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Medvet_study.layla 7 Medicina Veterinária Resumo Doenças Infecciosas Anemia Infecciosa Equina (AIE) Citologia A forma Crônica da AIE é mais comum- febre intermitente, letargia, depressão, emagrecimento, anemia (destruição de hemácias), Trombocitopenia (diminuição de plaquetas), edemas subcutâneos gravitacionais, hemorragias... A AIE é conhecida também como: Febre dos pântanos e AIDS equina (não zoonose) A fonte principal de transmissão não é a forma sexual. Ela é transmitida pelas picas de moscas, entre animais infectados e não infectados. É uma doença essencialmente crônica dos equídeos, embora possa se apresentar nas fases agudas e inapetentes (assintomática) Cosmopolita (distribuição mundial), infectocontagiosa. Caracterizada por episódios periódicos de febre alta (febre em períodos). É uma doença do sangue, dos órgãos hematopoiéticos (medula óssea, baço e linfonodos), fígados e pulmões. Animais infectados se tornam portadores permanentes da doença (para o resto de sua vida) – não tem cura- sendo fonte de infecção para os suscetíveis sacrifício obrigatório Etiologia · O agente etiológico é um vírus: · Do gênero Lentivirus (do latim – lento- replicação lenta) – São vírus que causam doença com longo período de incubação – Doenças de curso Insidioso (que aparecem vagarosamente/ aos poucos, sem apresentar sintomas específicos) e prolongado. · Da família retrovirdae: os vírus dessa família são Retrovírus. · Causam doença incuráveis. · Fazem um imprint do seu genoma no genoma da célula hospedeira (no DNA celular dos equinos) Glicoproteína do envelope: sofre maior variação (sofre alta taxa de mutação). Proteínas internas: p26 mais conservadas (p26= usada em testes de diagnósticos) A reaplicação do Retrovírus = não tem cura = DNA Proviral. O Retrovírus O Retrovírus possui alta taxa de mutação = POR ESSA RAZÃO EXISTE UMA alta taxa de Glicoproteínas de superfície, E COMO CONSEQUENCIA, existe diversas variantes ou estirpes virais. MOTIVO DE ALTA TAXA DE MUTAÇÃO: Transcriptase Reversa viral não tem mecanismo de reparo: · Gera elevado número de cópia errados de DNA · Alta frequência de mutantes · Escapam ao sistema imune, replicam-se: novos picos febris A infecção Viral é vitalícia e a persistência viral é garantida através de: Mecanismos Persistência Viral: · Inserção de DNA viral (PROVÍRUS) · Alta Variabilidade de Glicoproteínas Estes são os principais mecanismos pelos quais o vírus da AIE consegue evadir da respostas imunológicas do hospeiro! Animal não consegue eliminar o vírus totalmente de seu organismo = A INECÇÃO É CONSIDERADA VITALICIA. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA – vias de transmissão 1° A transmissão ocorre por meio de picadas de insetos (vetores Hematófilos), é a principal forma de transmissão. · Mosquitos tabanídeos (tabanus sp.) Mutucas · Moscas dos Estábulos · São mais comuns nas épocas mais quentes do ano e em regiões úmidas e pantanosas. · Estes insetos são vetores mecânicos (não há replicação viral neles) · Vírus sobrevive por pouco tempo no aparelho bucal dos insetos · Podem ter importância na transmissão – Piolhos, moscas 2° transmissão Iatrogênica: · Fontes = Agulhas ou instrumentos cirúrgicos contaminados. · Transfusão sanguíneas · Equipamentos mal esterilizados 3° Vertical (intrauterina) 4° Sexual ou inseminação artificial com sêmen contaminado 5° Horizontal = contato direto ou indireto. · Cabrestos, freios, esporas infectados com saliva, urina, suor, lagrimas · Ingestão do leite materno Patogenia: O vírus da IAE tem Tropismo por órgãos, tecidos e células · Após a infecção o vírus se replica nas células alvo. · Nos tecidos: se replica em MACRÓFAGOS (fígado, baço, linfonodos, pulmões e rins = > são órgãos ricos em macrófagos teciduais); por tanto as lesões ocorrem em órgãos com abundancias em macrófagos. · No sangue: se replica em MONÓCITOS e CÉLULAS DENDRÍTICAS. · As lesões causadas pelos vírus nos tecidos são decorrentes: · Da Integração do viral ao genoma da células hospedeira · De processos imunes mediados (hemólise e ERITROTROMBOFAGOCITOSE – fagocitose de hemácias e plaquetas) · A anemia é resultado de processo mediados imunologicamente: · Hemólise intravascular: O vírus se liga as hemácias (formando o imunocomplexo vírus + hemácias) que sofrem ação das IgG e IgM, ocorrendo hemólise intravascular => anemia · Eritro-trombo-fagocitose; (destruição de hemácias e plaquetas). No fígado e no baço: ocorre pela ação dos fagócitos mononucleares e pela interação do sistema complemento com as hemácias e plaquetas infectadas => anemia. · Indução da Eritropoiese pela medula óssea que entra em Exaustão (compensatória => causa hemorragia => anemia · Fagocitose de plaquetas: causa hemorragia => anemia. · A anemia é resultado da Hemólise intramuscular + eritro-trombo-fagocitose +inibição da eritropoese + fagocitose de plaquetas Sinais Clínicos · Manifestação clinica dependente de: · Fatos virais · Fatores do Hospedeiro (espécie, idade, nutricional) · Pode variar de assintomática á fatal · Período de incubação: até 3meses) · Emagrecimento · Edema de extremidade · Sinais Clínicos – Forma Aguda · Febre alta e intermitente, letargia e diminuição do apetite · Anemia, queda de hemácias (trombocitopenia), queda de plaquetas (transitórias) · Icterícia (hemolítica + Hepática) · Hemorragias, petequeias da terceira pálpebra / da mucosa oral-nasal · Evolução: Recuperação (para assintomático) ou doença crônica, podendo evoluir para óbito em 2- 3 semanas. Sinais Clínicos –Forma Cônica · Febre intermitente ou persistente, letargia, depressão e caquexia. · Retardo em desenvolvimento, enfraquecimento, perda de peso e da força de trabalho · Acentuação da anemia, icterícia, trombocitopenia, hepoalbuminemia (lesão hepática), hiperglobulinemia (alto linfócitos, baixos IgG) · Edemas, subitâneos gravitacionais – região ventral e extremidades de membros · Hemorragias (petequeias e epistaxe) · Soropositivos · Evolução: Óbitos Sinais Clínicos- Forma Inaparente · É uma forma latente => animais portadores · Portadores assintomáticos · São animais sem sinais clínicos- porem soropositivos · Não são silenciosos soro logicamente · Ação dos linfócitos t8 para animais antígenos do vírus (memoria imunológica) Prognóstico / Diagnóstico diferencial · Ruim: Animais infectados toda vida – Eutanásia · Diagnóstico Diferencial: doença que cursam com febre · INFLUENZA E ENCEFAUTES EQUINAS · PÚRPURA HEMORRÁGICA · BABESIOSE · LEPTOSIPROES · ERLIQUIOSE · ARTERITE VIRAL EQUINA · ANEMIA HEMOLITICA AUTO-IMUNE · Clinico epidemiológico: · Anatomopatológico · Hemograma: Anemia e trombocitopenia (destruição de hemácias e plaquetas) · Isolamento viral · Sorológico: Significa pesquisar anticorpos contra o Vírus da AIE no soro do animal. · IDGA: Imunodifusão em gel de agar – teste de coggins (leitura após 48horas da realização do teste). Tratamento: Eutanásia
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