noção de tempo se dá com a influência da cultura do indivíduo que depois foi ampliada para os primeiros agrupamentos, embora seja uma noção considerada primitiva, muitas tribos indígenas existentes até hoje, que nunca viram um relógio, fazem uso dessa noção do tempo, assim como também, outras tribos formadas por caçadores, por exemplo, fazem usos de outras formas para identificar a contagem do tempo. O conceito de tempo depende muito da cultura que ele faz parte, afinal ele próprio é uma construção cultural como afirma Simone Varela em seu artigo (VARELA, 2005). Podemos citar como exemplo o calendário maia, o calendário islâmico, calendário judaico e o que é visto com frequência para identificar eventos históricos, o calendário cristão. Através desses exemplos podemos ver como o tempo é validado pela cultura, já que atualmente esses calendários estão segundo eles em anos diferentes, e também a sua contagem começa a partir de certos eventos históricos, podemos citar como exemplo o calendário islâmico, que se inicia com a fuga de Maomé de Meca, e o calendário cristão também conhecido como Gregoriano e que usamos atualmente no Brasil, tem a sua contagem iniciada com o nascimento de Jesus cristo. A variedade de calendários deixa em evidencia como a noção de tempo é uma concepção cultural, estima-se que atualmente cerca de 40 calendários estão sendo usados pelo mundo.
 Atualmente, fazemos uso de linhas temporais baseadas no calendário cristão, para realizar estudos históricos e também para melhor entendimento dos alunos em sala de aula, através de linhas temporais os estudantes podem localizar eventos históricos, esse método, apesar de ser considerada positivista, a autora Simone Varela reconhece que é um grande facilitador na aprendizagem dos alunos, talvez porque, a sua principal crítica seja a como este recurso tem sido utilizado pelos livros didáticos, de uma forma bastante tradicional, sem trazer para o aluno, os diferentes pontos de vista sobre um mesmo tema, para a autora, isso é um exemplo de como a sociedade capitalista se apoderou do tempo e do espaço dos indivíduos (VARELA, 2005).
Assim como o tempo, o espaço também depende da cultura, em seu artigo José D'Assunção Barros, apresenta desde a visão de Vidal de Lá Blanche sobre o espaço e como a geografia se tornou bastante útil para a história. Inicialmente ele fala sobre o conceito de região, onde certas características internas de certos locais, como a língua a religião ou características naturais como o clima, demarcam certos espaços, logo depois ele fala sobre, os espaços locais ou regionais, onde podemos notar que
dentro dos espaços existem províncias e cidades e até hoje essa modalidade de ensino chamada história local se tornou muito importante para o desenvolvimento de identidade dos alunos. Depois ele nos apresenta críticas sobre o modelo de espaço demarcado, onde alguns pesquisadores apontam que, os espaços sofrem alterações com o passar do tempo (BARROS, 2006).
 Isso nos mostra que além da cultura classificar um determinado espaço como território, o tempo também o classifica, para abrirmos mais o leque, podemos falar sobre a ligação do tempo com espaço, quando falamos dessa dualidade, o conceito de espaço assim como o conceito de tempo, se mostra bastante complexo, por exemplo, um professor durante um curto período de tempo, utilizou o espaço de uma sala para realizar uma aula, ou durante um médio período de tempo um presidente conduziu um determinado espaço constituído culturalmente como país. Essa forma de observar e classificar o tempo, foi um conceito desenvolvido pelo historiador Fernand Braduel, para estudar os eventos históricos, temos o tempo curto, onde um evento pode ter a duração de um dia como, por exemplo, o grito do Ipiranga ou a duração de uma batalha, o tempo de média duração, pode ter, por exemplo, a duração de um governo como mostrei acima, e o tempo longo, que podemos ter como exemplo uma influência religiosa sobre as mentalidades ou algum modelo econômico.
 A respeito do tempo histórico, podemos dizer que é fundamental para a análise do tempo baseado nos acontecimentos e eventos históricos, um campo fundamental da história, que faz uso do espaço e do tempo. Através das palavras de Marc Bloch, José D’Assunção, denomina a história como o estudo do homemno tempo, essa definição de Bloch alargou e muito o campo de estudo do historiador, pois antes a história era classificada apenas como o estudo do passado humano (BARROS, 2006). 
Dessa forma, a história não tem só o passado como campo de estudo, mas também o presente, como questionador do passado, e ambiente de novas ações do homem. Dessa mesma forma, Simone Varela cita Fonseca para explicar a história, onde autora além de ter um ponto de vista bastante semelhante ao de Bloch, também classifica a história, como uma forma de entender a diversidade cultural e temporal (VARELLA, 2005). 
Em seu artigo, Simone Varella mostra o preocupante cenário em que o tempo histórico está sendo apresentado nas aulas e no livro de didático, afinal cada evento é apresentado de forma expositiva, sem um olhar multicultural, fazendo com que seja perigoso na formação da identidade do aluno. A autora também mostra como durante as três revoluções industriais a passagem da manufatura para a maquinofatura constante fez com que o trabalho perdesse o sentido para o trabalhador e também a desvalorização da mão de obra. A autora também apresenta uma curiosa forma de divisão de tempo do atual modo de produção, em tempo do empregado e tempo do empregador, onde uma relação confusa transforma o tempo em dinheiro, afinal, o sistema capitalista estabelece metas para serem cumpridas, além de controlar o presente, também quer ter o controle do futuro, e no meio desse cenário, se encontra o trabalhador que faz um trabalho que aos poucos vai perdendo o sentido, perde seu espaço e tempo imaginário, pois não tem lugar para opinar, e cria uma identidade que já vem enraizada desde do seu tempo escolar, podemos dizer que é um robô programado para produzir sem perguntas, e deve fazer valer o tempo e o dinheiro, pois nesse cenário os dois tem valor.
 Quando falamos em pessoas, o conceito de tempo se amplia mais ainda, pois temos o tempo biológico ou natural, o que é o tempo dos seres vivos, em que se aplica de forma diferente em cada espécie, por exemplo, doze anos para um ser humano é um período inicial da vida no caso ele seria uma criança, mas para um cachorro, já é uma idade avançada, o que faz dele um idoso. Outro tempo que faz parte da vida do indivíduo é o tempo psicológico, onde podemos fazer uso da psicanálise para observar esse fenômeno, afinal um indivíduo com um tempo biológico de quinze anos, pode estar adiantando em seu tempo psicológico, exemplo, baseado em suas capacidades, ele pode ter uma mente de vinte anos.
 Podemos considerar a importância, da aplicação do conceito de tempo nas escolas, apresentar aos alunos o seu espaço, sua cultura, valorizar sua memória individual ligando com a memória coletiva, para que o aluno tenha a noção do outro, e que ele faz parte de um grupo e de uma geração, fazer com que reconheça seu espaço, tanto como indivíduo, mas também de uma maneira macro, fazer com que questione e reflita sobre os diferentes pontos de vista sobre um determinado tema histórico, mostrando que existem outras formas de pensar o tempo.
 (
A locomotiva a vapor Rocket é inaugurada
 
1830
) (
Denis Diderot
Publica
A Enciclopédia
1751
) (
Invasão e queda
da Bastilha
 
1789
) 
 (
Simón Bolívar
se declara chefe
de estado da Venezuela 
1814
1810
 
1814
)
 (
O padre
 Miguel Hidalgo inicia uma revolta no México
 
1810
) (
Declaração de independência dos Estados Unidos
 
1776
)
 (
Dom Pedro declara
A independência do
Brasil
 
1822
) (
Rompimento do
Pacto colonial
 
1808
) (
Inicio da Inconfidência Mineira
1788
)
 
A iniciativa de Denis Diderot, de reunir vários intelectuais para desenvolver uma enciclopédia, gerou uma reação em cadeia que influenciou os acontecimentos apresentados nas linhas do tempo acima. Nomes como o do grande contratualista Jean Jaques Roseau, e do grande ativistas Voltaire e muitos outros, escreveram uma série de artigos sobre vários assuntos, relacionados as áreas de política, ciência e filosofia. Dentre as idéias apresentadas pela enciclopédia, a de estado nação com certeza foi aqui mais recebeu atenção de grandes representantes das revoluções apresentadas nas linhas do tempo, como Maximilien Robespierre, Tiradentes e Simón Bolívar. Os primeiros volumes da Enciclopédia foram lançados em 1751, e a obra foi completada em 1772, com dezessete volumes. Durante esses 21 anos, alguns autores tiveram suas obras censuradas pela igreja, como por exemplo, Voltaire que fazia críticas aos status quo político religioso, a enciclopédia foi uma coluna central para as idéias iluministas e o uso da razão ao invés da fé, para explicar os acontecimentos da natureza e da sociedade.
As idéias iluministas ganharam muita repercussão pelo mundo, as colônias britânicas que mais tarde se tornariam os Estados Unidos, foram motivadas a requerer seu direito de liberdade, e o único obstáculo para se alcançar essa liberdade, era a Coroa Britânica, que mesmo com a declaração da independência em 1776, se recusava a aceitar sua legitimação. Algumas colônias como a de Nova York e Pensilvânia, temiam as consequências de tal ato, entre elas, dificuldade nos negócios, a falta de concordância de algumas colônias, como a de Virgínia que recusava lealdade a coroa Britânica, mas se considerava um estado único, fez com que o processo de independência, fosse um pouco complicado. Em 1778, o apoio da França a causa das colônias, foi de grande ajuda, embora que muitos historiadores digam que a França estava na verdade se vingando pela derrota humilhante da guerra dos sete anos. A Inglaterra só reconheceu a independência americana em 1783, depois que suas tropas se renderam em Yorktown em 1781, logo em seguida George Washington é eleito o primeiro presidente dos Estados unidos da América, e em 1790 é ratificada a constituição americana.
Segundo o livro História do Brasil colonial, com o passar do tempo a inconfidência mineira iniciada 1788 foi usada como um grande representante da independência do Brasil, e de forma anacrônica, foi divulgado que os inconfidentes, que eram da elite mineira e tinham contato com as idéias iluministas, queriam a independência de toda a colônia, quando na verdade o foco dos inconfidentes era a independência de minas gerais, por causa dos autos impostos da coroa portuguesa. Embora tenha recorrido até mesmo ao americano Thomas Jefferson para aderir à causa, o movimento foi denunciando por um de seus inconfidentes, José Joaquim Silvério dos reis, de todos que participaram apenas Tiradentes foi condenado à morte (ZAMARIAM; LEOCÁDIO; PEREIRA, 2018)
 Por mais que dê a impressão de que os eventos que citei até agora, tiveram um caráter de progresso, se olharmos nas entre linhas, vemos que o auxílio francês a causa das colônias, teve um caráter bastante vingativo, que teve consequências sérias para o país, além da fome pelo excedente populacional e a má colheita que afetou a França, sem falar na vida cara que o rei Luís XVI levava, todos esses fatores somados as idéias iluministas, levaram a revolta dos Franceses em 1789, iniciada pela invasão e queda da Bastilha em Julho daquele ano. Em pouco tempo a
revolta se espalhou por todo o País, e em 1791, foi declarada a primeira república, e também ouve declaração de guerra contra a Áustria e a Prússia, monarquias que desejavam reprimir os movimentos revolucionários, temendo que revoltas semelhantes ocorressem em seus territórios. O cenário que a França se encontrava era de total bagunça, isso fez com que em 1793 fosse criado o comitê de segurança pública, que ao comando do advogado Maximilien Robespierre, instaurou o terror, uma medida punitiva contra qualquer movimento contrarrevolucionário, qualquer um que fosse suspeito era condenado a guilhotina, um dos condenados foi o próprio rei Luís de XVI. A situação só foi controlada por Napoleão Bonaparteque controlou a turba de Paris em 1795, que depois se dedicou a espalhar os ideais revolucionários pela Europa.
 Até aqui, temos espaços bastante distintos, temos uma França que passava por momentos difíceis, com uma monarquia negligente, um conjunto de colônias de povoamento que queriam independência de um país que aplicava altos impostos, e temos uma colônia portuguesa de exploração, em que na região das minas, um movimento queria se livrar dos abusos de seus exploradores. O cenário dos estados unidos no período de declaração, favoreceu e muito na aplicação de um modelo de governo que o colônia de Portugal só iria conhecer muitos anos depois. Vemos aqui como o espaço político fez com que cada país vivesse um tempo diferente, entre os anos 1776 e 1795.
 A resistência da Inglaterra contra Napoleão Bonaparte, fez com que o imperador da França aplicasse o bloqueio continental. Segundo a obra O livro da História, os objetivos de Napoleão era fazer com que os portos da Europa continental fossem proibidos de manter negócios com a Inglaterra, no meio desse cenário Portugal ainda matinha suas atividades com os ingleses, por esse motivo, Napoleão invadiu Portugal e Espanha, fazendo com que em 1807 o rei dom João VI pedisse ajuda a Inglaterra para escoltar a família real até o Brasil, no ano seguinte que está indicado na linha do tempo, o rompimento do pacto colonial abre os portos para Inglaterra, isso por que a presença da família real no rio de janeiro, fez com que a capital de uma de suas colônias fosse a sede do império, algo único na época, por esse motivo muitos historiadores consideram esse o real fator da independência. A invasão de Napoleão a Espanha foi bastante decisiva para uma série de revoluções pela América espanhola, isso por que a coroação de José Bonaparte irmão do imperador Francês, fez com que colonos não reconhecessem a legitimidade do novo governante, e a tempos já protestavam contra o controle abusivo do comércio pelos espanhóis, como apontado na linha do tempo acima, em 1810 se iniciou no México, uma série de lutas pela independência iniciada pelo padre Miguel Hidalgo que fracassou, depois ouve outra 1813 liderada pelo sacerdote José Morelos que também não deu certo, a independência só veio mesmo em 1821 com a proclamação do general Agustín como imperador, quando a resistência da Espanha era simbólica.
 A educação e as constantes visitas de Simón Bolívar a Europa, o fez sonhar com uma América do Sul unida, as idéias iluministas o fez se dedicar a transformar esse sonho em realidade, então em 1814 se declarou chefe de estado da Nova República da Venezuela, em 1817 Bolívar invadiu a Colômbia, fundou em 1819 a república da Colômbia, e 1824 derrotou o Exército espanhol no Peru.
 Analisando os acontecimentos acima, superficialmente temos mais histórias de um passado com grandes Progressos, que faz com que a passagem do tempo seja
estática, porém segundo o livro A História do Brasil para quem tem pressa , o autor Marcos Costa aponta que a ajuda dos ingleses a família real portuguesa, não foi nada voluntária, e sim de caráter comercial, já que o rei Dom João VI presenteou os ingleses com a abertura dos portos Brasileiros, sem a mediação de Portugal, que por ter o monopólio sobre os produtos Brasileiros, cobrava altas taxas na venda dos produtos. Sem a mediação portuguesa, os ingleses tinham acesso aos portos Brasileiros e aos seus produtos (COSTA, 2016).
 Quanto ao General Agustín no México, não ficou nem um ano no poder e tempos depois, o país perdeu territórios para os Estados Unidos. Quanto a Simón Bolívar, seu sonho de unificação da América do Sul não se concretizou, pois os líderes locais eram contra sua forma de governo ditatorial, e em 1830 a Gran Colômbia que atualmente é a região onde estão os territórios do Equador, peru, Venezuela e Panamá foi dissolvida por revoltas internas, num cenário de grande desigualdade social. No mesmo ano Simón Bolívar morreu de tuberculose.
 O Brasil também tinha ciência das idéias iluministas, mas a presença da família real fez com que o tom de independência fosse diferente. Segundo o livro da história, Dom Pedro se encontrava em uma situação delicada, sua presença no Brasil não era conveniente para Portugal, já que o plano da coroa Lusitana era o retorno da submissão da colônia, e se Dom Pedro saísse do Brasil, a elite Brasileira iria inicia um processo de revolução, para resolver o impasse, no dia 7 de setembro de 1822, as margens do rio Ipiranga, Dom Pedro deu o famoso grito de independência, para manter os interesses da monarquia e evitar uma revolução. A diferença entre a independência do Brasil e a das outras citadas aqui, é que para muitos especialistas, ela não foi tomada pela força, tanto é que a quebra do acordo colonial em 1808 foi muito mais significativo, pois a colônia podia realizar atividades comerciais sem a intervenção de Portugal.
 A invenção do Rocket por George Stephenson revolucionou o sistema de transporte ferroviário de passageiros, sendo aberto em 1830, a maquina a vapor que ligava Manchester a Liverpool, foi um símbolo da revolução industrial, isso porque nesta época, as pessoas viram a potência de um transporte ferroviário movido a vapor, isso em uma sociedade que cada vez mais deixava o campo para uma vida na Cidade, na esperança de melhores condições de vida, graças a obra a A riqueza das nações, a nova classe que timidamente na baixa idade dava seus primeiros passos a burguesia, agora via que a competição de mercado e o acúmulo de capital, era um caminho para direcionar a economia, até 1840, a Inglaterra era a maior potência industrial, e a França depois se tornou sua concorrente, sendo que enquanto a Inglaterra fundava suas primeiras industrias, a França ainda de encontrava em um cenário de revolução social. Essa corrida industrial e as novas idéias de economia se espalharam rapidamente por todo mundo, porém cada nação teve seu tempo, o Brasil, por exemplo, era totalmente agro exportador, somente com os esforços do Barão de Mauá tempos depois é que o Brasil iria dar seus primeiros passos na corrida industrial. 
 Analisando os acontecimentos aqui apresentamos, podemos admitir que as idéias apresentadas na enciclopédia em 1751, geraram uma reação em cadeia que afetou vários países em seus múltiplos espaços, sendo eles políticos, sociais e territoriais. E cada um viveu diferentes tempos ao mesmo tempo, a idéia de apresentar uma história linear aos alunos, é bastante preocupante, pois isso de certa forma não desenvolve o espírito crítico, a história não deve ser apresentada como uma história que foi igual em todos os lugares ao mesmo tempo, é necessário que os aluno entendam que o meio influência o tempo, precisar ver que também a retrocessos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Desenvolver um trabalho como esse, nos mostra como é importante analisar o conceito de tempo, o tempo é o terreno base de um historiador, e compreender suas diversas dimensões, é de total importância para o complemento do aprendizado. O modelo linear de tempo deve ser evitado ao máximo, pois insinua que a história é um processo é uma sucessão de progressos e batalhas heróicas, quando na verdade, é um estudo das ações dos indivíduos através do tempo, é olhar criticamente as atitudes dos homens e mulheres, dessa forma, quando abrimos um espaço na sala de aula, e estimulamos o pensamento crítico dos alunos, ele poderá gerar uma identidade única, o processo de análise de um evento histórico, de um problema do presente, faz com que o indivíduo se conheça, e entenda quem é ele em seu meio social e temporal, terá uma mente mais protegida da alienação, futuramente ser um cidadão crítico, que tomará decisões sábias melhorando seu espaço social, político e próprio.
4 ReFERÊNCIAS
VARELA, Simone. O trabalho como fundamento para a transformação da concepção de tempo formada a partir do livro didático de história. História e Ensino. Londrina, v. 11, p. 115-131, jul. 2005. Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/histensino/article/view/11841> Acesso
em 18 abr. 2020.
BARROS, José D’Assunção. História, espaço e tempo: interações necessárias. Varia História, Belo Horizonte, v.22, n.36, jul./dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752006000200012> 
 Acesso em 15 abr. 2020.
DIAZ, Natália Germano Gejão; MOREIRA, Thamires Regina Sarti Ribeiro; GAVIÃO, Fábio Pires; ZUCCHI, Bianca Barbagallo. Metodologia do Ensino de História. Paraná: Educacional s/a, 2019.
ZAMARIAM, Julho; LEOCÁDIO, Leandro Cesar; PEREIRA, Danielle Manoel dos Santos. História do Brasil Colonial. Paraná: Educacional s/a, 2018.
SILVA, Rafael Pavani da; PEREIRA, Jardel Costa. História da América. Paraná: Educacional s/a, 2017.
DAMASIO, Adauto. História Moderna. Paraná: Educacional s/a, 2017.
GRANT, Reg; COWARD, Fiona; CUSSANS, Thomas; LEVY, Joel; PARKER, Philip; REGAN, Sally; WILKINSON, Philip. O livro da História. Rio de Janeiro: Globo s/a, 2017.
COSTA, Marcos. A História do Brasil para quem tem pressa. Rio de janeiro: Valentina, 2016.

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