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1 Vívian Santana – 7º semestre 2021.1 QUADRIL ADULTO NECROSSE ASSEPTICA DA CABEÇA DO FEMUR IMPACTO FEMURO ACETABULAR SINDROME DOLOROSA TROCANTERICA PUBALGIA SINDROME DA DOR GLUTEA PROFUNDA ARTROSE DO QUADRIL ANATOMIA O quadril é a articulação formanda entre o fêmur e a bacia. Lembrar que o fêmur tem vários acidentes ósseos, sendo os mais importantes: o grande trocânter, o pequeno trocânter, a cabeça femoral que quase toda é coberta por cartilagem articular. Temos aqui também nessa imagem o ligamento redondo, que ele vem e se insere na FÓVEA. (que é onde fica justamente a inserção do ligamento redondo na cabeça femoral) Quase toda a cabeça do fêmur é coberta por cartilagem. No acetábulo nós temos boa parte da superfície articular, boa parte é feito de cartilagem no acetábulo. Temos também uma zona central em que a gente tem o PULVINAR (que é uma gordurinha), além do ligamento redondo saindo daqui de dentro. Quase todo o acetábulo é recoberto pelo LABRUM, que é uma estrutura fibrocartilaginosa que fica nesse envoltório (representado na outra imagem). O labrum é uma estrutura importantíssima para o quadril, porque ele consegue fazer uma função e “selante” do quadril, o ligamento, ele aumenta a cobertura da cabeça femoral e ele faz com que o quadril seja uma articulação ESTÁVEL. A gente tem o labrum tanto no quadril como no ombro, sendo a função dos dois bem semelhantes. Podemos ainda ver que o ligamento transverso é justamente quem fecha a articulação acetabular. Então o acetábulo ele é uma semi esfera, embaixo quem fecha é o ligamento transverso. BACIA: OSSO ILIACO – OSSO DO PUBIS – OSSO DO ISQUIO. Aqui nessa imagem temos a estrutura capsulo – ligamentar do quadril. Então temos um ligamento muito forte chamado de ligamento de BIGELOW (que é o ligamento ileo – femoral que liga o ileo/osso iliaco até o femur). Temos também o ligamento pubo-femoral (que é um ligamento mais central) e temos o ligamento isquio-femoral (que é um ligamento posterior). Tudo que ta aqui dentro dessa estrutura capsula ligamentar é considerado ARTICULAR; e tudo que está daqui pra fora é considerado EXTRA-ARTCIULAR. Então quando a gente vai fazer o diagnóstico de patologias do quadril, a gente tenta diferenciar bem em patologias intra-articulares e extra- articulares (que é bem abaixo da capsula articular). Além da estrutura capsulo ligamentar, nós temos um envoltorio muscular muito grande. Temos tanto a musculatura posterior, lateral, anterior e medial. Na musculatura posterior nós temos: os rotadores externos e o gluteo máximo (a musculatura que faz a extensão do quadril). Na musculatura lateral nós temos: gluteo médio e gluteo mínimo (que tem função abdutora – que é importantissimo pra manter a balança pelvica). Sendo esses 2 ultimos os musculos mais estudados, gluteo médio e gluteo minimo porque eles conseguem fazer a balança de PAUWELS – que é uma balança da musculatura abdura que faz com que a gente consiga ter equilibrio pelvico. Na porção anterior a gente tem: ilio-femoral, psoas (que faz o movimento de flexão do quadril). E no grupamento medial nós temos: os adutores, os pectíneos – que fazem o movimento de adução e de controle da marcha. Se a gente observar na primeira imagem da esquerda, existe um feixe vasculo nervoso bem grande que passa nessa região do quadril. Então toda vez que a gente vai fazer um acesso ao quadril, seja ele endoscópico, artroscópico ou aberto, a gente tem que ter bastante cuidado com esse feixe neuro- vascular. O glúteo máximo tem a função de EXTENSOR! Ele é o principal externsor do quadril. Ele está localizado na região posterior. Já os adutores fazem a adução, nós temos 4 adutores. 2 Esse complexo nervoso visto na imagem é o que as vezes dificulta o diagnóstico de uma patologia do quadril. Então a gente tem uma ramificação nervosa muito grande, tanto na face anterior quanto na face posterior do quadril – estamos falando de nervo femoral e o ciatico na posterior. Por exemplo, uma patologia do quadril pode dar uma dor irradiada na face medial do joelho, é muito comum- o nervo obturatório. O contrário também pode ocorrer: uma patologia na coluna, pode gerar uma dor no quadril. Então as vezes a patologia do quadril não é tão facil assim de você conseguir fechar um diagnostico, as vezes a gente tem que “lançar mão” de testes terapêuticos. Por exemplo: na mão – se o paciente fala que ta com dor no polegar é muito simples de você saber que a patologia está no polegar, raramente vai ser uma dor irradiada que está indo para o polegar. Já o quadril não – é uma dor mais difusa e fica mais dificil de “fechar” de onde exatamente que ela está saindo. Uma coisa que também ajuda bastante a gente – o movimento de rotação interna se dói na região inguinal, normalmente é uma patologia do quadril e uma patologia intra-articular. Se a patologia é mais superficial, ou seja, se o paciente consegue palpar a dor, consegue palpar a região que doi, então estamos falando de estruturas mais superficiais – ou seja, de uma tendinopatia, de uma estrutura muscular. Eu consigo palpar a articulação do quadril? Não. Eu consigo palpar a cabeça do femur? Não. (a cabeça do femur ela está em torno de 12-15 cm da pele – então voce não consegue palpar, até porque tem um monte de coisa na frente) Mas ai se o paciente consegue falar: “eu consigo palpar o local da minha dor.” – ai já pensamos em uma patologia extra articular. NECROSE ASSEPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR É um evento isquêmico que acontece na cabeça do fêmur. Assim como outros eventos isquêmicos que temos no corpo humano (AVC, IAM). • ADULTOS JOVENS: 20-40 ANOS De 20 a 40 anos é justamente a idade do paciente trabalhador. Envolve a classe trabalhadora. Dos 20 a 40 anos você está fazendo sua carreira, iniciando a carreira, está no auge da sua vida ativa propriamente dita, e ai de repente vem uma patologia assim pra atrapalhar a sua vida. • GÊNERO MASCULINO Normalmente está associada ao gênero masculino. Então a necrose da cabeça femoral tem mais prevalência no gênero masculina. • FATORES DE RISCO: ÁLCOOL, CORTICOIDE, HEMOGLOBINOPATIAS E TRAUMA Mas lembrar que para a necrose da cabeça do fêmur os fatores de risco são completamente diferentes dos fatores de risco de um IAM, por exemplo. Os fatores de risco para o IAM são aterosclerose, tabagismo, obesidade, sedentarismo. Já para a osteonecrose da cabeça femoral não tem nada ver com isso, são: uso de álcool, corticoterapia (principalmente o pulso de corticoide), hemoglobinopatias (que no nosso meio a anemia falciforme é a que ocupa a categoria máxima de prevalência) e episódios traumáticos. Existem mais de 80 causas para osteonecrose, sendo essas 4 as que mais se veem aqui na Bahia. PERGUNTA DO ALUNO: ESSES FATORES DE RISCO É ASSOCIADO A IMUNODEPRESSÃO? R: Não! Tanto o corticoide quanto o álcool a etiopatogenia da osteonecrose é por edema intersticial. E aí toda vez que você faz pulsoterapia com corticoide você termina fazendo aumentando muito a pressão intratissular na cabeça femoral e impedindo com que o sangue consiga extravasar, o sangue não consegue sair. E aí isso tem a ver com o acumulo lipídico, com alteração lisossomal. Então o que você faz com o corticoide faz um inchaço, um edema nessa cabeça femoral e isso faz com que a gente não consiga drenar o sangue. E isso quem faz é o corticoide e o álcool. O álcool quanto? O que está mais associado com o fator de risco é acima de 400g semanal de álcool. Pra fazer necrose da cabeça do fêmur temos que ter uma quantidade grande de consumo alcoólico por longo período. Aqui nessa RADIOGRAFIA conseguimos identificar a osteonecrose. Na primeira imagem no lado esquerdo temos uma linha de radiolucência, uma linha de esclerose, que marca/delimitaonde está a osteonecrose. Então a necrose está dai pra cima. Então tudo isso ai em cima é área necrosada. Necrose sempre forma assim: ela delimita uma área, de onde que tem osso vivo e onde que tem osso morto. A evolução da necrose é o seguinte: já que é osso morto, a tendência é que ele vai ser reabsorvido, isso vai virar um buraco (3 imagem) e já que o peso do corpo incide aqui, essa cabeça vai desabar, ou seja, ela vai perder a esfericidade. Se você comparar a cabeça femoral da primeira imagem da esquerda, você observa que ela perdeu esfericidade- 3 chegando pra última imagem. Essa cabeça anesférica (da ultima imagem da direita) em geral ela é incompatível com o um quadro de quadril sem dor, o paciente vai ter algum grau de dor, o mínimo que seja. DIAGNÓSTICO • RM – DETECÇÃO DOS ESTÁGIOS INICIAIS PADRÃO OURO A ressonância magnética é o PADRÃO OURO, até em estágios mais iniciais a ressonância magnética é ótima. Tem literaturas que colocam ate 100% de sensibilidade pra necrose femoral. Aqui nessa imagem temos um corte em T1, em que a gente vê uma área de hipossinal nessa área da região da cabeça femoral, que é justamente a área de osteonecrose. • CINTILOGRAFIA ÓSSEA A cintilografia óssea era muito utilizada no passado quando a gente não tinha a ressonância. Podemos utilizar ainda, é um bom método. Mas hoje em dia a gente usa muito mais a ressonância do que a cintilografia óssea no caso da osteonecrose. Cintilografia óssea usamos mais para tumores ósseos, metástases e tal. • RAIO X: ALTERAÇÕES TARDIAS O RAIO X serve muito para acompanhamento. Nesse RAIO X a gente vai ver alterações muito mais tardias. No inicio o paciente fez um raio x e não deu nada – sim, não vai dar nada realmente, mas o processo de osteonecrose já estava ali. Porque o RAIO X só vem com alterações TARDIAS. As alterações tardias que vemos são essas aqui na imagem: um área de esclerose, uma área mais hipertransparente central. Pode vim com cistos e diversas outras alterações, mas o que a gente ver é que existe uma alteração bem na carga da cabeça femoral. Então o diagnóstico é feito com a ressonância e o acompanhamento é feito com o RAIO X. TRATAMENTO O paciente vai chegar falando que sente dor na virilha, que quando caminha dói bastante, assim que fecharmos o diagnóstico, vamos tratar. O tratamento é conservador a princípio. A gente utiliza analgésicos, fisioterapia, apoio de marcha com muletas pra tirar a carga desse paciente e fazer que ele melhore do quadro álgico de forma sintomática, altera atividade esportiva do paciente. Se o tratamento conservador não der certo, ou seja, o paciente manteve a dor, ai podemos pensar no tratamento cirúrgico. O tratamento cirúrgico se baseia na ESFERICIDADE DA CABEÇA FEMORAL. Se a cabeça femoral ainda é esférica, ainda é uma bolinha, para não perder a esfericidade, você pode pensar em preservar a cabeça do fêmur. Preservar como? Existem vários procedimentos que podem ser feitos: você pode fazer somente a descompressão, pode fazer a descompressão com enxerto, pode fazer o implante de células tronco.... podem ser feitas diversas coisas. • PRESERVAÇÃO DA CABEÇA FEMORAL AINDA EXISTE ESFERICIDADE DA CABEÇA FEMORAL DESCOMPRESSÃO + ENXERTO, IMPLANTE DE CÉLULAS TRONCO, ETC A área da cabeça femoral está sob hiper pressão, essa hiper pressão da muita dor. O objetivo da descompressão é aliviar um pouco a pressão que existe aqui dentro da cabeça do fêmur. Podemos fazer também uma enxertia óssea pra tentar fazer uma neovascularização da cabeça femoral, pode usar enxerto de fibra vascularizada, pode usar enxerto sintético, implante de células tronco também. Mesmo tendo a cabeça esférica, tendo a cabeça redondinha, mesmo você fazendo um procedimento de preservação dela, NENHUM desses procedimentos que é feito tem alteração no PROGNÓSTICO, ou seja, NADA do que você faz vai fazer com que as células que já morreram voltem a viver. A grande função das cirurgias preservadoras são apenas aliviar a dor. O paciente normalmente melhora bastante da dor. Mas para prognóstico da necrose, prognóstico daquela articulação, ele está muito mais envolvido com o tamanho da necrose do que com o procedimento que você vai adotar ou a medicação que você vai adotar. Identificou o fator de risco do paciente, a primeira coisa que devemos fazer é INTERROMPER esse fator de risco, então se o paciente bebe muito e ficou com necrose por conta disso, o ideal é que ele pare de beber. Mas o que vai determinar o prognóstico da cabeça do fêmur, o prognóstico daquela articulação é o tamanho da necrose, independente do que você faça... todos esses procedimentos NÃO conseguem alterar prognóstico, só conseguem aliviar dor. Então nunca 4 devemos falar pro paciente que vamos salvar a cabeça do fêmur, que vai voltar a ficar normal, isso é IMPOSSIVEL – porque um osso necrosado é um osso morto. • ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL JÁ HOUVE PERDA DA ESFERICIDADE DA CABEÇA FEMORAL PACIENTE NÃO POSSUI MAIS QUALIDADE DE VIDA Quando existe necrose da cabeça femoral podemos fazer as cirurgias conservadoras – com o a descompressão – e quando a cabeça femoral já NÃO está mais esférica, a única opção de tratamento cirúrgico é a ATROPLASTIA – é a prótese do quadril. Quando fazer uma prótese de quadril? Quem escolhe é o paciente. Mesmo que o RAIO X esteja bem ruim, a cabeça femoral esteja bastante danificada, mas QUEM indica a hora de fazer uma cirurgia de artroplastia é o paciente!!! É a perda de qualidade de vida do paciente, é o paciente que não consegue mais deambular, ele está perdendo a vida social dele por conta de dor no quadril e aí sim a gente pensa em partir para uma artroplastia. Então quem decide esse momento é a perda de qualidade de vida do paciente, não o médico em si. PERGUNTA DO ALUNO: A NECROSE PODE PROGREDIR? R: Sim! A necrose sempre pode e tende a progredir! A progressão vai ser daquele jeito, a cabeça sempre vai tender a perder a sua esfericidade, independente do que você faça e o que dita o quão mais rápido a cabeça vai perder a esfericidade é o tamanho da lesão. Então, a depender do tamanho da necrose isso que vai definir como será a lesão, se a cabeça vai perder a esfericidade de forma rápida ou se vai demorar. PERGUNTA: AS CELULAS TRONCO VÃO SER USADAS PARA QUÊ? R: As células tronco vão ser usadas para alivio de dor. As células tronco, assim como todas as outras cirurgias preservadoras, são usadas para alivio de dor. O paciente melhora da dor – esse é o objetivo de qualquer cirurgia preservadora no caso da osteonecrose. IMPACTO FEMURO ACETABULAR • ATLETAS – muito comum • HOMENS: 20-30 ANOS • MULHERES: 30-40 ANOS • TIPO CAME E TIPO PINCER Temos 2 tipos básicos. Um chamado de PINCER – em que a gente tem uma sobre-cobertura acetabular. E o outro chamado de CAME – que é uma alteração na transição cabeça- colo femoral. De onde saem essas deformidades? Existem 2 teorias: primeiro que pode ser genética e segundo que ela pode advir de uma patologia da adolescência (epifisiólise). E o terceiro tipo é o COMBINADO – em que você tem um pouquinho de CAME (que é a deformidade do fêmur) e um pouquinho de PINCER (que é a sobrecobertura acetabular). Lembrar que 86% dos casos são do tipo COMBINADO. Então sempre que a gente trata a gente termina tratando tanto o acetábulo quanto o fêmur, pois sabemos que a grande maioria das vezes é combinado. DIAGNÓSTICO • EXAME FÍSICO: DOR AO REALIZAR FLEXÃO + ADUÇÃO + ROTAÇÃO INTERNA Como o paciente vai se apresentar? Ele vem com dor na região inguinal e no exame fisico dele ele vai ter dor ao realizar essa manobra da imagem – de flexão, adução e rotação interna (MANOBRA DE FADURI). Quando a gente faz essa manobra, a gente está provocando que essa lesão, ouseja, essa deformidade que é chamada de BAMPI (que é o impacto do tipo CAME) ele choque contra essa região da bacia. E na hora que a gente faz essa manobra, a gente está provocando com que isso aqui choque aqui. Ai o paciente vai se queixar de dor. • RAIO X: INCIDÊNCIAS EM AP DA BACIA, LEQUESNE, DUCROQUET E DUNN 5 Para fazer o diagnóstico solicitamos radiografias na incidência AP da bacia. Existem incidências mais especificas como Lequesne, Ducroquet e Dunn. Ducroquet e Dunn são incidências que são o perfil do colo femoral. E a gente quer solicitar o perfil do colo femoral justamente pra ver como é o tamanho, como é que sai essa gibosidade. A gente consegue ver nessas 2 incidências. • RM: AVALIAR LESÕES CONDRAIS, LABRAIS, ETC E PADRÃO OURO também, principalmente para lesões labrais, lesões condrais é a RESSONANCIA NUCLEAR MAGNÉTICA. A ressonância magnética vai conseguir visualizar como está a cartilagem, como está o labrum (que é a estrutura triangular vista na imagem). O impacto gera por contato anormal de 2 dessas regiões mostrada na imagem e isso leva a lesões degenerativas do labrum, por exemplo. Na ressonância também vamos ver tendinites, vamos ver alterações do espaço peri-articular. Então, a ressonância é um ótimo exame para ajudar no diagnóstico. TRATAMENTO Fechou o diagnóstico, vamos para o tratamento. O tratamento deve ser conservador: indicamos o paciente a fazer fisioterapia, analgesia, mudança de hábitos de vida, evitar sentar em locais de pouca altura, evitar sentar no chão, evitar agachamento... evitar tudo que vai predispor o contato anormal femuro-acetabular. Fazemos o tratamento conservador de 2 a 3 meses e se o paciente não tiver resultado positivo, aí a gente tem a opção de tratamento cirúrgico. Então o tratamento conservador é imperativo, sempre tentamos o tratamento conservador, mas se por acaso não tivermos resposta, aí sim a gente pensa no tratamento cirúrgico. OSTEOCONDROPLASTIA O tratamento cirúrgico pode ser feito de forma aberta. O que a gente faz? A gente incisa, a gente abre o quadril na região anterior, luxa a cabeça do fêmur (coloca a cabeça do fêmur pra fora) e corrige a deformidade vendo a cabeça do fêmur, corrige e deixa ela redondinha. Outra opção que a gente tem é fazer via ARTROSCOPIA. A artroscopia a gente usa 2 portais, são 2 furinhos que a gente faz na pele: um furinho na pele pra entrar a microcâmera pra dar a visão pra gente e outro furinho na pele pra entrar o instrumental. O instrumental que usamos é uma broquinha de dentista, que é uma broca giratória, chamada de “cebolinha”, ela vai comendo esse osso, ela vai desbastando esse osso, vai raspando esse osso, pra tentar trazer esse osso pra anatomia o mais normal possível. No caso do LABRUM, a gente faz uma ressecção em cima, a gente tira uma parte do pincer, e se necessário a gente sutura ele; e se não for necessário, só de ressecar essa parte superior, ele já tem uma tendência a cicatrizar de forma mais adequada. PERGUNTA DO ALUNO: QUANTO TEMPO MESMO? R: De 2- 3 meses, mas isso varia muito de um paciente pro outro. Por exemplo, temos um paciente esportista jogador de futebol, ai as vezes o paciente fecha o diagnóstico mas ele não tem o tempo de esperar esse tratamento todo, ai ele prefere adiantar e corrigir a deformidade de forma cirúrgica para poder reabilitar de forma mais rápida. Então isso varia muito da condição do paciente. Já o paciente que consegue reabilitar, que consegue perder um pouquinho mais de tempo, a gente prefere esperar de 2-3 meses para ver se tem uma resposta. Se estiver indo bem, se estiver se comportando de forma positiva, a gente mantém o tratamento conservador. Mas se não estiver indo bem ou se estiver piorando ai partimos para o tratamento cirúrgico. SINDROME DOLOROSA TRONCATERICA Outra patologia muito comum do quadril, talvez até a mais comum do quadril. • DOR NA FACE LATERAL DO QUADRIL Diferente das outras patologias já mencionadas, essa patologia é palpável, ou seja, o paciente consegue dizer “dói aqui”. As outras patologias que são articulares, o paciente não consegue palpar exatamente aonde dói. Já nessa patologia o paciente consegue referir dói aqui, na região desse ossinho aqui. • 40- 60 ANOS Normalmente atinge pacientes de 40-60 anos, é mais comum em mulheres e tem uma grande 6 associação com transtornos depressivos. DIAGNÓSTICO • EXAME FISICO: DOR A PALPAÇÃO FACE LATERAL Aqui nessa doença o paciente palpa, ele consegue pegar. Você bata o paciente de lado na maca, você palpa nessa região, o paciente “pula” de dor. Porque o processo inflamatório ele é todo superficial. • RAIO X – NDN O RAIO X geralmente não ajuda em muita coisa pois não tem tanta alteração, • USG: EXAMINADOR DEPENDENTE O USG é ótimo, você consegue avaliar direitinho o tendão, o formato dele, se tem lesão, se não tem lesão. Mas vale lembrar que o ultrassom é muito examinador dependente. • RM – PADRÃO OURO A ressonância magnética é o PADRÃO OURO. Aqui nessa imagem temos um corto cortonal em T2, em quea gente ver um hipersinal na região peri- trocanterica (antigamente era chamado de bursite). O grande problema não é a bursite, é a tendinopatia envolvida nesse processo. Então a doença do tendão, do gluteo médio, faz com que a bursa ela encha de liquido inflamatorio. PERGUNTA: QUAIS OS FATORES DE RISCO PRA SINDROME DOLOROSA TRONCANTERICA? R: mulher, sedentarismo, obesidade, padrão ginecoide, falta de alongamento, transtornos depressivos. TRATAMENTO O tratamento dessa patologia é conservador até que se prove o contrário. • ANALGESIA, MUDANÇAS DE HABITOS DE VIDA E ALONGAMENTO TRATO LATERAL Tentar fazer com que esse paciente perca peso, fazer alongamento, mudanças de hábitos de vida de uma forma geral. Tentar mudar tudo o que paciente vem fazendo. A analgesia vai melhorar a dor do paciente. • INFILTRAÇÃO Se a gente não tiver uma resposta do tratamento conservador, o paciente fazendo ele de forma correta. Ai a gente pode fazer uma infiltração – que ela pode ser feita com corticoides e anestésicos ou somente anestésicos; ou com o uso de células mesenquimais. Mas vale lembrar que se o paciente não fizer a mudança de estilo de vida, só a infiltração não vai melhorar. • TRATAMENTO CIRÚRGICO O tratamento cirúrgico para sindrome dolorosa troncanterica é RARÍSSIMO. É contado nos dedos a quantidade de paciente que precisa ser operado por conta dessa sindrome. Em geral são quadros graves, com tendinopatia calcarea em que se tem a calcificação do tendão, em que se tem que ressecar uma estrutura óssea extra-articular. Mas é raríssimo ter que evoluir pro tratamento cirurgico esse tipo de patologia. O tratamento aqui é basicamente conservador. PERGUNTA DO ALUNO: QUAIS TIPOS DE LESÕES A RM NÃO É TÃO INDICADA? R: Na osteoartrose do quadril não é indicada, não ajuda tanto. Mas a RM é um exame que veio pra somar muito. Isso não significa que o RAIO X não é importante. A radiografia me da uma visão tridimensional de como eu quero, de como está a estrutura óssea do paciente. Se o paciente vem com uma ressonância apenas, eu não consigo visualizar como é a estrutura óssea dele. Então eu preciso de uma Radiografia, um exame não substitui o outro. PUBALGIA Pubalgia é uma patologia do quadril também, muito comum no nosso meio, principalmente para quem gosta de futebol. Então, basicamente pacientes masculinos, de 20-30 anos que sofrem esse tipo de patologia. • ATLETAS • MASCULINO • 20-30 ANOS Na Pubalgia a gente tem um desbalanço muscular entre o reto abdominal (que é o musculo da barriga) e o adutor longo (que faz parte do grupo adutor que sai do púbis e vai se inserir no fêmur). Esses 2 músculos são músculos que dividema mesma 7 aponeurose., ou seja, os 2 tem inserção de origem comum, que é na região do púbis. E o desbalanço entre essas 2 musculaturas faz com que exista movimento nessa articulação do púbis, que NÃO é uma coisa que é pra existir, essa articulação NÃO é pra ter movimento. Como está tendo um desbalanço, ou o reto abdominal está fraco ou o adutor longo está muito forte/fortalecido, e isso leva a um movimento nessa articulação e depois uma degeneração. Pode acontecer também a ruptura do adutor longo, que é o que chamamos de “abrir a virilha” e causa muita dor. DIAGNÓSTICO O paciente vai chegar pra você se queixando de dor na face anterior, na face do púbis. • EXAME FÍSICO: DOR NA SINFISE PUBICA, DOR A ADUÇÃO CONTRA RESISTÊNCIA No exame fisico o paciente vai ter dor ao fazer a adução contra a resistencia. Então, voce segura as 2 pernas abertas, você pede pro paciente fazer uma adução contra a sua resistecia, ai ele vai ter dor também. • RAIO X: ALTERAÇÃO DEGENERATIVA SÍNFISE Na RADIOGRAFIA podemos ter alterações degenerativas dessa sinfise pubica. Aqui nessa imagem temos um exemplo, em que a gente vê uma sinfise pubica irregular, a gente ver a presença de osteofitos tanto de um lado quanto de outro. Podemos ver que a sinfise pubica um lado está completamente diferente do outro, percebe que não existe mais simetria nessa sinfise pubica. Provavelmente esse paciente da imagem deve ter uma pubalgia já há bastante tempo. • RESSONANCIA MAGNÉTICA: EDEMA NA SIFINSE PUBICA + LESÃO DO ADUTOR LONGO A ressonanicia magnética é o exame PADRÃO OURO, em que a gente ver edema nessa sinfise pubica. Podemos ver nessa imagem um edema ósseo, no corte em T2, tudo branco. Podemos ver também nessa imagem lesões do adutor longo, em que a gente ver uma camada liquida nessa região bem na origem do adutor longo aqui no pubis. Fiz o exame físico, positivo para Pubalgia. Fiz meu exame de imagem, tem essas alterações → vamos começar a tratar. TRATAMENTO • CONSERVADOR: AINE, FISIOTERAPIA MOTORA O tratamento é basicamente conservador. Usamos anti- inflamatórios, analgésicos, fisioterapia (grande aliado para analgesia, para fortalecimento de grupo adutor, os agonistas adutores). Temos 4 adutores. Se o adutor longo é o que mais lesa (ele geralmente estar com no mínimo uma tendinopatia), a gente tem que fortalecer os agonistas, além de fazer o alongamento dele. E adequar a parte esportiva desse paciente. Se esse paciente NÃO é um atleta profissional, a gente pode interromper a atividade física que ele faz com frequência, tirar ele do futebol, por cerca de 2-3 meses... pedir para ele fazer um outro tipo de atividade física para ele não ficar sedentário (por exemplo trocar um futebol por bicicleta ou por uma natação- durante aquele período do tratamento) e, assim, esse paciente tende a melhorar bastante. • INFILTRAÇÃO Se o paciente não tiver uma melhora importante podemos pensar em fazer uma infiltração. Vale lembrar que a infiltração pode ser guiada pelo ultrassom, em que você consegue injetar uma quantidade bem menor de produtos, tanto de corticoide, quanto de anestesicos. Hoje em dia tem se usado bastante a arnica – sendo outra opção para infiltração e que melhora bastante. Mas a infiltração fica reservada aos casos que não respondem ao tratamento puramente conservador. • CIRÚRGICO DESBRIDAMENTO DA SINFISE PUBICA TENOTOMIA ABERTA BILATERAL DO ADUTOR LONGO A última opção de todas é o tratamento cirúrgico. O tratamento cirúrgico não tem um resultado positivo, não tem um bom resultado. Ele é justamente o desbridamento da sínfise púbica e a tenotomia dos adutores. Mas mesmo assim, a gente prefere NÃO fazer, a gente NÃO tende a indicar de forma precoce porque a gente sabe que o resultado mesmo fazendo a cirurgia NÃO é o esperado. Para fazer a cirurgia de Pubalgia do atleta, a gente faz uma incisão do tipo Pfannestiel, como se fosse fazer um parto cesáreo, a gente 8 vai cair em cima da sínfise púbica, onde termina desbridando tecido necrosado, ligamento solto, tudo que está degenerado na sínfise púbica e, além disso, faz uma tenotomia dos adutores. A tenotomia do adutor a gente corta o ventre do adutor, ele fica bem palpável. PERGUNTA DO ALUNO: REGENERA A SINFISE PUBICA? R: Não! Uma sínfise púbica que já tem processo degenerativo, a gente não consegue fazer com que ela se regenere. De uma forma geral, a Medicina regenerativa é muito limitada. O grande objetivo é aliviar a dor – tirar pressão, tirar tecido degenerativo, tirar tecido necrosado – é isso que fazemos e acaba aliviando um pouco a dor. PERGUNTA SOBRE TENOTOMIA, COMO É? R: A tenotomia significa cortar o tendão. A gente palpa ele e corta ele. Mas se cortar ele vai perder a força? Não, não perde a força. Depois de 3-6 meses a força de adução volta completamente ao normal e a tendência de melhorar da dor é importante. Então quando a gente faz a tenotomia, quando a gente corda o adutor longo, ele consegue melhorar bastante a dor e não causa perda de força. No ATLETA não podemos fazer infiltração de corticoide porque é considerado doping. SINDROME DA DOR GLUTEA PROFUNDA A síndrome da dor glútea profunda é uma patologia relativamente comum, que acomete mais mulheres. É uma dor na face posterior, ou seja, uma dor na nadega, que pode irradiar para o membro inferior e pode piorar quando o paciente passa longos períodos sentado. • DOR NA FACE POSTERIOR • IRRADIAÇÃO • LONGOS PERÍODOS SENTADO SINDROME DO PIRIFORME: é uma síndrome RARÍSSIMA, que envolve má formação no nervo. O nervo ciático ele passa abaixo do musculo piriforme. Aqui nessa imagem temos uma visão posterior do quadril, estamos vendo o quadril de costas, aqui a região da nádega, conseguimos ver em laranja o musculo piriforme e o ciático passa abaixo dele, mas em algumas pessoas ele pode passar bifurcado – com uma parte do nervo dentro do piriforme e uma parte por baixo (imagem do meio) ou ele pode passar TODO dentro do piriforme, que é mais raro ainda (imagem da direita). E esses 2 últimos casos no paciente sintomático, ou seja, no paciente que tem dor na face posterior com irradiação para todo membro inferior, isso vai ser a síndrome do piriforme. O mais comum de ter são as outras ETIOLOGIAS da síndrome da dor glútea profunda, que são elas: SACROILEITE, IMPACTO ISQUIOFEMORAL e TENDINOPATIAS DIVERSAS (tendinopatia isquiotibiais, que saem do ísquio e vão fazer a flexão do joelho e a musculatura posterior da coxa; a própria tendinopatia glútea pode causar dor na região posterior; a tendinopatia dos rotadores externos pode dar dor; a sacroileite pode causar dor na nádega). Sendo essas etiologias MUITO mais comum do que a síndrome do piriforme. DIAGNÓSTICO É um diagnóstico muito difícil. • EXAME FÍSICO: DOR + IRADDIAÇÃO A FACE POSTERIOR • RAIO X O Raio X pode ajudar um pouco, as vezes não ajuda tanto. • USG O USG é muito bom, a gente consegue ver todo o trajeto do ciático, ver se tem alguma banda fibrose, se tem algum cisto de compressão do ciático. • ELETRONEUROMIOGRAFIA Se o paciente tem perda de força motora, tanto se ele tem perda de força no território do ciático, se ele tem perda de força de dorso flexão do pé, então a eletroneuromiografia vai ajudar muito. É um exame bem chato pois a pessoa vai enfiando várias agulhinhas para ver o potencial motor de cada nervo. • RESSONANCIA MAGNÉTICA A RM também ajuda muito. Atualmente temos vários cortes sequencias que conseguimos ter uma boa visualização. Aqui temos um corte do nervo ciático em que a gente consegue ver o trajeto dele todo e se existe algum sitio de compressão no trajeto desse nervo ciático. Esse exame de imagem é chamado de NEUROGRAFIA – que é um exame de ressonância magnética. Mascom a própria ressonância magnética o pessoal consegue fazer cortes finos 9 e você consegue ver todo o trajeto do nervo e saber se existe algum sitio de compressão. Aqui temos a imagem de um QUADRANTE que ele classifica a depender de onde o paciente aponta qual a probabilidade do diagnóstico de dor glútea profunda. Se ele aponta em um quadrante mais supero medial: essa é uma probabilidade de ser uma dor na sacroilíaca. Se a dor é mais súperolateral: é provável que seja uma tendinopatia. Se a dor é ínfero lateral: aí sim pode ser uma síndrome piriforme. Se a dor é ínfero medial: provável de ser uma tendinopatia dos ísquios tibiais, da musculatura posterior da coxa que sai do ísquio. TRATAMENTO O tratamento vai ser conservador. Tentamos tratar de forma conservadora. TRATAMENTO CIRÚRGICO Se por acaso o paciente não teve uma resposta positiva ao tratamento conservador ou o paciente tem algum sitio diagnostico já de compressão como: uma tumoração, um hematoma, uma banda fibrosa comprimindo o nervo ciatico, por exemplo – ai existe a opção de ressecar essa banda fibrosa pra esse nervo poder voltar a iscurcionar de forma natural. Essa cirurgia pode ser de forma aberta, mas nesse caso o paciente vai ter uma cicatriz bem grande na face posterior do quadril, pois para poder acessar ao nervo ciatico tem que fazer uma incisão de mais ou menos 15-20 cm na face posterior do quadril. E temos também a opção de fazer a cirurgia por via endoscópica, em que podemos usar a atroscopia, em que você entra com a microcamera e entra com o instrumental para poder ressecar essa banda fibrosa. NÃO é uma cirurgia fácil de fazer, é uma cirurgia bem delicada, em que a gente tem que ter muito cuidado pois estamos lidando com nervo. E aqui, diferente do adutor já mencionado, não pode ser cortado de jeito nenhum, pois se cortar esse nervo a perna para de funcionar. ARTROSE DO QUADRIL É a patologia mais comum. A osteoartrose do quadril é um processo degenerativo da cartilagem articular do quadril. Ela envolve pacientes com uma idade mais avançada, em geral ela é de causa secundária -então a gente pode ter o impacto femoral acetabular causando osteoartrose, a gente pode ter a necrose causando osteoartrose, a gente pode ter a displasia do quadril causando osteoartrose. Então todas essas doenças que vem lá da juventude podem causar a degeneração articular no futuro, se não tratadas. • IDADE MAIS AVANÇADA • DOR NA VIRILHA COM IRRADIAÇÃO O paciente vai vim com dor na virilha com irradiação para o joelho. • COMORBIDADES ASSOCIADAS Em geral o paciente que tem mais idade pode ter comorbidades associadas. • 4 SINAIS RADIOLÓGICOS: CISTOS; ESCLEROSE SUBCONDRAL; REDUÇÃO DO ESPAÇO ARTICULAR; OSTEÓFITOS – não precisa ter os 4, mas se tiver os 4 consegue fechar o diagnostico de forma muito mais fácil. TRATAMENTO CONSERVADOR O tratamento é basicamente conservador. • ANALGESIA Dipirona, tramadol, Tilex; anti-inflamatório se o paciente for bem orientado por curto período de tempo, de 7-10 dias. Pode usar também um corticoide de deposito para diminuir essa dor. Então, fazer o uso de terapias analgésicas de uma forma geral pra tentar melhorar a dor do paciente. • FISIOTERAPIA A fisioterapia vai manter a força muscular do paciente, vai fazer analgesia do paciente, vai manter a amplitude de movimento e vai tentar adiar um tratamento cirúrgico se a gente fizer o tratamento adequado com a fisioterapia. • HABITOS DE VIDA Perda de peso, fazer atividade física, beber pouco e não fumar. • APOIO DE MARCHA É justamente isso que está na imagem. O usa de 1 muleta ou 2 muletas, ou 1 bengala. O uso do colágeno não tem comprovação cientifica ainda de melhoras. Existem alguns 10 estudos que mostram uma redução na dor do paciente, mas alteração histopatológica na cartilagem não existe comprovação. A vantagem do colágeno é que não tem efeito colateral nenhum. E a desvantagem é que a gente não consegue afirmar que faz bem pra essa articulação do paciente. ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL Se a coisa não der certo ou se for piorando, existe a opção do tratamento cirurgico. O tratamento cirurgico para a osteoartrose é feita com a artroplastia total do quadril. A gente faz tanto o componente acetabular, a gente coloca um componente no acetabulo; dentro dele vai um componente que é feito de ceramica; dentro do femur vai uma haste femoral e por ultimo a gente encaixa a cabeça femoral. Existem diversos tipos de proteses, diversos tipos de fixação de proteses. Aqui nessa imagem temos uma protese NÃO cimentada, ou seja, ela não depende de cimento para se fixar no osso. E existem várias superficeis de contato na protese de quadril. A protese de quadril pode ser feita de ceramica com ceramica, pode sere feita de ceramica com plastico, pode ser feita de metal com plastico... então a gente tem diversos tipos de proteses que a gente pode utilizar. E temos também as proteses cimentadas, em que você coloca cimento ósseo e depois coloca a protese, ou seja, a forma de fixação é o proprio cimento ósseo. Normalmente a gente faz a artroplastia e no dia seguinte o paciente começa a deambular e no terceiro dia o paciente já tem alta. Ou seja, a reabilitação pós artroplastia é rápida e fácil porque é um paciente que em geral cursa com pouca dor, então a gente consegue fazer com que o paciente volte as atividades dele de forma rapida. Ele vai ter algumas limitações e é importante a gente falar isso pro praciente antes de fazer cirurgia.
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