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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CAMPUS DE CACHOEIRA DO SUL CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA DETERMINAÇÃO DE PERDAS NA COLHEITA MECANIZADA DE GRÃOS Prof. Eduardo Leonel Bottega As perdas na colheita de grãos são divididas em qualitativas e quantitativas. As perdas qualitativas estão relacionadas aos danos mecânicos sofridos pelos grãos em função do atrito com elementos mecânicos responsáveis pelos processos da colheita (corte/arranquio, transporte, trilha, separação e limpeza). As perdas quantitativas representam aquelas em que a máquina deixa de recolher ou “joga fora” os grãos colhidos. As perdas quantitativas são divididas em: Perdas de pré-colheita; Perdas na plataforma de corte; Perdas nos mecanismos internos da colhedora (sistema de trilha e de separação). Para a determinação das perdas quantitativas deverá ser utilizada uma armação rígida, cujas dimensões deverão ser a largura da plataforma de colheita x 1 m (ou 0,5 m). Determinação das perdas pré-colheita: Antes de iniciar a colheita, a armação deverá ser colocada no sentido transversal ao plantio das linhas, conforme representado na Figura 1: 2 Figura 1. Representação da utilização da armação em campo na determinação das perdas na pré-colheita. Deverão contados os grãos soltos e os que estão nas espigas/vagens caídas, encontrados dentro da armação. Os grãos encontrados deverão ser pesados e as perdas de pré-colheita determinadas de acordo com a Equação 1. 10000 1 A M PN (1) Em que: PN = Perdas pré-colheita ou naturais, kg ha-1; M1 = Massa de grãos coletada dentro da armação, kg; A = Área da armação, m2; 10.000 = Fator de conversão para kg ha-1. Determinação das perdas na plataforma de colheita: Para a determinação das perdas na plataforma de colheita a colhedora deverá percorrer 10 metros em regime constante de operação antes e 10 metros após a faixa de medição e será parada, mantendo seus mecanismos em funcionamento até que toda a palha tenha saído da mesma. Após toda a eliminação da palha, a colhedora percorrerá uma distância igual ao seu comprimento, em marcha ré. A armação deverá ser colocada a sua frente e serão recolhidos todos os grãos que estiverem em seu interior, estando soltos ou em espigas, conforme ilustrado na Figura 2. 3 Figura 2. Representação da utilização correta da armação na determinação das perdas na plataforma de corte/arranquio. Os grãos encontrados dentro da armação deverão ser pesados e a determinação das perdas na plataforma de corte será realizada de acordo com a Equação 2: 10000 12 A MM PPC (2) Em que: PPC = Perdas na plataforma de colheita, kg ha-1; M1 = Massa de grãos dentro da armação na pré – colheita, kg; M2 = Massa de grãos dentro da armação na plataforma de corte, kg; A = área da armação, m2. Perdas nos mecanismos internos da colhedora: Perdas no sistema de trilha: Para a determinação das perdas no sistema de trilha, deverá ser colocada a armação atrás da colhedora e coletado os grãos não trilhados, ou seja, todos aqueles ainda em conjunto com pedaços de sabugo bem como aqueles dentro das vagens, conforme elucidado na Figura 3. Figura 3. Representação da utilização correta da armação na determinação das perdas no sistema de trilha. Os grãos não trilhados encontrados dentro da armação deverão ser pesados e a determinação das perdas no sistema de trilha deverá ser realizada de acordo com a Equação 3: 4 10000 3 A M PST (3) Em que: PST = Perdas no sistema de trilha, kg ha-1; M3 = Massa de grãos não trilhados dentro da armação, kg; A = Área da armação, m2. Perdas no sistema de separação: Os grãos soltos encontrados dentro da armação, localizada na parte de trás da colhedora, deverão ser pesados e as perdas no sistema de separação calculadas de acordo com a Equação 4: 10000 24 A MM PSS (4) Em que: PSS = Perdas no sistema de separação, kg ha-1; M2 = Massa de grãos dentro da armação na plataforma de corte, kg; M4 = Massa de grãos soltos dentro da armação atrás da colhedora, kg; A = Área da armação, m2. Perda total: A perda total representa o somatório de todas as perdas anteriormente discutidas, podendo ser calculada utilizando a Equação 5. PSSPSTPPCPNPT (5) Em que: PT = Perda total, kg ha-1; PN = Perdas naturais, kg ha-1; PPC = Perdas na plataforma de colheita, kg ha-1; PST = Perdas no sistema de trilha, kg ha-1; PSS = Perdas no sistema de separação, kg ha-1; 5 Bibliografia: EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Monitoramento das perdas de grãos na colheita de soja / Cézar de Mello Mesquita... [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2011, 14p. FERNANDES, H. C. Notas de aula. ENG 631 – Máquinas Agrícolas: Máquinas Colhedoras. Universidade Federal de Viçosa.
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