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Regulação do ciclo de Krebs 1) Regulação da produção de Acetil-CoA: complexo da piruvato desidrogenase (PDH) ● Fortemente inibido por ATP, NADH e Acetil-CoA (feedback negativo), são produtos de reação catalisados pelo complexo. ● inibição alostérica muito aumentada quando ácidos graxos de cadeia longa estão disponíveis. Ocorre um desvio do piruvato para formação da glicose por gliconeogênese (quando ocorre hipoglicemia). ● Ativado por AMP, CoA e NAD +. 2) Regulação do ciclo: ● A velocidade do ciclo é regulada por: disponibilidade de substrato, inibição por acúmulo de produtos e inibição das primeiras enzimas da via: citrato sintase (1), isocitrato desidrogenase (3) e 𝛂-cetoglutarato desidrogenase (4). ● Succinil-CoA inibe a 𝛂-cetoglutarato desidrogenase por feedback negativo e também inibe a citrato sintase por feedback negativo indiretamente. Lançadeiras de elétrons: sistemas especiais de lançadeiras carregam equivalentes dos redutores de NADH citosólico para a matriz mitocondrial e por uma via indireta. 1) Lançadeira do malato-aspartato: fígado, rim e coração. ➔ Aspartato é transformado em oxaloacetato no espaço intermembrana pela aspartato aminotransferase (NH3 do aspartato é transferido para o 𝛂-cetoglutarato que se transforma em glutamato). Esse oxaloacetato é reduzido a malato pela malato desidrogenase (NADH se oxida a NAD+). Através de um transportador mitocondrial, o malato entra para a matriz, sendo oxidado novamente a oxaloacetato (NAD+ reduzido a NADH) através da malato desidrogenase. 10 NADH: 25 ATP 2 FADH: 3 ATP 4 ATP a nível de substrato 32 ATP gerados 2) Lançadeira do glicerol-3-fosfato: músculo esquelético e SNC. ➔ Ela difere da lançadeira malato-aspartato por entregar os equivalentes redutores do NADH para a ubiquinona e, então, para o complexo III, proporcionando energia suficiente para sintetizar 1,5 molécula de ATP. ➔ Redução da dihidroxiacetona para glicerol-3P faz com que o NADH se oxide a NAD+, catalisada pela ação da glicerol-3-fosfato desidrogenase citosólica. Quando o glicerol-3-fosfato é oxidado novamente a diidroxiacetona pela ação da glicerol-3-fosfato desidrogenase mitocondrial, o FAD recebe os elétrons sendo reduzido à FADH2, que irá gerar QH2 e ir para o complexo III. 8 NADH: 20 ATP 4 FADH2: 6 ATP 4 ATP a nível de substrato 30 ATP gerados 4 H+ - 1 ATP 4 H+ - 1 ATP 10 H+ - x 6 H+ - x x = 2,5 ATP → NADH x = 1,5 ATP → FADH2 Fosforilação Oxidativa: ADP fosforilado até ATP → acontece no complexo IV ● Membrana mitocondrial externa: permeável a moléculas pequenas e a íons. ● Membrana interna é impermeável à maioria das moléculas pequenas e dos íons, incluindo H+ → aloja os componentes da cadeia respiratória e a ATP-sintase. ● Matriz mitocondrial, delimitada pela membrana interna, contém o complexo da PDH e as enzimas do ciclo do ácido cítrico → onde acontece as oxidações biológicas. ● Estágio final do metabolismo produtor de energia nos aeróbios. ● Ocorre na mitocôndria. ● Elétrons doados pelo NADH e FADH2 → redução de O2 em H2O. Cadeia transportadora de e-: ● Membrana mitocondrial interna. ● 4 complexos transportadores de e-. ● complexo 5 → síntese de ATP → matriz mitocondrial. ● carregadores são, em sua maioria, proteínas integrais com grupos prostéticos capazes de doar ou aceitar elétrons. ● Ubiquinona: solúvel em lipídios, pode aceitar um elétron e se tornar o radical semiquinona (.QH) ou dois elétrons para formar o ubiquinol (QH2). Como é pequena e hidrofóbica, é livremente difusível dentro da bicamada lipídica da membrana mitocondrial interna e capaz de movimentar equivalentes redutores entre outros carregadores de e- menos móveis. Complexo I: NADH à ubiquinona ➔ Também chamado de NADH: ubiquinona oxirredutase ou NADH desidrogenase. ➔ catalisa 2 processos simultâneos e obrigatoriamente acoplados: a transferência exergônica para a ubiquinona de um íon hidreto do NADH e de um próton da matriz e a transferência de 4H+ para o espaço intermembrana. ➔ Amital, rotenona e piericidina inibem o fluxo de e- do centro ferro-enxofre do complexo I para a ubiquinona, bloqueando o processo global de fosforilação oxidativa. Complexo II: Succinato desidrogenase ➔ única enzima do ciclo de Krebs presente na membrana mitocondrial. ➔ Oxida o succinato a fumarato → FAD é reduzido a FADH2. ➔ Catalisa a transferência de e- do FADH2 para a ubiquinona, formando o ubiquinol (QH2). ➔ Não libera H+ no espaço intermembrana. ➔ Inibido pelo malonato (inibidor competitivo) quando o substrato é o succinato: FADH2 não gera ATP. Complexo III: Complexo dos citocromas bc1 ➔ Também chamado de Ubiquinona: citocromo c oxirredutase. ➔ Transferência de elétrons do ubiquinol (QH2) para o citocromo c e transfere 4 H+ para o espaço intermembrana. Complexo IV: Citocromo oxidase ➔ Carrega elétrons do citocromo c para O2, reduzindo-o a H2O. ➔ Para cada e- transportado, 1 H+ é transferido para o espaço intermembrana → 2 H+ liberados. ● Os elétrons são liberados para manter o gradiente eletroquímico a fim de dar força para a ATP sintase. ● Menos oxigênio faz com que a cadeia transportadora de e- fique lenta. ● NADH → complexo I (4 H+), complexo III (4 H+) e complexo IV (2 H+) = 10 H+ → 2,5 ATP ● FADH2 → complexo II (0 H+), complexo III (4 H+) e complexo IV (2 H+) = 6 H+ → 1,5 ATP ● Espaço intermembrana tem mais H+, logo o pH é menor. Matriz mitocondrial tem menos H+, logo o pH é menor. Síntese de ATP: força próton-matriz impulsiona a síntese de ATP, à medida que os prótons fluem passivamente de volta à matriz, por meio de um poro para prótons na ATP-sintase. ● Acoplamento quimiosmótico: conexão obrigatória entre a síntese mitocondrial de ATP e o fluxo de elétrons pela cadeia respiratória. ● ATP-sintase é um grande complexo enzimático da membrana mitocondrial de ATP e o fluxo de elétrons pela cadeia respiratória. ● ATP-sintase é um complexo enzimático da membrana mitocondrial interna que catalisa a formação de ATP a partir de ADP e P i. ➔ possui 2 componentes distintos: F1 (sítios de síntese de ATP) virada para a matriz mitocondrial e F0 (canal para a entrada de H+) sensível a oligomicina, mais hidrofóbica e embebida na membrana mitocondrial interna. ➔ fosforilação oxidativa acontece na subunidade da fração F1, sendo que cada giro desta produz 1 ATP. ● A membrana mitocondrial interna geralmente é impermeável a espécies carregadas, mas 2 sistemas específicos transportam ADP e Pi para dentro da matriz e ATP para o citosol. ➔ antiporte entre ATP e ADP: ATP transportado para fora das mitocôndrias e ADP transportado para a matriz. ➔ simporte de fosfato e H+ pela fosfato-translocase para a matriz, vindo do espaço intermembrana. Regulação da fosforilação oxidativa ● Concentração de ADP → quanto maior, mais atividade terá a fosforilação. ● Disponibilidade de O2. ● Inibidor do complexo I: rotenona → inibe a transferência de e- para a ubiquinona. ● Inibidor do complexo III: rotenona → antimicina A → inibe a transferência de e- do cyt b para o cyt c1. ● Inibidor do complexo IV: CN- ou CO → inibe a transferência de e- do cyt c para o O2. ● Desacopladores: Afetam a síntese de ATP, pois agem pela dissipação do gradiente de prótons através da membrana mitocondrial interna criado pelo sistema de transporte de e-. ➔ desfazem o fino acoplamento que existe entre os transportadores de e- e a síntese de ATP. ➔ Não deixam os H+ voltarem para a matriz mitocondrial pela ATP sintase. ➔ Dinitrofenol, dicumarol… ➔ termogenina: canal passivo de H+ pelo qual estes fluem do citosol para a matriz. ➔ energia de oxidação não é conservada pela formação de ATP, mas dissipada como calor, o que contribui para manter a temperatura corporal. ➔ Tecido Adiposo Marrom (TAM): a oxidação de combustível serve não para produzir ATP, mas para gerar calor para manter o recém nascido aquecido → animais que hibernam também possuem. (cor marrom porque possui muitas mitocôndrias com alta concentração de citocromos com grupos heme que são fortes absorvedores de luz visível).
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