Buscar

QUADRIL ADULTO

Prévia do material em texto

1 Vívian Santana – 7º semestre 2021.1 
QUADRIL ADULTO 
NECROSSE ASSEPTICA DA CABEÇA DO FEMUR 
IMPACTO FEMURO ACETABULAR 
SINDROME DOLOROSA TROCANTERICA 
PUBALGIA 
SINDROME DA DOR GLUTEA PROFUNDA 
ARTROSE DO QUADRIL 
ANATOMIA 
O quadril é a articulação formanda entre o fêmur e a bacia. 
Lembrar que o fêmur tem vários acidentes ósseos, sendo os 
mais importantes: o grande trocânter, o pequeno trocânter, 
a cabeça femoral que quase toda é coberta por cartilagem 
articular. Temos aqui também nessa imagem o ligamento 
redondo, que ele vem e se insere na FÓVEA. (que é onde fica 
justamente a inserção do ligamento redondo na cabeça 
femoral) Quase toda a 
cabeça do fêmur é coberta 
por cartilagem. No 
acetábulo nós temos boa 
parte da superfície 
articular, boa parte é feito 
de cartilagem no acetábulo. 
Temos também uma zona 
central em que a gente tem 
o PULVINAR (que é uma 
gordurinha), além do ligamento redondo saindo daqui de 
dentro. Quase todo o acetábulo é recoberto pelo LABRUM, 
que é uma estrutura fibrocartilaginosa que fica nesse 
envoltório (representado na outra imagem). O labrum é uma 
estrutura importantíssima para o quadril, porque ele 
consegue fazer uma função e “selante” do quadril, o 
ligamento, ele aumenta a cobertura da cabeça femoral e ele 
faz com que o quadril seja uma 
articulação ESTÁVEL. A gente tem o 
labrum tanto no quadril como no 
ombro, sendo a função dos dois 
bem semelhantes. Podemos ainda 
ver que o ligamento transverso é 
justamente quem fecha a 
articulação acetabular. Então o 
acetábulo ele é uma semi esfera, 
embaixo quem fecha é o ligamento transverso. 
BACIA: OSSO ILIACO – OSSO DO PUBIS – OSSO DO ISQUIO. 
Aqui nessa imagem 
temos a estrutura 
capsulo – 
ligamentar do 
quadril. Então 
temos um 
ligamento muito forte chamado de ligamento de BIGELOW 
(que é o ligamento ileo – femoral que liga o ileo/osso iliaco 
até o femur). Temos também o ligamento pubo-femoral 
(que é um ligamento mais central) e temos o ligamento 
isquio-femoral (que é um ligamento posterior). Tudo que ta 
aqui dentro dessa estrutura capsula ligamentar é 
considerado ARTICULAR; e tudo que está daqui pra fora é 
considerado EXTRA-ARTCIULAR. Então quando a gente vai 
fazer o diagnóstico de patologias do quadril, a gente tenta 
diferenciar bem em patologias intra-articulares e extra-
articulares (que é bem abaixo da capsula articular). 
Além da estrutura capsulo ligamentar, nós temos um 
envoltorio muscular muito grande. Temos tanto a 
musculatura posterior, lateral, anterior e medial. Na 
musculatura posterior nós temos: os rotadores externos e o 
gluteo máximo (a musculatura que faz a extensão do 
quadril). Na musculatura lateral nós temos: gluteo médio e 
gluteo mínimo (que tem função 
abdutora – que é 
importantissimo pra manter a 
balança pelvica). Sendo esses 2 
ultimos os musculos mais 
estudados, gluteo médio e 
gluteo minimo porque eles 
conseguem fazer a balança de PAUWELS – que é uma 
balança da musculatura abdura que faz com que a gente 
consiga ter equilibrio pelvico. 
Na porção anterior a gente tem: ilio-femoral, psoas (que faz 
o movimento de flexão do quadril). E no grupamento medial 
nós temos: os adutores, os pectíneos – que fazem o 
movimento de adução e de controle da marcha. Se a gente 
observar na primeira imagem da esquerda, existe um feixe 
vasculo nervoso bem grande que passa nessa região do 
quadril. Então toda vez que a gente vai fazer um acesso ao 
quadril, seja ele endoscópico, artroscópico ou aberto, a 
gente tem que ter bastante cuidado com esse feixe neuro-
vascular. 
O glúteo máximo tem a função de EXTENSOR! Ele é o 
principal externsor do quadril. Ele está localizado na região 
posterior. Já os adutores fazem a adução, nós temos 4 
adutores. 
 
2 
 
Esse complexo nervoso visto na imagem é o que as vezes 
dificulta o diagnóstico de uma patologia do quadril. Então a 
gente tem uma ramificação nervosa muito grande, tanto na 
face anterior quanto na face posterior do quadril – estamos 
falando de nervo femoral e o ciatico na posterior. Por 
exemplo, uma patologia do quadril pode dar uma dor 
irradiada na face medial do joelho, é muito comum- o nervo 
obturatório. O contrário também pode ocorrer: uma 
patologia na coluna, pode gerar uma dor no quadril. Então 
as vezes a patologia do quadril não é tão facil assim de você 
conseguir fechar um diagnostico, as vezes a gente tem que 
“lançar mão” de testes terapêuticos. Por exemplo: na mão – 
se o paciente fala que ta com dor no polegar é muito simples 
de você saber que a patologia está no polegar, raramente vai 
ser uma dor irradiada que está indo para o polegar. Já o 
quadril não – é uma dor mais difusa e fica mais dificil de 
“fechar” de onde exatamente que ela está saindo. Uma coisa 
que também ajuda bastante a gente – o movimento de 
rotação interna se dói na região inguinal, normalmente é 
uma patologia do quadril e uma patologia intra-articular. Se 
a patologia é mais superficial, ou seja, se o paciente 
consegue palpar a dor, consegue palpar a região que doi, 
então estamos falando de estruturas mais superficiais – ou 
seja, de uma tendinopatia, de uma estrutura muscular. Eu 
consigo palpar a articulação do quadril? Não. Eu consigo 
palpar a cabeça do femur? Não. (a cabeça do femur ela está 
em torno de 12-15 cm da pele – então voce não consegue 
palpar, até porque tem um monte de coisa na frente) Mas ai 
se o paciente consegue falar: “eu consigo palpar o local da 
minha dor.” – ai já pensamos em uma patologia extra 
articular. 
NECROSE ASSEPTICA DA CABEÇA DO 
FÊMUR 
É um evento isquêmico que acontece na cabeça do fêmur. 
Assim como outros eventos isquêmicos que temos no corpo 
humano (AVC, IAM). 
• ADULTOS JOVENS: 20-40 ANOS 
De 20 a 40 anos é justamente a idade do paciente 
trabalhador. Envolve a classe trabalhadora. Dos 20 a 40 anos 
você está fazendo sua carreira, iniciando a carreira, está no 
auge da sua vida ativa propriamente dita, e ai de repente 
vem uma patologia assim pra atrapalhar a sua vida. 
• GÊNERO MASCULINO 
Normalmente está associada ao gênero masculino. Então a 
necrose da cabeça femoral tem mais prevalência no gênero 
masculina. 
• FATORES DE RISCO: ÁLCOOL, CORTICOIDE, 
HEMOGLOBINOPATIAS E TRAUMA 
Mas lembrar que para a necrose da cabeça do fêmur os 
fatores de risco são completamente diferentes dos fatores 
de risco de um IAM, por exemplo. Os fatores de risco para o 
IAM são aterosclerose, tabagismo, obesidade, 
sedentarismo. Já para a osteonecrose da cabeça femoral não 
tem nada ver com isso, são: uso de álcool, corticoterapia 
(principalmente o pulso de corticoide), hemoglobinopatias 
(que no nosso meio a anemia falciforme é a que ocupa a 
categoria máxima de prevalência) e episódios traumáticos. 
Existem mais de 80 causas para osteonecrose, sendo essas 4 
as que mais se veem aqui na Bahia. 
PERGUNTA DO ALUNO: ESSES FATORES DE RISCO É 
ASSOCIADO A IMUNODEPRESSÃO? R: Não! Tanto o 
corticoide quanto o álcool a etiopatogenia da osteonecrose 
é por edema intersticial. E aí toda vez que você faz 
pulsoterapia com corticoide você termina fazendo 
aumentando muito a pressão intratissular na cabeça femoral 
e impedindo com que o sangue consiga extravasar, o sangue 
não consegue sair. E aí isso tem a ver com o acumulo lipídico, 
com alteração lisossomal. Então o que você faz com o 
corticoide faz um inchaço, um edema nessa cabeça femoral 
e isso faz com que a gente não consiga drenar o sangue. E 
isso quem faz é o corticoide e o álcool. O álcool quanto? O 
que está mais associado com o fator de risco é acima de 400g 
semanal de álcool. Pra fazer necrose da cabeça do fêmur 
temos que ter uma quantidade grande de consumo alcoólico 
por longo período. 
Aqui nessa RADIOGRAFIA conseguimos identificar a 
osteonecrose. Na primeira imagem no lado esquerdo temos 
uma linha de radiolucência, uma linha de esclerose, que 
marca/delimitaonde está a osteonecrose. Então a necrose 
está dai pra cima. Então tudo isso ai em cima é área 
necrosada. Necrose sempre forma assim: ela delimita uma 
área, de onde que tem osso vivo e onde que tem osso morto. 
A evolução da necrose é o seguinte: já que é osso morto, a 
tendência é que ele vai ser reabsorvido, isso vai virar um 
buraco (3 imagem) e já que o peso do corpo incide aqui, essa 
cabeça vai desabar, ou seja, ela vai perder a esfericidade. Se 
você comparar a cabeça femoral da primeira imagem da 
esquerda, você observa que ela perdeu esfericidade- 
 
3 
chegando pra última imagem. Essa cabeça anesférica (da 
ultima imagem da direita) em geral ela é incompatível com o 
um quadro de quadril sem dor, o paciente vai ter algum grau 
de dor, o mínimo que seja. 
 
DIAGNÓSTICO 
• RM – DETECÇÃO DOS ESTÁGIOS INICIAIS PADRÃO 
OURO 
A ressonância magnética é o 
PADRÃO OURO, até em estágios 
mais iniciais a ressonância 
magnética é ótima. Tem literaturas 
que colocam ate 100% de 
sensibilidade pra necrose femoral. 
Aqui nessa imagem temos um corte 
em T1, em que a gente vê uma área 
de hipossinal nessa área da região 
da cabeça femoral, que é justamente a área de 
osteonecrose. 
• CINTILOGRAFIA ÓSSEA 
A cintilografia óssea era muito utilizada no passado quando 
a gente não tinha a ressonância. Podemos utilizar ainda, é 
um bom método. Mas hoje em dia a gente usa muito mais a 
ressonância do que a cintilografia óssea no caso da 
osteonecrose. Cintilografia óssea usamos mais para tumores 
ósseos, metástases e tal. 
• RAIO X: ALTERAÇÕES TARDIAS 
O RAIO X serve muito para 
acompanhamento. Nesse RAIO X a 
gente vai ver alterações muito 
mais tardias. No inicio o paciente 
fez um raio x e não deu nada – sim, 
não vai dar nada realmente, mas o 
processo de osteonecrose já 
estava ali. Porque o RAIO X só vem 
com alterações TARDIAS. As 
alterações tardias que vemos são essas aqui na imagem: um 
área de esclerose, uma área mais hipertransparente central. 
Pode vim com cistos e diversas outras alterações, mas o que 
a gente ver é que existe uma alteração bem na carga da 
cabeça femoral. 
Então o diagnóstico é feito com a ressonância e o 
acompanhamento é feito com o RAIO X. 
 
TRATAMENTO 
O paciente vai chegar falando que sente dor na virilha, que 
quando caminha dói bastante, assim que fecharmos o 
diagnóstico, vamos tratar. O tratamento é conservador a 
princípio. A gente utiliza analgésicos, fisioterapia, apoio de 
marcha com muletas pra tirar a carga desse paciente e fazer 
que ele melhore do quadro álgico de forma sintomática, 
altera atividade esportiva do paciente. Se o tratamento 
conservador não der certo, ou seja, o paciente manteve a 
dor, ai podemos pensar no tratamento cirúrgico. 
O tratamento cirúrgico se baseia na ESFERICIDADE DA 
CABEÇA FEMORAL. Se a cabeça femoral ainda é esférica, 
ainda é uma bolinha, para não perder a esfericidade, você 
pode pensar em preservar a cabeça do fêmur. Preservar 
como? Existem vários procedimentos que podem ser feitos: 
você pode fazer somente a descompressão, pode fazer a 
descompressão com enxerto, pode fazer o implante de 
células tronco.... podem ser feitas diversas coisas. 
• PRESERVAÇÃO DA CABEÇA FEMORAL 
AINDA EXISTE ESFERICIDADE DA CABEÇA FEMORAL 
DESCOMPRESSÃO + ENXERTO, IMPLANTE DE CÉLULAS 
TRONCO, ETC 
A área da cabeça femoral está sob hiper pressão, essa hiper 
pressão da muita dor. O objetivo da descompressão é aliviar 
um pouco a pressão que existe aqui dentro da cabeça do 
fêmur. Podemos fazer também uma enxertia óssea pra 
tentar fazer uma neovascularização da cabeça femoral, pode 
usar enxerto de fibra vascularizada, pode usar enxerto 
sintético, implante de células tronco também. Mesmo tendo 
a cabeça esférica, tendo a cabeça redondinha, mesmo você 
fazendo um procedimento de preservação dela, NENHUM 
desses procedimentos que é feito tem alteração no 
PROGNÓSTICO, ou seja, NADA do que você faz vai fazer com 
que as células que já morreram voltem a viver. A grande 
função das cirurgias preservadoras são apenas aliviar a dor. 
O paciente normalmente melhora bastante da dor. Mas para 
prognóstico da necrose, prognóstico daquela articulação, ele 
está muito mais envolvido com o tamanho da necrose do 
que com o procedimento que você vai adotar ou a 
medicação que você vai adotar. Identificou o fator de risco 
do paciente, a primeira coisa que devemos fazer é 
INTERROMPER esse fator de risco, então se o paciente bebe 
muito e ficou com necrose por conta disso, o ideal é que ele 
pare de beber. Mas o que vai determinar o prognóstico da 
cabeça do fêmur, o prognóstico daquela articulação é o 
tamanho da necrose, independente do que você faça... 
todos esses procedimentos NÃO conseguem alterar 
prognóstico, só conseguem aliviar dor. Então nunca 
 
4 
devemos falar pro paciente que vamos salvar a cabeça do 
fêmur, que vai voltar a ficar normal, isso é IMPOSSIVEL – 
porque um osso necrosado é um osso morto. 
 
• ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL 
JÁ HOUVE PERDA DA ESFERICIDADE DA CABEÇA FEMORAL 
PACIENTE NÃO POSSUI MAIS QUALIDADE DE VIDA 
Quando existe necrose da cabeça femoral podemos fazer as 
cirurgias conservadoras – com o a descompressão – e 
quando a cabeça femoral já NÃO está mais esférica, a única 
opção de tratamento cirúrgico é a ATROPLASTIA – é a 
prótese do quadril. Quando fazer uma prótese de quadril? 
Quem escolhe é o paciente. Mesmo que o RAIO X esteja bem 
ruim, a cabeça femoral esteja bastante danificada, mas 
QUEM indica a hora de fazer uma cirurgia de artroplastia é o 
paciente!!! É a perda de 
qualidade de vida do paciente, 
é o paciente que não consegue 
mais deambular, ele está 
perdendo a vida social dele por 
conta de dor no quadril e aí sim 
a gente pensa em partir para 
uma artroplastia. Então quem decide esse momento é a 
perda de qualidade de vida do paciente, não o médico em si. 
PERGUNTA DO ALUNO: A NECROSE PODE PROGREDIR? R: 
Sim! A necrose sempre pode e tende a progredir! A 
progressão vai ser daquele jeito, a cabeça sempre vai tender 
a perder a sua esfericidade, independente do que você faça 
e o que dita o quão mais rápido a cabeça vai perder a 
esfericidade é o tamanho da lesão. Então, a depender do 
tamanho da necrose isso que vai definir como será a lesão, 
se a cabeça vai perder a esfericidade de forma rápida ou se 
vai demorar. 
PERGUNTA: AS CELULAS TRONCO VÃO SER USADAS PARA 
QUÊ? R: As células tronco vão ser usadas para alivio de dor. 
As células tronco, assim como todas as outras cirurgias 
preservadoras, são usadas para alivio de dor. O paciente 
melhora da dor – esse é o objetivo de qualquer cirurgia 
preservadora no caso da osteonecrose. 
IMPACTO FEMURO ACETABULAR 
• ATLETAS – muito comum 
• HOMENS: 20-30 ANOS 
• MULHERES: 30-40 ANOS 
• TIPO CAME E TIPO PINCER 
Temos 2 tipos básicos. Um chamado de PINCER – em que a 
gente tem uma sobre-cobertura acetabular. E o outro 
chamado de CAME – que é uma alteração na transição 
cabeça- colo femoral. De onde saem essas deformidades? 
Existem 2 teorias: primeiro que pode ser genética e segundo 
que ela pode advir de uma patologia da adolescência 
(epifisiólise). E o terceiro tipo é o COMBINADO – em que 
você tem um pouquinho de CAME (que é a deformidade do 
fêmur) e um pouquinho de PINCER (que é a sobrecobertura 
acetabular). Lembrar que 86% dos casos são do tipo 
COMBINADO. Então sempre que a gente trata a gente 
termina tratando tanto o acetábulo quanto o fêmur, pois 
sabemos que a grande maioria das vezes é combinado. 
 
DIAGNÓSTICO 
• EXAME FÍSICO: DOR AO REALIZAR FLEXÃO + 
ADUÇÃO + ROTAÇÃO INTERNA 
Como o paciente vai se apresentar? Ele vem com dor na 
região inguinal e no exame fisico dele ele vai ter dor ao 
realizar essa manobra da imagem – de flexão, adução e 
rotação interna (MANOBRA DE FADURI). Quando a gente faz 
essa manobra, a gente está 
provocando que essa lesão, ouseja, essa deformidade que é 
chamada de BAMPI (que é o 
impacto do tipo CAME) ele 
choque contra essa região da 
bacia. E na hora que a gente faz essa manobra, a gente está 
provocando com que isso aqui choque aqui. Ai o paciente vai 
se queixar de dor. 
• RAIO X: INCIDÊNCIAS EM AP DA BACIA, LEQUESNE, 
DUCROQUET E DUNN 
 
5 
Para fazer o diagnóstico solicitamos radiografias na 
incidência AP da bacia. Existem incidências mais especificas 
como Lequesne, Ducroquet e 
Dunn. Ducroquet e Dunn são 
incidências que são o perfil do 
colo femoral. E a gente quer 
solicitar o perfil do colo femoral 
justamente pra ver como é o 
tamanho, como é que sai essa gibosidade. A gente consegue 
ver nessas 2 incidências. 
• RM: AVALIAR LESÕES CONDRAIS, LABRAIS, ETC 
E PADRÃO OURO também, 
principalmente para lesões 
labrais, lesões condrais é a 
RESSONANCIA NUCLEAR 
MAGNÉTICA. A ressonância 
magnética vai conseguir 
visualizar como está a cartilagem, como está o labrum (que 
é a estrutura triangular vista na imagem). O impacto gera por 
contato anormal de 2 dessas regiões mostrada na imagem e 
isso leva a lesões degenerativas do labrum, por exemplo. Na 
ressonância também vamos ver tendinites, vamos ver 
alterações do espaço peri-articular. Então, a ressonância é 
um ótimo exame para ajudar no diagnóstico. 
TRATAMENTO 
Fechou o diagnóstico, vamos para o tratamento. O 
tratamento deve ser conservador: indicamos o paciente a 
fazer fisioterapia, analgesia, mudança de hábitos de vida, 
evitar sentar em locais de pouca altura, evitar sentar no 
chão, evitar agachamento... evitar tudo que vai predispor o 
contato anormal femuro-acetabular. Fazemos o tratamento 
conservador de 2 a 3 meses e se o paciente não tiver 
resultado positivo, aí a gente tem a opção de tratamento 
cirúrgico. Então o tratamento conservador é imperativo, 
sempre tentamos o tratamento conservador, mas se por 
acaso não tivermos resposta, aí sim a gente pensa no 
tratamento cirúrgico. 
OSTEOCONDROPLASTIA 
O tratamento cirúrgico pode ser feito de forma aberta. O que 
a gente faz? A gente incisa, a gente abre o quadril na região 
anterior, luxa a cabeça do fêmur (coloca a cabeça do fêmur 
pra fora) e corrige a 
deformidade vendo 
a cabeça do fêmur, 
corrige e deixa ela 
redondinha. 
Outra opção que a gente tem é fazer via ARTROSCOPIA. A 
artroscopia a gente usa 2 portais, são 2 furinhos que a gente 
faz na pele: um furinho na pele pra entrar a microcâmera pra 
dar a visão pra gente e outro furinho na pele pra entrar o 
instrumental. O instrumental que usamos é uma broquinha 
de dentista, que é uma 
broca giratória, chamada 
de “cebolinha”, ela vai 
comendo esse osso, ela 
vai desbastando esse 
osso, vai raspando esse 
osso, pra tentar trazer esse osso pra anatomia o mais normal 
possível. No caso do LABRUM, a gente faz uma ressecção em 
cima, a gente tira uma parte do pincer, e se necessário a 
gente sutura ele; e se não for necessário, só de ressecar essa 
parte superior, ele já tem uma tendência a cicatrizar de 
forma mais adequada. 
PERGUNTA DO ALUNO: QUANTO TEMPO MESMO? R: De 2-
3 meses, mas isso varia muito de um paciente pro outro. Por 
exemplo, temos um paciente esportista jogador de futebol, 
ai as vezes o paciente fecha o diagnóstico mas ele não tem o 
tempo de esperar esse tratamento todo, ai ele prefere 
adiantar e corrigir a deformidade de forma cirúrgica para 
poder reabilitar de forma mais rápida. Então isso varia muito 
da condição do paciente. Já o paciente que consegue 
reabilitar, que consegue perder um pouquinho mais de 
tempo, a gente prefere esperar de 2-3 meses para ver se tem 
uma resposta. Se estiver indo bem, se estiver se 
comportando de forma positiva, a gente mantém o 
tratamento conservador. Mas se não estiver indo bem ou se 
estiver piorando ai partimos para o tratamento cirúrgico. 
SINDROME DOLOROSA TRONCATERICA 
Outra patologia muito comum do 
quadril, talvez até a mais comum do 
quadril. 
• DOR NA FACE LATERAL DO 
QUADRIL 
Diferente das outras patologias já mencionadas, essa 
patologia é palpável, ou seja, o paciente consegue dizer “dói 
aqui”. As outras patologias que são articulares, o paciente 
não consegue palpar exatamente aonde dói. Já nessa 
patologia o paciente consegue referir dói aqui, na região 
desse ossinho aqui. 
• 40- 60 ANOS 
Normalmente atinge pacientes 
de 40-60 anos, é mais comum 
em mulheres e tem uma grande 
 
6 
associação com transtornos depressivos. 
DIAGNÓSTICO 
• EXAME FISICO: DOR A PALPAÇÃO FACE LATERAL 
Aqui nessa doença o paciente palpa, 
ele consegue pegar. Você bata o 
paciente de lado na maca, você palpa 
nessa região, o paciente “pula” de 
dor. Porque o processo inflamatório 
ele é todo superficial. 
• RAIO X – NDN 
O RAIO X geralmente não ajuda em muita coisa pois não tem 
tanta alteração, 
• USG: EXAMINADOR DEPENDENTE 
O USG é ótimo, você consegue avaliar direitinho o tendão, o 
formato dele, se tem lesão, se não tem lesão. Mas vale 
lembrar que o ultrassom é muito examinador dependente. 
• RM – PADRÃO OURO 
A ressonância magnética é o 
PADRÃO OURO. Aqui nessa 
imagem temos um corto cortonal 
em T2, em quea gente ver um 
hipersinal na região peri- 
trocanterica (antigamente era 
chamado de bursite). O grande 
problema não é a bursite, é a 
tendinopatia envolvida nesse processo. Então a doença do 
tendão, do gluteo médio, faz com que a bursa ela encha de 
liquido inflamatorio. 
PERGUNTA: QUAIS OS FATORES DE RISCO PRA SINDROME 
DOLOROSA TRONCANTERICA? R: mulher, sedentarismo, 
obesidade, padrão ginecoide, falta de alongamento, 
transtornos depressivos. 
TRATAMENTO 
O tratamento dessa patologia é conservador até que se 
prove o contrário. 
• ANALGESIA, MUDANÇAS DE HABITOS DE VIDA E 
ALONGAMENTO TRATO LATERAL 
Tentar fazer com que esse paciente 
perca peso, fazer alongamento, 
mudanças de hábitos de vida de uma 
forma geral. Tentar mudar tudo o 
que paciente vem fazendo. A analgesia vai melhorar a dor do 
paciente. 
• INFILTRAÇÃO 
Se a gente não tiver uma resposta do 
tratamento conservador, o paciente 
fazendo ele de forma correta. Ai a 
gente pode fazer uma infiltração – que 
ela pode ser feita com corticoides e 
anestésicos ou somente anestésicos; ou com o uso de células 
mesenquimais. Mas vale lembrar que se o paciente não fizer 
a mudança de estilo de vida, só a infiltração não vai 
melhorar. 
• TRATAMENTO CIRÚRGICO 
O tratamento cirúrgico para sindrome dolorosa 
troncanterica é RARÍSSIMO. É contado nos dedos a 
quantidade de paciente que precisa ser operado por conta 
dessa sindrome. Em geral são quadros graves, com 
tendinopatia calcarea em que se tem a calcificação do 
tendão, em que se tem que ressecar uma estrutura óssea 
extra-articular. Mas é raríssimo ter que evoluir pro 
tratamento cirurgico esse tipo de patologia. O tratamento 
aqui é basicamente conservador. 
PERGUNTA DO ALUNO: QUAIS TIPOS DE LESÕES A RM NÃO 
É TÃO INDICADA? R: Na osteoartrose do quadril não é 
indicada, não ajuda tanto. Mas a RM é um exame que veio 
pra somar muito. Isso não significa que o RAIO X não é 
importante. A radiografia me da uma visão tridimensional de 
como eu quero, de como está a estrutura óssea do paciente. 
Se o paciente vem com uma ressonância apenas, eu não 
consigo visualizar como é a estrutura óssea dele. Então eu 
preciso de uma Radiografia, um exame não substitui o outro. 
PUBALGIA 
Pubalgia é uma patologia do quadril também, muito comum 
no nosso meio, principalmente para quem gosta de futebol. 
Então, basicamente pacientes masculinos, de 20-30 anos 
que sofrem esse tipo de patologia. 
• ATLETAS 
• MASCULINO 
• 20-30 ANOS 
Na Pubalgia a gente tem 
um desbalanço 
muscular entre o reto 
abdominal (que é o 
musculo da barriga) e o 
adutor longo (que faz 
parte do grupo adutor 
que sai do púbis e vai se 
inserir no fêmur). Esses 
2 músculos são músculos que dividema mesma 
 
7 
aponeurose., ou seja, os 2 tem inserção de origem comum, 
que é na região do púbis. E o desbalanço entre essas 2 
musculaturas faz com que exista movimento nessa 
articulação do púbis, que NÃO é uma coisa que é pra existir, 
essa articulação NÃO é pra ter movimento. Como está tendo 
um desbalanço, ou o reto abdominal está fraco ou o adutor 
longo está muito forte/fortalecido, e isso leva a um 
movimento nessa articulação e depois uma degeneração. 
Pode acontecer também a ruptura do adutor longo, que é o 
que chamamos de “abrir a virilha” e causa muita dor. 
DIAGNÓSTICO 
O paciente vai chegar pra você se queixando de dor na face 
anterior, na face do púbis. 
• EXAME FÍSICO: DOR NA SINFISE PUBICA, DOR A 
ADUÇÃO CONTRA RESISTÊNCIA 
No exame fisico o paciente 
vai ter dor ao fazer a adução 
contra a resistencia. Então, 
voce segura as 2 pernas 
abertas, você pede pro 
paciente fazer uma adução contra a sua resistecia, ai ele vai 
ter dor também. 
• RAIO X: ALTERAÇÃO DEGENERATIVA SÍNFISE 
Na RADIOGRAFIA podemos ter 
alterações degenerativas dessa 
sinfise pubica. Aqui nessa 
imagem temos um exemplo, em 
que a gente vê uma sinfise 
pubica irregular, a gente ver a 
presença de osteofitos tanto de um lado quanto de outro. 
Podemos ver que a sinfise pubica um lado está 
completamente diferente do outro, percebe que não existe 
mais simetria nessa sinfise pubica. Provavelmente esse 
paciente da imagem deve ter uma pubalgia já há bastante 
tempo. 
• RESSONANCIA MAGNÉTICA: EDEMA NA SIFINSE 
PUBICA + LESÃO DO ADUTOR LONGO 
A ressonanicia magnética é 
o exame PADRÃO OURO, 
em que a gente ver edema 
nessa sinfise pubica. 
Podemos ver nessa 
imagem um edema ósseo, 
no corte em T2, tudo 
branco. Podemos ver 
também nessa imagem lesões do adutor longo, em que a 
gente ver uma camada liquida nessa região bem na origem 
do adutor longo aqui no pubis. 
Fiz o exame físico, positivo para Pubalgia. Fiz meu 
exame de imagem, tem essas alterações → vamos 
começar a tratar. 
TRATAMENTO 
• CONSERVADOR: AINE, FISIOTERAPIA MOTORA 
O tratamento é basicamente conservador. Usamos anti-
inflamatórios, analgésicos, fisioterapia (grande aliado para 
analgesia, para fortalecimento de grupo adutor, os agonistas 
adutores). Temos 4 adutores. Se o adutor longo é o que mais 
lesa (ele geralmente estar com no mínimo uma 
tendinopatia), a gente tem que fortalecer os agonistas, além 
de fazer o alongamento dele. E adequar a parte esportiva 
desse paciente. Se esse paciente NÃO é um atleta 
profissional, a gente pode interromper a atividade física que 
ele faz com frequência, tirar ele do futebol, por cerca de 2-3 
meses... pedir para ele fazer um outro tipo de atividade física 
para ele não ficar sedentário (por exemplo trocar um futebol 
por bicicleta ou por uma natação- durante aquele período do 
tratamento) e, assim, esse paciente tende a melhorar 
bastante. 
• INFILTRAÇÃO 
Se o paciente não tiver uma 
melhora importante podemos 
pensar em fazer uma infiltração. 
Vale lembrar que a infiltração pode 
ser guiada pelo ultrassom, em que 
você consegue injetar uma 
quantidade bem menor de produtos, tanto de corticoide, 
quanto de anestesicos. Hoje em dia tem se usado bastante a 
arnica – sendo outra opção para infiltração e que melhora 
bastante. Mas a infiltração fica reservada aos casos que não 
respondem ao tratamento puramente conservador. 
• CIRÚRGICO 
DESBRIDAMENTO DA SINFISE PUBICA 
TENOTOMIA ABERTA BILATERAL DO ADUTOR LONGO 
A última opção de todas é o 
tratamento cirúrgico. O 
tratamento cirúrgico não tem um 
resultado positivo, não tem um 
bom resultado. Ele é justamente o 
desbridamento da sínfise púbica e 
a tenotomia dos adutores. Mas mesmo assim, a gente 
prefere NÃO fazer, a gente NÃO tende a indicar de forma 
precoce porque a gente sabe que o resultado mesmo 
fazendo a cirurgia NÃO é o esperado. Para fazer a cirurgia de 
Pubalgia do atleta, a gente faz uma incisão do tipo 
Pfannestiel, como se fosse fazer um parto cesáreo, a gente 
 
8 
vai cair em cima da sínfise púbica, onde termina desbridando 
tecido necrosado, ligamento solto, tudo que está 
degenerado na sínfise púbica e, além disso, faz uma 
tenotomia dos adutores. A tenotomia do adutor a gente 
corta o ventre do adutor, ele fica bem palpável. 
PERGUNTA DO ALUNO: REGENERA A SINFISE PUBICA? R: 
Não! Uma sínfise púbica que já tem processo degenerativo, 
a gente não consegue fazer com que ela se regenere. De uma 
forma geral, a Medicina regenerativa é muito limitada. O 
grande objetivo é aliviar a dor – tirar pressão, tirar tecido 
degenerativo, tirar tecido necrosado – é isso que fazemos e 
acaba aliviando um pouco a dor. 
PERGUNTA SOBRE TENOTOMIA, COMO É? R: A tenotomia 
significa cortar o tendão. A gente palpa ele e corta ele. Mas 
se cortar ele vai perder a força? Não, não perde a força. 
Depois de 3-6 meses a força de adução volta completamente 
ao normal e a tendência de melhorar da dor é importante. 
Então quando a gente faz a tenotomia, quando a gente corda 
o adutor longo, ele consegue melhorar bastante a dor e não 
causa perda de força. 
No ATLETA não podemos fazer infiltração de 
corticoide porque é considerado doping. 
SINDROME DA DOR GLUTEA PROFUNDA 
A síndrome da dor glútea profunda é 
uma patologia relativamente comum, 
que acomete mais mulheres. É uma 
dor na face posterior, ou seja, uma dor 
na nadega, que pode irradiar para o 
membro inferior e pode piorar quando o paciente passa 
longos períodos sentado. 
• DOR NA FACE POSTERIOR 
• IRRADIAÇÃO 
• LONGOS PERÍODOS SENTADO 
SINDROME DO PIRIFORME: é uma síndrome RARÍSSIMA, 
que envolve má formação no nervo. O nervo ciático ele 
passa abaixo do musculo piriforme. Aqui nessa imagem 
temos uma visão posterior do quadril, estamos vendo o 
quadril de costas, aqui a região da nádega, conseguimos ver 
em laranja o musculo piriforme e o ciático passa abaixo dele, 
mas em algumas pessoas ele pode passar bifurcado – com 
uma parte do nervo dentro do piriforme e uma parte por 
baixo (imagem do meio) ou ele pode passar TODO dentro do 
piriforme, que é mais raro ainda (imagem da direita). E esses 
2 últimos casos no paciente sintomático, ou seja, no paciente 
que tem dor na face posterior com irradiação para todo 
membro inferior, isso vai ser a síndrome do piriforme. 
 
O mais comum de ter são as outras ETIOLOGIAS da síndrome 
da dor glútea profunda, que são elas: SACROILEITE, 
IMPACTO ISQUIOFEMORAL e TENDINOPATIAS DIVERSAS 
(tendinopatia isquiotibiais, que saem do ísquio e vão fazer a 
flexão do joelho e a musculatura posterior da coxa; a própria 
tendinopatia glútea pode causar dor na região posterior; a 
tendinopatia dos rotadores externos pode dar dor; a 
sacroileite pode causar dor na nádega). Sendo essas 
etiologias MUITO mais comum do que a síndrome do 
piriforme. 
DIAGNÓSTICO 
É um diagnóstico muito difícil. 
• EXAME FÍSICO: DOR + IRADDIAÇÃO A FACE 
POSTERIOR 
• RAIO X 
O Raio X pode ajudar um pouco, as vezes não ajuda tanto. 
• USG 
O USG é muito bom, a gente consegue ver todo o trajeto do 
ciático, ver se tem alguma banda fibrose, se tem algum cisto 
de compressão do ciático. 
• ELETRONEUROMIOGRAFIA 
Se o paciente tem perda de força 
motora, tanto se ele tem perda de 
força no território do ciático, se 
ele tem perda de força de dorso 
flexão do pé, então a eletroneuromiografia vai ajudar muito. 
É um exame bem chato pois a pessoa vai enfiando várias 
agulhinhas para ver o potencial motor de cada nervo. 
• RESSONANCIA MAGNÉTICA 
A RM também ajuda muito. Atualmente temos vários cortes 
sequencias que conseguimos ter uma boa visualização. 
Aqui temos um corte do nervo ciático 
em que a gente consegue ver o trajeto 
dele todo e se existe algum sitio de 
compressão no trajeto desse nervo 
ciático. Esse exame de imagem é 
chamado de NEUROGRAFIA – que é um 
exame de ressonância magnética. Mascom a própria 
ressonância magnética o pessoal consegue fazer cortes finos 
 
9 
e você consegue ver todo o trajeto do nervo e saber se existe 
algum sitio de compressão. 
Aqui temos a imagem 
de um QUADRANTE 
que ele classifica a 
depender de onde o 
paciente aponta qual 
a probabilidade do 
diagnóstico de dor 
glútea profunda. Se ele aponta em um quadrante mais 
supero medial: essa é uma probabilidade de ser uma dor na 
sacroilíaca. Se a dor é mais súperolateral: é provável que seja 
uma tendinopatia. Se a dor é ínfero lateral: aí sim pode ser 
uma síndrome piriforme. Se a dor é ínfero medial: provável 
de ser uma tendinopatia dos ísquios tibiais, da musculatura 
posterior da coxa que sai do ísquio. 
TRATAMENTO 
O tratamento vai ser conservador. Tentamos tratar de forma 
conservadora. 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Se por acaso o paciente não teve uma resposta positiva ao 
tratamento conservador ou o paciente tem algum sitio 
diagnostico já de compressão como: uma tumoração, um 
hematoma, uma banda fibrosa comprimindo o nervo ciatico, 
por exemplo – ai existe a opção de ressecar essa banda 
fibrosa pra esse nervo poder voltar a iscurcionar de forma 
natural. 
Essa cirurgia pode ser de forma aberta, mas nesse caso o 
paciente vai ter uma cicatriz bem grande na face posterior 
do quadril, pois para poder acessar ao nervo ciatico tem que 
fazer uma incisão de mais ou menos 15-20 cm na face 
posterior do quadril. E temos também a opção de fazer a 
cirurgia por via endoscópica, em que podemos usar a 
atroscopia, em que você entra com a microcamera e entra 
com o instrumental para poder ressecar essa banda fibrosa. 
NÃO é uma cirurgia fácil de fazer, é uma cirurgia bem 
delicada, em que a gente 
tem que ter muito cuidado 
pois estamos lidando com 
nervo. E aqui, diferente do 
adutor já mencionado, não 
pode ser cortado de jeito 
nenhum, pois se cortar esse 
nervo a perna para de funcionar. 
ARTROSE DO QUADRIL 
É a patologia mais comum. A osteoartrose do quadril é um 
processo degenerativo da cartilagem articular do quadril. Ela 
envolve pacientes com uma idade mais avançada, em geral 
ela é de causa secundária -então a gente pode ter o impacto 
femoral acetabular causando osteoartrose, a gente pode ter 
a necrose causando osteoartrose, a gente pode ter a 
displasia do quadril causando osteoartrose. Então todas 
essas doenças que vem lá da juventude podem causar a 
degeneração articular no futuro, se não tratadas. 
• IDADE MAIS AVANÇADA 
• DOR NA VIRILHA COM IRRADIAÇÃO 
O paciente vai vim com dor na virilha com irradiação para o 
joelho. 
• COMORBIDADES ASSOCIADAS 
Em geral o paciente que tem mais idade pode ter 
comorbidades associadas. 
• 4 SINAIS RADIOLÓGICOS: 
CISTOS; ESCLEROSE SUBCONDRAL; 
REDUÇÃO DO ESPAÇO ARTICULAR; 
OSTEÓFITOS – não precisa ter os 4, 
mas se tiver os 4 consegue fechar o diagnostico de forma 
muito mais fácil. 
TRATAMENTO CONSERVADOR 
O tratamento é basicamente conservador. 
• ANALGESIA 
Dipirona, tramadol, Tilex; anti-inflamatório se o paciente for 
bem orientado por curto período de tempo, de 7-10 dias. 
Pode usar também um corticoide de deposito para diminuir 
essa dor. Então, fazer o uso de terapias analgésicas de uma 
forma geral pra tentar melhorar a dor do paciente. 
• FISIOTERAPIA 
A fisioterapia vai manter a força muscular do paciente, vai 
fazer analgesia do paciente, vai manter a amplitude de 
movimento e vai tentar adiar um tratamento cirúrgico se a 
gente fizer o tratamento adequado com a fisioterapia. 
• HABITOS DE VIDA 
Perda de peso, fazer atividade física, beber pouco e não 
fumar. 
• APOIO DE MARCHA 
É justamente isso que está na imagem. O usa de 
1 muleta ou 2 muletas, ou 1 bengala. 
O uso do colágeno não tem comprovação 
cientifica ainda de melhoras. Existem alguns 
 
10 
estudos que mostram uma redução na dor do paciente, 
mas alteração histopatológica na cartilagem não existe 
comprovação. A vantagem do colágeno é que não tem 
efeito colateral nenhum. E a desvantagem é que a gente 
não consegue afirmar que faz bem pra essa articulação 
do paciente. 
 
ARTROPLASTIA TOTAL DO QUADRIL 
Se a coisa não der certo ou se for piorando, existe a opção 
do tratamento cirurgico. O tratamento cirurgico para a 
osteoartrose é feita com a artroplastia total do quadril. A 
gente faz tanto o componente acetabular, a gente coloca um 
componente no acetabulo; dentro dele vai um componente 
que é feito de ceramica; dentro do femur vai uma haste 
femoral e por ultimo a gente encaixa a cabeça femoral. 
Existem diversos tipos de proteses, diversos tipos de fixação 
de proteses. 
Aqui nessa imagem temos uma protese NÃO 
cimentada, ou seja, ela não depende de 
cimento para se fixar no osso. E existem 
várias superficeis de contato na protese de 
quadril. A protese de quadril pode ser feita 
de ceramica com ceramica, pode sere feita 
de ceramica com plastico, pode ser feita de 
metal com plastico... então a gente tem diversos tipos de 
proteses que a gente pode utilizar. 
E temos também as proteses cimentadas, 
em que você coloca cimento ósseo e depois 
coloca a protese, ou seja, a forma de fixação 
é o proprio cimento ósseo. 
Normalmente a gente faz a artroplastia e no 
dia seguinte o paciente começa a deambular e no terceiro 
dia o paciente já tem alta. Ou seja, a reabilitação pós 
artroplastia é rápida e fácil porque é um paciente que em 
geral cursa com pouca dor, então a gente consegue fazer 
com que o paciente volte as atividades dele de forma rapida. 
Ele vai ter algumas limitações e é importante a gente falar 
isso pro praciente antes de fazer cirurgia.

Continue navegando