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Dermatopatias de Pequenos Animais

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PIODERMITE/PIODERMATITE/PIODERMA CANINA – Infecção bacteriana da pele
→ Cão saudável, alimentação adequada, não possui doença de base ou sistêmica, toma pouco banho ou quase nenhum (cães não devem tomar banho) – PELE CONSEQUENTEMENTE SAUDÁVEL – Por isso as bactérias que vivem na pele não vão se multiplicar podendo causar PIODERMITE.
→ MICROBIOMA (Proteção microbiológica da pele) – Mantem a saúde da pele, quanto mais diversificado a microbiota natural da pele, mais saudável será a mesma (bactérias, vírus, algas, fungos, ácaros e outros microrganismos).
→ DISBIOSE (Diminuição da microbiota natural da pele, causando desequilíbrio).
OBS. Escovação semanal do pelo ajuda a manter a pele saudável (retirada de pelo morto).
“Prognóstico Reservado” – se tratar tem chance de cura, se não tratar morre. Depende, do tratamento, da doença e da resposta imunológica.
PELE: Atua como barreira protetora. 
Secreções glandulares + queratina. 
Emulsão superficial (SEBO) constituída de: 
-Ácidos graxos (Ac. Linoleico) 
-Sais orgânicos 
-Interferon 
-Complementos 
-Imunoglobulinas
MICROBIOTA SUPERFICIAL (Microbioma cutâneo): 
- Microrganismos residentes e transitórios. 
- Contribui para a imunidade cutânea. 
-Ocupação de nichos dificultando o crescimento de microrganismos patogênicos. 
Bactérias: Gram-positivas/ Gram negativas/ Anaeróbicas 
Fatores que influenciam a quantidade de bactérias na pele: 
- Oleosidade 
- Dermatose pré-existente (Dermatite atópica)
- Condições ambientais (umidade/calor) 
- Regiões intertriginosas (dobras/pregas cutâneas)
BACTÉRIAS MAIS COMUMENTE ENCONTRADAS:
• Staphylococcus pseudintermedius 
• Proteus sp. 
• Pseudomonas Sp. 
• Escherichia sp.
APARECIMENTO DE LESÕES CUTÂNEAS
Fatores predisponentes: 
• Gerais - Estado de nutrição, doença sistêmica. 
• Locais - Umidade, fricção, trauma, injúrias térmicas, seborreia, parasitos, infecções fungicas.
CLASSIFICAÇÃO DAS INFECÇÕES BACTERIANAS DA PELE:
• PIODERMITE DE SUPERFÍCIE: Estrato córneo e epiderme superficial (Face externa da epiderme). Tratamento preconizado é o TÓPICO, tratamento sistêmico (quando necessário) duração: No mínimo de 3 semanas, até 1 semana após a cura clínica. 
Dermatite das dobras cutâneas (intertrigo)
• Dobras faciais/ Prega labial/ Pregas corpóreas/ Pregas vulvares/ Prega caudal – Geralmente acomete cães saudáveis que tomam banho e as pregas ficam úmidas.
Sinais Clínicos: Pregas eritematosas e malcheirosas; Prurido é variável
Tratamento:
- Higiene no local (Clorexidine a 2% ou 3% - lenços umedecidos, gel ou xampu)
- Antibióticos de uso tópico - gentamicina, bacitracina, neomicina. DIPROGENTA (tem corticoide, em caso de coceira), CUTISANOL (talco ou loção), SPRAY ou MOUSSE DE HIPOCLORITO DE SÓDIO a 0,05%.
- Cirurgia nos casos avançados (plástica nas pregas, remoção do excesso de pele)
Dermatite úmida aguda
• Desencadeado por alteração na microbiota da pele 
• Favorecido por fatores ambientais tais como umidade e calor 
• Animais de pelagem longa são mais acometidos, pois são mais difíceis de secar.
Sinais clínicos:
• Desenvolvimento rápido, exsudação, halo eritematoso, auto traumatismo, prurido.
• Áreas circulares ou ovais, alopécicas, eritematosas, úmidas e exsudativas, bem delimitadas por pele e pelos normais.
• Dor na lesão
• As áreas lesionadas estão próximas às do processo deflagrador
Tratamento:
 - Higiene no local (tricotomia e limpeza com solução degermante), fazer contenção química ou mecânica, pois o animal sente bastante dor.
- Utilização de medicação tópica. (antibiótico + corticoide) 
- Em casos específicos deve ser utilizada medicação sistêmica (corticoides) 
- Encontrar fator predisponente (muito importante, para não virar recidivante)
- MEDICAÇÃO SISTÊMICA:
• Corticoterapia
- Prednisona; Prednisolona – Dose 0,5 a 1,0 mg/Kg SID, 7 a 10 dias
- Triamcinolona – Dose 0,1 mg/Kg SID q. 48 – 72h
• Antibioticoterapia, se necessário
- Cefalexina – por no mínimo 21 dias 
• PIODERMITE SUPERFICIAL: Epiderme interna e anexos epidérmicos, porção superficial do folículo piloso. Tratamento preconizado é o TÓPICO, tratamento sistêmico (quando necessário) duração: No mínimo de 3 semanas, até 1 semana após a cura clínica.
Impetigo
- Pústulas sub-corneais sem envolvimento dos folículos pilosos. 
- Lesões superficiais, não dolorosas e de caráter benigno. 
- Localizadas comumente na região abdominal e axilas. 
- Associada a parasitismo, infecções virais (cinomose), má nutrição, doenças hormonais, etc. 
- Comum em filhotes e animais debilitados.
Tratamento: 
• Medicação tópica 
– Banhos: Shampoos, loção, talco c/ ação anti-microbiana - Peróxido de benzoíla/ Clorexidine a 2 ou 3%/ Iodopovidona (degermante).
– Antibióticos (pomada, spray ou mousse).
OBS. Não pode usar corticoide, pois faz imunossupressão. Assim o animal fica pior!
• MEDICAÇÃO SISTÊMICA, caso necessário:
1º – Ampicilina (Dose 10 a 20 mg/Kg QID) – mais difícil do tutor administrar, por ser 4 x ao dia.
2º – Cefalexina (Dose 30 mg/Kg BID) – MAIS USADO
3º - Amoxicilina com clavulanato (Dose 10 a 22 mg/Kg TID)
Foliculite superficial
• ACOMETE A PORÇÃO SUPERFICIAL DOS FOLÍUCLOS PILOSOS 
• OCORRE FORMAÇÃO DE CROSTAS E O PRURIDO É VARIÁVEL 
• TRATAMENTO COM MEDICAÇÃO TÓPICA
– Banhos: Shampoos, loção, talco c/ ação anti-microbiana - Peróxido de benzoíla/ Clorexidine a 2 ou 3%/ Iodopovidona (degermante).
– Antibióticos (pomada, spray ou mousse).
• PIODERMITE PROFUNDA: Derme e hipoderme.
Necessário tratamento TÓPICO e SISTÊMICO associados, duração: No mínimo de 4 a 8 semanas, até 2 semanas após cura clínica. 
• Foliculite bacteriana profunda e furunculose
 – Piodermite profunda generalizada
 – Foliculite mentoniana
 – Furunculose interdigital 
– Furunculose acral por lambedura (Pode ser psicológico) – tratamento fluoxetina, ansiolítico.
– Piodermite das calosidades (geralmente acomete cães mais velhos, tratamento com DERSANI). 
– Furunculose induzida por tosa 
– Celulite 
– Pioderma do Pastor Alemão (Doença autoimune)
Piodermite
Secundária à: 
• Sarna demodécica 
• Imunodeficiência primária ou adquirida 
•Endocrinopatias – Hipotireoidismo – Hiperadrenocorticismo primário ou iatrogênico 
• Alergias 
• Ectoparasitoses 
• Desordens de queratinização
• Doenças autoimunes 
→ EM GATOS – Gatos possuem dente fino e com mordedura profunda, quando mordem inoculam bactéria, depois que essa ferida fecha, as bactérias vão se multiplicando dentro da pele, causando abcesso.
Tratamento:
• Investigação da causa primária ou doenças concomitantes 
•Higiene e utilização de shampoos antimicrobianos controle do prurido 
•Antibioticoterapia prolongada (mínimo 6 semanas até 3 semanas após a cura clínica)
 •Medicação de suporte – protetores para o estomago, evitando gastrite (Omeprazol), vitamina se estiver muito debilitado, uma ração melhor com comida de panela (proteínas), suplementação. 
• NÃO usar corticoide, pois faz imunossupressão!
• Antibioticoterapia:
- Cefalosporinas (Formam um grupo de antibióticos beta-lactâmicos relacionados com as penicilinas, usados no tratamento de infecções bacterianas) – Ex. cefalexina, penicilina.
- Quinolonas (Grupo de antibióticos, derivados do ácido nalidíxico) – Ex. Ciprofloxacina, norfloxacina.
- Sulfonamidas (São as amidas de ácidos sulfônicos) – Ex. sulfanilamida, sulfametoxazol.
- Macrolídeos (Derivados de eritromicina) – Ex. Azitromicina, claritromicina.
- Lincosamidas (Lincomicina, clindamicina e perlimicina)
ANTIBIOTICOTERAPIA DE ESCOLHA PARA PIODERMITES PROFUNDAS:
1º • CEFALEXINA – Dose 30 mg/Kg BID (Se o tutor não conseguir administrar via oral, ou o cão é muito sensível e faz vomito, o ideal é fazer CONVENIA (SC). Ou RILEXINE (VO) pois tem protetor estomacal. 
2º • AMOXICILINA COM CLAVULANATO – Dose 10 a 20 mg/Kg BID (Ideal para cães pequenos que fazem bastante vomito)
3º • CLINDAMICINA – Dose 5 a 10 mg/Kg BID
4º • ENROFLOXACINA – Dose 2,5 a 5,0 mg/Kg BID e SID (Última escolha, pois é o que mais causa resistência)
→ PIODERMITE RECIDIVANTE – 3 ou mais piodermites ao ano, chamada de Piodermite de recorrência, na maioria das vezes causada por DERMATITEATÓPICA (alergia), dar antibiótico não resolve o problema, ou seja, a alergia deve ser tratada!
DERMATITES ALÉRGICAS – Não tem cura, somente controle!
→ O tratamento pode ser barato, mas com efeitos colaterais (desenvolvimento de diabetes, obesidade, cardiomiopatias, insuficiência renal). Ou é caro, e não tem efeitos colaterais.
→ ALERGIA – Hipersensibilidade do organismo a algum alérgeno. Se o animal não se coça NÃO é alergia, se o animal se coça PODE ser alergia.
Hipersensibilidade do TIPO I – O sistema imunológico reage de uma exacerbada a alguma proteína (alérgenos) com peso molecular acima de 10.000 daltons. EX – Um cachorro normal quando tem contato com poeira, pólen, ou picada de pulga não vai desencadear uma resposta pruriginosa, com rinite, bronquite ou asma. Porque o sistema imunológico vai responder com a produção de Linfócitos do TIPO TH1 (Resposta normal). 
Hipersensibilidade do TIPO II – Produção de Linfócitos do TIPO TH2. Defeito genético imunológico, desencadeia a cascata do pró inflamação, com liberação de substancias pró inflamatórias (interleucinas e IgE) se ligam ao mastócitos, que é a célula da alergia. Toda vez que ele se desgranula, rompe e libera substancias que fazem eritema, inflamação e coceira. Fatores ambientais influenciam nessa resposta alérgica.
★ Dermatite Atópica (Alergia aos alérgenos ambientais – poeira, ácaro, fungos, bolores, grama, pólen, árvores, quitina de barata, pele humana)
★ Hipersensibilidade Alimentar
★ Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas – DAPP (mais comum)
★ Dermatite de Contato
Cães – DAPP, Dermatite atópica, Hipersensibilidade alimentar e Dermatite de contato.
Gato – DAPP, Hipersensibilidade alimentar, Dermatite atópica felina e dermatite de contato.
DAPP
DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA:
A dermatite alérgica à picada da pulga é uma hipersensibilidade ou reação alérgica aos componentes conhecidos como antígenos (substâncias que estimulam a produção de anticorpos) da saliva (proteínas que fazem resposta alérgica do tipo TH2) da pulga. Alguns animais podem sofrer de infestação de pulgas (presença de um grande número de pulgas e dos seus excrementos) tendo ou não dermatite alérgica.
SINAIS CLÍNICOS:
Prurido intenso - mais localizado na região dorso-lombar, alopecia, pápulas e máculas, hiperpigmentação, hiperqueratose, crostas, seborreia, dermatite úmida, triangulo da DAPP – região dorso lombar sacral.
TRATAMENTO:
CONTROLE DO PRURIDO (COCEIRA)
• Apoquel – durante 7 dias, se estiver muito ruim durante 30 dias (Até o retorno).
• Prednisolona ou Prednisona – Usar de 0,5 a 1,0 mg/kg – SID – de 7 a 10 dias (+ de 10 dias tem que fazer desmame por conta da imunossupressão).
*Anti-histamínico NÃO adianta! 
CONTROLE DAS PULGAS
• No ambiente – depende da infestação, mas o melhor é a dedetização.
• No animal - Frontline plus, Advantadge Max 3, Revolution, Program Plus, Capstar, Simparic, Nexgard, Credeli, Bravecto.
• OBS – Não esquecer de fazer um VERMÍFUGO, pois pulga transmite Dipylidium caninum. 
DERMATITE DE CONTATO
DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA:
Reação de hipersensibilidade do tipo IV, antígeno se liga a proteínas cutâneas e os dois desencadeiam a reação. (Coisas de plástico, roupinhas, coleiras, produtos de limpeza – Lisoform diluído – pode ser usado, não causa alergia)
SINAIS CLÍNICOS:
•prurido
•lesões localizadas: dermatite nas áreas de contato, pele fina e pouco coberta por pelos - coleiras, potes plásticos.
•liquenificação, hiperpigmentação, eritema, autoescoriação.
HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR
DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA:
Alergia alimentar pode ser definida como uma reação adversa a um antígeno alimentar mediada por mecanismos fundamentalmente imunológicos, causando alterações clínicas em órgãos alvos passíveis de serem reproduzidas em provocações subsequentes. (Todas as vezes que comer o alimento causador da alergia, vai apresentar resposta cutânea – prurido, vermelhidão e coceira).
SINAIS CLÍNICOS: lesões inespecíficas - eritemas, escoriações, alopecia, hipotricose (coceira). Apenas 15 a 30 % dos animais podem ter alguma alteração gastrointestinal, a maioria não tem, o animal que tem hipersensibilidade alimentar quando filhote, ele será atópico quando adulto.
DIAGNÓSTICO (Desafio por exclusão):
OBS. Escolher primeiramente um carboidrato e uma proteína que nunca tenha dado ao animal.
IMPORTANTE: NÃO administrar Simparic ou Bravecto (pois tem palatabilizante sabor porco) e o Nexgard (carne bovina) durante as 8 semanas de exclusão. Utilizar coleira SERESTO.
RAÇÕES HIPOALERGÊNICAS:
- Hipoalergênica Royal canin
- Z/D Hill ́s
- Ultra Hypo Farmina
- Hipoalergênica Total
DERMATITE ATÓPICA CANINA – Não tem cura!
DEFINIÇÃO E ETIOLOGIA:
- Dermatite pruriginosa canina de origem genética. Paciente torna-se sensibilizado ao entrar em contato com antígenos ambientais inalados. É uma reação hipersensível do tipo I, e IV em cães crônicos.
- Genética. Inalação do antígeno, produção de IgE alérgeno-específica que se fixa em mastócitos tissulares da pele (órgão-alvo). Degranulação do mastócito, liberação de compostos farmacologicamente ativos.
- Raças acometidas: Dálmatas, Poodles, Chow Chow, Sharpei, Setters.
Hoje em dia: bulldogs, maltes, shitzu, pugs, poodles, Yorkshire, Golden, labrador e pastor alemão. Acredita-se que 30% da população canina é atópica!
DEFINIÇÃO ATUAL:
A dermatite atópica (DA) é mais do que uma alergia - é uma doença complexa que envolve sensibilização a alérgenos ambientais e / ou alimentares, uma barreira de pele defeituosa, inflamação anormal da pele, infecções microbianas e outros fatores que desencadeiam as crises. É uma condição vitalícia que requer um gerenciamento multifacetado contínuo. O tratamento deve ser adaptado ao indivíduo, levando em consideração problemas clínicos, resposta ao tratamento, efeitos adversos, temperamento, finanças, etc.
CARACTERÍSTICAS DOS ATÓPICOS:
- Hipersensibilidade do Tipo I (Favorece a inflamação e a coceira)
- Disbiose (Favorece a infecção)
- Defeito na barreira cutânea (Favorece a entrada de alérgenos ambientais)
SINAIS CLÍNICOS:
- 2a. desordem cutânea mais comum de cães
- Prurido intenso (COCEIRA) - sinal mais preponderante
- Lesões secundárias associadas ao auto traumatismo, pioderma secundário (foliculite, furunculose, dermatite úmida) e enfermidade seborreica (12 %)
- Face, patas e ventre (generalizada só em 40 % dos cães)
- Otite externa e conjuntivite atópica (50 %)
- Inflamações causadas por conta da Dermatite Atópica: conjuntivite, otite, quielite, pododermatite, anite e dermatite.
DIAGNÓSTICO por exclusão:
• Raspado de Pele - negativo
• Citologia – infecção bacteriana e/ou malassesíose
• Tricografia – pelos quebradiços
• Cultura bacteriana e fúngica
• Biópsia e Histopatologia
• Outros: perfil bioquímico, dosagens hormonais (diagnóstico diferencial)
• Teste alérgico intradérmico ou sorológico
MUDANÇA NO MANEJO:
- Alimentação
- Banhos (produto que melhore a barreira cutânea)
- Tosa com tesoura
- Material de limpeza (lisoform, água sanitária diluída)
- Evitar contato com tapetes, cortinas, roupas ou outro material com potencial alergênico
- Controle de pulgas e carrapatos
TRATAMENTO:
• TÓPICO – Xampus, Cremes, Pomadas, Loções, Gel, Unguentos, Pó secante.
Terapia tópica - Melhorar a barreira cutânea e controlar as infecções
Repositor da Barreira cutânea e hidratante:
- Óleos essenciais e ácidos graxos – “spot on” ou spray
- Ceramideos e ácidos graxos – “spot on”
- Fitoesfingosina – shampoo ou spray
- Gel, solução, creme, emulsão, talco -HIDROCORTISONA, MICONAZOL, CLINDAMICINA ou BACITRACINA – 1 a 2% / Hipoclorito de Sódio 0,03 a 0,05%.
*Hipoclorito de sódio = 
- 20 ml de água sanitária + 1 litro de água mineral (caseiro)
- Hipoclorito de sódio 0,05%
 Hidroviton (Em caso de pele seca)
 Mousse q.s.p. ---------- 60 ml
 (farmácia de manipulação)
→ Aplicar a medicação no corpo do animal de 1 a 2 x ao dia até o retorno.
Shampoos:
- Clorexidine 3% (infecção bacteriana e fúngica – seborreia discreta)
- Ácido salicílico 2,5% + Enxofre 2,5% (Seborreia moderada)
- Sulfeto de selênio 2,5% (seborreia severa)
- Hidrocortisona1% (coceira leve / alergia a tosa)
• SISTÊMICO - Mudança do manejo, Ácidos Graxos, Glicocorticoides, Imunoterapia, Outros.
• ÁCIDOS GRAXOS - Use doses altas
- Omega-3: 66 mg/kg/dia – usado se quiser efeito anti-inflamatório (Exemplo: 1 capsula com 180 mg/EPA, 120 mg/DHA por 4.5 kg)
- Omega-6: 100-280 mg/kg/dia – usado se quiser melhorar a aparência do pelo e barreira cutânea
- Tente por um período longo
- Melhora pode ser notada em 30 a 90 dias - Trate por pelo menos 3 meses
• CORTICOTERAPIA
- Dose antinflamatória: Prednisona ou Prednisolona 0,5mg (cães com 15 Kg ou +) a 1,0 mg/Kg (cães até 15 Kg) 24/24h de 3 a 7 dias.
- Dose manutenção: Depois 0,5mg (cães com 15 Kg ou +) a 1,0 mg/Kg (cães até 15 Kg) 48/48h de 6 a 14 dias. Depois 0,25mg (cães com 15 Kg ou +) a 0,5 mg/Kg (cães até 15 Kg) 48/48h de 6 a 14 dias.
- Dose fisiológica: Depois 0,125mg (cães com 15 Kg ou +) a 0,25 mg/Kg (cães até 15 Kg) 48/48h de 6 a 14 dias.
- Dose segura: 30 x peso animal/ano (não pode ultrapassar essa dose para ser segura) = 0,125mg (cães com 15 Kg ou +) a 0,25 mg/Kg (cães até 15 Kg) 72/72h
OBS: Doença autoimune dobra a dose e aumenta o tempo de indução e todas as outras etapas.
• APOQUEL – Dose: 0,4-0,6 mg/kg a cada 12 horas por 14 dias. A seguir, 0,4-0,6 mg/kg a cada 24 h para manutenção por período indeterminado
• CYTOPOINT – Dose: 2,0 mg/kg uma vez ao mês (Só resolve a coceira)
• CICLOSPORINA- Dose: 5 a 10 mg/kg SID. Cerca de 21 a 30 dias para melhores resultados. Acesso a medicação. Custo (USO HUMANO)
• IMUNOTERAPIA (Trata a doença, não só os sintomas como os outros)

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