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Forum_Educação Física para Grupos Especiais

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Fórum - Educação Física para Grupos Especiais
Nos últimos 30 anos, ocorreram grandes avanços em relação às políticas voltadas às pessoas com deficiência. Muitas dessas políticas estão diante da perspectiva de garantia de direitos constitucionais, que não eram muito visados ou cumpridos. Elabore uma linha do tempo das políticas públicas direcionadas ao grupo de pessoas com deficiência e discorra sobre as instruções que cada política destacada apresenta.
R: Elaborado e aprovado pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos que trata sobre todos os direitos básicos dos seres humanos foi de fundamental importância e embasamento para o surgimento de várias políticas públicas direcionada especificamente ao grupo de pessoas com deficiência. 
A partir dos anos 1960, houve uma politização do tema da deficiência, guiada por ativistas e organizações de pessoas com deficiência ao redor do mundo, o que resultou em maior visibilidade e importância da questão para os agentes políticos e para a sociedade em geral. 
No Brasil, surgiu a Constituição Federal de 1988 que é a lei fundamental e suprema, ficou conhecida como "Constituição Cidadã", por ter sido concebida no processo de redemocratização, iniciado com o encerramento da ditadura militar no Brasil. Ela enfatiza que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” e garante a educação, a saúde e o lazer como direitos sociais do cidadão brasileiro. Na seção sobre Educação, artigo 208, é garantido o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
Em 1994, é publicada a Política Nacional de Educação Especial, orientando o processo de integração instrucional, que condiciona o acesso às classes comuns do ensino regular àqueles que "(... possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais) ”.
Já em 1999, o Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular e assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.
Mais à frente, em 2006, a Organização das Nações Unidas – ONU, aprova a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, conceituando a deficiência como o resultado da interação entre as pessoas com deficiência e as barreiras, nas atitudes e nos ambientes, que impedem a sua plena participação na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. A partir deste referencial, em 2008, o Brasil apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a qual conceitua a educação especial e define como público os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidade. Dispõe sobre atendimento educacional especializado complementar ao ensino regular para os alunos público alvo da educação especial. Anunciando também as diretrizes que passam a organizar os investimentos da política brasileira para a área.
De acordo com o IBGE, Censo 2010, quase 24% da população brasileira possui alguma deficiência. Para garantir direitos e oportunidades à essas pessoas, o Governo Federal lançou, em 2011, o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite. A proposta é que a convenção aconteça na vida das pessoas, por meio da articulação de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade. O plano investe em recursos e serviços de apoio à educação básica. 
E pouco mais recente, em 2015, entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), também chamada de Estatuto da Pessoa com Deficiência, que afirmou a autonomia e a capacidade desses cidadãos para exercerem atos da vida civil em condições de igualdade com as demais pessoas. Um grande avanço, pois essas inovações trazidas pela nova lei alcançaram, entre outras, as áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, esporte, previdência e transporte.

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