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JÚLIA MARINOT – TURMA XXV ORTOPEDIA ARTICULAÇÕES • SINOVIAIS: Une dois ossos por meio de uma capsula articular revestida internamente por membrana sinovial e seu espaço articular preenchido por líquido sinovial. Sendo ainda reforçada por ligamentos acessórios. • FIBROSAS: São articulações nas quais os ossos estão unidos por tecido fibroso, sua mobilidade depende do tamanho das fibras. Um dos tipos de articulação fibrosa é a sindesmose que corresponde a dois ossos unidos por uma lâmina de tecido fibroso. • CARTILAGÍNEAS: Ossos unidos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. PLANOS E EIXOS JÚLIA MARINOT – TURMA XXV VÉRTEBRAS Nosso corpo é composto por 33 vértebras sendo elas: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas. Destaca-se que as cinco sacrais se unem para a formação do sacro e as 4 coccígeas se unem para formação do cóccix, aproximadamente aos 30 anos de idade. Uma vertebra típica possui elementos característicos que se mantém em todas as vértebras da coluna: Seus processos articulares superiores e inferiores, cada um com suas respectivas faces articulares (cada uma possui orientação característica para determinar o tipo de movimento – sinoviais planas), são responsáveis pela articulação, movimento e alinhamento, possuindo capsulas articulares finas e mais frouxas na região cervical. Por sua vez, os processos transversos e espinhosos atuam na fixação dos músculos profundos dorso. Corpo vertebral representa osso trabecular envolto por osso compacto, sendo que nas trabéculas existe medula óssea vermelha e na região posterior do corpo existem forames que acomodam artérias para drenagem da medula. Os corpos aumentam de tamanho à medida que vão descendo na coluna. As vertebras ainda possuem incisuras vertebrais superiores e inferiores que quando se unem na junção das vertebras formam os forames intervertebrais para passagem dos nervos espinhais. E os forames vertebrais formam o canal vertebral. • VÉRTEBRAS CERVICAIS: Localizadas entre o crânio e a coluna torácica, possuem corpos menores e discos articulares mais finos (entretanto espessos se comparados aos corpos), já que sustentam menos peso. Elas permitem grande mobilidade dessa porção do corpo, devido as suas características intrínsecas (corpo, disco e faces articulares quase horizontais) que permitem alto grau de flexão, extensão e limitado de rotação. As suas características marcantes são a presença de forames transversários nos processos transversos que permitem a passagem de artérias e veias vertebrais (exceto em C7 que passam apenas veias acessórias), além de tubérculos anteriores e posteriores para fixação de músculos cervicais laterais. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV Existem ainda as vértebras não típicas da coluna cervical, são elas: Atlas (C1) que não possui processo espinhoso nem transverso, apenas massas laterais e suas faces articulares superiores se articulam com os côndilos do occipital, além disso em sua região posterior ela possui o sulco da artéria vertebral Por sua ver o Áxis (C2), é a segunda vertebra cervical, ela possui um dente para articulação com C1 que está presa a ela pelo ligamento transverso do atlas. A terceira vértebra cervical C3, possui processo espinhoso curto e bífido, além de grande forame vertebral para acomodar a intumescência cervical da medula espinhal. Já a sexta vértebra cervical C6, também possui processo espinhoso curto e bífido, além do tubérculo carótico, local de compressão da artéria carótida comum. Por último, a sétima vértebra cervical, representada por C7 possui o processo espinhoso mais longo, além de grande forame vertebral para acomodar intumescência cervical da medula espinhal. • VERTEBRAS TORÁCICAS: Estão situadas entre a coluna cervical e a coluna lombar, possuem processos articulares costais (fóveas costais) para articulação com as costelas. O grau de movimento dessa região é limitado em flexão lateral e em rotação pela presença da caixa torácica. Possuem processos acessórios e processos mamilares ambos destinados à fixação de músculos. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV As vértebras dessa região da coluna que merecem destaque são a primeira vértebra torácica ou T1, visto que, ela possui uma fóvea (para primeira costela) e uma hemifóvea costal (para segunda costela). Além da T12 que representa a vértebra de transição entre a coluna torácica e lombar, sendo assim está sujeita a estresse de transição e consequentemente maior risco de fraturas, sua porção superior é torácica e a inferior é lombar (possui processos mamilares). • VÉRTEBRAS LOMBARES: Essas estão localizadas entre a coluna torácica e o sacro. Suas características principais são grandes corpos vertebrais visto que são as vértebras que sustentam mais peso. Possui alto grau de amplitude para movimento, principalmente flexão e extensão, impedindo a rotação. Possui ainda processos mamilares e transversários para a fixação de músculos. O principal destaque dessa região da coluna é a quinta vertebra lombar ou L5 que é a maior vértebra móvel da coluna, visto que, suporta todo o peso da porção superior do corpo. • SACRO: Representado pela fusão das cinco vertebras sacrais, é cuneiforme, localizado entre os ossos do quadril e forma a parede superior e posterior da pelve. Ela se afunila, já que apenas a porção superior sustenta peso, sua porção inferior é a continuação do canal medular, por meio do canal sacral, contendo a cauda equina e forames sacrais para passagem dos nervos espinhais. • CÓCCIX: Representado pela fusão de quatro vértebras primitivas, sendo que a primeira coccígea pode estar separada das demais. Essa porção da coluna não sustenta peso na posição ortostática. ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS DA COLUNA • DISCO INTERVERTEBRAL: Responsáveis pela fixação dos discos possuem importante papel na sustentação de peso, absorção de impacto e na mobilidade da coluna vertebral (representam 25% da altura da coluna), sua espessura aumenta à medida que descemos na coluna. São sínfises (cartilagíneas secundárias) e estão divididos em anel fibroso e núcleo pulposo. O anel fibroso representa anéis concêntricos de fibrocartilagem, mais fino na região posterior que tem vascularização reduzida à medida que se tornam mais internos e apenas seu terço mais externo é inervado sensitivamente. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV Já o núcleo pulposo é de natureza semilíquida, avascular, responsável pela absorção pela absorção de impacto, não está centralizado no anel, sendo mais posterior. Está sujeito a herniação que pode gerar compressão radicular por sua massa deslocada ou por diminuir o forame intervertebral. Além de se tornar mais rígido com o envelhecimento, pela perda de proteoglicanos e ganho de colágeno. • LIGAMENTO LONGITUDIAL ANTERIOR: Grande e largo, cobre os corpos vertebrais e discos intervertebrais, possui ação em impedir a hiperextensão da coluna (sendo o único que realiza isso), estende-se desde a face pélvica do sacro até C1. • LIGAMENTO LONGITUDINAL POSTERIOR: Mais fino e pouco resistente, passa dentro do canal medular estando aderido principalmente aos discos intervertebrais, possui ação em impedir a hiperflexão da coluna, além de evitar a herniação dos discos intervertebrais. Possui noiciceptores. • LIGAMENTO AMARELO: Composto de tecido fibroelástico amarelo claro, passa no interior do canal vertebral e une as lâminas das vértebras. Torna-se mais espesso na região lombar. Sua principal ação é impedir a flexão abrupta da coluna e manter as curvaturas normais. • LIGAMENTO INTERESPINHAL: Ligamento fino e membranáceo que une os processos espinhosos de vértebras adjacentes. • LIGAMENTO SUPRAESPINHAL: Ligamento mais forte que também uneos processos espinhosos de vértebras adjacentes, sendo que se estende de C7 ao sacro, se unindo ao ligamento nucal superiormente. • LIGAMENTO NUCAL: Se estende dos côndilos do occipital até o processo espinhoso de C7. • ARTICULAÇÕES ATLANTOCCIPITAL // ATLANTOAXIAL // LIGAMENTO ALAR: Atlas + côndilos do occipital (sinoviais elipsóideas) // atlas + áxis (sinoviais planas e trocóidea) // áxis + forame magno. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • LIGAMENTOS INTERTRANSVERSÁRIOS: Une os processos transversos das vértebras adjacentes. COLUNA VERTEBRAL • EMBRIOLOGIA: Formado pelo mesênquima embrionário, inicialmente o mesoderma embrionário migra para a região lateral da notocorda e do tubo neural para formação do mesoderma paraxial, posteriormente esse mesoderma é dividido em somitos que possuem a região do esclerótomo (ventromedial) que formará vertebras e costelas e do dermiótomo (dorsomedial) que formará pele e músculos. Para a formação dos ossos é necessário a migração e condensação de células mesenquimais para a formação de um modelo ósseo que posteriormente sofrerá ossificação intramembranosa ou endocondral. Por sua vez, as cartilagens são formadas a partir da proliferação de condrócitos. Por último, as articulações dependem da proliferação do mesênquima interzonal. A coluna vertebral depende da migração dos esclerótomos densamente agrupados da região caudal para a região cranial, formando assim o disco articular. Por sua vez, as células densamente agrupadas restantes, somadas as frouxamente agrupadas passam a formar o corpo vertebral primitivo e o que resta de notocorda forma o núcleo pulposo do disco articular. • FUNÇÕES: Suas principais funções são: proteção da medula espinhal, auxilia nos movimentos corporais e na sustentação de peso. • MOVIMENTOS: Os movimentos da coluna incluem flexão, extensão, flexão lateral e rotação, sendo eles dependentes dos músculos do dorso, dos músculos laterais e do abdome. Sua amplitude varia de acordo com o tamanho dos corpos das vertebras, espessura do disco articular, volume de tecido adjacente, tensão das capsulas articulares, formato e orientação das faces articulares, entre outros. Os locais de movimentação mais livre são na porção cervical e lombar, sendo grau máximo de flexão e extensão respectivamente e de flexão lateral em ambas. • CURVATURAS: A coluna possui quatro curvaturas, que auxiliam na amplitude de movimento. As cifoses torácica e sacral são curvaturas primárias que derivam da e maior flexibilidade. posição do embrião no interior do útero materno e mantidas em razão da diferença de altura entre a região anterior e posterior da vértebra, já as lordoses cervical e lombar são curvaturas secundárias que derivam da extensão da posição fletida e mantidas por diferenças de espessura entre as regiões anteriores e posteriores dos discos intervertebrais. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • CURVATURAS ANORMAIS: São definidas como curvaturas anormais, quando ocorre aumento das curvaturas já existentes da coluna (o excesso de peso pode provocar isso) ou criação de novas. A hipercifose torácica é definida como aumento da cifose torácica primária, pode ocorrer em decorrência de degradação da porção anterior dos corpos vertebrais. Por sua vez, a hiperlordose lombar é definida como aumento da lordose lombar secundária, pode ser gerada por aumento da extensão das vértebras lombares e enfraquecimento muscular. Por último existe a escoliose decorrente de curvatura lateral e rotação das vertebras, pode ser decorrente de ausência no desenvolvimento de metade da vértebra. MÚSCULOS DO DORSO • MÚCULOS EXTRÍNCECOS: Os músculos extrínsecos são divididos em superficiais e intermediários. Os superficiais são inervados por ramos anteriores dos nervos cervicais, sendo responsáveis principalmente pela movimentação dos membros superiores. Por sua vez os intermediários estão relacionados a movimentos respiratórios e a propriocepção (serrátil posterior superior e inferior). • MÚSCULOS INTRÍNCECOS OU PRÓPRIOS DO DORSO: Essa categoria de músculos inclui os superficiais, intermediários e profundos, sendo todas a camadas inervadas pelos ramos posteriores dos nervos espinhais e com a principal função de manter a postura ereta e realizar movimentos. Na camada superficial, existem os músculos esplênios que constituem a parte superficial do pescoço e são responsáveis por manter os músculos profundos do pescoço na posição correta. Já na camada intermediária existem os músculos eretores da espinha, principais responsáveis pela extensão da coluna. Eles estão divididos em espinhal (coluna medial), longuíssimo (coluna intermédia) e iliocostal (coluna lateral). Por último existe a camada profunda, composto pelos músculos que vão do processo transversos[ de uma vértebra ao processo espinhoso da vertebra superior, sendo eles: multífidos, rotadores, semiespinhais, infraespinais e intertransversários. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV FLEXORES EXTENSORES ROTADORES LATERALIZADORES Reto abdominal Eretores da espinha Rotadores Eretores da espinha Psoas maior Multífidos Interespinhais Semiespinhais Intertransversários Infraespinais Semiespinhal do tórax OSTEOPOROSE Principal doença metabólica da atualidade, caracterizada por perda de massa óssea, em geral, não é identificada até que ocorram fraturas patológicas. Para fins diagnósticos é necessário um exame de sangue completo, exame das funções da tireoide, dos níveis séricos de cálcio e vitamina D, além de hormônios sexuais. O exame de imagem utilizado é a densitometria óssea que avalia a perda de massa óssea por meio do T-score (maior ou igual a -1 – normal, de -1 a -2,5 – osteopenia, menor ou igual a -2,5 – osteoporose). O manejo do paciente deve ser realizado com indicação de prática regular de atividade física, além de manutenção do suprimento adequado de cálcio e vitamina D. Durante o metabolismo ósseo normal, existe um balanço entre os osteoclastos responsáveis pela reabsorção óssea e os osteoblastos responsáveis pela formação óssea, além de osteócitos que indicam onde as células devem atuar. Nessa normalidade, os osteoclastos dependem da ativação dos osteoblastos, por meio da liberação do RANKL (que irá ligar no receptor RANK dos osteoclastos), sendo essa ativação inibida pela OPG. Entretanto, na osteoporose, existe um desbalanço entre esses elementos fazendo com que a ocorra mais reabsorção do que formação óssea. Esse fato pode derivar da deficiência de estrogênio, já que esse hormônio é responsável por gerar apoptose dos osteoclastos e sua ausência possui como consequência a maior sobrevivência dos osteoclastos por vias de interleucinas e TNF. Pode ainda ser causado pelo envelhecimento que reduz o suprimento de osteoblastos para o osso. E por fim, derivar da deficiência de cálcio ou de vitamina D que gera o hiperparatireoidismo secundário e consequentemente aumento da reabsorção óssea. Os fatores de risco associados a osteoporose são, idade, mulher pós menopausa, genética, inatividade física, amenorreia ou menarca tardia, medicamentos, álcool, tabaco e deficiência de cálcio. Existem dois tipos de doença, a tipo I pode ser juvenil ou idiopática, no período pós menopausa ou associada a idade. Já a tipo II está relacionada a doenças já existentes, uso de medicamentos, drogas, entre outros. LOMBALGIA Processo correspondente a dor na região da coluna lombar (pode irradiar), ao menos 70% da população sofrerá com essa dor em algum momento da vida, sendo que a idade predominante é a idade ativa no mercado de trabalho. Essa dor pode ser caracterizada como aguda (menos de 6s), subaguda (entre 6 e 12s) e crônica (mais de 12s). Existem diversos fatores causadores, entre eles, câncer, infecção, fraturas por compressão, estenose, osteoporose e hérnias de disco. Além de vários fatores desencadeantes, comopor exemplo: condição psicossocial do indivíduo, postura, obesidade, trabalho pesado etc. A curvatura lombar normal tem seu ápice na vertebra L3, entretanto existe a hiperlordose lombar na qual ocorre aumento da curvatura ou retificação da coluna, quando desaparecem as curvaturas normais. Ambas geram uma desestabilização do apoio tripodal (corpo e faces articulares direita e esquerda). No caso do aumento da curvatura o peso passa a ser concentrado nas faces articulares, podendo gerar desgaste articular e estenose, já na retificação o peso passa para os corpos vertebrais, sujeitando a herniação e osteófitos. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV OSSOS DO BRAÇO/REGIÃO PROXIMAL DO ANTEBRAÇO O esqueleto apendicular superior é formado pelo cíngulo do membro superior (manúbrio do esterno + clavícula + escápula) que une o membro superior ao esqueleto axial, associado aos ossos da parte livre. Sendo que o membro superior está dividido em ombro, braço, antebraço e mão. Sua grande mobilidade deriva da articulação frouxa da cabeça do úmero, associado a única união dele com esqueleto axial ser na articulação esternoclavicular, além de não estar associado a sustentação de peso. • CLAVÍCULA: É um suporte móvel e rígido que suspende a escápula e o membro livre, esse osso é desprovido de cavidade medular, sendo esponjoso e revestido de osso compacto. Articula-se com o manúbrio do esterno e com o acrômio da escápula por meio das articulações esternoclavicular e acromioclavicular. Em sua região posterior possui a linha trapezoide, que acomoda o ligamento assim intitulado e o tubérculo conoide que também acomoda o ligamento com o mesmo nome. Além do sulco para o músculo subclávio. • ESCÁPULA: Está sobreposta da segunda a sétima costela. Possui a espinha da escápula que divide a porção posterior em fossa supra e infraespinal que são os locais de origem dos músculos que levam esses mesmos nomes. A espinha continua anteriormente com o acrômio da escápula que se articula com a clavícula. Em sua face anterior está a fossa subescapular local de origem do músculo assim intitulado. A escápula conta ainda com a cavidade glenóide, cavidade rasa que recebe a cabeça do úmero na articulação com o ombro e o processo coracoide local de origem de músculos e fixação de ligamentos. Ela possui movimento considerável sobre a parede torácica por meio da articulação escapulotorácica, essa movimentação permite a livre mobilização do braço. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • ÚMERO: É o maior osso do membro superior, se articula em sua região proximal com a escápula na cavidade glenóide e na região distal com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. Possui um colo cirúrgico (local mais comum de faturas) e um colo anatômico (mais próximo da cabeça), além dos tubérculos maior, menor e o sulco intertubercular que protege o tendão da cabeça longa do bíceps braquial. Em sua região posterior está o sulco do nervo radial por onde passa o nervo radial e a artéria braquial profunda. Sua articulação com a ulna na face posterior ocorre por meio da tróclea e da fossa do olecrano (que abriga o olecrano da ulna na extensão completa do antebraço). Já na face anterior existe a continuação da tróclea e acima dela a fossa conoidea que abriga o processo conoide na flexão total do antebraço, e existe ainda o capítulo que se articula com a cabeça do rádio e acima dele a fossa radial que acomoda a cabeça do rádio na flexão completa do antebraço. O úmero termina com epicôndilos medial e lateral. • ULNA: É o osso mais longo do antebraço. Para sua articulação com o úmero ele possui a incisura troclear formada pelo processo conoide + olecrano. Além de possuir a incisura do rádio, se articulando assim com o osso mais curto do antebraço. • RÁDIO: É o osso mais curto do antebraço. Consegue girar entorno da ulna, permitindo pronação e supinação. Sua cabeça se articula com o capítulo + fossa radial do úmero, sendo assim é coberta de cartilagem articular. Além de possuir articulação com a ulna, na incisura radial. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV MÚSCULOS DA REGIÃO PEITORAL E ESCAPULAR • TORACOAPENDICULARES ANTERIORES: São responsáveis por mover o cíngulo do membro superior. AÇÃO INERVAÇÃO PEITORAL MAIOR Adução e rotação medial do braço N. peitoral lateral e medial PEITORAL MENOR Esticar o braço além do alcance, movimentos respiratórios e estabilização da escápula N. peitoral medial SUBCLÁVIO Proteção da região abaixo da clavícula e estabilização da clavícula N. para o músculo subclávio SERRÁTIL ANTERIOR Protração, fixação e rotação da escápula N. torácico longo JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • TORACOAPENDICULARES POSTERIORES SUPERFICIAIS Tanto os superficiais quanto os profundos possuem a principal responsabilidade de unir o esqueleto axial ao apendicular superior. AÇÃO INERVAÇÃO TRAPÉZIO Elevação, retração, depressão, rotação e fixação da escápula N. acessório LATÍSSIMO DO DORSO Estende, retrai, roda medialmente, aduz o úmero N. toracodorsal • TORACOAPENDICULARES POSTERIORES PROFUNDOS AÇÃO INERVAÇÃO LEVANTADOR DA ESCÁPULA Elevação da escápula e flexão lateral do pescoço N. dorsal da escápula ROMBÓIDES Retrai, gira e fixa a escápula N. dorsal da escápula JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • MÚSCULOS ESCAPULOUMERAIS OU INTRINCECOS DO OMBRO: AÇÃO INERVAÇÃO DELTÓIDE Abdução N. axilar REDONDO MAIOR Adução, rotação medial do braço e estabilização da cabeça do úmero N. subescapular SUPRAESPINHAL Abdução N. supraescapular INFRAESPINHAL Rotação lateral N. supraescapular REDONDO MENOR Rotação Lateral e adução N. axilar SUBESCAPULAR Rotação medial N. subescapular JÚLIA MARINOT – TURMA XXV MÚSCULOS DO BRAÇO O braço possui um compartimento anterior composto pelos três músculos flexores (bíceps braquial – principal supinador, cocacobraquial e braquial – principal flexor) e inervado pelo N. Musculocutâneo. Além do compartimento posterior composto por um músculo extensor (tríceps braquial) e um músculo acessório (ancôneo), sendo inervados pelo N. Radial. ARTICULAÇÕES DA REGIÃO PROXIMAL DO MEMBRO SUPERIOR • ESTERNOCLAVICULAR: É uma articulação sinovial selar que se comporta como esferóidea, está dividida em dois compartimentos pelo disco articular, possui capsula articular envolta internamente por membrana sinovial. Sua resistência se dá pelos ligamentos: interclaviculares, costoclavicular e esternoclavicular. • ACROMIOCLAVICULAR: É uma articulação sinovial plana, está parcialmente dividida por um disco articular, possui capsula articular e membrana sinovial interna. Sua resistência se dá pelos ligamentos: acromioclavicular e coracoclavicular (dividido em trapezoide e conoide). JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • DO OMBRO: Articulação sinovial do tipo esferóidea, a cabeça do úmero se articula com a cavidade glenóide da escápula. Como essa cavidade é muito pequena e acomoda apenas uma pequena parte da cabeça do úmero ela é aprofundada pelo lábio glenoidal, um segmento de fibrocartilagem que ajuda na estabilização da articulação. Sua capsula articular é frouxa permitindo uma grande gama de movimentos e grande amplitude a eles e possui duas aberturas, uma para passagem do tendão da cabeça longa do bíceps braquial e a outra para a comunicação com a bolsa subescapular. Dentre os ligamentos que reforçam a articulação estão: glenoumerais, coracoumeral, transverso do úmero e coracoacromial. Já as bolsas presentes nessa articulação são: subtendínea do músculo subescapular e subacromial. OBS – lesão slap é a lesão da porção superior do lábio glenoidal. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • DO COTOVELO: É uma articulação sinovial do tipo gínglimoque envolve três ossos. Uma que articula a tróclea do úmero com a incisura troclear da ulna e outra que articula o capítulo do úmero com a cabeça do rádio. Possui capsula articular com membrana sinovial interna. Essa articulação é fortalecida pelos ligamentos: colateral radial, anular do rádio (o colateral radial vai desde o epicôndilo lateral, se funde com o anular do rádio que circunda a cabeça do rádio) e colateral ulnar (vai desde o epicôndilo medial até o processo coronoide do olécrano). Dentre as bolsas que fazem parte dessa articulação, estão: intratendínea do olécrano, subtendínea do tríceps braquial e subcutânea do olécrano. • RADIOULNAR PROXIMAL: Articulação sinovial do tipo trocóidea¸na qual o rádio gira sobre a ulna, ela une o rádio e a ulna em sua porção proximal, por meio da incisura do rádio na ulna para articulação com a cabeça do rádio. É mantida em posição pelo ligamento anular do rádio, possuindo a capacidade de realizar pronação e supinação. OSSOS DA PORÇÃO DISTAL DO ANTEBRAÇO/ CARPO/ MÃO • ULNA: O maior osso do antebraço à medida que vai se afastando do cotovelo afunila-se formando uma cabeça e terminando no processo estiloide da ulna. Esse osso não participa na articulação com os ossos do carpo. • RÁDIO: O menor osso do antebraço, ao contrário da ulna, ele se alarga à medida que se afasta do cotovelo e possui função na articulação com os ossos do carpo, além de possuir um processo estiloide do rádio e uma incisura ulnar para articulação com a cabeça da ulna. OBS – esses ossos também estão unidos por membrana interóssea (que além de unir os ossos, fixa músculos profundos do antebraço). JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • CARPAIS/METACARTPAIS/FALANGES: Existe a fileira proximal e distal dos ossos do carpo, cada uma com quatro ossos que permitem a flexibilidade do punho. Na fileira proximal, temos de lateral para medial: escafoide (se articula com o rádio), semilunar (se articula com o rádio), piramidal (se articula com o disco articular da articulação radioulnar distal) e pisiforme (localizado na região palmar). Já os ossos da fileira distal de lateral para medial, temos: trapézio (se articula com metacarpais I e II, escafoide e trapezoide), trapezoide (se articula com metacarpal II, trapézio, escafoide e capitato), capitato (se articula com metacarpal III, trapezoide, hamato, escafoide e semilunar) e hamato + hânulo do hamato (se articula com metacarpais IV e V, piramidal e capitato). Existem ainda os metacarpais, numerados de I a V a partir do polegar, possuindo base, corpo e cabeça. Além das falanges, sendo três em cada dedo (exceto no polegar), estando divididas em proximal, média e distal e cada uma possuindo base, corpo e cabeça. MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO O antebraço é composto pelos compartimentos anteriores e posteriores. Sendo que seu compartimento anterior é composto por músculos flexores-pronadores, inervado pelos nervos mediano e ulnar e fixados no epicôndilo medial. Já o compartimento posterior, é composto pelos músculos extensores-supinadores, suprido pelo nervo radial e fixados no epicôndilo lateral. Sendo que o conjunto dos tendões flexores estão unidos pelo retináculo dos músculos extensores e envoltos por bainhas tendíneas sinoviais e bainhas fibrosas (tubos de ligamentos) evitando atrito ao passar pelo dorso. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • FLEXORES-PRONADORES SUPERFICIAIS: Pronador redondo, flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo e palmar longo. • FLEXORES PRONADORES INTERMEDIÁRIOS: Flexor superficial dos dedos. • FLEXORES PRONADORES PROFUNDOS: Flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar e Pronador quadrado. • EXTENSORES SUPINADORES SUPERFICIAIS: Extensor radial curto do carpo, extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo, extensor ulnar do carpo, braquiorradial (flete o antebraço) e supinador. • EXTENSORES SUPINADORES PROFUNDOS: Abdutor longo do polegar, extensor longo do polegar, extensor curto do polegar e extensor do indicador. • TÚNEL DO CARPO: Passagem de nove tendões dos músculos flexores logo abaixo do retináculo dos músculos flexores + nervo mediano. Uma doença comum é a Síndrome do Túnel do Carpo que é a compressão de uma das estruturas que passam no túnel por aumento de volume de outra ou por eventual doença pré existente. Seus limites são: tubérculos do escafoide e trapezoide (laterais), pisiforme e hânulo do hamato (medial). MÃO Sua face palmar possui uma concavidade central e duas eminências (tenar – abaixo do polegar e hipotênar – abaixo do quinto dedo). A fáscia palmar é contínua à fáscia do antebraço, sendo mais fina sobre as eminências e mais espessa na aponeurose palmar. • MÚSCULOS TENARES: Localizados no compartimento tenar, sendo sua principal ação a oposição do polegar. São eles: abdutor curto do polegar, flexor curto do polegar e oponente do polegar. Na tela subcutânea da eminencia tenar existe ainda o tenar curto. • MÚSCULOS HIPOTENARES: Localizados no compartimento hipotênar, sendo sua principal ação é a movimentação do dedo mínimo. São eles: abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e oponente do dedo mínimo. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • COMPARTIMENTO ADUTOR: Composto pelo músculo adutor do polegar. • MÚSCULOS CURTOS DA MÃO: São os lumbricais, responsáveis por flexão das metacarpofalangicas e extensão das interfalangicas. Mais os interósseos, sendo os do compartimento dorsal, responsáveis pela abdução e do compartimento palmar pela adução. • INERVAÇÃO DA MÃO: As fibras sensitivas que inervam a mão, vem dos ramos C6 a C8 (exceto do ulnar que vem só de C8), já as fibras motoras vêm majoritariamente de T1. Em questão motora e o nervo mediano supre os músculos tênares e lumbricais, o nervo ulnar (entra pelo únel ulnar) supre os músculos hipotênares, lumbricais, adutor do polegar, flexor profundo dos dedos e interósseos. Já a questão sensitiva esta abordada abaixo: A lesão do nervo mediano acarreta um sinal típico, intitulado mão em benção que resulta da incapacidade de flexão dos dedos de I a III. Já a lesão do nervo ulnar acarreta um sinal típico, intitulado mão em garra que resulta da incapacidade de extensão dos dedos em flexão. ARTICULAÇÕES PUNHO E MÃO • RADIOULNAR DISTAL: Articulação sinovial trocóidea. Consiste na articulação da cabeça da ulna na incisura ulnar do rádio, sendo reforçada pelos ligamentos anterior e posterior. • RADIOCARPAL: É sinovial elipsóidea. Na qual a extremidade distal do rádio se articula com os ossos carpais e com o disco da articulação radioulnar distal. Ela é reforçada pelos ligamentos radiocarpais palmares e dorsais, além dos colaterais radial e ulnar. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • DO CARPO: São sinoviais planos. Denominados intercarpais pois unem os ossos do carpo, podem ser, entre os ossos da fileira proximal, entre os ossos da fileira distal, entre a fileira proximal e distal e o do pisiforme. Possui uma cápsula articular com membrana sinovial interna comum. Sendo reforçada por ligamentos anteriores, posteriores e interósseos. • CARPOMETACARPAIS E INTERMETACARPAIS: São sinoviais planas, exceto a CMC do polegar que é selar. Ocorre entre as fileiras distais dos ossos do carpo + metacarpos e entre os ossos do carpo (face radial e ulnar). As quatro primeiras carpometacarpais (exceto do polegar) e as três intermetacarpais compartilham uma capsula articular. Os ligamentos que fortalecem essas articulações são: carpometacarpais, metacarpais palmares e dorsais, metacarpais, interósseos e transversos. • METACARPOFALANGICAS E INTERFALANGICAS: As MCF são sinoviais elipsóideas, já as ITF são sinoviais do tipo gínglimo. Reforçadas pelos ligamentos colaterais. PELVE Corresponde a porção posteroinferior do tronco, sendo a área de transição entre o tronco e osmembros inferiores e sua cavidade é a porção inferior da cavidade abdominopelvica. A pelve é circundada pelo cíngulo do membro inferior (fixa o esqueleto axial ao apendicular inferior) representado por um anel ósseo que inclui: ossos do quadril e sacro e é responsável pela sustentação de peso, transmissão de peso para o membro inferior e fixação de músculos. A pelve possui diferenças entre homens e mulheres, sendo que nas mulheres ela possui uma cavidade mais rasa, além de uma abertura maior com um acetábulo menor. Já nos homens, a pelve é mais profunda, sendo mais estreita e com um acetábulo maior. • PELVE MAIOR OU FALSA: Está acima da abertura superior da pelve estando limitada pelos ílios + vertebra S1 e ocupada pelas vísceras abdominais. • PELVE MENOR OU VERDADEIRA: Está entre a abertura superior e inferior da pelve sendo limitada pela face pélvica dos ossos do quadril + sacro + cóccix e abrigando o períneo. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV OSSOS DO QUADRIL O esqueleto do membro inferior está dividido em cíngulo do membro inferior que fixa a porção livre ao esqueleto axial+ ossos do membro livre. O quadril é formado por três ossos: ílio, ísquio e púbis. Durante a infância eles estão unidos por cartilagem hialina, na adolescência passam a ser unidos por uma cartilagem trirradiada, até que na fase adulta se unem completamente e suas linhas são dificilmente identificadas. • ÍLIO: Forma a maior parte do osso do quadril, sendo que suas colunas sustentam peso e sua porção superior forma o limite superior do acetábulo. Possui as espinhas ilíacas anterossuperiores, anteroinferiores, posterossuperiores e posteroinferiores que proporcionam fixação de ligamentos e tendões, além da crista ilíaca que representa local de fixação muscular. Na asa do ílio existem linhas glúteas para fixação dos músculos glúteos máximo, médio e mínimo e a fossa ilíaca representa local de fixação do músculo ilíaco. Possui ainda a face auricular para articulação sacroilíaca. • ISQUIO: Forma a porção posteroinferior do osso do quadril, além de ser o limite posteroinferior também do acetábulo que representa a articulação com a cabeça do fêmur. Ele ainda possui as incisuras isquiáticas maiores e menores e a espinha isquiática para fixação de ligamentos. Além do túber isquiático que sustenta o peso corporal na posição sentada. • PÚBIS: Forma a porção anteromedial do osso do quadril e anterior do acetábulo, sendo que por meio da face sinfisial se articula com o osso púbis contralateral. Representa o local de fixação dos músculos da região medial da coxa, além da crista púbica para ligação dos músculos abdominais. • FORAME OBTURADO: Grande forame, podendo ser redondo em homens ou oval em mulheres, representa uma diminuição da massa óssea dos ossos do quadril, além de possuir uma membrana obturadora que representa local de fixação muscular e possui pequenos furos para passagem de nervos e vasos sanguíneos. • ACETÁBULO: Representa o local de articulação com a cabeça do fêmur, sendo que suas faces são cobertas por cartilagem articular. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV MÚSCULOS DA COXA E DA REGIÃO GLÚTEA • COMPARTIMENTO ANTERIOR OU EXTENSOR DA PERNA: Em geral suprido pelo nervo femoral. Eles realizam a extensão do quadril e flexão do joelho. AÇÃO INERVAÇÃO PECTÍNEO Adução, rotação medial e flexão da coxa N. Femoral ILIOPSOAS Flexão da coxa e estabilização da articulação do quadril N. Lombares PSOAS MENOR ILÍACO N. Femoral SARTÓRIO Abdução, rotação lateral e a flexão da coxa e flexão do joelho N. Femoral QUADRÍCEPS FEMORAL (vasto lateral, intermédio e medial e reto femoral) Extensão do joelho, flexão da coxa e estabilização da articulação do quadril N. Femoral OBS – TENDÃO DO QUADRICEPS FEMORAL: os quatro músculos se unem para a formação de um tendão comum que forma o ligamento da patela com inserção na tuberosidade da tíbia (sendo o ligamento da patela sua continuação inferior). Além dos vastos medial e lateral também reforçaram e articulação do joelho por meio do ligamento nos retináculos da patela. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • COMPARTIMENTO MEDIAL OU ADUTOR DA COXA: Em geral suprido pelo nervo obturatório. AÇÃO INERVAÇÃO ADUTOR CURTO N. Obturatório ADUTOR LONGO Adução ADUTOR MAGNO N. Isquiático GRACIL Rotação medial, adução e flexão da coxa OBTURADOR EXTERNO Rotação lateral e estabilização da articulação do quadril N. Obturatório OBS – PATA DE GANSO: junção dos tendões dos músculos Grácil, Sartório e Semitendíneo na face superior medial da tíbia. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA: AÇÃO INERVAÇÃO GLÚTEO MÁXIMO Extensão e rotação lateral N. Glúteo Inferior GLÚTEO MÉDIO Adução e rotação medial N. Glúteo Superior GLÚTEO MÍNIMO TENSOR DA FÁSCIA LATA PIRIFORME Rotação medial, extensão e abdução S1 e S2 OBTURADOR INTERNO N. para o Obturador Interno GÊMEOS SUPERIOR E INFERIOR Superior = Piriforme Inferior = Quadrado Femoral QUADRADO FEMORAL Rotação lateral e estabilização da articulação do quadril N. para o Quadrado Femoral JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • MÚSCULOS DA REGIÃO POSTERIOR OU FLEXOR DA COXA: Em geral suprido pelo nervo isquiático. AÇÃO INERVAÇÃO SEMITENDÍNEO Flexão da perna, extensão e rotação medial do quadril SEMIMEMBRANÁCEO N. Isquiático BÍCEPS FEMORAL Flexão da perna e rotação lateral do quadril ARTICULAÇÕES • DO QUADRIL: Articulação sinovial esferóidea, é a mais estável do nosso corpo e suporta todo peso da porção superior do organismo. Articula a cabeça do fêmur com o acetábulo do osso do quadril, sendo que todas as superfícies articulares são cobertas por cartilagem hialina, exceto na fóvea da cabeça do fêmur que possui o ligamento da cabeça do fêmur, para passagem da artéria nutrícia. A cavidade é aprofundada pelo lábio do acetábulo. Possui capsula articular forte, reforçada pelos ligamentos: ísquiofemoral, íliofemoral e pubofemoral. • SACROILÍACA: Articulação entre o sacro e o ílio em sua região anterior é uma articulação sinovial e posteriormente é uma sindesmose. Possui movimentação limitada devido a grande quantidade de peso que suporta e é reforçada pelos ligamentos: sacroilíacos anteriores, interósseos e posteriores. • SÍNFISE PÚBICA: É um disco fibrocartilaginoso que une os ossos púbis dos dois quadris. Reforçado pelos ligamentos púbicos superiores e inferiores. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV OSSOS DA PERNA • FÊMUR: Representa o osso mais longo e pesado do corpo, com responsabilidade de transmitir o peso da porção superior do corpo para a tíbia e posteriormente da tíbia ao tálus. Possui uma cabeça coberta de cartilagem articular, exceto na fóvea da cabeça do fêmur onde passa um ligamento (da cabeça do fêmur) que contém a artéria nutrícia para a cabeça do fêmur. Possui ainda na região proximal o colo e os trocânteres maior e menor sendo o maior local de fixação dos rotadores e abdutores da coxa e o menor local de fixação do iliopsoas. Por sua vez, a linha intertrocantérica fixa o ligamento íliofemoral. O corpo do fêmur representa o local de fixação dos músculos extensores do joelho e adutores da coxa. Na porção distal do fêmur existem os côndilos lateral e medial para articulação com os côndilos da tíbia e meniscos. A extremidade dos côndilos são os epicôndilos que fixam os ligamentos colaterais do joelho. Esses côndilos estão separados posteriormente pela fossa intercôndilar e anteriormente possui a face patelar para articulação com a patela. O fêmur apresenta um ângulo de inclinação que o torna oblíquo em relação a coxa. Esse ângulo é maior ao nascimento e reduz gradativamente, sendo responsável pela maior capacidade de movimento daarticulação. • TÍBIA E FÍBULA: São os dois ossos da perna. Sendo a tíbia o osso mais longo e que sustenta peso, superiormente seus côndilos se articulam com os côndilos do fêmur e inferiormente se articula com o tálus. Já a fíbula é menor e não sustenta peso, é local de fixação de músculos. Eles estão unidos por membrana interóssea. A tíbia possui os côndilos lateral e medial que formam uma superfície plana (platô tibial) para articulação com os côndilos do fêmur. Possui ainda uma eminência intercôndilar (formada pelos tubérculos condilares) que se encaixa na fossa intercôndilar do fêmur e é local de ligamento dos meniscos e ligamentos do joelho. Possui ainda na superfície proximal anterior a tuberosidade da tíbia que corresponde ao local de ligamento da patela. Sua porção distal possui o malelo medial e a face articular inferior responsável pela articulação com o tálus. Já a fíbula é o osso mais curto, em sua porção proximal possui articulação com a tíbia, por meio da incisura fibular da tíbia. Seu corpo é marcado pelos locais de fixação muscular e em sua extremidade distal possui o malelo lateral. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV ARTICULAÇÕES • JOELHO: É uma articulação sinovial do tipo gínglimo, sendo a maior e mais superficial das articulações. Ela é frágil do ponto de vista mecânico e é reforçada principalmente pelos tendões dos músculos próximos (principalmente o quadríceps femoral) e os ligamentos do joelho. Fazem parte da articulação do joelho duas articulações entre os côndilos da tíbia e do fêmur e uma articulação entre a patela e o fêmur, sendo que a fíbula não faz parte da articulação do joelho. Sua capsula articular é revestida por membrana sinovial em toda sua superfície interna. Entretanto, a capsula articular é substituída anteriormente pelo ligamento patelar, patela e tendão do quadríceps femoral. Além de possuir uma abertura para o tendão poplíteo. A articulação é fortalecida por ligamentos extra e intracapsulares. São cinco extracapsulares: patelar que une a patela à tuberosidade da tíbia, colateral tibial (ou medial) que une o côndilo medial do fêmur à tíbia, colateral fibular (ou lateral) que une o côndilo lateral do fêmur à fíbula, poplíteo obliquo (posterior) e poplíteo arqueado (posterolateral). São ainda mais três ligamentos intracapsulares: cruzado anterior que une a área intercôndilar anterior ao côndilo lateral, cruzado posterior que une área intercôndilar posterior ao côndilo medial (eles se cruzam dentro da capsula articular mas fora da cavidade sinovial). E ainda os meniscos que são lâminas de fibrocartilagem em formato de meia lua, mais espessas na região externa e aprofundam a articulação da tíbia com o fêmur e absorvem impacto. Estão fixados nas margens intercondilares da tíbia. Essa articulação é vascularizada pelos ramos geniculares médios da artéria poplítea e inervados pelos nervos femorais, tibiais e fibulares. • TIBIOFIBULAR SUPERIOR: É uma articulação sinovial plana entre a cabeça da fíbula e a face articular para fíbula da tíbia. Possui capsula articular tensa e reforçada pelos ligamentos anterior e posterior da cabeça da fíbula. • SINDESMOSE TIBIOFIBULAR: É uma articulação fibrosa que une a tíbia e a fíbula por meio da membrana interóssea e ligamentos tibiofibulares anterior e interósseo posterior. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV OSSOS DO PÉ Nosso pé possui sete ossos tarsais (calcâneo, tálus, navicular, cuboide e três cuneiformes), cinco ossos metatarsais (numerados a partir do hálux) e 14 falanges (sendo duas no hálux e três em cada dedo restante). Além disso ele está dividido em retropé (tálus e calcâneo), médiopé (cuboide, navicular e cuneiformes) e antepé (metatarsos e falanges). • TARSO: O tálus é um osso que possui corpo, colo e cabeça e que recebe o peso proveniente da tíbia por meio de sua superfície articular superior (coberta de cartilagem articular), chamada de tróclea do tálus que está segura pelos maléolos lateral e medial. Esse osso divide o peso do corpo entre o calcâneo (onde está apoiado seu corpo) e a parte anterior do pé (à qual está ligada pelo complexo ligamentar anterior – ligamento calcâneonavicular palntar). Já o calcâneo é o osso mais forte do pé e transmite a maior parte do peso do corpo proveniente do tálus para o chão, ele se articula com o cuboide anteriormente. Possui ainda a tróclea fibular, local de fixação para os eversores do pé e o sustentáculo do tálus que apoia a cabeça do tálus. Por sua vez, o navicular se articula com a cabeça do tálus e os três cuneiformes. Possui a tuberosidade do navicular que possibilita fixação tendínea que permite a formação do arco do pé. Já o cuboide tem o sulco do tendão fibular longo e por fim os cuneiformes articulam-se com o navicular e os metatarsos (além do lateral que se articula com o cuboide). • METATARSO: São cinco ossos numerados de medial para lateral, sendo o I mais curto e forte e o II mais longo. Além do quinto possuir a tuberosidade para inserção do quinto metatarso, onde se insere o tendão fibular curto. • FALANGES: São ao todo 14 falanges sendo que o hálux possui apenas uma e os demais possuem três, com base, corpo e cabeça. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV FOSSA POPLÍTEA Compartimento do membro inferior revestido principalmente de gordura, superficialmente é limitada por: bíceps femoral, semimembranáceo, gastrocnêmio, pele e fáscia poplítea. Já profundamente é limitada por: linhas supracondilares do fêmur e linha para o musculo sóleo da tíbia. O conteúdo da fossa é: veia safena parva, artérias e veias poplíteas e seus ramos, nervos tibial e fibular comum, nervo cutâneo tibial posterior, linfonodos e vasos poplíteos. MÚSCULOS DA PERNA O compartimento anterior inclui os músculos dorsiflexores do tornozelo, sendo que inferiormente a fáscia se une para formação de dois retináculos dos músculos extensores, um superior e um inferior, impedindo assim o estrangulamento no momento da dorsiflexão. Os músculos desse compartimento são: tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e fibular terceiro. Eles atuam na fase de balanço para elevar o pé e sair do solo e na fase de apoio controlando a descida do pé para toque calcâneo. Esses elementos são supridos pelo Nervo Fibular Profundo e sua irrigação é realizada pela Artéria Tibial Anterior um ramo da Artéria Poplítea. Por sua vez o compartimento lateral é responsável pela eversão do pé, são eles fibular curto e longo. Na marcha são importantes para resistir ao balanço medial. Eles são supridos pelo Nervo Fibular Superficial e sua irrigação é realizada pelos ramos perfurantes das artérias tibial anterior e fibular. Por último e compartimento posterior responsável pela flexão plantar, está dividido em superficial: gastrocnêmio, sóleo e plantar (sendo o sóleo e o gastrocnêmio formadores do tendão calcâneo) e profundo: flexor longo do hálux, flexor longo dos dedos e tibial posterior e poplíteo (esse atua na flexão do joelho). Esses sete músculos são supridos pelo Nervo Tibial Posterior e irrigados pela artéria Tibial Posterior. PÉ Possui uma região dorsal com a pele mais fina e menos sensível e uma região plantar com a pele mais grossa e com mais gordura (principalmente em áreas responsáveis por maior absorção de impacto como o calcanhar), onde estão localizadas muitas glândulas sudoríparas e possui pele muito sensível. • PRIMEIRA CAMADA DE MÚSCULOS: Inervados pelo nervo plantar medial são eles: abdutor do hálux, flexor curto dos dedos e abdutor do dedo mínimo. • SEGUNDA CAMADA DE MÚSCULOS: Inervados pelo nervo plantar medial, são eles: quadrado plantar e lumbricais. • TERCEIRA CAMADA DE MÚSCULOS: Inervados pelo nervo plantar medial e lateral, são eles: flexor curto do hálux, adutor do hálux e flexor curto do dedo mínimo.• QUARTA CAMADA DE MÚSUCLOS: Inervados pelo nervo plantar lateral, são eles: interósseos plantares e dorsais. • QUINTA CAMADA DE MÚSCULOS: Inervados pelo nervo fibular profundo, são eles: extensor curto dos dedos e do hálux. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV • INERVAÇÃO: A inervação ocorre por meio do nervo safeno (originado do femoral), nervos fibulares superficial e profundo (originado do fibular comum), nervos plantares medial e lateral (originados do tibial) e o nervo sural que da origem ao nervo cutâneo lateral dorsal do pé (originado do tibial e fibular comum). Sendo que o ramo calcâneo se origina do sural e tibial. • ARCOS DO PÉ: Ossos tarsais e metatarsais estão unidos em arcos longitudinais e transversos, sustentados passivamente e contidos ativamente por tendões flexíveis que aumentam a capacidade de sustentação de peso e resistência do pé. Seu arco longitudinal pode ser medial ou lateral, sendo o medial mais alto e importante formado pelo tálus, calcâneo, navicular, três cuneiformes e três metatarsais. Já o lateral é mais plano e formado pelo calcâneo, cuboide e os outros dois metatarsais. A formação desses arcos se da pelo formato dos ossos + quatro camadas sucessivas de tecido fibroso. ARTICULAÇÕES DO PÉ • TALOCRURAL: É uma articulação sinovial do tipo gínglimo, que articula em o tálus com a tíbia e a fíbula em três pontos diferentes. Articula a face medial do maléolo lateral com a face lateral do tálus, face inferior do maléolo medial com a tróclea do tálus e a face medial do maléolo medial com a face medial do tálus, forma assim um encaixe maleolar que segura o tálus. A preensão dos maléolos é maior durante a dorsiflexão do pé, sendo mais frouxa na flexão plantar. Essa articulação possui capsula articular frouxa, com membrana sinovial interna, sendo reforçada pelos ligamentos laterais (talofibular anterior, talofibular posterior e calcâneofibular), além dos mediais (tibionavicular, tibiocalcânea e tibiotalares anterior e posterior). • ARTICULAÇÕES DO PÉ: Existem as articulações intertarsais: talocalcânea e transversa do tarso (calcâneacuboidea e talocalcâneonavicular) que são as principais responsáveis por inversão e eversão do pé. E ainda as tarsometatarsais e intermetatarsais que são relativamente pequenas, unidas por ligamentos e principais responsáveis pela flexão e extensão que ocorrem no antepé. JÚLIA MARINOT – TURMA XXV MARCHA A principal função dos membros inferiores é permitir que a pessoa fique de pé e caminhe. • POSIÇÃO EM PÉ RELAXADA: Na posição em pé as articulações do joelho e do quadril estão estendidas em seus pontos de maior estabilidade, com os pés um pouco afastados e girados lateralmente, além de apenas alguns músculos em contração mínima para evitar queda. Como a articulação talocrual é mais instável a pessoa tem tendência a cair para frente, o que significa a necessidade de contração dos músculos posteriores da perna (flexão plantar). Além de oscilações laterais controladas pelos músculos abdutores do quadril. • CICLO DA MARCHA: Iniciada com a fase de apoio quando o calcâneo toca o solo e começa a sustentar todo o peso do corpo, até a fase na qual ocorre a propulsão por meio da flexão plantar, essa fase é a mais longa, já que começa com a fase de apoio duplo (ausente na corrida), a fase na qual o peso é transferido e um membro a outro e termina na fase de apoio único. Além de ser a com maior gasto energético, visto que exige contração concêntrica dos dorsiflexores no início e contração concêntrica dos flexores plantares para propulsão. A segunda parte é a fase de balanço que começa quando os dedos saem do solo e termina quando o calcanhar toca o solo novamente. Essa fase é dividida em balanço inicial quando ocorre contração simultânea do quadril e joelho, seguida por dorsiflexão talocrual. Existe também o balanço médio com extensão do joelho e por fim o balanço terminal para desacelerar o avanço, contraindo músculos para estender a perna até o comprimento necessário para o calcâneo tocar o solo. INERVAÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES E INERIORES JÚLIA MARINOT – TURMA XXV
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