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Resumo Glândulas Endócrinas Tireoide 1. Características: A glândula tireoide fica localizada na traqueia e é composta por dois lobos dispostos na lateral e ligados por um estreito tecido denominado istmo. • Glândula mais importante para regulação metabólica; • Folículos: células arranjadas em formatos circulares (alongadas na liberação hormonal), preenchidas por substância de coloração homogênea, o coloide; • Coloide: principal forma de armazenamento dos hormônios tireoidianos; • Célula parafolicular ou célula C: localiza-se fora dos folículos e secreta a CALCITONINA, hormônio importante para regulação do cálcio. 2. Síntese: Os hormônios tireoidianos são sintetizados a partir de duas moléculas de tirosina que contém três ou quatro moléculas de iodo. • Tirosina: parte de uma molécula grande chamada tireoglobulina; • Iodo: convertido em iodeto no trato intestinal e capturado pelas células foliculares por meio de transporte ativo; • Iodo se liga às estruturas anelares da molécula de tirosina, que é capaz de acumular duas moléculas de iodeto; • Se uma molécula se liga, chama-se monoiodotirosina; se duas moléculas se ligam, chama-se di-iodotirosina; • A junção das moléculas de tirosina iodadas forma os hormônios tireoidianos: - Duas moléculas de di-iodotirosina formam o tetraiodotirosina ou tireonina (T4); - Uma molécula de monoiodotirosina e uma de di-iodotirosina formam o tri- iodotireonina (T3); • Tireoperoxidase: enzima importante na síntese dos hormônios tireoidianos; • Para que o hormônio seja liberado, a tireoglobulina ligada ao T3 e T4 precisa ser translocada para a célula folicular e os hormônios devem ser clivados a partir da tiroxina; • As principais enzimas estão localizadas nos lisossomos; • Ao entrarem na célula, as moléculas de TBG (tireoglobulina) se fundem com os lisossomos e as enzimas presentes clivam as moléculas de tirosina iodadas; • As tireoninas são liberadas através da membrana celular (passam livremente); • A mono e a di-iodotirosina são desionizadas pela enzima IODOTIROSINA DESALOGENASE, sendo o iodeto e as moléculas de tirosina recicladas para formar um novo hormônio. RESUMO: 1. Captura do iodeto; 2. Oxidação do iodeto; 3. Exocitose da TGB; 4. Iodação da TGB; 5. Junção das iodotirosinas; 6. Endocitose da TGB; 7. Hidrólise da TGB (enzimas lisossômicas); 8. Liberação de T3 e T4; 9. Desiodação da monoiodotirosina e di-iodotirosina; 10. Reciclagem do iodeto. • A formação do T3 também pode ocorrer fora da glândula tireoide, por meio da desiodação do T4; • A 5’-monodesiodase e a 5-modesiodase são responsáveis pela remoção do iodeto no anel fenólico externo do T4 para formar o T3; • São formados dois tipos de T3: o comum T3 tireoidiano e o T3 reverso; • O T3 reverso possui poucos efeitos do T3 tireoidiano pois é formado apenas por enzimas desiodantes extratireoidianas. Eixo hipotalâmico hipofisário tireoidiano: 3. Funções T3 e T4: • Efeito na diferenciação e crescimento celular; • Efeito nas rotas metabólicas; • Ações sobre o desenvolvimento fetal; • Aumento no consumo de oxigênio e produção de calor (bomba Na e K); • Efeitos cardiovasculares (síntese de miosina, aumento de receptores); • Efeitos gastrointestinais (aumento da motilidade); • Efeitos musculares; • Efeitos ósseos; • Efeito no metabolismo energético; • Efeitos endócrinos. Pâncreas 1. Características: A porção endócrina do pâncreas é dividida em ilhotas de Langerhans, que contêm 4 tipos celulares e cada uma produz um hormônio diferente. As mais numerosas são as células beta, que produzem insulina. As células alfa produzem glucagon; as células D, somatostaina; e as células F ou PP produzem o polipeptídeo pancreático. Todos estão envolvidos na homeostasia da glicose. 2. Síntese da insulina: A insulina é uma proteína constituída por duas cadeias: A (21 aminoácidos) e B (30 aminoácidos) conectadas por duas pontes de dissulfeto. • A síntese começa com a formação de um polipeptídeo pré e pró-insulina no retículo endoplasmático rugoso; • Um pequeno fragmento é removido nesse mesmo local, formando a pró- insulina; • A pró-insulina é espiralada e os fragmentos são unidos por ligação de dissulfeto; • A pró-insulina vai para o complexo de golgi, no qual perde o peptídio C e é processada e embalada em forma de grânulos que contêm insulina; 3. Secreção da insulina: Pode ser estimulada pela glicose, acetilcolina, glucagon, GLP e inibida pela somatostatina e pelo alfa-adrenérgicos. • A glicose entra pelo GLUT-2 e é oxidada na via glicolídica (glicoquinase), gera ATP que fecham os canais de potássio; • A célula é despolarizada e abre o canal de Ca, o cálcio entra e causa a liberação de vesículas (que saíram do complexo de Golgi) e a insulina é secretada. 4. Mecanismo de ação da insulina: • Metabolismo: secretada na circulação venosa, 50% da degradação acontece no fígado (insulinases) e os outros 50% em órgãos alvos e rins, sua meia-vida é de aproximadamente 5 minutos e circula como um monômero livre; • Receptor de insulina: duas subunidades extracelulares chamadas de alfa e duas subunidades intracelulares chamadas de beta (tirosina-quinase); • A insulina, ao se ligar no receptor, faz com que ele se dimerize e depois seja fosforilado para que as IRS’s (Substratos dos receptores de insulina) se aproximem e também sejam fosforiladas, servindo de ancoramento para a ativação de outras proteínas e de quinases, que fazem com que o GLUT-4 (transportador de insulina) seja ativado e vá pra membrana; • Síntese de proteína, lipídios, glicose, crescimento e expressão gênica, transporte de glicose. 5. Glucagon: Hormônio de proteína produzido pelas células alfa das ilhotas de Langerhans. Possui relação estreita com a insulina no controle do metabolismo da glicose. Sua estrutura é de uma única cadeia formada por 29 aminoácidos. Assim como a insulina, o glucagon é sintetizado no retículo endoplasmático e depois no complexo de golgi, sendo transformados em grânulos secretores para depois serem liberados por exocitose. • Mecanismo de ação: estímulo da adenil ciclase – aumento do cAMP – aumento de PKA – fosforilase quinase – glicogenólise; gliconeogênese; lipólise. Insulina x Glucagon 6. Somatostatina: Proteína formada por uma cadeia de 14 aminoácidos que inibe a secreção do hormônio do crescimento e tem sua produção nas células delta (D) das ilhotas de Langerhans. Sua principal função é inibir os demais hormônios produzidos pelo pâncreas. A mobilidade e a atividade secretora do trato GI são reduzidos pela ação da somatostatina. Células alfa (glucagon) são mais atingidas pela secreção desse hormônio que as células beta (insulina). Sua secreção é aumentada pela ação de neurotransmissores como epinefrina, norepinefrina e acetilcolina. 7. Polipeptídeo pancreático: Proteína composta por uma cadeia de 36 aminoácidos, produzido pelas células F ou PP do pâncreas. Dentre suas principais funções estão: inibição da secreção de enzimas pancreáticas e da contração da vesícula biliar; aumento da motilidade do trato GI; estímulo secretório – proteínas no estômago, colecistoquinina, secretina, gastrina e estímulo vagal. Adrenais 1. Características gerais: As glândulas adrenais são divididas em dois órgãos: glândula externa (córtex cerebral) e glândula interna (medula), sendo que cada porção produz tipos diferentes de hormônios. A medula produz epinefrina e norepinefrina, enquanto que o córtex produz cortisol, corticosterona, esteroides sexuais e aldosterona. São importantes para a adaptação à diversos tipos de ambientes. 2. Córtex adrenal: O córtex é dividido em três zonas: a mais externa, chamada de zona glomerular; a central, chamada de zona fascicular; e a mais interna, chamadade zona reticular. • Zona glomerular: mineralocorticoides – aldosterona e corticosterona; • Zona fascicular: glicocorticoides – cortisol e cortisona; • Zona reticular: sexuais – estrógeno e testosterona; • Medula: catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) e peptídicos (somatostatina); • Os corticoides (hormônios esteroides) adrenais são sintetizados a partir do colesterol e a principal diferença entre eles está no grupo hidroxila do C-17 dos glicocorticoides; 3. Glicocorticoides: • Síntese: a ACTH estimula a adenil ciclase a produzir um ATP e um cAMP que vai estimular a hidrólise de ésteres de colesterol (ficam disponível para as células produtoras de esteroides) e posteriormente o colesterol livre vai para a mitocôndria, onde ocorre uma clivagem que produz o esteroide chamado de PREGNENOLONA que vai dar origem aos hormônios. Todos os hormônios esteroides utilizam a pregnenolona. a. Os hormônios do córtex adrenal são transportados por proteínas específicas (globulinas ligantes). As principais são: transcortina e albumina. b. Eixo hipotalâmico-hipofisário adrenal: estresse estimula o hipotálamo para liberar o CRH para a hipófise anterior que libera ACTH para estimular a síntese de cortisol, o qual inibe o hipotálamo e a hipófise anterior (feedbak negativo). • Controle da secreção de cortisol: ritmo circadiano – as concentrações de glicocorticoides são menores no final da noite e maiores durante a manhã. • Ações orgânicas: • Efeitos: - Imunosupressão; - Antiinflamatório; - Antiinsulinicos; - Redistribuição da gordura corporal; - Reduz a absorção de cálcio no intestino; - Facilita a excreção de água; 4. Mineralocorticoides: Responsáveis pelo equilíbrio eletrolítico e homeostasia da pressão arterial. Promovem a retenção de sódio e a secreção de potássio. • Mecanismo de ação envolve a criação do RNAm e proteína para estimular 3 locais de ação: aumento da permeabilidade da membrana ao sódio, aumento da produção de ATP pelas mitocôndrias e aumento da atividade de Na e K; • Regulação da excreção de aldosterona: renina + angiotensinogênio – angiotensina I (enzima conversora de angiotensina – ECA) – angiotensina II (aumenta a pressão) – zona glomerulosa – aldosterona. Sistema renina- angiotensina-aldosterona; • Efeitos: - Estimula a absorção de sódio e aumenta a excreção de potássio; - Em caso de deficiência pode causa hipovolemia, em caso de excesso pode causar hipertensão; 5. Medula adrenal: catecolaminas. • Síntese: ocorre a partir da tirosina. Tirosina (tirosina hidrolase) – DOPA (AAAD) – Dopamina – Grânulo de noradrenalina – Noradrenalina/norepinefrina – Cortisol – Adrenalina/epinefrina (Grânulo de adrenalina); • Mecanismo de ação: não aprendi • Principais ações: - Cardiovascular: aumento do débito cardíaco e da pressão arterial; - Musculatura lisa: diminuição de tônus; - Pele: aumento da sudorese; - Metabolismo: aumento do consumo de O2, da glicogenólise, gliconeogênese e lipólise.
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