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Ação penal

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AÇÃO PENAL 
É o direito de exigir a tutela 
jurisdicional do Estado, visando a 
resolução de um conflito advindo de 
um caso concreto. Ela serve como 
pressuposto e validade para a 
aplicação da pena individualizadora, 
que decorre unicamente do devido 
processo legal. 
Características do direito de ação 
a) É um direito público: Estado tem 
a titularidade para processar, 
julgar e executar as penas. 
b) É um direito subjetivo: o direito de 
ação pertence ao Ministério 
Público (se for uma ação penal 
pública) ou à vítima, seu 
representante legal ou 
sucessores (se for ação penal 
privada). 
c) É um direito abstrato: mesmo que 
na prática não seja caso nem de 
receber a inicial acusatória, a 
prestação da jurisdição indica 
que o direito de ação foi exercido. 
d) É um direito autônomo: não 
depende de procedência ou não 
do pedido. 
e) É um direito específico ou 
determinado: é atrelado ao caso 
concreto. 
Condições da ação 
Genéricas 
São exigidas em todas as ações 
penais. 
a) Possibilidade jurídica do pedido: 
o provimento jurisdicional 
solicitado, deve encontrar 
amparo no ordenamento jurídico. 
b) Legitimidade ad causam: a 
legitimidade ativa é do Ministério 
Público ou da vítima, já a 
legitimidade passiva exige que a 
pessoa tenha 18 anos ou mais na 
data do fato. 
c) Interesse de agir: é a 
necessidade, adequação e 
utilidade do provimento 
jurisdicional. 
d) Justa causa: é a presença de 
lastro probatório mínimo. 
Específicas 
São condições especiais, como a 
representação da vítima e a 
requisição do ministério público, em 
determinadas ações penais. 
➢ CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO 
PENAL 
É classificada em iniciativa pública 
(denúncia) ou iniciativa privada 
(queixa). A de interesse público pode 
ser incondicionada ou condicionada. 
Já a de iniciativa privada, se 
subdivide em exclusivamente 
privada, personalíssima e 
subsidiária da pública. 
Ação penal pública 
incondicionada 
Tem como titular o ministério público. 
Só poderá ser feito pela vítima no 
caso de a ação não ser intentada no 
prazo, a vítima vai promover a ação 
penal privada subsidiária da pública. 
Ela possui vários princípios: 
a) Oficialidade: o ministério público 
é órgão oficial. 
b) Obrigatoriedade ou legalidade 
processual: o ministério público 
deve agir para buscar a 
efetividade, buscando a solução 
mais promissora. 
c) Indisponibilidade: o MP não pode 
desistir da ação penal proposta, 
nem do recurso interposto. 
d) Intranscendência: só pode ser 
proposta contra o autor do crime. 
Ação penal pública condicionada 
Também tem como titular o MP, mas 
não pode agir de ofício, deve ter a 
manifestação de vontade do 
ofendido ou do ministro da justiça. É 
cercado dos mesmos princípios da 
incondicionada. O ministério público 
tem a obrigação de agir e ingressar 
com a ação penal quando for 
provocado e houver as condições da 
ação. 
Da representação do ofendido 
A representação deve ser escrita e 
deve ser perante autoridade policial, 
o MP ou o juiz, pelo ofendido ou por 
procurador com poderes especiais. 
Quando for menor de 18 anos, 
somente o seu representante legal 
pode oferecer a representação. Se 
não tiver pai nem mãe, representa 
quem tem a guarda. Se seus 
interesses colidirem com os dos 
pais, nomeia-se curador especial 
(não tem a obrigação de fazer a 
representação). 
Em caso de morte da vítima, o direito 
de representar passará para o 
cônjuge, ascendente, descendente 
ou irmão. 
O prazo para representação é de 
seis meses, contando do dia em que 
o ofendido vier a saber quem é o 
autor do crime. 
Da requisição do Ministro da justiça 
Algumas hipóteses exigem, para o 
início da ação, manifestação formal 
do ministro da justiça. 
a) Crimes cometidos por 
estrangeiro contra brasileiro fora 
do Brasil. 
b) Crimes contra a honra praticados 
contra chefe do governo 
estrangeiro. 
c) Crimes contra a honra praticados 
contra o presidente da república. 
A requisição feita pelo ministro da 
justiça é uma autorização, permissão 
para ação penal. E não se submete 
a prazo decadencial. 
Ação penal de iniciativa privada 
O titular do direito de agir é o 
ofendido ou seu representante legal. 
O ofendido age em nome próprio 
defendendo direito alheio (direito de 
punir do Estado). E possui 3 
espécies. 
a) Ação penal exclusivamente 
privada 
É feita por meio de queixa-crime que 
é uma peça acusatória que dá início 
ao processo penal. Os requisitos da 
queixa são os mesmos da denúncia. 
Possui os princípios: da 
oportunidade ou da conveniência (a 
vítima entra com queixa se quiser), 
princípio da disponibilidade (a vítima 
pode dispor da ação penal), princípio 
da indivisibilidade (deve selecionar 
todos os autores, não pode escolher 
só um), princípio da 
intranscendência (a ação não pode 
passar da pessoa do delinquente). 
A legitimidade para oferecer a queixa 
é da própria vítima, mas se for menor 
de idade, é do representante legal. E 
no caso de morte da vítima, a 
legitimidade será do cônjuge, 
ascendente, descente ou irmão, 
companheiro também possui o 
mesmo direito. 
Cabe ao Ministério Público, através 
de aditamento, a adição de novo réu, 
caso seja identificado que havia 
outro, além do(s) presente(s) na 
queixa. 
b) Ação penal privada 
personalíssima 
Nesse caso, a titularidade do direito 
é exclusivamente da vítima. No caso 
de morte da vítima, extingue-se a 
punibilidade. Se for incapaz, deve-se 
esperar que a incapacidade cesse 
para que ele próprio ajuíze a ação 
penal. 
c) Ação penal privada subsidiária da 
pública 
É o caso de a ação penal pública não 
ser intentada no prazo legal pelo 
Ministério público, caberá ao 
ofendido propor por meio de queixa. 
É possível que o titular renuncie de 
dar a queixa substitutiva, mas isso 
não impede que o MP faça a 
denúncia posteriormente. Sendo 
assim, é uma ação facultativa, 
também com prazo decadencial de 6 
meses. 
Institutos que ensejam a extinção da 
punibilidade nos crimes perseguidos 
mediante ação penal privada 
a) Decadência: consiste na perda 
do direito de ação em razão de 
não ter se iniciado a ação penal 
no prazo legal. O prazo não é 
interrompido, suspenso ou 
prorrogado em nenhuma 
hipótese. 
b) Renúncia: é quando o ofendido 
ou seu representante abdicam de 
promover ação penal privada. 
c) Perdão: no caso da ação penal 
privada, pode o ofendido ou seu 
representante legal abrir mão da 
ação penal já instaurada. Para 
haver a extinção da punibilidade, 
o perdão deve ser aceito. 
d) Perempção: é o caso de ocorrer 
a “morte” da ação penal já 
proposta, por inércia de quem 
propôs a ação. 
Hipóteses de perempção: a) o 
querelante deixa de promover o 
andamento do processo durante 30 
dias seguidos. B) se o querelante 
morrer e, no prazo de 60 dias, 
nenhuma das pessoas que possuem 
o poder de fazer não comparecem. 
C) quando o querelante deixa de 
comparecer em qualquer rato do 
processo sem motivo justificado. D) 
quando o querelante deixa de pedir, 
nas alegações finais, a condenação 
do querelado. 
Ação penal nos crimes complexos 
Quando ocorre a fusão de dois ou 
mais crimes. A ação penal seguirá a 
regra geral das ações penais. 
Ação penal nos crimes contra a 
honra 
A persecução dos crimes contra a 
honra somente se procede mediante 
queixa, salvo quando resultar em 
lesão corporal. 
Será mediante requisição do 
Ministério Público no caso de ser 
contra presidente da república ou 
chefe de governo estrangeiro (ação 
penal pública condicionada à 
requisição). E será mediante 
representação do ofendido no caso 
de ser contra funcionário público 
(ação penal pública condicionada à 
representação), no exercício das 
suas funções. Por último, no caso da 
injúria preconceito, também será 
mediante representação do 
ofendido, mas a legitimidade agora é 
do MP (ação penal pública 
condicionada).Súmula 714: É concorrente a 
legitimidade do ofendido, mediante 
queixa, e do ministério público, 
condicionada à representação do 
ofendido, para a ação penal por 
crime contra a honra de servidor 
público em razão do exercício de 
suas funções. 
Ação penal nos crimes contra a 
dignidade sexual 
Será uma ação pública 
incondicionada. Ou seja, a 
titularidade é do MP que deve 
interpor a ação penal.

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