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TRIBUTOS ARTIGO MARCELO

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AS ESPÉCIES DE TRIBUTOS DE ACORDO COM 
A CONSTITUIÇÃO DE 1988
Marcelo Paglia Novello[footnoteRef:1] [1: Estudante do 7º período do Curso de Direito da Celer Faculdades, atualmente exercendo função de estagiária junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina na Comarca de Xanxerê – SC. E-mail: daniely1995@hotmail.com.] 
Orientador[footnoteRef:2] [2: ORIENTADOR] 
Resumo: o presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica exploratória e tem como tema as espécies de tributos de acordo com a constituição de 1988. Percebeu-se o Brasil é um país onde á o maior número de pagamentos de taxas, impostos e tributos. O Estado arrecada esses valores e é responsável para a sua devida aplicação, para que isso acontece de forma licita, possui leis e normas constitucionais que amparam essas cobranças. Portanto, conclui-se que os tributos estão amparados legalmente na Constituição Federal, são essas leis que determinam o gênero e as espécies do sistema tributário brasileiro. A cobrança desses tributos, impostos ou taxas envolve vários departamentos governamentais. De acordo com a constituição os tributos estão atribuídos a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Palavras – chave: Tributos. Constituição Federal. Impostos
1 INTRODUÇÃO
Os brasileiros são a população que paga mais impostos, tributos e taxas, ou seja, tem um índice elevado de cargas tributarias do mundo. A maioria dos cidadãos desconhece o que são esses valores, suas funções e para quem são destinados, pagando na maioria das vezes valores altíssimos sem saber o que é para que serve.
O tributo está instituído por quatro normas do processo legislativo brasileiro sendo elas: Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada e Medida Provisória (CF/88 Art. 59). A cobrança de tributo é especificamente fiscal, porque visa obter recursos para satisfazer as necessidades de um modo coletivo. Está classificado em cinco espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais.
O tributo deve ser pago na moeda correspondente e não pode ser ilícito, deve ser de acordo com as leis vigentes e cobrado mediante ações administrativas. O Estado não pode pegar um bem originariamente como tributo, pois pode caracterizar um confisco, que é expressamente proibido pela Constituição Federal.
Portanto, o presente trabalho tem como objetivo analisar as espécies de tributos de acordo com a constituição de 1988. Ao atribuir a competência tributária, a Constituição estabelece a conotação de tributo, distribui parcelas do poder de tributar a cada esfera de governo, determina espécies diversas de tributos e impõe um regime jurídico próprio.
O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica exploratória, pois, foi feita em livros, artigos e sites da internet, os principais autores utilizados no embasamento teórico são: Machado, Carvalho, Meirelles, Marques, Brasil, entre outros. O referencial teórico divide-se nos seguintes tópicos: Tributos, Tributos espécie e funções, Sistema Tributário na Constituição de 1988 e espécies de tributos na Constituição e critérios constitucionais de validação. 
2.TRIBUTOS ESPÉCIE E FUNÇÕES
Os brasileiros são a população que paga mais impostos, tributos e taxas, ou seja, tem um índice elevado de cargas tributarias do mundo. A maioria dos cidadãos desconhece o que são esses valores, suas funções e para quem são destinados. 
O tributo é uma obrigação de pagar, criada por lei, impondo aos indivíduos o dever de entregar parte de suas rendas e patrimônio para a manutenção e desenvolvimento do Estado, afinal, vivemos em sociedade e o Estado deve representá-la se fazendo presente nas áreas de interesse desta, sobretudo, saúde, educação, segurança, política econômica, entre outras. O tributo deve ser pago em dinheiro, não sendo possível que a dívida seja liquidada com outros bens, tais como móveis, veículos, sacos de cereais, etc. Havendo autorização legal, todavia, é possível o pagamento de tributo com imóveis (CARDOSO, 2018).
O tributo está instituído por quatro normas do processo legislativo brasileiro sendo elas: Lei Complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada e Medida Provisória (CF/88 Art. 59). A cobrança de tributo é especificamente fiscal, porque visa obter recursos para satisfazer as necessidades de um modo coletivo. Está classificado em cinco espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições parafiscais. 
Segundo as concepções de Cardoso (2018, p. 03):
a) Impostos: podem incidir sobre o patrimônio: IPTU, IPVA, sobre a renda: IR, IRRF e sobre o consumo: IPI, ICMS, PIS, COFINS, ISSQN, calculados a cada item vendido. b) Taxas: é um valor cobrado por conta de uma prestação de serviços de um ente público, seja ele municipal, federal ou estadual. Exemplo: serviços públicos ou do exercício do poder de polícia, custas judiciais e a taxa de licenciamento de veículos, taxa para emissão de um documento, taxa de limpeza pública, etc. c) Contribuições de Melhoria: é quando ocorre uma melhoria que resulte em benefício ao contribuinte, como por exemplo quando é feito asfaltamento em uma rua, o valor do imóvel acaba aumentando por conta desta melhoria, implicando em valorização no imóvel do contribuinte e isso gera a contrapartida do cidadão pois ele teve um claro benefício. d) Empréstimos compulsórios: têm por finalidade buscar receitas para o Estado a fim de promover o financiamento de despesas extraordinárias ou urgentes, quando o interesse nacional esteja presente e; e) Contribuições Parafiscais: são tributos instituídos para promover o financiamento de atividades públicas. São, portanto, tributos finalísticos, ou seja, a sua essência pode ser encontrada no destino dado, pela lei, ao que foi arrecadado.
O Imposto de maior arrecadação no país é o ICMS destinado aos Estados. Podem ser considerados impostos e ao mesmo tempo taxas as contribuições arrecadadas pelo INSS, pelos Sindicatos, pela OAB e outras entidades profissionais ou econômicas. Segundo Maidl (2019, p. 99) os tributos possuem três funções que são: 
A função fiscal, na qual o Estado arrecada os recursos necessários para que sobreviva, para que exerça suas atribuições e consiga gerir a máquina pública. Ocorre quando o dinheiro dos contribuintes é repassado ao Estado. A função extrafiscal, na qual o Estado usa os tributos como meio de intervenção na sociedade e na economia. A finalidade principal do Estado nesses tipos de tributos não é a de arrecadar, mas sim regular, buscar, em alguns casos, equilíbrio, incentivar, etc. Geralmente, é vista a aplicabilidade dessa função quando o Estado propõe isenção de tributos, incentivo econômico, redução de alíquotas, etc. E a função parafiscal, na qual o tributo possui a finalidade de arrecadar recursos para custear as atividades do Estado, porém essas atividades não são diretamente exercidas por ele. As entidades não são públicas, mas procuram efetivar políticas sociais. Além disso, essas funções exercidas não são de direta e relevante responsabilidade do Estado.
Hodiernamente a classificação dos tributos é feita em cinco espécies distintas: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. E a cobrança desses tributos é especificamente fiscal, porque visa obter recursos para satisfazer as necessidades de um modo coletivo.
Segundo Maidl (2019, p. 99) os tributos possuem três funções que são: 
A função fiscal, na qual o Estado arrecada os recursos necessários para que sobreviva, para que exerça suas atribuições e consiga gerir a máquina pública. Ocorre quando o dinheiro dos contribuintes é repassado ao Estado. A função extrafiscal, na qual o Estado usa os tributos como meio de intervenção na sociedade e na economia. A finalidade principal do Estado nesses tipos de tributos não é a de arrecadar, mas sim regular, buscar, em alguns casos, equilíbrio, incentivar, etc. Geralmente, é vista a aplicabilidade dessa função quando o Estado propõe isenção de tributos, incentivo econômico, redução de alíquotas, etc. E a funçãoparafiscal, na qual o tributo possui a finalidade de arrecadar recursos para custear as atividades do Estado, porém essas atividades não são diretamente exercidas por ele. As entidades não são públicas, mas procuram efetivar políticas sociais. Além disso, essas funções exercidas não são de direta e relevante responsabilidade do Estado.
Cada tributo tem sua função específica, cabe ressaltar que o objetivo do tributo deveria ser de arrecadar fundos para o Estado, porém no mundo moderno é utilizado com o objetivo de interferir na economia privada, estimular atividades, alguns setores econômicos ou regionais, estimular ou desestimular o consumo de bens etc. 
O tributo tem como objetivo a consecução de obras, prestação de serviços e bem estar social, pois sem ele o Estado, não teria por si só, recursos para atingir tais finalidades e nem distribuir recursos financeiros para os municípios manterem seus projetos relacionados a saúde, educação, infraestrutura e assistência social. 
2.1 SISTEMA TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
O Direito Tributário é uma área do Direito que evoluiu juntamente com as transformações sociais, culturais e éticas, mas de uma forma mais lenta. Com o surgimento da sociedade humana, o homem começou a pensar em ter uma estrutura financeira individual ou coletiva, iniciando as primieras contribuições compulsórias de acordo com as instituições e autoridades da época.
No decorrer da história do Direito Tributário o imposto foi registrado de várias formas, mas, o quito do pau-brasil foi o primeiro tributo fiscalizado e arrecadado no Brasil e quem pagava eram os rendeiros e seus auxiliares. De acordo com essa evolução as atividades financeiras do Estado também sofreram mudanças que acompanhavam a economia social mundial do Brasil.
Com a chegada do Governo Geral foi criado, o cargo da administração pública Provedor-Mor da Real Fazenda, ao qual competia a superintendência e fiscalização dos negócios da Real Fazenda, inclusive zelar pela arrecadação do dinheiro público. Na parte tributária como todo, verifica-se a existência de tributos ordinários e extraordinários. Como tributo ordinário encontrou: rendas da Real Fazenda, rendas do Governo-Geral. Já como extraordinários vemos: as derramas, fintas e contribuições. Os tributos de modo geral continuavam a ser cobrados pelos rendeiros, que possuíam poderes até para prender o contribuinte em atraso com suas obrigações fiscais (CAREZZA, 2014)
A moeda propriamente dita era destinada para o pagamento de tributos, quem administravam essas contribuições eram as juntas, as alfândegas e as Mesas de Inspeção, todos, tinham como função examinar, classificar e designar os tributos para o destino final, mas todo esse processo dava margem para roubos, fraudes e contrabando. 
Em 1762 o Estado por meio do poder Legislativo deu continuidade fiscalização dos tributos e abriu espaço para novos como: subsídios do açúcar, do algodão e do tabaco em pó, além de imposto sobre o ouro, botequins, tabernas e aguardente. De 1808 a 1815, o Brasil implantou medidas importantes para organizar o Brasil: criou o Banco do Brasil, o Tesouro Nacional e instituiu o uso de moedas de ouro, prata e cobre nas transações de negócio (CARVALHO, 2019)
Nessa época forma utilizados muitos tributos de forma ilegal, principalmente para as despesas da Família Real, pois, até então o Brasil estava unido a Portugal, mas, no dia 15 de novembro de 1889 teve a Proclamação da República que originou uma política independente inovando na Criação de novas Leis e Normas, ou seja, criou-se um código totalmente brasileiro.
Com a retirada da Corte Portuguesa, o Brasil vive sua primeira grande crise financeira, tendo em vista que os cofres públicos ficaram vazios e ao mesmo tempo o estado com grandes dívidas. Além disso, a fuga de grande quantidade de ouro e prata do mercado elevando o aumento do custo de vida. Em março de 1824 é aclamada a primeira Constituição Política do Império do Brasil e segundo ela, nosso país passa a ser denominado império, nação livre e independente com seu território dividido em províncias, com governo monárquico, hereditário, constitucional e representativo. 
De acordo com Carvalho (2019, p. 152-153) na carta magna destaca-se o Direito Tributário: 
No ano de 1934 o decreto nº 24.036 prescreve uma reforma administrativa geral do Tesouro nacional, com reflexos no campo fiscal, seguido da promulgação de uma nova constituição que traz alterações na tentativa de sanar as falhas da anterior no que se reporta a distribuição de competências, que ficam repartidas entre: Tributos da União, dos Estados e finalmente a inclusão dos Municípios. Na Constituição de 1937 diversas leis de Direito Tributário foram efetivadas, destacando-se: o processo executivo fiscal e a outorga à União da competência privativa para tributar certos impostos. O novo sistema tributário organizado nesta nova carta magna fundamentava-se em três premissas: coexistência de um sistema tributário autônomo para cada unidade da federação (União, Estados e Municípios), adoção de uma classificação jurídica dos impostos e a autonomia para as entidades da federação através de impostos privativos, complementada pela emenda constitucional nº5 que defendia a receita dos municípios com a discriminação de rendas em favor desta. 
O novo sistema tributário originou os princípios do Direito Tributário e novas leis complementares foram elaboradas originando o Código Tributário Nacional no ano de 1965, tal lei tinha como objetivo melhorar o sistema tributário emergente, na época acabou promovendo um clima de insegurança e de desorientação para os contribuintes e agentes fiscais, mas, trouxe resultados positivos. 
De acordo com Carezza (2014, p. 201) a Constituição de 1988, vigente até os dias atuais, promoveu uma reestruturação do sistema tributário, destacando-se três base fundamentais:
1) princípios gerais da tributação que basicamente admite uma figura gênero com a denominação de tributo e seus tipos como o imposto, taxas, contribuições de melhoria, empréstimo compulsório e por fim as contribuições; 2) as limitações ao poder de tributar, que consagra o caráter pessoal dos impostos e o princípio da capacidade econômica do contribuinte, quando possível; 3) distribuição das competências tributárias onde encontramos o campo exato de atribuições da lei complementar, definição de tributos e de suas espécies, incluindo fato gerador, base de cálculo e contribuinte.
O sistema tributário tem como base a seguinte organização: União, Estados e Distrito Federal e Municípios e Distrito Federal todos estão instituídos na Constituição de 1988, porem com todas as modificações feitas até hoje se tem muitas falhas que prejudicam o destino correto dos tributos arrecadados pelos cofres públicos. 
2.2 ESPÉCIES DE TRIBUTOS NA CONSTITUIÇÃO E CRITÉRIOS CONSTITUCIONAIS DE VALIDAÇÃO
A Constituição de 88 criou um novo critério sobre os tributos para que a lei descreva qual o destino dos produtos de arrecadação. Pois, “a Constituição em seu art. 239 ora proíbe a vinculação de receitas de determinados tributos (art. 167, IV), ora impõe como fundamento para a sua criação” (BRASIL, 2013). Isso leva a entender que é preciso ter uma harmonia com as leis constitucionais e as atribuições de competência.
Brasil (2013, p. 258-259) exemplo disso: 
Na prática, a decisão judicial que autorizou a compensação de contribuições da mesma espécie ou subespécies da mesma contribuição, recolhidas por homologação, independentemente de prévio acerto com a administração, nos termos do art. 170, do CTN e do art. 66, § 1º da lei nº 8.383/91. Embora o ranço da dicotomia entre tributos e contribuições, o ponto central do julgado considera justamente a obediência ao critério da espécie, subjacente como uma limitação imposta em virtude de suas diversas funções, ou finalidades, verbis: não se pode compensar uma contribuição social de seguridade (Finsocial, Cofins, contribuição sobre o lucro) com uma contribuição social integrativa (PIS), dada a sua distinta finalidade. Mas,não, criar ‘códigos’ para abrigar contribuições da mesma espécie, - como são o Finsocial, a Cofins e contribuição sobre o lucro – distinguindo-as exatamente em função do que a lei considerou relevante para permitir a compensação ou a restituição, qual seja, a sua natureza jurídica. 
O sistema tributário nacional está concentrado no título VI, Capítulo I descrito na Constituição de 88 os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais, são tributos assegurados pela constituição e cada um tem seus critérios próprios de validação. 
De acordo com Meirelles (2017, p. 245):
As taxas são tributos previstos na Constituição Federal com fins que objetivam contraprestacionar uma atividade estatal que o contribuinte deu causa, exercendo uma atividade considerada de risco ou interesse social que exija a fiscalização por parte do poder público (poder de polícia: vigilância sanitária, licença para construção, etc.), ou serviço público específico, determinado, a prestação jurisdicional, que pode ser quantificada individualmente pelo respectivo uso efetivo, ou mesmo pelo uso potencial de um serviço público específico e divisível, que ocorre quando o poder público estabelece, cria, constrói estruturas de serviços cujo uso não é obrigatório mas o pagamento sim, posto que ficam disponíveis ao contribuinte para quando e se quiser utilizar tais serviços, os serviços de água, esgoto e corpo de bombeiros. 
Com isso, especificar o tipo de serviço público não é suficiente para justificar a cobrança da taxa, é preciso analisar quanto o contribuinte usufrui de tal serviço. Pois, com a taxa de iluminação pública acontece muito o contribuinte paga e muitas vezes não se beneficia com o serviço ferindo os princípios da divisibilidade e especificidade previstos em lei na Constituição Federal. 
A contribuição de melhoria, tem natureza jurídica de taxa, pois teria por fato gerador a remuneração de uma atividade estatal, não exatamente um serviço, mas uma obra pública. De fato, é comum a existência de taxas de conservação de vias públicas, que ora são remuneradas por pedágio, ora por taxas de calçamento acolhidas como legítimas, considerando contribuição de melhoria apenas o tributo que obedece as normas complexas do decreto-lei 195, de 1967 (MARQUES, 2010).
A contribuição de melhoria não está ligada diretamente a atividade estatal, mas está decorre da obra pública, ou seja, do serviço prestado e não diretamente da obra, apesar de benefícios a obra pública traz pontos positivos para determinadas pessoas e estes devem devolver à comunidade o benefício da valorização imobiliária que receberam por razões de justiça e isonomia. 
Das contribuições de melhoria de acordo com a Constituição poder consideradas especiais, elas formam vários tributos que podem ser considerados de impostos ou taxas, as contribuições de melhoria podem ser: contribuições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico e contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. 
De acordo com Brasil (2013, p. 185) os pontos comuns das contribuições especiais de que trata o art. 149, são: 
a) de competência exclusiva da União, ressalvada a contribuição que os Estados, Distrito Federal e Municípios podem instituir e cobrar de seus servidores para financiar sistema próprio de previdência e assistência social; b) o legislador federal, na maioria dos casos, atribui a capacidade tributária a pessoas jurídicas de direito público ou privado, normalmente autarquias, instituídas para o exercício de atividades com finalidade pública ou de interesse público ou exercendo atividade de interesse público, uma espécie de longa manus do Estado, para as quais são canalizadas tais receitas públicas derivadas, sendo os institutos de previdência o exemplo mais categórico desta atribuição de funções e, c) característica terceira, e mais importante, são tributos que a Constituição Federal manda vincular a determinadas finalidades, de tal sorte que o requisito integra a hipótese de incidência tributária.
Cada uma das contribuições tem objetivos específicos, mas é a Constituição que atribui competências e finalidades e quando a Constituição define a finalidade: financiamento do ensino fundamental e o sujeito passivo da contribuição, as empresas, não resta dúvida de sua constitucionalidade. 
O critério de validação das contribuições especiais está exclusivamente direcionado à finalidade da arrecadação, ou seja, de que a lei que institui a contribuição determine a finalidade dos recursos arrecadados, fazendo parte da hipótese de incidência, de tal sorte que, faltando este aspecto ou elemento, inocorreincidência e se afigura inconstitucional a exigência (MEIRELLES, 2017).
A contribuição para custear serviços de iluminação pública autorizada na constituição foi um equívoco, para solucionar problemas inconstitucionais relacionados a taxa de iluminação pública que os municípios estabeleciam e cobravam dos indivíduos. 
3 CONCLUSÃO 
Após a elaboração de todo o referencial teórico percebeu-se o Brasil é um país onde á o maior número de pagamentos de taxas, impostos e tributos. O Estado arrecada esses valores e é responsável para a sua devida aplicação, para que isso acontece de forma licita, possui leis e normas constitucionais que amparam essas cobranças. 
Portanto, conclui-se que os tributos estão amparados legalmente na Constituição Federal, são essas leis que determinam o gênero e as espécies do sistema tributário brasileiro. A cobrança desses tributos, impostos ou taxas envolve vários departamentos governamentais. De acordo com a constituição os tributos estão atribuídos a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
As espécies tributárias se configuram como técnica de tributação entre as diversas esferas de governo concretizando o princípio da segurança jurídica. A identificação das espécies de tributos, além de determinar o campo de ação de cada esfera de governo, identifica o regime jurídico a que se sujeitam, isto porque a Constituição não estabeleceu um regime único. 
REFERENCIAS
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
BRASIL. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988/ obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antônio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes. 40. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
CARREZA, Roque Antônio, Curso de Direito Constitucional Tributário. 19ª edição, São Paulo, Ed.Malheiros, 2014.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 39. ed. São Paulo: Malheiros, 2018.
MAIDL, Daniel. Funções dos tributos. Disponível em: https://danielmaidl.jusbrasil.com.br/artigos/404217706/quais-as-funcoes-do-tributo-no-ordenamento-juridico-brasileiro. Acessado em: 04 de abr. de 2019.
MARQUES, Mário Severo. Classificação Constitucional dos Tributos. São Paulo: Max Limonad, 2010.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro atual. por Eurico de Andrade Azevedo, Délcio Balestro Aleixo e José Emmanuel Burle Filho. 22. ed. São Paulo: Malheiros. 2017.
MELO, José Eduardo Soares de. Contribuições Sociais no Sistema Tributário. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2016.

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